Arquivos Bruno Queiroz Ferreira - Página 6 de 6 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Bruno Queiroz Ferreira

As quatro mudanças de atitude para uma empresa não desaparecer na disrupção digital

Circulou recentemente uma mensagem pelas redes sociais que dizia o seguinte: “O Mp3 faliu as gravadoras; o Netflix faliu as locadoras; o Booking complicou as agências de turismo; o Google faliu as páginas amarelas e as enciclopédias; o Airbnb está complicando os hotéis; o Whatsapp está complicando as operadoras de telefonia; as mídias sociais estão complicando os veículos de comunicação; o Uber está complicando os taxistas; a OLX acabou com os classificados de jornal; o celular acabou com as revelações fotográficas. O mundo evoluiu e com ele também a maneira de se viver e ganhar dinheiro. Quanto mais atrasada a nossa visão mais caro pagaremos por isso”. Mais direta impossível a constatação do impacto da disrupção digital nas empresas e nas nossas vidas, causado pelo rápido avanço da tecnologia e pela popularização da internet. Então, como reagir diante dessa mudança de era que vem afetando as empresas como conhecemos hoje? Não existe fórmula contra a disrupção. Mas alguns sinais básicos, quando associados, indicam o início do processo da transformação digital em um mercado: 1) perda gradual de receita, às vezes pequena, que indicam uma tendência que não pode ser revertida; 2) redução da margem de lucro, causada pela concorrência de produtos/serviços melhores e com menor preço; 3) surgimento de concorrentes que não existiam antes ou vindos de outros setores; 4) surgimento de tecnologias, mesmo que de baixo impacto e adesão dos clientes no primeiro momento, que podem se tornar padrão no futuro pela sua capacidade de expansão exponencial; 5) desregulamentação de leis que regem um setor por novas demandas dos consumidores e por pressão de novos atores de mercado. Uma vez detectados dois ou mais desses sinais, sendo um deles o surgimento de novas tecnologias, o primeiro passo é mudar rapidamente o pensamento e a atitude empresarial. É lógico que nem todas as empresas vão se transformar em 100% digitais, como vimos nos exemplos acima. No entanto, ignorar essa transformação é colocar o futuro em risco. Nesse sentido, é preciso reagir com rapidez e firmeza e levar em conta algumas diretrizes básicas: 1. Não ter medo da mudança - Encarar as mudanças como algo que fará parte das nossas vidas cada vez mais intensamente daqui pra frente. A mudança será um estado permanente. A transformação digital é uma ameaça por um lado, mas por outro pode ser uma grande oportunidade de negócio. Portanto, não se deve ficar preso aos modelos atuais. Imaginar o inimaginável e abrir mão do nosso conhecimento atual é estar aberto à mudança. 2. Não ter medo da tecnologia - Em quase todas as grandes mudanças recentes de mercado, como vimos nos exemplos acima, têm a tecnologia como principal vetor, sendo o smartphone o seu núcleo principal. Nesse sentido, a tecnologia deixa de ser apenas um meio de apoio às atividades e passa a ser, em muitos casos, a atividade fim do negócio. Isso significa que a tecnologia deve ser encampada por todos os setores da empresa, sobretudo pela direção, e não apenas uma responsabilidade da área de TI. 3. Ter a equipe certa - Desenvolver ou recrutar talentos que estejam comprometidos com a mudança de pensamento e de atitude e que possam liderar a transformação digital. Essa nova equipe deve estar preparada para se adaptar aos novos processos e às novas demandas do mercado, provocados pela digitalização. Tendências na gestão de pessoas na era digital que devem ser consideradas: equipes jovens, enxutas, com autonomia operacional, horizontalizadas e multidisciplinares. Metodologia Scrum e organização em squads também devem ser observadas com muita atenção. 4. Ter uma estratégia digital - Não basta estar aberto à mudança, incorporar tecnologia e montar a equipe adequada. Acima de tudo, é preciso ter um diagnóstico correto da realidade do mercado na qual a empresa se situa e uma estratégia adequada para enfrentar a transformação digital. O planejamento não deve ser de longo prazo, pois as mudanças são constantes. A estratégia digital deve ser flexível e revisada periodicamente.

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UniFG realiza, nesta sexta, seminário sobre feminismo, gênero e violência

Nesta sexta-feira (12), a UniFG – integrante da rede internacional de universidades Laureate - realiza o primeiro Seminário de Atualidades sobre Feminismo, Gênero, Violência e Acesso à Justiça para as Mulheres. Aberto ao público e gratuito, o evento acontece no campus Piedade e vai oferecer debates e palestras sobre as principais pautas do Movimento Feminista em Pernambuco. Entre os assuntos estão os entraves que persistem na cultura da violência contra a mulher – inclusive no contexto da justiça, o acesso a ela, o enfrentamento e o reconhecimento dos direitos das mulheres. A iniciativa tem apoio do Núcleo de Gênero Maria da Penha da UniFG, em parceria com o Governo do Estado, através da Secretaria de Políticas para Mulheres. A palestra de abertura será proferida pela secretária da Mulher de Pernambuco, Sílvia Cordeiro. Uma mesa de diálogo será formada por representantes de coletivos feministas do estado para debater os temas. São elas: Regina Célia – filósofa, mestre em Ciência Política, professora de Direito da UniFG e doutoranda em Direito, Justiça e Cidadania na Universidade de Coimbra (Portugal), além de sócia-fundadora e diretora Executiva do Instituto Maria da Penha. Ela também vai apresentar resultados do programa Defensoras e Defensores dos Direitos à Cidadania, uma iniciativa conjunta entre o centro universitário UniFG, o Consulado dos EUA no Recife e Instituto Maria da Penha. O curso prepara estudantes, professores e pessoas da sociedade civil para serem multiplicadores na conscientização sobre direitos humanos na comunidade. Ediclea Santos – integrante do Grupo Espaço Mulher, do bairro de Passarinho, comunidade da Zona Norte do Recife. Entre outros temas, vai falar sobre o Ocupe Passarinho, que trata da falta de políticas públicas dentro da localidade; Elaine Gomes Uma - brincante das Culturas Populares e especialista em Gestão e Produção Cultural. É gestora na Casa Coletivo; Elaine Maria Dias - especialista em Promoção de Políticas de Igualdade Racial no ambiente escolar, pedagoga de formação em gênero na Secretaria da Mulher Estadual e integrante da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco; Geize Cavalcanti - mulher de terreiro, militante do Movimento Negro, integrante do coletivo Negras e Negros em Atividade na Comunidade, Multiplicadora do Obirin Ilá Dudu (a fala da mulher negra) do Uiala Mukaji - Sociedade das mulheres negras. Irani Brito - Coordenação do Coletivo de Mulheres-Casa Lilás, organização criada por ela e outras companheiras da militância feminista. Integra o Fórum de Mulheres de Pernambuco e da AMB, tendo como luta o enfrentamento à violência contra a mulher. Rebeca Oliveira Duarte - professora de Educação das Relações Étnico-Raciais da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e integrante da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco. Juliana Paranhos - secretária da Mulher de Jaboatão dos Guararapes; Serviço: O quê: I Seminário de Atualidades sobre Feminismo, Gênero, Violência e Acesso à Justiça para as Mulheres Quando: Sexta-feira, 12 de maio Horário: das 9hs às 13h Onde: Rua Comendador José Didier, 27, Piedade. Quanto: gratuito.

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Empregos: a disrupção digital vai fechar muitos e criar poucos. De que lado você estará?

As grandes mudanças no ambiente de negócios causadas pelo rápido avanço da tecnologia e pela popularização da internet, chamada de disrupção digital, vai impactar não somente as empresas, mas principalmente os empregos como conhecemos hoje. Muitos deles tendem a desaparecer e outros vão surgir. De que lado você estará? Desde a revolução industrial no final do século 19 que as máquinas fecharam muitos postos de trabalho, sobretudo aqueles de repetição. Essa tendência ainda é crescente com o avanço dos softwares embarcados em robôs capazes de realizar tarefas altamente especializadas em fábricas e armazéns. Inclusive, Bill Gates, fundador da Microsoft (vejam só), está propondo cobrar imposto de renda desse tipo de máquina inteligente. Ele defende que, se a inteligência artificial vai roubar um emprego, ela também deveria pagar impostos. Uma questão polêmica, pois o ganho de produtividade obtido pelo uso das máquinas pode não valer a pena quando comparado ao custo da taxação proposta. Tem que esperar para ver. Mas o problema é maior do que parece. O estudo O Futuro do Emprego, do pesquisador Carl Frey, da Universidade de Oxford, realizado em 702 ocupações do mercado americano de trabalho, concluiu que 47% delas corriam alto risco de serem automatizadas nos próximos 20 anos. E o grande impacto dessa vez estará fora das fábricas e vai atingir uma quantidade maior de profissões, em especial aquelas de baixa qualificação e mais ligadas ao setor de serviços. E o que fazer diante desse novo cenário? Um caminho é entender o funcionamento da Gig Economy, uma tendência na qual um profissional pode ter vários trabalhos complementares. Com o uso de aplicativos, será cada vez mais possível prestar vários serviços ao longo do dia, principalmente aqueles que podem ser contratados sob demanda: motorista (Uber), fotógrafo, cuidador de idosos e de crianças, professor particular, fisioterapeuta, esteticista, recreação, guia turístico, personal trainer, serviços de manutenção em geral, entre outros. Em outras palavras, o emprego está em risco, mas “trabalho” parece que não vai faltar. MAIS VALORIZADAS As profissões que ganharão força com a disrupção digital serão aquelas que exigem habilidades sociais e criativas, tomadas de decisão e desenvolvimento de novas ideias, tais como: médicos, psicólogos, analistas de sistema, engenheiros, arquitetos, pesquisadores universitários, entre outras. Por outro lado, a ideia de que as profissões intelectuais estariam mais protegidas também está caindo por terra. A inteligência artificial cada vez mais presente nos softwares já é capaz de redigir peças jurídicas básicas e até mesmo notícias simples, baseados em reações automáticas. Portanto, jornalistas e advogados não estão imunes ao impacto dos algorítimos. MAIS AMEAÇADAS Entre as profissões mais ameaçadas pela disrupção digital estão aquelas que realizam atividades de intermediação e que a tecnologia faz de modo mais barato e eficiente do que a mão-de-obra humana (em alguns casos até muito melhor), tais como: corretor, vendedor externo, secretária, porteiros, árbitros esportivos, fiscais de trânsito, operadores de caixa, operadores de telemarketing, entre outras. Esses empregos serão substituídos em grande parte pelo uso de aplicativos (Zap, Webmotors, OLX, Americanas, Amazon Go, Uber, Internet Banking), assistentes virtuais (SIRI, Cortana), câmeras de vídeo, leitores e sensores (IoT - Internet das Coisas). *Por Bruno Queiroz, presidente da Abradi

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A disrupção digital pode fechar 40% das empresas. A sua será uma delas?

A disrupção digital vem sendo muito comentada nos últimos tempos. Mas o que realmente significa e por que devemos observar com atenção esse debate que ganha cada vez mais força? Disrupção é o fenômeno que ocorre quando inovações transformam de modo contundente um determinado mercado ou até mesmo criam um novo mercado. Normalmente, tais inovações melhoraram a qualidade do produto ou serviço, permitem preços mais competitivos e aumentam a abrangência de atuação. A disrupção não é novidade. Sempre ocorreu ao longo da história. Inovações como a imprensa, motor a vapor, energia elétrica, penicilina, computador, entre outras, transformaram ou criaram novos mercados em suas épocas. A grande diferença para os tempos atuais está baseada em dois aspectos que não existiam no passado: o avanço muito rápido da tecnologia e a popularização da internet, que permitem um grande alcance de público a um baixo custo. E por que devemos prestar muita atenção na disrupção digital? Um estudo do IMD (International Institute of Management Development da Suíca) patrocinado pela Cisco – realizado com 953 executivos de primeiro escalão de 12 segmentos em 13 países, incluindo o Brasil – aponta que 40% das empresas, como conhecemos hoje, vão deixar de existir nos próximos 20 anos. Essas organizações não conseguirão ajustar ou criar novos modelos de negócios na velocidade necessária para acompanhar as transformações de mercado. No entanto, a maioria dos executivos entrevistados vê a digitalização como um fator positivo. Entre os pesquisados, 75% acreditam que a disrupção digital é uma forma de progresso. Apesar disso, apenas 25% das companhias entrevistadas estão tomando medidas proativas para lidar com esse cenário. E o mais assustador: quase um terço das empresas está adotando uma abordagem de “esperar para ver”, na esperança de seguir os concorrentes que tiveram sucesso. Um comportamento arriscado. Porque uma coisa é certa: se a sua empresa não fizer a própria disrupção digital, o concorrente vai fazer por você. Desenvolvidos Cerca de 75% dos executivos de empresas sediadas em países desenvolvidos afirmaram que a disrupção digital é uma preocupação discutida nos conselhos de administração. Isso mostra que mercados mais maduros, nos quais a disrupção já é realidade, o assunto está sendo tratado de maneira estruturada e com mais relevância. Um outro dado interessante do estudo do IMD mostra que 40% dos entrevistados acreditam que as principais mudanças nos modelos de negócios virão da própria indústria, ou seja a disrupção vai acontecer de dentro para fora. Apenas 24% acreditam que elas surgirão pelas mãos de startups. Emergentes Entre os executivos dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), apenas 48% afirmaram que o tema disrupção digital é discutido em reuniões de conselho. Isso mostra que esses executivos sabem que as coisas vão mudar, mas ainda não sabem como reagir porque não estudaram o assunto com a devida importância. Já sobre de onde virão as mudanças nos modelos de negócio para reagir à disrupção digital, os executivos dos países emergentes pensam de maneira oposta aos seus colegas dos países desenvolvidos: 40% acreditam que as startups irão liderar esse processo, enquanto apenas 24% acreditam que as ideias virão de dentro do próprio negócio. *Bruno Queiroz é presidente da Abradi e colunista da Algomais

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