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Iperid

Algomais.com lança coluna do Iperid

O Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia (Iperid) passa a contar com um espaço fixo no site da Algomais, que você pode acessar diretamente pelo www.algomais.com/colunistas/iperid. A revista já vem fazendo a cobertura dos eventos desse think tank e discutido nas nossas edições impressas e digitais os principais assuntos levantados pelos representantes do instituto. A partir de agora, todo esse conteúdo gerado que envolve as relações internacionais e a diplomacia será disponibilizado nesta coluna. . O Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia é presidido pelo cônsul da Eslovênia no Recife Rainier Michael, e tem como vice-presidente o cônsul de Malta em Recife e presidente da Sociedade Consular de Pernambuco  Thales Castro. O Iperid tem ainda como fellows a embaixadora Kátia Gilaberte e o João Canto. . O Iperid é o primeiro think tank no Norte Nordeste do Brasil, exclusivamente, na área internacional. O instituto tem por missão: Formar cidadania e civismo no campo das pesquisas e das reflexões, envolvendo a ampla área das relações internacionais e da prática diplomática atualmente. "O Iperid é um “Think Tank” de excelência e referência no Nordeste na área diplomática, acadêmica, empresarial e parlamentar, criando pontes, com equilíbrio, rigor analítico, informação e análise rápida just-in-time e promovendo mobilidade e neutralidade para atuar em diversas plataformas públicas e privadas e não-governamentais", afirmou o presidente Rainier Michael.   Kátia Gilaberte e João Canto são fellows do Iperid . Confira as notícias relacionadas ao Iperid que já estão disponíveis na coluna pelo link: www.algomais.com/colunistas/iperid

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Percepções da China (por João Canto)

Entre os dias 26 de junho e 11 de julho deste ano, à convite do Consulado-Geral da China em Recife, em parceria com o MOFCOM - Ministério do Comércio daquele país, uma comitiva dos estados do Nordeste, a qual integrei a equipe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, visitou Xangai e cidades próximas. Gostaria de aproveitar o espaço para agradecer e parabenizar a Cônsul-Geral Sra. Yan Yuqing e sua equipe consular pela iniciativa de aproximar ainda mais o Estado de Pernambuco com a China, criando novas oportunidades de relacionamento sino-brasileiro. No Programa desta Missão, baseado em Xangai, continham, dentre outras agendas nas cidades de Yiwü, Jinhua e Hangzhou, visitas e palestras para entendermos os aspectos e ativos econômicos que alicerçam o robusto crescimento econômico chinês, tais como a Zona de Livre Comércio e o Porto Eletrônico, ambos em Xangai. Porém, não pretendo aqui tecer comentários técnicos ou sobre aspectos da agenda que pude participar, tampouco dos números do crescimento econômico, mas sim expor superficialmente algumas percepções que pude ter acerca da China – mas, obviamente, sem generalizações, dada a robustez e tamanho do país. Para situar o leitor, a China é composta por um pouco mais de 1.3 bilhões de habitantes em uma área de 9,5 milhões de quilômetros quadrados. Possui em seu território apenas 12% de terra agriculturável, e acesso à água potável abaixo da média recomendada por habitante. Portanto, haveria uma condição natural “limitante” para o crescimento econômico. Apesar dessa condição natural imposta à China, atualmente é a segunda maior economia mundial. Quando se tornou o Líder Supremo da China em 1978, Deng Xiaoping constatou que o PIB Per Capita chinês rodeava US$156,00, e estabeleceu uma meta bastante clara: quadruplicar esse valor até o ano 2000. Para isso, percebeu que precisava reformar e abrir o país para o mundo. Na minha perspectiva, uma das grandes colaborações de Xiaoping, em meio à grandes êxitos socioeconômicos logrados, foi a cultura experimentação. A partir de testes práticos acerca teses e teorias, verificou modelos e formatos até então nunca aplicados no país. Como clássico exemplo, a cidade de Shenzhen, no sudeste do país, foi a primeira Zona Econômica Especial e um dos principais experimentos sobre a factibilidade de aplicar o modelo de mercado no país. O resultado do experimento perdura até os dias de hoje na cidade, onde o então conjunto de vilas contendo setenta mil habitantes, cujas principais atividades econômicas à época eram agricultura e pesca, transformou-se numa grande megalópole de 12 milhões de habitantes, lastreada em diversos segmentos industriais e tecnológicos de valor agregado. A título de comparação, o PIB de Shenzhen é superior ao PIB conjunto de todos os estados do nordeste brasileiro. Após participar de algumas palestras e reuniões do Programa, percebi que a cultura da experimentação permanece até hoje. O conceito de ‘tentativa e erro’ para eles me pareceu muito natural, importante de serem verificados e experienciados, e lidam de maneira muito pragmática com a falha, sem preciosismos ou vaidades. A noção de que é necessário experimentar, testar ideias, errar para acertar, talvez tenha sido o mais importante aprendizado nesta ida à China. Quando me perguntam o que mais vi na China, respondo sem medo de errar: além de marcas e carros de luxo importados, muitas gruas nos topos de prédios em construção e maquinários pesados rasgando as ruas da cidade. Xangai, a maior cidade do país (23 milhões de habitantes), impressiona não só pelo porte, mas também pela infraestrutura, pela modernidade, pela arquitetura dos arranha-céus. Apesar de ter ficado positivamente atônito com o show de luzes dos altos edifícios no distrito de Pudong, me chamou muito a atenção em outros distritos a atividade da construção civil e o contínuo – diria incansável – avanço da infraestrutura da cidade, seja ampliando a abrangência do sistema de metrô, seja expandindo a estrutura das vias elevadas da cidade ou simplesmente melhorando a condição e qualidade do que já existe. Afinal, transportar 24 milhões de pessoas diariamente não é fácil, sendo necessária constante aumento de infraestruturas. Curiosamente, vi também muitos bairros serem construídos do zero. Onde antes havia um bairro antigo, com pouco ou nenhum desenvolvimento, ou baixa condição habitacional (para os novos padrões), serem postos ao chão para a construção de um novo bairro, com mais qualidade, estrutura, maior valor agregado, diria. Em determinado momento, passando por uma via elevada, percebi uma grande área devastada, com muitos entulhos e detritos, algumas casas inabitadas ainda para serem demolidas. Continuei olhando e, logo ao lado, uma área totalmente nova, sem nenhuma construção imobiliária ainda, porém com ruas e vias novíssimas (ainda sem as demarcações), postes e semáforos sem fiação, e parques e praças recém montadas. As árvores destas praças, apoiadas em estacas para dar suporte ao plantio recente de mudas adultas, evidenciavam a suspeição -que eram de outros participantes também: se tratava, de fato, de um bairro totalmente novo ou remodelado para atender aos novos padrões. Conforme citei em um parágrafo anterior, as marcas e automóveis de luxo importados ilustram bem os novos hábitos de consumo dos chineses. O poder de compra elevou-se exponencialmente nos últimos anos, fazendo com que os chineses busquem acessar e consumir outros produtos diferenciados – que antes seriam indisponíveis no mercado local ou restritos à uma parcela social elevada – para satisfazer os novos desejos de consumo. Veículos importados, artigos de moda internacional, produtos de tecnologia, turismo no exterior, entre outros bens e serviços de maior valor agregado estão mais acessíveis e disponíveis. Aliás, falando em consumo, me impressionou bastante a utilização massiva de meios de pagamento eletrônico através dos aplicativos Alipay ou WeChat Pay. Confesso que num primeiro momento fiquei tentando compreender o motivo de um cliente numa loja qualquer, ao passar no caixa, utilizava o leitor de QR Code para scannear um código (ou ser lido), digitava algo no celular – possivelmente para confirmar a operação –, pegava os produtos e saía da loja. Esperei a vez do cliente seguinte e prestei mais atenção no processo. Só aí percebi que se tratava

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Iperid representado em reunião do Ministério da Defesa

O presidente do Iperid, Rainier Michael, e o vice-presidente, Thales Castro, participaram do evento do Ministério da Defesa no Recife. "Nos sentimos honrados com o convite do Ministério da Defesa através do General de Divisão CANHACI, Subchefe de Política e Estratégia do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas para pensar e discutir o Projeto Cenários de Defesa 2040", afirmou Rainier Michael.

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Iperid e PwC promovem encontro sobre economia internacional

O Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia (Iperid) e a consultoria PwC realizam amanhã um encontro sobre economia internacional. O vice-governador do Estado e Secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Raul Henry, será palestrante do evento que terá como tema "Pernambuco e o Mundo - Uma visão de longo prazo!" O encontro contará ainda com a participação do presidente do Iperid, Rainier Michael; o cientista político e economista Marcos Troyjo; o cônsul da Itália, Gabor de Zagon; o cônsul da Argentina, Jaime Besserman; o cônsul de Malta, Thales Castro; e o sócio da TGI Ricardo Almeida. O evento acontecerá no Hotel Transamérica Prestige (Av. Boa Viagem, 420), das 8h Às 11h45. Para se inscrever faça o cadastro no link a seguir: Cadastre-se no encontro

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Iperid Global Trends acontece hoje na UniFBV | Wyden

O I Simpósio IPERID Global Trends - UniFBV | Wyden acontece hoje, na sede da universidade. O evento, que começa às 18h30, tem como tema "As mega-tendências globais" e contará com a participação do Cônsul Geral dos Estados Unidos, John Barrett. Para participar é necessário fazer inscrição por e-mail e levar dois quilos de alimentos não-perecíveis. Confirme sua participação pelo email: maria.angeiras@unifbv.edu.br O evento tem como objetivo sintetizar de maneira proativa e engajada os anseios da academia, do mundo político (não partidário), do empresariado e da diplomacia, propondo aprimorar a cultura acadêmica no UniFBV | Wyden voltada para a pesquisa e desenvolvimento da ciência, pela discussão de seus fundamentos filosóficos, históricos, sociológicos e metodológicos. Para operacionalização dos trabalhos, o evento contará com a professora Me. Marília Mesquita na coordenação executiva; professora e pró-reitora acadêmica do UniFBV, Alcione Maria Araújo na coordenação científica, bem como o Cônsul Honorário da República da Eslovênia – Rainier Michael, Carmen Cardoso, Coordenadora Geral do Iperid/Global Trends e Vinícius Rego representante da PWC e Gilberto Freyre Neto, conselheiro do Iperid. No conselho científico editorial, estarão presentes os professores Rafael Lucian e Talita Rampazzo da UniFBV e Thales Castro do Iperid e por fim, professores da UniFBV que comporão a coordenação de cada um dos GTs – Grupos de Trabalho.

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I Simpósio Ipedid Global Trends | UniFBV discute megatendências globais

No dia 16 de outubro acontecerá o I Simpósio Iperid  Global Trends - UniFBV | Wyden - Megatendências Globais. O evento tem como objetivo sintetizar de maneira proativa e engajada os anseios da academia, do mundo político (não partidário), do empresariado e da diplomacia, propondo aprimorar a cultura acadêmica no UniFBV | Wyden voltada para a pesquisa e desenvolvimento da ciência, pela discussão de seus fundamentos filosóficos, históricos, sociológicos e metodológicos. O Simpósio será promovido gratuitamente pelo UniFBV, em parceria com o Iperid - Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia, com o público alvo todos os alunos da graduação e pós-graduação do Centro Universitário, membros associados do Iperid, colaboradores e auditores da PWC, convidados e palestrantes externos. O tema central será "As Megatendências Globais em Diversos Segmentos da Economia e Academia". Para isso, promoverá, além da realização de palestras e debates com renomados representantes empresarias, consulares e acadêmicos, a apresentação de papers produzidos por discentes e avaliados por banca examinadora especializada, tendo como linhas genéricas de pesquisa (ou GTs – Grupos de Trabalho): · Mudanças geoeconômicas e geopolíticas · Deslocamento do poder econômico global · Urbanização acelerada · Energias renováveis/Gestão de Resíduos sólidos e Tecnologia ambiental · Avanços tecnológicos · Internacionalização das atividades econômicas Para operacionalização dos trabalhos, o evento contará com a professora Me. Marília Mesquita na coordenação executiva; professora e pró-reitora acadêmica do UniFBV, Alcione Maria Araújo na coordenação científica, bem como o Cônsul Honorário da República da Eslovênia - Rainier Michael, Carmen Cardoso, Coordenadora Geral do Iperid/Global Trends e Vinícius Rego representante da PWC e Gilberto Freyre Neto, conselheiro do Iperid. No conselho científico editorial, estarão presentes os professores Rafael Lucian e Talita Rampazzo da UniFBV e Thales Castro do Iperid e por fim, professores da UniFBV que comporão a coordenação de cada um dos GTs – Grupos de Trabalho. Inscrição no link: https://www.wyden.com.br/unifbv/evento/simposio

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"Somos mais consumidores do que exportadores"

Rainier Michael sempre foi um cidadão global. Descendente de alemães, seu bisavô nasceu na Tanzânia, possui vários familiares na Europa e, como empresário, já morou em muitos países. Por isso, não foi difícil se adaptar ao mundo diplomático. Hoje é cônsul da Eslovênia e presidente do Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia (Iperid). Nesta entrevista a Cláudia Santos e Rafael Dantas, ele analisa o cenário internacional e defende que Pernambuco invista na diplomacia econômica para atrair mais investimentos e participar do mercado global de forma mais efetiva. Por que você defende que a diplomacia econômica deve ser prioridade para Pernambuco? A diplomacia econômica leva em consideração não apenas o fluxo comercial entre duas regiões, países ou blocos, mas o impacto social que vai ser gerado dessa interação, porque possui um cunho social importante. Acho que trabalhar a diplomacia econômica é uma ação nova, pioneira em Pernambuco e se encaixa perfeitamente dentro da estratégia do Iperid, que é juntar as partes, mas tendo uma visão humana. O que é o Iperid? É um think-tank, uma denominação americana que se pode traduzir como banco de ideias. Um think-tank pode ter vários formatos, como apresentar um viés político ou focado numa área de atuação como, por exemplo, o setor industrial. Mas, de acordo com a pesquisa que fizemos achamos interessante ter um think-tank neutro, com atuação não-partidária, sem ter um viés de um único setor econômico, mas que fosse realmente um banco de ideias para desenvolvimento de uma visão estratégica para Pernambuco. Priorizamos quatro pilares: acadêmico, empresarial, parlamentar e consular, porque verificamos que existe uma baixíssima interação entre esses elementos, mas poderia ser trabalhada pelo Iperid de forma independente, capilar e ágil, dentro desses quatro universos, para a inserção de Pernambuco no contexto regional, nacional e internacional. Quais os entraves para que a diplomacia econômica se estabeleça no Estado? Os quatro pilares não se enxergam. Além disso, diplomacia não é protocolo, é relacionamento interpessoal. Você imagina que assim que chega um representante diplomático, ele deva ser recebido pelas autoridades. Mas isso é protocolo. Isso tem que existir. Se as entidades souberem da existência desse consulado e não tomarem a ação, não vai existir troca, inclusive econômica. Não adianta a gente ter 40 consulados aqui e as entidades não os conhecerem e não visitá-los. Se esse relacionamento não for alimentado constantemente, não funciona. Cabe aos empresários e ao poder público atuar para que esse relacionamento não deixe de existir. As áreas pública e privada têm que entender como funciona essa engrenagem. Qual a importância de Suape para a inserção de Pernambuco no comércio internacional? A importância é fato consumado, concreto e conhecido. A questão é como fazer o porto acontecer. Existem situações inacreditáveis, como ter produtos pernambucanos saindo via terrestre até Santos ou por outros portos para serem exportados. É uma situação que não deveria acontecer. Por que acontece? No meu entendimento, quando Suape começou a operar, a visão realmente era que fosse um porto voltado para o comércio internacional. Hoje ele está muito restrito à cabotagem (navegação que se faz na costa, em portos de um mesmo país, em distâncias pequenas). Se é um porto que tem um calado excelente para navios de grande porte, com uma grande estrutura, localização geopolítica fantástica, então a gente tem que entender porque isso aconteceu. Existe ainda a questão de logística que deve ser considerada. Temos ferrovia que chegue até Suape? Não. O segundo ponto é que o exportador não enxerga Suape como um local para escoar seu produto. Vamos lembrar que a balança econômica de Pernambuco é negativa. Se é deficitária, não estão entrando dólares. Somos mais consumidores do que exportadores. Como está o acordo de comércio entre Suape e o porto de Koper, na Eslovênia? Os documentos estão prontos. Estamos aguardando as partes agendarem para fazer as assinaturas. Esse acordo é interessante para dar acesso a Pernambuco ao que se chama de oceano azul. Pernambuco pode montar sua estratégia de atuar num oceano vermelho, isto é, um mercado maduro, consolidado (como o Porto de Roterdã ou Hamburgo). Mas para isso é preciso ter um capital enorme, ter uma grande estrutura financeira para aguentar a concorrência. A outra opção é atuar em um mercado que não foi descoberto. É o caso do Porto de Koper, que está localizado no mar Adriático, ao lado do porto de Trieste. Ele é extremamente ágil, eficiente e é uma porta de entrada para a União Europeia. A BMW exporta basicamente 30% da sua produção pelo porto de Koper. A Eslovênia é um país de dois milhões de habitantes, não é um mercado consumidor grande, mas está próximo a vários países chamados de land-locked, que não têm porto, como Hungria, República Tcheca, Eslováquia, Ucrânia. Ou seja, dá acesso ao mercado da Europa Central. Por que a cachaça não é trabalhada na Europa Central, que é um grande consumidor de destilados? Essa pergunta eu não sei responder. Não é interesse, não é estratégico? Ou nunca foi estudado? Como o pequeno empresário pode se beneficiar da representatividade consular em Pernambuco? Ele tem que ser mais atuante com as entidades que o representam. O pequeno e o médio empresário têm que estar organizados e é por meio das entidades que vão poder contatar os consulados. São instituições como a Associação Comercial de Pernambuco ou a Câmara dos Dirigentes Lojistas. Aí eu faço até uma pequena provocação: quando foi a última vez que um ente consular visitou essas entidades? Veja, não apenas de forma protocolar. É o que eu repito: protocolo é a base da diplomacia, mas o que traz resultados é o relacionamento interpessoal. Quando foi a última vez que houve uma integração, um evento, para se discutir isso? Não adianta esperar que a representação consular vá bater na porta. Tem que existir uma chamada dessas entidades. Da mesma forma, tem que haver uma interação da área acadêmica com os consulados. Não estou me referindo ao intercâmbio de estudantes, mas da interação dos acadêmicos com a área empresarial – do

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Thales Castro faz palestra sobre a situação da Síria e a Primavera Árabe

O Vice-Presidente do IPERID (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia) e cônsul de Malta, Thales Castro, apresenta e comenta o papel e as dinâmicas jurídicas, políticas e diplomáticas do Conselho de Segurança da ONU e a atual crise na Síria no 1º Ciclo de Palestras, promovido pela Faculdade Damas. Em sete encontros, especialistas ligados aos demais temas escolhidos para os comitês desta edição farão parte da preparação para a chegada da primeira simulação de organismos internacionais para universitários de Pernambuco, o PEMUN. O evento é aberto ao público. A Faculdade Damas fica na Av. Dr. Malaquias, 1426-B, no bairro das Graças. Inscrições no link: https://www.sympla.com.br/a-situacao-na-siria-e-a-primavera-arabe---i-ciclo-de-palestras-pemun__256390 IPERID. Trata-se do primeiro think tank da região Nordeste, que atua como um grupo de pesquisas ou laboratório de ideias, produzindo e difundindo conhecimento sobre assuntos estratégicos sobre relações internacionais e diplomacia. VEJA TAMBÉM Lançamento do Iperid discute a conjuntura internacional e de Pernambuco Iperid e PwC promovem encontro sobre economia internacional Iperid e as novas fronteiras para a diplomacia

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Lançamento do Iperid discute a conjuntura internacional e de Pernambuco

O Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia (IPERID) foi lançado ontem durante o evento “Pernambuco e o Mundo – Uma visão de longo prazo”, que foi realizado em parceria com a PwC Brasil. O encontro reuniu empresários, representantes do setor público e da sociedade consular pernambucana. Foram palestrantes o economista e cientista político Marcos Troyjo e o vice-governador e secretário de desenvolvimento econômico de Pernambuco, Raul Henry. O presidente do Iperid e cônsul da Eslovênia, Rainier Michael, explicou os objetivos da instituição e falou sobre o tamanho do polo consular instalado no Estado. "O Iperid nasce com a proposta de ser um grupo de pesquisas e um laboratório de ideias em torno das relações internacionais, unindo a academia, a classe empresarial e parlamentar e o hub diplomático do Recife, que conta com 38 representações", afirma. O Iperid é o primeiro think tank no Norte Nordeste do Brasil na área internacional. Em sua palestra, Marcos Troyjo, co-diretor do BricLab da Universidade Columbia, dos Estados Unidos, defendeu a importância do País ampliar a fatia do Produto Interno Bruto relacionada ao comércio internacional. Ele fez uma análise da conjuntura internacional baseada no Global Economy 2050, estudo da PwC que aponta que o Brasil será a 5ª maior economia do mundo em algumas décadas. "O grande diferencial que permeia por todos os países que se desenvolveram seu comércio exterior é que todos eles conseguiram desenhar e implantar uma estratégia de adaptação à globalização", afirmou. Troyjo falou no evento sobre as variáveis que poderão nortear o cenário internacional até 2050, destacando a mudança da liderança econômica mundial, que passará para a China, e o eclipse demográfico, que terá a Índia como o País mais populoso do mundo. O economista ressalta ainda a urgência de tratar dos impactos sociais da quarta revolução industrial, ou a chamada Economia 4.0.  "Será um mundo de oportunidades para poucos e poucas oportunidades para muitos. O grande desafio é saber como lidar com esse fenômeno de exclusão". O vice-governador Raul Henry falou sobre a recuperação econômica de Pernambuco e  do trabalho de captação dos investimentos que está sendo feito pelo Estado. "Pernambuco é um Estado de grande potencial econômico, mas não é uma ilha. É um Estado que vive todas as consequências dos ciclos econômicos que o Brasil atravessou ao longo dos últimos anos. Mas Pernambuco tem potencial para retomar o crescimento numa velocidade maior que a do Brasil", afirmou. Raul, que é também o secretário de Desenvolvimento Econômico, tratou das perspectivas de crescimento do Estado a partir de cada um dos polos de desenvolvimento que foram erguidos na última década. O evento, que foi patrocinado pela PwC Brasil e  apoio da Revista Algomais, contou ainda uma mesa com depoimentos do cônsul da Itália, Gabor de Zagon; o cônsul de Malta e vice-presidente do Iperid, Thales Castro; o economista da Thobias Silva, da Fiepe; e do sócio da TGI Ricardo Almeida. Também participou do encontro o sócio da PwC Brasil José Vital. Veja mais fotos do evento no nosso Instagram e Facebook. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais - rafael@algomais.com

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Iperid e as novas fronteiras para a diplomacia

Durante o 3º Congresso de Comércio Exterior, que aconteceu na Faculdade Damas, foi anunciada a criação do Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia (Iperid). Trata-se do primeiro think tank da região Nordeste. “Os think tanks atuam como um grupo de pesquisas ou laboratório de ideias, produzindo e difundindo conhecimento sobre assuntos estratégicos. Esse é um instrumento muito usado no exterior para geração de conteúdo de excelência e de referência, com equilíbrio e rigor técnico”, explica o cônsul da Eslovênia, Rainier Michael. A organização tem como meta conectar a extensa presença consular na capital pernambucana com a academia, o empresariado e o parlamento. “Temos a proposta de envolver os alunos e academia em geral e os empresários pernambucanos para que sejamos líderes nos estudos em comércio exterior e diplomacia através do Iperid”, sugere o cônsul de Malta, Thales Castro. Presente no lançamento do Iperid, o Cônsul Geral da Argentina, Jaime Besserman, confirmou o apoio para fortalecimento e a internacionalização dessa ação. “Essa iniciativa gera entrosamento das entidades governamentais e privadas da região com os países representados e será um grande motor para região gerando ideias, planos e sugestões para serem desenvolvidos”, afirma o cônsul. O instituto nasce com a composição de sete organizações: os consulados da Eslovênia, Malta e Argentina, a Faculdade Damas, a Rede Gestão, a TGI e a PwC. “Esse é o pontapé inicial de uma atuação que tem o objetivo de promover o diálogo com outros países que possuem fóruns semelhantes”, diz Rainier. ACORDOS INTERNACIONAIS O senador Armando Monteiro Neto, ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, realizou uma aula magna no congresso e defendeu um maior protagonismo do Estado e do Brasil na construção de pontes para impulsionar as exportações. “Quem não tiver integrado nas redes de acordos internacionais não poderá aproveitar as oportunidades para ampliação do fluxo de comércio e de investimentos que estão colocados no mundo”, alertou. O pouco interesse das empresas locais foi mencionado pelo parlamentar. Ele relatou que em 2014 pouco mais de 250 empresas pernambucanas exportavam. “A crise está criando uma atenção de que o canal externo é um caminho onde o empresário tem que investir. Mas para isso precisamos mudar a cultura empresarial”. Para aproveitar as oportunidades que estão além das fronteiras, o senador defende um tema crucial para ser rediscutido no meio empresarial: “O grande tribunal da competitividade é o comércio exterior. Só exporta quem é competitivo”. LEIA MAIS Pernambuco recebe missão anual de Embaixadores da União Europeia Consulados são pontes para o exterior "Pernambuco tem perspectivas brilhantes", afirma a consulesa da China

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