Colunistas - Página: 272 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Terceirização: muita calma nessa hora! (por Bruno Moury Fernandes)

É momento de dar uma pausa nas croniquinhas metidas a engraçadas que escrevo aqui na coluna para falar de um assunto sério: a terceirização. A imprensa anda a propagar que com o advento da Lei 13.429/17, sancionada pelo presidente Temer, passamos a ter no Brasil a possibilidade da terceirização irrestrita. Não é bem assim! Empresários e empreendedores em geral: devagar com o andor! A norma não diz ser possível a terceirização da atividade-fim. Afirma tão somente que não se configura vínculo empregatício entre trabalhadores da empresa prestadora de serviços e a empresa contratante. Talvez alguém entenda que isto acabe por significar a mesma coisa (tenho cá minhas dúvidas), mas a própria norma traz no seu bojo uma série de requisitos de validade para que a terceirização seja considerada válida e, portanto, se pelo menos um desses requisitos não estiverem cumpridos, evidentemente que a Justiça do Trabalho poderá reconhecer o vínculo sim! Notadamente quando estiverem presentes os elementos caracterizadores da relação empregatícia, tais como subordinação, pessoalidade, onerosidade. Em outras palavras: a regra da impossibilidade de reconhecimento de vínculo cai por terra quando os requisitos para a terceirização, previstos nessa mesma norma, não forem atendidos. Ou tentando ser mais claro: é falsa a afirmativa de que a partir de agora “poderei terceirizar tudo o que bem entender, da forma que eu quiser, pois jamais o trabalhador será considerado meu empregado”. Para que a terceirização seja considerada lícita, de acordo com a norma, devem ser cumpridos os seguintes requisitos: a) os serviços contratados devem ser determinados e específicos; b) a empresa deve ser uma prestadora de serviços determinados e específicos, ou seja, não pode ser a famosa empresa “faz tudo”; c) a empresa prestadora de serviços a terceiros deve ter capital social compatível com o número de empregados; d) deverá existir um contrato de prestação de serviços contendo qualificação das partes, especificação do serviço a ser prestado, prazo para realização do serviço e o valor; e) a empresa prestadora de serviços é quem dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, não podendo a tomadora fazê-lo diretamente. Aliado a tudo isso, há uma inegável carga ideológica por parte de alguns magistrados trabalhistas contrários à terceirização. A Associação Nacional dos Magistrados Trabalhistas posiciona-se veementemente contra a terceirização irrestrita. O ativismo está mais vivo do que nunca e a ideologia de alguns se fará presente nas decisões a serem proferidas em casos concretos. Tenho conversado com doutrinadores e magistrados e pude ver e ouvir: não é bem assim como esse governo quer. Enfim, estou convencido de que quem definirá o quão (ir)restrita será a terceirização, será a Justiça do Trabalho. Assim, tenho opinado, a todos os nossos clientes, quando me perguntam: posso, a partir de agora, adotar a terceirização largamente na minha empresa? Respondo, sem titubear: muita calma nessa hora! Por enquanto, apenas aguarde e observe! *Bruno Moury Fernandes é advogado, cronista e colunista da Revista Algomais

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Empregos: a disrupção digital vai fechar muitos e criar poucos. De que lado você estará?

As grandes mudanças no ambiente de negócios causadas pelo rápido avanço da tecnologia e pela popularização da internet, chamada de disrupção digital, vai impactar não somente as empresas, mas principalmente os empregos como conhecemos hoje. Muitos deles tendem a desaparecer e outros vão surgir. De que lado você estará? Desde a revolução industrial no final do século 19 que as máquinas fecharam muitos postos de trabalho, sobretudo aqueles de repetição. Essa tendência ainda é crescente com o avanço dos softwares embarcados em robôs capazes de realizar tarefas altamente especializadas em fábricas e armazéns. Inclusive, Bill Gates, fundador da Microsoft (vejam só), está propondo cobrar imposto de renda desse tipo de máquina inteligente. Ele defende que, se a inteligência artificial vai roubar um emprego, ela também deveria pagar impostos. Uma questão polêmica, pois o ganho de produtividade obtido pelo uso das máquinas pode não valer a pena quando comparado ao custo da taxação proposta. Tem que esperar para ver. Mas o problema é maior do que parece. O estudo O Futuro do Emprego, do pesquisador Carl Frey, da Universidade de Oxford, realizado em 702 ocupações do mercado americano de trabalho, concluiu que 47% delas corriam alto risco de serem automatizadas nos próximos 20 anos. E o grande impacto dessa vez estará fora das fábricas e vai atingir uma quantidade maior de profissões, em especial aquelas de baixa qualificação e mais ligadas ao setor de serviços. E o que fazer diante desse novo cenário? Um caminho é entender o funcionamento da Gig Economy, uma tendência na qual um profissional pode ter vários trabalhos complementares. Com o uso de aplicativos, será cada vez mais possível prestar vários serviços ao longo do dia, principalmente aqueles que podem ser contratados sob demanda: motorista (Uber), fotógrafo, cuidador de idosos e de crianças, professor particular, fisioterapeuta, esteticista, recreação, guia turístico, personal trainer, serviços de manutenção em geral, entre outros. Em outras palavras, o emprego está em risco, mas “trabalho” parece que não vai faltar. MAIS VALORIZADAS As profissões que ganharão força com a disrupção digital serão aquelas que exigem habilidades sociais e criativas, tomadas de decisão e desenvolvimento de novas ideias, tais como: médicos, psicólogos, analistas de sistema, engenheiros, arquitetos, pesquisadores universitários, entre outras. Por outro lado, a ideia de que as profissões intelectuais estariam mais protegidas também está caindo por terra. A inteligência artificial cada vez mais presente nos softwares já é capaz de redigir peças jurídicas básicas e até mesmo notícias simples, baseados em reações automáticas. Portanto, jornalistas e advogados não estão imunes ao impacto dos algorítimos. MAIS AMEAÇADAS Entre as profissões mais ameaçadas pela disrupção digital estão aquelas que realizam atividades de intermediação e que a tecnologia faz de modo mais barato e eficiente do que a mão-de-obra humana (em alguns casos até muito melhor), tais como: corretor, vendedor externo, secretária, porteiros, árbitros esportivos, fiscais de trânsito, operadores de caixa, operadores de telemarketing, entre outras. Esses empregos serão substituídos em grande parte pelo uso de aplicativos (Zap, Webmotors, OLX, Americanas, Amazon Go, Uber, Internet Banking), assistentes virtuais (SIRI, Cortana), câmeras de vídeo, leitores e sensores (IoT - Internet das Coisas). *Por Bruno Queiroz, presidente da Abradi

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Mandamentos do Pedestre (por Francisco Cunha)

O encarte Os Mandamentos do Pedestre Recifense que está circulando junto com este número da Revista Algomais é a publicação de lançamento do Movimento Olhe Pelo Recife – Cidadania a Pé que conta, nesta atividade pioneira, com o apoio da Prefeitura do Recife. O Olhe Pelo Recife – Cidadania a Pé foi constituído no final do ano passado como um movimento, a partir da experiência bem sucedida das Caminhadas Olhe Pelo Recife do Observatório do Recife que tive a satisfação de guiar, desde 2010, em 14 edições percorrendo mais de 100 km e mobilizando centenas de pessoas. Nessas caminhadas, tivemos a oportunidade de observar, além das peculiaridades históricas, paisagísticas, arquitetônicas que fazem de nossa capital, nas palavras do historiador Leonardo Dantas Silva, “um museu vivo da história de Pernambuco”, as enormes dificuldades impostas aos pedestres, seja por conta das péssimas condições das nossas calçadas, seja devido à falta de respeito por parte dos condutores de veículos, em especial os motorizados. Justamente para se constituir num porta-voz dos pedestres, acompanhando inclusive uma tendência mundial de protagonismo do modo de deslocamento a pé nas cidades, é que o Movimento Olhe Pelo Recife foi formalizado. O propósito do Movimento é: “Chamar a atenção sobre a importância da mobilidade a pé para a qualidade de vida urbana, propor soluções para o seu aperfeiçoamento, mobilizar a opinião pública e realizar parcerias (com o poder público, as empresas privadas e as entidades da sociedade civil) que facilitem a execução de ações capazes de contribuir para a melhoria substancial da caminhabilidade no Recife.” Em reunião de apresentação do Movimento à Prefeitura do Recife, foram combinados os seguintes encaminhamentos: (1) ação redobrada da prefeitura para retirada dos carros das calçadas da cidade (começando pelos corredores de maior fluxo); (2) estabelecimento de um interlocutor do Poder Executivo Municipal para o tema das calçadas; (3) realização conjunta do 1º Congresso das Calçadas do Recife (para a produção da Carta das Calçadas do Recife). A publicação dos Mandamentos do Pedestre Recifense se insere no âmbito deste movimento de cooperação, afinal como diz o anúncio do rádio: “na cidade todos somos pedestres”. Caminhar é preciso! Melhor ainda com pedestres conscientes! Baixe o arquivo completo no link abaixo: 10 Mandamentos do Pedestre Recifense  

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Cinema Pernambucano: Gabriel Mascaro

Ele já recebeu das mãos do diretor americano Francis Ford Coppola (trilogia O Poderoso Chefão) o prêmio de melhor direção. Seus filmes acumularam prêmios em festivais no Brasil e no exterior. Sua filmografia abrange curtas e longas-metragens, passando por documentários e filmes de ficção. Alguns deles suscitaram polêmicas e discussões. Outros, encantaram o grande público com suas belas imagens. Na coluna Cinema e Conversa desta semana, relembro dois importantes filmes do cineasta pernambucano Gabriel Mascaro. Um Lugar ao Sol 2009 ‧ Documentário ‧ 1h 11m Mascaro leva o espectador ao mundo dos moradores de coberturas de três grandes cidades brasileiras: Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Incrível como os discursos se repetem no filme, não importa em qual cidade tenham sido pronunciados. Discurso presente nas imagens que se intercalam entre os depoimentos: as sombras dos edifícios invadindo a praia e furtando os raios de sol dos banhistas. Prédios que, filmados de dentro de um elevador panorâmico, ficam cada vez menores. Espanta a arrogância destilada em cada palavra, a ânsia por estar acima das pessoas, tal qual sua cobertura. “É uma sensação de domínio. Parece que estou dominando o espaço. É muito interessante essa relação. Você vai para um plano mais elevado. É gostoso, pois você sente que está dominando todo o ambiente”, assim declarou uma das pessoas entrevistadas. Outra, considera que, morar numa cobertura, proporciona o privilégio de estar mais perto de Deus. E assim segue o documentário, escancarando uma realidade comum apenas a uma ínfima parcela do povo brasileiro. Boi Neon 2015 ‧ Drama ‧ 1h 41m Ele integrou a lista dos dez melhores filmes de 2016 do The New York Times. Acumulou prêmios por onde passou, entre eles, o Prêmio Especial do Júri Orizzonti no Festival de Veneza, a Menção Honrosa no Toronto International Film Festival, o prêmio especial do júri no Festival de Havana, o prêmio de Melhor Direção no Festival Internacional de Cinema de Marrakech (entregue pelo diretor Francis Ford Coppola, então presidente do juri) e quatro prêmios no Festival do Rio. No filme, o ator Juliano Cazarré interpreta Iremar, um vaqueiro que divide o trabalho braçal nas vaquejadas com o sonho de um dia se tornar estilista. Mascaro usa os currais e as vaquejadas como pano de fundo para tratar da questão de gênero, retratando um ambiente social que um dia fora marcado por papeis bem definidos e que hoje passa por grandes mudanças. Além de Iremar, outros personagens dão voz a esse discurso: a caminhoneira Galega (Maeve Jinkins), que trabalha com o transporte de gado e Júnior (Vinicius de Oliveira), um vaqueiro bem vaidoso que tem o hábito de fazer chapinha nos longos cabelos. Difícil não falar também da cena de sexo protagonizada por Cazarré e Samia de Lavor. A atriz estava grávida na época das gravações, o que gerou certa polêmica, dividindo opiniões por onde o filme passou. A cena é um plano-sequência de aproximadamente 10 minutos. Filmografia Boi Neon (2015) Ventos de Agosto (2014) Doméstica (2012) Avenida Brasília Formosa (2010) Um Lugar ao Sol (2009) KFZ - 1348 (2008) Site oficial: http://pt.gabrielmascaro.com *Por Wanderley Andrade, jornalista e crítico de cinema

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O fim da era dos consoles?

Essa é minha história, mas tenho certeza de que representa muitos gamers. Gostaria de dizer que meu primeiro console de games foi um Atari, mas não peguei o clássico. Por outro lado, vivi a era de ouro dos consoles que moldaram minha geração, como Master System, Super Nintendo e Nintendo 64. Sinto forte o sabor da nostalgia ao me lembrar dos cartuchos dessa geração. Tenho certeza de que quem não pegou essa era sente o mesmo que sinto em relação ao Atari. Sempre vivi uma relação de amor com os consoles de jogos, mas nem sempre me dei bem. Fui um dos que experimentaram comprar um Dreamcast e ter o gosto amargo de ver seu investimento dar errado com a descontinuidade do sistema. Passei anos apostando em computadores como consequência da decepção até que consegui comprar um PS2. Fã de futebol que sempre fui, jogar Winning Eleven era regra há cerca de uma década. Passada essa experiência que me colocou de volta na trilha dos consoles, parti para um Xbox 360 em meio às dúvidas sobre seus defeitos técnicos. Hoje, posso dizer que foi minha melhor experiência. Comecei a jogar online e a ter acesso a uma biblioteca de jogos que não decepcionava e conhecer um dos melhores controles já feitos. O preço do PS4 e a relação de amor com o console da Microsoft me levaram a comprar um Xbox One, e convencer vários amigos a fazerem o mesmo. Tive muitas alegrias com essa última escolha, mas venho – assim como grande parte da comunidade – desconfiado dos rumos que o sistema seguiu. Hoje, a quantidade de amigos que trocam o Xbox One pelo PS4 só cresce. Chegamos então à pergunta que me levou a escrever essa coluna. Ainda existe espaço para consoles no nosso mercado? Minha primeira resposta seria SIM!!! Afinal, sou apaixonado por eles. Mas a dura verdade é que os consoles estão, cada vez mais, parecidos com PC Gamers. Não é minha intenção entrar em méritos gráficos no momento. (Sim, PC sempre será mais potente), mas essa geração serviu para acabar com dois dos grandes méritos dos consoles. Com a convergência de conteúdos, um console faz muitas coisas – Não somente rodar jogos. Não à toa, a Microsoft coloca elementos do Windows 10 no Xbox One. A Sony inaugurou uma nova tendência que promete distanciar os consoles ainda mais de seu histórico. Hoje, existem versões do PS4 e PS4 Pro. A diferença? As configurações. Na teoria, rodam os mesmos jogos, mas com frame rates e resoluções diferentes. A Microsoft já anunciou que lançará neste ano o Project Scorpio, com a mesma proposta. Ou seja, escolher um console está virando o mesmo de escolher um PC Gamer, com configurações distintas, dependendo de quanto você pode pagar. Não bastasse isso, com a velocidade de atualização desses aparelhos, podemos acabar caindo no mesmo problema do PC e ter que trocar constantemente de equipamento para rodar todos os lançamentos. Ainda não estou pronto para bater o martelo e dizer que a era dos consoles acabou, mas é bom nos prepararmos para isso. Não parece estar muito distante, ainda mais com a evolução das placas gráficas para notebooks. O que resta para nós – amantes de consoles – é aproveitar ao máximo os aparelhos que possuímos e torcer para que não entremos em uma corrida por upgrades a cada três anos. Hoje, o risco dos consoles virarem novas lembranças nostálgicas me parece bem real.

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Governo de Pernambuco convoca 1.322 aprovados no concurso da PM

O governador Paulo Câmara determinou a convocação imediata de 1.322 candidatos aprovados no concurso público para Soldados da Polícia Militar de Pernambuco, para matrícula no Curso de Formação e Habilitação de Praças da Polícia Militar. Participam dessa etapa os candidatos aprovados no exame de habilidades e conhecimentos, de aptidão física, avaliação psicológica e julgados aptos nos exames médicos. O chamamento foi publicado no Diário Oficial (DO), pela portaria conjunta assinada pelos secretários Milton Coelho (SAD) e Ângelo Gioia (SDS). Também consta a lista completa dos convocados, que pode ser conferida através do link: http://200.238.105.211/cadernos/2017/20170418/1-PoderExecutivo/PoderExecutivo(20170418).pdf Cada candidato deverá apresentar, no período de 02 de maio a 02 de junho de 2017, a documentação prevista no Edital e protocolá-la no Campus de Ensino Mata, localizado na BR 408, Km 76,5, Paudalho/ PE, das 08 às 12 horas, que será analisada para confirmação das matrículas e início do curso de formação. Após a conclusão do curso na Academia de Paudalho, os novos Praças entrarão em serviço até dezembro deste ano.

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Velozes e Furiosos: franquia mostra que não perdeu a força

A morte de Paul Walker em um trágico acidente quando voltava de um evento beneficente levou muitos fãs e até o próprio Vin Diesel a questionar o futuro da franquia Velozes e Furiosos. A fatalidade aconteceu em 2013, no mesmo período em que o ator concluía as gravações do sétimo filme da saga. O roteiro precisou ser reescrito e algumas cenas com Walker geradas com o auxílio de computação gráfica no estúdio do diretor neozelandês Peter Jackson. Impulsionado pela comoção dos fãs, o filme se tornou a terceira maior bilheteria da história do cinema, com a marca de US$ 1,520 bilhão. Ainda que tenha lotado salas de cinema mundo afora, tornou-se inevitável a questão: o que seria da franquia sem um de seus principais atores? Após o hiato de dois anos, a pergunta poderá, enfim, ser respondida. Tal qual um motor turbinado, chega aos cinemas Velozes e Furiosos 8, provando que a equipe de Dominic Toretto ainda não perdeu sua força. Na nova aventura, a relação de amizade e confiança entre Dom (Vin Diesel) e o grupo será profundamente abalada. Após ser chantageado por Cipher, a bela vilã interpretada pela ganhadora do Oscar, Charlize Theron, Dom tomará a difícil decisão de trair os amigos durante uma missão. A partir daí a equipe terá a dura tarefa de caçar aquele que por muito tempo os liderou. Segue-se, então, aquilo que todo fã da série gosta de ver: perseguições, manobras engenhosas, grandes explosões e até (acredite!) uma incrível chuva de carros! Desta vez, o humor é melhor explorado pelo roteiro, diferente do longa anterior, que teve todo um quê de comoção devido a morte de Paul Walker. Dwayne Johnson e Jason Statham aparecem nas sequências mais engraçadas. Interessante observar como seus personagens ganharam força na franquia. Eles também são responsáveis pelas melhores cenas de ação, aquelas que não precisam de muita pirotecnia, inspiradas em clássicos do gênero, como os filmes de Chuck Norris e Steven Seagal. Aos que não se consideram fãs, a dica é não levar o filme tão a sério e tentar seguir de "carona" na história. “Não levar o filme a sério" será até bem fácil, se considerarmos cenas como a da bola de demolição gigante que sai destruindo tudo o que surge pela frente ou aquelas que mostram manobras capazes de romper qualquer lei da Física. Foi assim que resolvi encarar a história, que me proporcionou bons momentos de diversão. Velozes e Furiosos 8 mantém a essência dos outros filmes da franquia: uma história fácil de digerir, turbinada por muita ação e adrenalina. Sem dúvida estará na lista dos melhores filmes de ação do ano. *Por Wanderley Andrade, jornalista e crítico de cinema

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CCXP: Pernambuco é Geek - Por Ivo Dantas

Começa nesta quinta-feira (13) a primeira edição da Comic Con Experience (CCXP) no Recife. Conhecida internacionalmente por sua edição anual, em San Diego, nos Estados Unidos, a Comic Con desembarcou com sua versão mais enxuta em São Paulo, em 2014, atraindo milhares de fãs e provando que o Brasil tem um grande mercado de consumidores geek. Pernambuco recebe o evento tentando utilizar o know-how adquirido após sediar algumas edições da Campus Party Recife, evento que também era restrito ao território paulista até alguns anos. Mesmo em meio ao momento pessimista que o Brasil vive, conseguir ser sede de um evento com o porte da CXXP mostra que Recife entrou definitivamente no roteiro geek mundial. Geograficamente, faz todo sentido trazer para a capital pernambucana, atraindo fãs de Estados mais distantes de São Paulo, garantindo um novo público e preservando parte da exclusividade das edições paulista e recifense. Com a programação espalhada pelas redes e ruas da cidade, podemos dizer que, para uma primeira edição, a CCXP Recife está no caminho certo para entregar um evento que agrade os fãs. É bem verdade que uma parte importante das atrações de impacto são de produtos do Netflix, que conseguiu garantir um peso internacional a versão nordestina. Recentemente lançadas e rodeadas de polêmicas, as séries 13 Reasons Why e Punho de Ferro contaram com alguns de seus principais personagens no Centro de Convenções. Vale um destaque ainda para a grande quantidade de quadrinistas na programação. Temos um cenário de HQs que nunca deixa de angariar geeks e nerds. Em tempos da digitalização quase total, de uma cultura do movimento, da transposição dos quadrinhos para a TV e o cinema, abrir espaço para que mais jovens tenham contato com as pessoas que mantém a indústria viva é bastante positivo. A programação conta ainda com a presença de diversos Youtubers do cenário nacional, que sempre arrastam fãs por onde passam. No mais, resta torcer para que a versão pernambucana da CCXP deixe um sabor de quero mais nos fãs que passarão pelo Cecon ao longo dos próximos dias. Somente assim para garantir que o evento retorne, cada vez mais forte, se consolidando no calendário Geek nacional. Os fãs nordestinos merecem.

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Ser Geek é indicar tecnologia para amigos e família (Parte 3)

Chegamos ao terceiro e último post com dicas de tecnologia.  Espero que você tenha gostado das sugestões anteriores, de computadores e tablets. Hoje, falaremos um pouco sobre smartphones. Não há dúvidas de que, assim como no mundo dos tablets, a Apple foi a grande responsável por revolucionar o mercado de celulares. O iPhone trouxe uma nova forma de interatividade, voltada para a tela sensível ao toque. Hoje, é praticamente impossível imaginar um celular sem esse recurso. Não à toa, a Samsung ganhou destaque recentemente ao anunciar o Galaxy S8, novo top de linha da marca. O novo aparelho aposta em uma tela infinity, com bordas praticamente inexistentes. É bem verdade que a tendência não é exclusividade da marca sul-coreana. Ao longo dos próximos anos, as telas devem ocupar cada vez mais espaço, chegando, inclusive, a ocupar as traseiras de alguns celulares. Mas por que o destaque para o Galaxy S8? A Samsung rivaliza diretamente com a Apple pelo troféu de marca premium do mercado de smartphones. Não bastasse isso, o desastre do Galaxy Note 7, com baterias explodindo e recall, colocou uma aura de dúvidas sobre a marca. Para completar, líderes da empresa foram presos acusados de fazer parte de um escândalo de corrupção, que abalou a Coréia do Sul. O novo aparelho é a esperança de novos ventos para a imagem da marca. Abaixo, três sugestões de aparelhos. Volta por cima? Lançado recentemente, o Galaxy S8 tem tela que ocupa praticamente toda a frente do aparelho, leitor de íris para desbloqueio, processador rápido, o novo assistente pessoal da Samsung, Bixby, entrada auxiliar para fone de ouvido, Bluetooth 5.0, que possibilita mais de um aparelho conectado, dentre outras novidades.   Em time que ganha... Desde o falecimento de Steve Jobs que a Apple vem patinando em suas decisões. É difícil ficar em cima do muro quando o assunto são os produtos da marca. Ame-o ou Deixe-o. A geração atual recebeu muitas críticas por deixar de fora carregamento sem fio e entrada auxiliar. Mas para quem gosta de fotos, sua câmera continua sendo uma das melhores do mercado. O iOS, apesar de suas limitações, tem aplicativos e estabilidade que justificam a paixão de muitos consumidores.   Em tempos de crise Tá apertado por causa da crise? Pode ir de Moto G5 sem peso na consciência. Pode não ter todos os recursos das opções anteriores, mas também custa praticamente um terço dos preços de seus concorrentes. Nesta versão, o aparelho trouxe uma traseira em metal, com leitor de digitais e bateria removível. A câmera dá conta do recado para quem não é muito exigente ou vai utilizar os filtros do Instagram. Uma boa ideia para quem está com o orçamento apertado, mas não abre mão da qualidade.  

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"A Cabana", do livro para os cinemas (por Wanderley Andrade)

Ele já esteve no topo da lista dos livros mais vendidos do New York Times. Vendeu mais de 18 milhões de exemplares em todo o mundo. Os números são prova concreta do sucesso editorial de "A Cabana", livro do canadense William P. Young. E seguindo o curso comum aos grandes best-sellers, chegar às salas de cinema seria apenas questão de tempo. O êxito da obra, claro, despertou o interesse de grandes produtores e atraiu importantes atores de Hollywood para o elenco. Chegou, enfim, o dia. Estreia hoje nos cinemas a comovente história de redenção e perdão que conquistou leitores de todo o mundo. Mackenzie Allen Philip conheceu o sofrimento ainda na infância. Seu pai vivia a contradição de exercer a função de presbítero na igreja do bairro e ser alcoólatra. Batia com frequência na mãe de Mack. A situação fez brotar em seu coração uma grande revolta, que o levou a uma difícil decisão. O tempo passou e Mack conseguiu reconstruir a vida. Casou com Nan e teve com ela três filhos, Josh, Kate e Missy. Mas a névoa da dor pairou outra vez sobre Mack: durante um acampamento de fim de semana, a pequena Missy desaparece. Horas depois, uma equipe de buscas da polícia localiza uma cabana e nela, um vestido sujo de sangue. Desde então, nada mais fora encontrado. Mack passa a carregar nos ombros o peso da culpa por nada ter feito para evitar a morte da filha. O tempo passou, menos a dor que continuava ferindo sua vida tal qual um espinho dilacerando a carne. Até que o improvável acontece para mudar esse quadro de sofrimento. Mack recebe uma suposta carta de Deus. Nela, um convite para uma conversa na, até então, infeliz cabana. Lá, ele encontrará, literalmente, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O encontro com a trindade mudará por completo sua vida. Servirá de bálsamo para cicatrizar não apenas as feridas provocadas pela perda da filha, mas também para apagar um passado mergulhado em traumas. O elenco é composto por grandes nomes do cinema mundial e outros não tão conhecidos. Sam Worthington, protagonista do grande sucesso "Avatar", com uma boa atuação encarna Mack. A ganhadora do Oscar de melhor atriz coadjuvante em 2012 pelo filme "Histórias Cruzadas", Octavia Spencer, interpreta Deus. Antes que surja qualquer dúvida, caro leitor, na história, Deus se apresenta para Mack no corpo de uma mulher, artifício usado para quebrar a barreira negativa associada à figura masculina paterna, fruto da infância de traumas do protagonista. Completam o elenco o ator israelense Aviv Alush, que faz o papel de Jesus, a atriz japonesa Sumire como Sarayu (na verdade, o Espírito Santo), o cantor de música country, Tim McGraw, que aqui interpreta o melhor amigo de Mack e, por fim, a atriz brasileira Alice Braga, que surge na história como a Sabedoria. O primeiro terço da história é contado de forma não-linear, através de flashbacks. Escolha mais que acertada, que dá dinamismo à narrativa. Mas a partir da segunda parte o bom ritmo do início é arrefecido. Os longos diálogos de Mack com Deus, Jesus e Sarayu, apesar de importantes para o avançar da trama, tornam a narrativa mais lenta. Falhas técnicas à parte, "A Cabana" é uma boa opção para quem procura um filme para assistir junto à família. A história faz da dor matéria-prima para uma bela mensagem de redenção e perdão. *Wanderley Andrade é jornalista e crítico de cinema

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