Arquivos Z_Destaque_urbanismo2 - Página 5 de 11 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Frevo reina em megamural criado pelo artista Vários Nomes no Recife

O artista Vários Nomes deu vida a uma imponente tela a céu aberto no Edifício Guiomar, situado na Rua Princesa Isabel, bairro da Boa Vista. Essa obra imortaliza a essência do Frevo e presta uma homenagem às talentosas passistas Inaê Silva e Rebeca Gondim. Sob o título 'A rua cria e a cidade dança', o megamural destaca a energia pulsante e envolvente do Frevo, símbolo incomparável da cultura pernambucana. A iniciativa, promovida pela Prefeitura do Recife através da Secretaria Executiva de Inovação Urbana (SEIURB), contou com a colaboração da Tintas Iquine. Localizada no mesmo edifício que abriga o megamural 'Naná Vasconcelos, Sinfonia & Batuques', a obra de Vários Nomes, voltada para a Rua da Saudade, também se inspira no tema 'Recife Cidade da Música'. Este projeto é resultado do Edital de Credenciamento para Realização de Intervenções Artísticas em Empenas Cegas, o primeiro de seu tipo em Pernambuco. O Frevo, como uma manifestação cultural intrinsecamente ligada à cidade, é descrito por Nomes como "o transbordamento dos passos guiados pela música, carregando a força das ruas, becos e vielas do centro à periferia, da mesma forma que o graffiti". Nesta obra, o artista captura a essência desses movimentos, ora harmoniosos, ora caóticos, refletindo a sincronia entre a música, representada por uma personagem tocando saxofone, e a expressão corporal que grandiosamente retrata as passistas Inaê Silva e Rebeca Gondim.

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Ciclovia da Avenida Agamenon Magalhães é concluída

A Prefeitura do Recife concluiu as obras de implementação da ciclovia da Avenida Agamenon Magalhães, promovendo maior segurança e conforto para os ciclistas da cidade. Iniciada em setembro do ano passado, a intervenção incluiu o programa Via Jardim, que envolveu o plantio de 150 árvores de grande porte, beneficiando as principais avenidas da cidade. A ciclovia abrange o trecho entre a Rua Dr. Leopoldo, no bairro da Boa Vista, e a Av. Saturnino de Brito, no bairro do Cabanga. Essa extensão conecta áreas centrais da cidade, oferecendo uma opção segura e eficiente para deslocamentos de ciclistas e pedestres entre diferentes regiões. O projeto representou um investimento de R$ 7,8 milhões e resultou na construção de aproximadamente 4 km de ciclovia. Além disso, a rede de drenagem foi aprimorada com a instalação de cerca de 650 metros de tubos para a coleta de água das chuvas, prevenindo pontos de alagamento. JOÃO CAMPOS, PREFEITO DO RECIFE “Temos uma nova ciclovia na Agamenon.  Era uma obra muito esperada por quem pedala, seja para trabalhar, ou para lazer, porque ela garante a conexão da Zona Norte com a Zona Sul. São duas malhas cicloviárias muito grandes e essa é a principal conexão. Essa via é a que mais passa carro, moto e ônibus na cidade e faltava um espaço seguro para as pessoas passarem de bicicleta. Essa obra está entregue, funcionando de ponta a ponta, aproximadamente R$ 7 milhões investidos. O importante é saber que agora temos mais um equipamento bem feito que vai trazer segurança para quem anda de bicicleta” Ao longo da intervenção, o concreto da ciclovia foi pigmentado, e passeios, meio-fio e segregadores foram instalados. No trecho que se estende da ponte João Paulo II até o viaduto Capitão Temudo, no Cabanga, foram assentadas 1.551 barreiras separadoras de fluxo de tráfego. Adicionalmente, 909 gradis foram colocados nas proximidades da ciclovia para aprimorar a segurança dos ciclistas. A obra teve início em setembro de 2022. A Ciclovia Agamenon é integrada a outras rotas cicláveis, como Graça Araújo, Oliveira Lima e Joana Bezerra, além de estar conectada à ciclofaixa da via local da própria Agamenon Magalhães. Segundo dados do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira (ICPS), aproximadamente 7,5 mil pessoas utilizam bicicletas diariamente na Agamenon Magalhães.

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3 Rios, 3 Comunidades, 3 Desafios

Diante do agravamento dos efeitos das mudanças climáticas, chuvas intensas, secas prolongadas e outras catástrofes naturais são cada vez mais frequentes. Episódios extremos que afetam a todos, mas trazem um drama mais acentuado para as populações que sempre viveram excluídas dos melhores lugares das cidades para se morar. Nesta série de reportagens, o repórter Rafael Dantas mergulhou na realidade das famílias que moram em 3 comunidades ribeirinhas simbólicas às margens dos 3 principais rios da capital pernambucana. Existem respostas em construção para tornar ao menos a cidade do Recife mais resiliente às mudanças climáticas e melhorar a qualidade de vida dessas populações, como o Promorar Recife e o Parque Capibaribe. Em paralelo, um relógio de multiplicação das calamidades deixadas pelas mudanças climáticas no Brasil e no mundo. O projeto 3 Rios, 3 Comunidades, 3 Desafios foi realizado com apoio do Programa Acelerando a Transformação Digital, do ICFJ (International Center for Journalism) e da Meta, tendo mentoria do jornalista Chico Otávio. Nas reportagens, convidamos os fotógrafos Felipe Karnakis (na Vila Arraes, na Várzea, Recife), Midiã Tavares (na Comunidade do Teatra, em Passarinho, Olinda) e Thally Santos (em Coqueiral, Recife) residentes dos bairros onde estão as comunidades abordadas. A edição das reportagens é de Cláudia Santos, o designer de Rivaldo Neto e as capas de Henrique Pereira. apoio LEIA ABAIXO AS REPORTAGENS DA SÉRIE Rio Beberibe: águas que alcançam os invisíveis Rio Tejipió: entre águas, sonhos e pesadelos Rio Capibaribe: dos versos, das vítimas e da visão de futuro GALERIA DE FOTOS CONTEÚDOS EXTRAS “A resolução da habitação e do saneamento pode aliviar a pressão ambiental do Rio Beberibe” EDIÇÕES EM PDF

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Quadra do Compaz Eduardo Campos ganha pintura com assinatura franco-brasileira

Com o intuito de fomentar a prática esportiva e promover o intercâmbio cultural, a Iquine, em parceria com o Consulado Geral da França, realizou a revitalização da quadra do COMPAZ Eduardo Campos, trazendo cores vibrantes para a comunidade de Alto Santa Teresinha. A obra, uma colaboração entre a artista francesa Kashink, o pernambucano Manoel Quitério e o coletivo Aurora da Estrela, tem como propósito proporcionar um espaço onde os jovens da comunidade possam se envolver em atividades de arte, cultura urbana e esportes. Essa iniciativa faz parte do Lab Urbano Paris 2024, um projeto que busca a integração dos jovens com a cultura olímpica e paraolímpica por meio de um laboratório franco-brasileiro. O projeto oferece workshops, mesas redondas, formações, cocriações transdisciplinares e intercâmbios entre esportistas e artistas, promovendo acessibilidade ao esporte e à arte para impulsionar transformações sociais. Além das atividades programadas, a comunidade esteve envolvida em todo o processo de pintura do espaço. De acordo com a gerente de Marketing e Inovação do Grupo Iquine, Magaly Marinho, a pintura do espaço contribui para a prática de esportes em um ambiente com mais identidade. “O espaço ganhou uma nova vida e contribuiu para o sentimento de pertencimento da comunidade, para que eles usufruam do ambiente e aproveitem esse espaço que é deles, e para uso deles”, afirma. “Ter a população envolvida nesse projeto torna o resultado ainda mais especial”, completa.

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Projeto propõe a despoluição de dois rios na cidade de Paulista

Paulista lança um projeto inovador visando a despoluição dos rios Timbó e Paratibe, marcando um feito inédito na Região Nordeste. A iniciativa, intitulada "Esse Rio É Meu", será implementada em 58 escolas municipais da cidade em colaboração com a organização planetapontocom. O lançamento ocorrerá nesta quarta-feira (06/12), às 9h, no auditório do Bloco C do Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU), ao lado do Paulista North Way Shopping. O programa, que se destaca por sua metodologia inovadora de educação voltada para o público infanto-juvenil, busca incentivar ações protagonistas na conservação e recuperação dos recursos hídricos, conforme afirmado pela organização planetapontocom. Em Paulista, a iniciativa é realizada pela Secretaria de Educação, em colaboração com as secretarias de Desenvolvimento Urbano, Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, e Obras e Serviços Públicos. O evento de lançamento contará com a presença do prefeito Yves Ribeiro, secretários estaduais e municipais, vereadores, empresários e outros convidados. Com a implementação do programa na cidade, mais de 20 mil estudantes e 977 docentes participarão da iniciativa. Além de Paulista, o programa atua em outros cinco municípios: Rio de Janeiro, Cabo Frio e Cachoeiras de Macacu (RJ), Jacareí (SP) e Itabira (MG), abrangendo um total de 1.091 escolas e mais de 230 corpos hídricos.

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Manifesto Banco Vermelho contra o feminicídio e a violência contra a mulher chega ao Brasil

O movimento "Banco Vermelho", originado na Itália em 2016, agora se expande para o Brasil como uma iniciativa de conscientização e combate ao feminicídio e à violência contra a mulher. Fundado como um apelo à sociedade para a necessidade de transformações nos comportamentos em relação à figura feminina, o projeto propõe a quebra de ciclos históricos de violação dos direitos das mulheres, enraizados em séculos de dominação masculina. As atividades no Brasil foram iniciadas em 25 de novembro de 2023, no Recife-PE, em sintonia com o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher (25.11). As protagonistas do lançamento do movimento no Brasil são duas mulheres pernambucanas: a publicitária e ativista Andrea Rodrigues e a gestora em Marketing Paula Limongi. O "Banco Vermelho" se propõe a ser um veículo de conscientização e transformação social, destacando a importância de novos comportamentos e atitudes para construir uma sociedade mais justa e igualitária para as mulheres. “Fui sensibilizada com a instalação de um banco na cor vermelha na Espanha dias após ter sido testemunha no julgamento do feminicídio da milha melhor amiga, a pernambucana Patrícia Wanderley (2018). De lá para cá, estudei muito sobre o assunto, acompanhei diversos casos na imprensa, me mantive crítica e ativa junto aos movimentos... E entendi que esta causa é uma luta de todos, enquanto sociedade. Por isso, vamos rodar o Brasil com iniciativas de ocupação urbana e de ações de prevenção”, afirma Andrea Rodrigues. A ativista declara que transformar o luto em luta foi o que as motivou a trazer o projeto para o Brasil. Além disso, ressalta que sua parceira neste movimento, Paula Limongi, chegou para complementar a força de enfrentamento da violência contra a mulher. “Paula também tem experiências marcantes na causa por meio da convivência com os filhos de Maristela Just, assassinada pelo marido em 1989. Além disso, foi imensamente impactada com a partida precoce da sua colega de escola, Renata Alves, que foi vitima de feminicídio em 2022”, complementa Andrea. A primeira fase do movimento "Banco Vermelho" no Brasil tem como objetivo principal conscientizar os pernambucanos e visitantes do estado sobre a causa por meio da instalação de bancos vermelhos em praças públicas e shoppings da cidade. Cada estrutura carrega uma mensagem única de reflexão sobre o tema, visando impactar as pessoas e incentivá-las a refletir e agir em relação à violência contra a mulher na sociedade. Com dados alarmantes, como o registro de 1.437 casos de feminicídio no Brasil em 2022, conforme o Anuário do Fórum Brasileiro da Segurança Pública, a iniciativa destaca a urgência de ações integradas entre entidades civis, públicas e a sociedade para enfrentar essa chaga social. Os bancos vermelhos estão sendo instalados em diversos pontos da capital pernambucana, como Praça Tiradentes, Rua da Moeda, Rua da Aurora, Morro da Conceição, comunidade Entra a Pulso, UR1, Parque 13 de Maio, Praça Chora Menino, Praça Jardim São Paulo, Sítio Trindade, Praça Oswaldo Cruz e Parque do Caiara. Cada banco terá um QR Code que direciona para o Instagram do movimento (@bancovermelho), fornecendo informações sobre o projeto, canais de ajuda para vítimas, meios de denúncia e a lista de apoiadores.Shopping e Ampla Comunicação.

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Naná Vasconcelos recebe homenagem em megamural

O percussionista recifense, Juvenal de Holanda Vasconcelos, mundialmente conhecido como Naná Vasconcelos, recebeu uma homenagem marcante no centro do Recife por meio do megamural intitulado "Naná Vasconcelos, Sinfonia e Batuques", uma criação da artista Micaela Almeida. O mural, que destaca vividamente o músico com seu inseparável berimbau, cobre 200m² da fachada do Edifício Guiomar, situado no bairro da Boa Vista, em frente ao Parque 13 de Maio, nas proximidades da Faculdade de Direito do Recife. É a primeira vez que uma obra dessa magnitude é dedicada ao único artista brasileiro a receber oito prêmios do Grammy e a conquistar o título de maior percussionista do mundo por oito vezes pela revista Down Beat. Às vésperas de completar 80 anos de legado, Naná Vasconcelos continua a ser uma figura inspiradora e influente no cenário artístico e musical. "O megamural é bastante significativo para mim, pois todo o processo, desde a escrita do projeto e idealização da arte até a execução, foi um caminho de muito desafio e aprendizado enquanto mulher e artista autônoma. Poder gerar e parir essa cria em homenagem ao gigante Naná Vasconcelos em seu território é uma grande honra. Só tenho a agradecer ao mestre Naná pela sua generosidade, genialidade e delicadeza musical que plantou no mundo. Mesclar a arte urbana pública com a música é magia pura no Recife”, conta a artista Micaela Almeida. A iniciativa, apoiada pela Prefeitura do Recife por meio da Secretaria Executiva de Inovação Urbana (SEIURB), foi autorizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), contando com a parceria da Tintas Iquine e da Gráfica Reprocenter. Para o mês de dezembro, está planejado um evento de inauguração, com a exibição de um documentário dirigido pelo fotógrafo Rennan Peixe, detalhando o processo de execução da pintura, além de fotos, vídeos e uma entrevista com Patrícia Vasconcelos, produtora e viúva de Naná, reafirmando sua memória. “Esse espetáculo visual é resultado do Edital de Credenciamento para Realização de Intervenções Artísticas em Empenas Cegas, uma política pública pioneira em Pernambuco, que dá oportunidade para que artistas como Mica transformem a paisagem urbana em um palco vivo da arte, celebrando a cultura e o patrimônio da nossa cidade. A boa notícia é que mais três megamurais já estão em andamento para inaugurar ainda este ano", conta a secretária executiva de Inovação Urbana, Flaviana Gomes.

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Ainda falta uma pedagogia climática

“Não estamos em uma urgência climática, mas em uma urgência civilizatória”, constatou Alfredo Pena-Veja, professor e pesquisador chileno especializado em Socioecologia, que é filiado ao IAP (Instituto de Antropologia Política) no Centro Edgar Morin, na França. Durante o evento que teve como tema O Drama das Mudanças Climáticas e a Urgência da Reinvenção do Recife, ele destacou que o drama principal não são as mudanças climáticas, mas as atuações insuficientes dos agentes internacionais na implementação de políticas públicas efetivas diante do aquecimento global. A educação está no centro da estratégia traçada pelo pesquisador. O pesquisador avalia que a transição progressiva das metas de redução de CO2, com menor impacto da redução de combustíveis fósseis, é uma posição de “hipocrisia” diante da urgência que o planeta atravessa. “O presidente da próxima COP 28, nos Emirados Árabes Unidos, Sultan al-Jaber, dirige a companhia petrolífera nacional do país”, afirmou. “Todos nós já sabemos, o diagnóstico está feito. Faz 10 anos, pelo Relatório do IPCC, que se falava que situações extremas vão acontecer em 2030 ou 2040. Se continuarmos cada ano a adicionar mais CO2 do que temos hoje, haverá o aumento dos níveis da temperatura. Matematicamente, se continuarmos emitindo CO2, isso vai piorar. É a lógica.”, ressaltou Pena-Veja. Para o pesquisador, um dos caminhos para frear esse processo é conscientizar a população, especialmente os jovens. “Os jovens são os primeiros a serem afetados pelo impacto das futuras condições das mudanças climáticas". Nesse processo, ele defende que as novas gerações precisam compreender o fenômeno das mudanças do clima e ter em conta os desafios sociais, ecológicos, além de considerar as possibilidades de ação.

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Um exemplo perto de nós e viável para nosso povo

*Por Débora Almeida A minha experiência na Colômbia, conhecendo as cidades de Bogotá e Medellín, mostra a importância e o bom exemplo da gestão pública atuando na qualidade de vida das pessoas. Fica claro a existência da preocupação com a segurança, mas sem esquecer social. Um dos lemas mais falados por lá é que o “o melhor deve ser para os mais pobres” e que se não se consegue acabar com a pobreza os gestores devem focar em dar mais dignidade para as pessoas. Conhecemos uma série de iniciativas com que visam diminuir a violência e garantir uma vida melhor para as pessoas, chamou a atenção os complexos estruturados que são repletos de atividades culturais e esportivas, tudo isso integrado a um sistema de transporte público eficiente com teleféricos, BRTs, metrô e ônibus. Ficou claro, nas nossas reuniões com os gestores públicos colombianos, que a diminuição dos índices de violência é resultado dessas ações voltadas para o social, educação e segurança. Tudo isso gera uma sensação de pertencimento das pessoas e cuidam dos equipamentos instalados nas cidades. A insegurança pode ser combatida com o estímulo à convivência social, pois quanto maior o número de pessoas na rua, mais segura a cidade se torna. Por isso, uma das medidas de combate à violência adotadas na Colômbia foram, justamente, a criação de espaços de convivência e não o aumento do policiamento. Portanto, a pacificação se deu também por meio do urbanismo social, que propôs intervenções a fim de fomentar o convívio entre as pessoas e mudar a relação da população com a cidade. A partir disso, foi possível criar um ambiente seguro para todos os moradores de locais antes considerados violentos e perigosos. Graças às mudanças, Medellín é um exemplo dos resultados alcançados com o número de homicídios na cidade despencando com o passar dos anos. No início dos anos 1990, a taxa de homicídio era de 360 por 100 mil habitantes. Caindo para 160 por 100 mil habitantes em 2000 para 35,3 em 2005. Manteve-se nesse patamar nos três anos seguintes, mas em 2009 voltou a crescer, chegando a 94 mortes por 100 mil habitantes. Nos quatro anos seguintes, caiu novamente: 86 (em 2010), 69,6 (em 2011), 52 (em 2012) e 38 (em 2013). E seguiu reduzindo, com 14 mortes em 2020. Por trás das soluções implementadas nas favelas da cidade, há também importantes acordos com a população, com as empresas envolvidas e com o terceiro setor. Para definir esses pactos de convivência, de uso e de cidadania, todos esses atores são reunidos e, assim, dialogam e formalizam o comprometimento. Além disso, para lembrar os moradores desses pactos, frases relacionadas ficam expostas em diversos lugares da comunidade. Essa ação tem o intuito de provocar uma verdadeira transformação da cultura do local e, consequentemente, fomentar a transformação social. Ficou a lição que precisamos parar de olhar o mapa da cidade para aplicar políticas baseadas em áreas. É importante ver os indicadores por bairro e ouvir suas necessidades. É preciso reconhecer, valorizar e potencializar o que há em cada território. Quais são os bairros mais violentos? O que eles precisam? A transformação lá não foi só urbana, mas cultural. Qualificar o serviço público não é só uma questão estética, mas também ética. Ficamos muito felizes com que vimos e com as nossas conversas com a população. Na nossa bagagem de volta ao Brasil ficou que é possível atuar com foco nas pessoas, todos que interagiram comigo comentavam o espanto e a falta de conhecimento desta realidade. Tudo é possível se trabalharmos com força, foco e vontade. Vamos juntos mudar essa realidade. Por Debora Almeida, deputada estadual (PSDB) e duas vezes prefeita de São Bento do Una

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Governo de Pernambuco entrega trecho duplicado da BR-104

O Governo do Estado de Pernambuco entregou um trecho duplicado de oito quilômetros na BR-104, entre Toritama e Pão de Açúcar (distrito de Santa Cruz do Capibaribe), nesta quarta-feira (25). A entrega é uma notícia muito aguardada pelo Agreste Setentrional. Após a abertura do trecho, outros 5,2 quilômetros receberão serviços de terraplenagem, pavimentação, drenagem, sinalização, barreiras de proteção e paisagismo. Esse próximo trecho vai do entroncamento com a PE-160, em Pão de Açúcar, até a entrada da PE-145, que leva ao distrito de Fazenda Nova. A obra cobre um trecho total de 13,2 quilômetros. O governo estadual, através do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), forneceu sinalização vertical e horizontal para garantir a segurança dos usuários da via. As obras de duplicação e restauração da BR-104 receberam um investimento total de R$ 106,3 milhões e foram retomadas em setembro. A previsão de conclusão é de 18 meses. “Essa importante obra vai melhorar bastante a fluidez da via, além de fortalecer a mobilidade urbana e a acessibilidade dos usuários. A retomada dessa obra é resultado de grande esforço do Governo de Pernambuco e vai fortalecer ainda mais a economia e o turismo dessa região, que tem o segundo maior polo de confecções do país", afirma o secretário de Mobilidade e Infraestrutura, Diogo Bezerra.

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