Arquivos Colunistas - Página 295 de 295 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Colunistas

Um Jardim Botânico na cidade

Plantas conhecidas da população, como coqueiro e bananeira, vieram do exterior e foram transplantas em terras olindenses Em Olinda, desde os primeiros anos da colonização, os jardins das ordens religiosas serviram para aclimatação de vegetais exóticos, transplantados para o Brasil, do Oriente, da África e da própria Europa. Depois de devidamente adaptados, esses vegetais exóticos, cultivados inicialmente pelos padres jesuítas e frades franciscanos, vieram a dar um novo colorido à paisagem brasileira, a exemplo do coqueiro, da bananeira, da cana-de-açúcar e de tantas outras espécies, que passaram a confundir-se com a própria flora nativa. Mangueiras, coqueiros,/cajueiros em flor,/cajueiros com frutos/já bons de chupar …/Mangabas maduras,/mamões amarelos,/mamões amarelos/que amostram, molengos,/as mamas macias/pra gente mamar... É o colorido da flora pernambucana, nos versos do poeta Ascenso Ferreira, in Trem de Alagoas, onde se misturam vegetais nativos (mangabas e cajus) com o exotismo das espécies aqui aclimatadas (mangas e mamões). O coqueiro (Cocos nucifera), incluído pelo poeta Oscar Brandão no Hino de Pernambuco – "Salve ó terra dos altos coqueiros!" –, é originário do Sudeste Asiático ou das ilhas polinésias. A sua cultura já se encontrava bastante desenvolvida em Pernambuco, no século 16, segundo demonstram as cartas jesuíticas de José de Anchieta e Simão de Vasconcelos ao descreverem os "formosos coqueirais de Olinda” como possuidores de uma amenidade singular. Na primeira metade do século 17 essa monocotiledônea já se encontrava tão disseminada que o conde João Maurício de Nassau, quando da construção de sua Mauritiopolis, chegou a transplantar 700 coqueiros adultos para seu jardim. Segundo depoimentos do Frei Manuel Calado e de George Marcgrave, bem como do relato de Gaspar van Baerle (1584-1648), algumas dessas árvores possuíam caules que alcançavam 50 pés (15,24 metros), sendo transportadas de uma “distância de três ou quatro milhas, em carros de quatro rodas... Já eram septuagenárias e octogenárias e por isso diminuíram a fé do antigo provérbio: árvores velhas não são de mudar". A partir da segunda metade do século 17, começaram a ser introduzidos em larga escala no Brasil alguns vegetais exóticos transplantados do Oriente. É conhecida a ordem Régia de 1677 determinando ao Vice-Rei da Índia a remessa para o Brasil de plantas, estacas e sementes, de canela, cravo, pimenta, noz-moscada e gengibre dados ao conhecimento ao governador de Pernambuco, Aires de Souza Castro, em 1678. Com esses vegetais vieram mangueiras e jaqueiras, em 1682, seguindo-se de outras plantas hoje integradas à nossa paisagem. Em 1797 e 1798, o Conde de Linhares, D. Rodrigo de Souza Coutinho, ministro português, se empenhava na introdução de novos vegetais, que contribuíssem para o desenvolvimento da agricultura, recomendando estabelecer, com a menor despesa possível, um Jardim Botânico em Olinda, onde se cultivassem plantas "assim indígenas como exóticas", segundo informação de José Antônio Gonsalves de Mello. Entretanto, somente em 1811 viria esse Jardim Botânico a ser estabelecido em Olinda, no antigo Jardim dos Padres da Companhia de Jesus (século 16). Naquele ano foram para aqui transplantadas uma grande quantidade de vegetais recolhidos da Guiana Francesa, quando da ocupação pelo governo português em represália à invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão. Do jardim daquela possessão, chamada de "La Gabrielle", veio para Pernambuco e foram plantadas no Horto Del Rei, hoje conhecido como Sítio do Manguinho, variedades de plantas, algumas já aqui existentes, como a caneleira, a pimenteira, o girofleiro, e outras desconhecidas, como a fruta-pão, a caramboleira, o sapotizeiro, a pinheira, a groselheira da Índia, a nogueira de Bancour, a cássia amarga, a jalapa. O Jardim Botânico de Olinda teve importante papel na divulgação desses vegetais e de outros que nele foram sendo introduzidos desde 1811, quando de sua fundação. Em 1817, o viajante francês Louis François de Tollenare viu ali muitas mudas de cacau e cana-de-açúcar de Caiena (ou caiana, como veio a ser conhecida). Sem referência específica de quando foram plantados no Jardim, consta, contudo em 1839 e 1840 que já ali eram distribuídas mudas de palmeira-real, cipreste, Chá-da-índia, fruta-pão, de massa e de caroço (este último difícil hoje de se encontrar), e outras. Dessa distribuição beneficiaram-se muitos sítios recifenses e propriedades rurais diversas de Pernambuco (...) – além das mudas remetidas para outras províncias brasileiras e para fora do Brasil. Nesse Jardim funcionou um curso de Botânica e de Agricultura (1829), do qual era professor o cirurgião pernambucano Joaquim Jerônimo Serpa, no qual se inscreveriam muitos estudantes do Curso Jurídico de Olinda. Em 1845 foi o Jardim Botânico de Olinda extinto, sendo o seu terreno a princípio alugado e mais tarde vendido, pertencendo até recentemente à família Manguinho; daí a denominação popular de Sítio do Manguinho ou o Horto Del Rei. A importância do Jardim Botânico de Olinda foi depois ressaltada por Filipe Mena Calado da Fonseca que, em carta ao Diario de Pernambuco, publicada na edição de 7 de novembro de 1854, chama a atenção para a divulgação entre nós da grama de Angola, popularmente conhecida como capim de planta, que fora transportada das margens do Rio Bango (Angola) para o Brasil em 1811. Além desta, outras espécies foram vulgarizadas entre nós, como a pimenta da Índia, o fruta-pão, a tamareira, o bilimbi, a carambola, o sagu, o sapoti, dentre outras. Ainda sobre a importância dos jardins de aclimatação de Olinda, vale lembrar a publicação do naturalista Manuel Arruda da Câmara (c 1752-1811), Discurso sobre a utilidade de jardins nas principais Províncias do Brasil (Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1810). Na qual apresenta uma "lista das plantas que merecem ser transplantadas e cultivadas". Da Ásia: árvore do pão, salepo, sagu, chá, sene, ruibarbo, escamônea, batatas do Japão, gota gama, loureiro, cássia, verniz da China, verniz do Japão, Khola buu, peônia, évano, bambu, árvore das camisas, sangue de dragão, santalino, árvore do sebo, laca. Da África: baobá, tamareira, matiboeira, pau escarlate, tacula, canume-nume, imbondeiro, agraiá, grama de Guiné [destinada à alimentação do gado na zona do semiárido]. Da Europa: oliveira, castanheiro, nogueira, pinheiro, pinheiro manso, morangos, ameixeiras, damasqueiro ou abricó, cerejeira, ruiva dos tintureiros, rapa língua, fiadeira, malva, verbasco. Da América Setentrional: falva cássia, magnólia maior,

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Corporações

Na crise e fora dela toda sociedade tem conflitos de interesse. Faz parte do  jogo democrático mediá-los e conciliá-los com o interesse público. Quando a economia entra em recessão e o sistema político se fragiliza os conflitos se agravam. Em meio ao tumulto político e econômico que se estabeleceu no país, temos observado um conjunto expressivo de manifestações corporativas que colocam seus interesses acima dos da nação. Brasileiro parece só se unir e ser patriota quando torce pela seleção nacional em competições oficiais. Nos executivos, federal e estadual, eclodem greves com demandas inviáveis no curto prazo. Funcionários do INSS, professores, médicos, etc., exigem maiores salários que desconsideram a situação das finanças públicas. No judiciário federal, funcionários pressionam o Congresso para aprovar reajustes salariais nos próximos anos que comprometem a saúde fiscal do país, mas não estão nem se importando com as consequências. Por sua vez, a magistratura beneficia-se e luta para manter, entre outras benesses, o auxílio-moradia, uma aberração que agride todos os brasileiros.  Na Petrobrás, que está completamente debilitada pelos erros de gestão, pelo baixo preço do petróleo e pelos impactos da operação Lava Jato, os funcionários demandam aumentos salariais e fazem paralisações de alerta, sabendo que o valor do programa de investimentos da empresa é constantemente redefinido para baixo. No legislativo, eivado de gastos excessivos, o Congresso aprova irresponsavelmente as pauta-bomba que inviabilizam o equilíbrio fiscal. Falta solidariedade entre os poderes, desconhecendo-se que a fonte do dinheiro é única: o dinheiro de todos nós. Este aguçamento dos conflitos de interesse durante a crise, todavia, repousa em uma antiga e enraizada cultura corporativista que impregna o setor público brasileiro e que se agravou nos governos petistas que transformou o país em arquétipo de república sindicalista. Todavia, há uma característica estrutural na formação desses mercados de trabalho que constituem o caldo de cultura corporativista. O acesso às carreiras de estado em todos os níveis de governo bem como a entrada nas estatais é disciplinada por concursos públicos. Isso é muito bom para o país, deve ser louvado e precisa ser mantido. Todavia, aí está a gênesis do corporativismo. Os mercados de trabalho assim formados são segmentados entre si, ou seja, uma pessoa não pode se deslocar de um para outro- e cada um deles tem uma única porta de entrada. Assim eles se fecham, desenvolvendo uma cultura corporativista para atender aos seus interesses, custe a quem custar. Esses mercados de trabalho fechados com única porta de entrada são chamados de mercados primários, sendo uma das causas mais importantes junto com as diferenças educacionais para a ainda elevada desigualdade de renda que caracteriza o nosso país. Uma vez dentro, os funcionários exigem maiores benefícios diretos e indiretos que drenam os recursos dos tesouros, federal e estadual, e os caixas das estatais. E aumentam as diferenças com quem está de fora. Corporações, dessa forma, contribuem para as desigualdades de renda. Todos se espelham uns nos outros. Uma sala de espelhos que leva a um ciclo vicioso para equiparar salários e benefícios. Ademais, corporações em meio à crise desenvolvem um instinto animal de defesa. E na falta de lideranças que definam um rumo e que filtre interesses levando-os a uma solução negociada, ela tende a crescer. Líderes mediam conflitos e concilia-os com os interesses da sociedade. Estão faltando muitos.

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Baião de Tudo

MEMÓRIAS DE UM GARANHÃO Um viva para Carlos Mossy, ícone dos filmes de sacanagem na década de 70. Ele foi o principal comedor em mais de 30 comédias eróticas, entre elas Lua de Mel; Oh, que delícia de patrão e Como é boa a nossa empregada. Chegando agora aos 70 anos ele comemora as “lapadas” que deu diante das câmeras com Vera Fischer, Marta Moyano e Adele Fátima. Destaca que elas eram belas e tinham peitos lindos ainda sem plástica. Mas revela que aprimorou o jeito de fazer sexo, caprichando e tendo calma nas preliminares, com Odete Lara no filme Copacabana me engana. Fechou a conversa dizendo: “Minha energia sexual baixou um pouco, talvez por preguiça”. Hoje casado com Isis, 30 anos mais nova do que ele, alega que usa Viagra, para reforçar a sofisticação erétil. SEXO E PACIÊNCIA Duas sem tirar de dentro é conversa de adolescente mentiroso. Para a grande maioria dos homens, o período de latência, como é chamado o intervalo entre uma cacetada e outra, pode levar de minutos a dias. Só 20% dos homens conseguem ter outra ereção poucos minutos depois de ejacular. E tem tudo a ver com a idade: até 30 anos, de 15 a 30 minutos; 40 anos, até 4 horas; 50 anos, até 12 horas; 60 anos, 1 dia; 70 anos, mais de 1 dia. Se o seu velho comedor extrapola essas regras vá em frente. Como disse a doutora Marta: “Relaxe e goze!” O CANTADOR Severino Ferreira, de luto pela morte do sogro, cantando em Fortaleza, respondeu a provocação de um companheiro, que disse estar ele numa boa e mamando na herança do sogro. Severino retrucou: “A minha herança foi só / Um balaio de cebola / Um cabide enferrujado / Pra pendurar a ceroula / E um papagaio safado / Que me chama de baitola.” MEDINDO O PÊNIS Respondendo a uma pesquisa nacional, 85% das mulheres se declaram satisfeitas com o tamanho do pênis do parceiro. Mas só 55% dos homens estão satisfeitos com o tamanho do próprio pênis. Conclusão: num grande percentual quem gosta mesmo de pau grande é homem. O LUCRO DOS COMPOSITORES Na relação do Ecad, os cinco compositores que mais tocam nas rádios do Brasil: Roberto Carlos, Victor Chaves, Sorocaba, Paula Fernandes e Thiaguinho. As cinco músicas mais tocadas no Carnaval do Brasil em 2015: Mamãe eu quero, Cabeleira do Zezé, Me dá um dinheiro aí, Marcha do remador e Jardineira. MEDO Os cientistas estão apavorados com a possibilidade de uma corrida armamentista no campo artificial. Num encontro em Buenos Aires, reuniram 18 mil assinaturas pedindo o banimento das “armas ofensivas autônomas”, nome técnico dos populares robôs assassinos. CORRIDA DE GALA Num homem jovem o sêmen sai do pênis a uma velocidade de 5 metros por segundo e pode ser arremessado a uma distância de até 60 centímetros.

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João Alberto

Brilho Feminino Lana Bandeira é um exemplo de sucesso, brilha em todos os setores em que atua. Sua carreira empresarial começou na Josefinna, junto com Guilhermina Coutinho, uma loja que é referência no setor de calçados femininos. Depois, resolveu usar seus dotes na arte de fazer chocolates e doces. Criou uma empresa que hoje é marca registrada no setor, inclusive assinando as mesas das iguarias em grandes eventos sociais da cidade. Além disso, é uma figura bonita, simpática e que esbanja elegância em todas as reuniões a que comparece. A cultura do novo ministro Marcelo Navarro, que deixa a presidência do Tribunal Regional Federal da 5ª Região para assumir o cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça, é conhecido entre os colegas pelo seu grande conhecimento jurídico. E até é chamado por alguns de Enciclopédia. Sua nomeação foi um ato da maior justiça. Um blog de muito sucesso Rebeka Guerra é uma figura de muito destaque no nosso mundo feminino. Ele resolveu contar suas experiências e criou um blog em que aborda moda, beleza e estilo de vida. Transformou-se num enorme sucesso, com muitas seguidoras e que já lhe proporcionou vários convites para participar de eventos em outros estados e até no exterior. Vandalismo A Emlurb gasta algo em torno de R$ 2 milhões por ano para recuperar estruturas e repor equipamentos públicos vítimas de depredação por vândalos. Pernambucano O restaurante Mocotó, do chef pernambucano Rodrigo Oliveira, continua fazendo o maior sucesso em São Paulo. Agora ele abriu nova casa, a Esquina Mocotó, também sempre com enormes filas nas mesas. Bem que Jane Suassuna poderia repensar seu projeto de abrir um Mocotó no Recife. Sem chance Humberto Costa revela que não existe a menor possibilidade dele disputar a Prefeitura do Recife em 2016. Sua meta é a reeleição para o Senado em 2018. Hospital Depois dos 20 milhões liberados pelo governo federal, o Hospital da Mulher do Recife deve ser inaugurado em dezembro. Obras físicas já estão 80% concluídas, agora é a instalação dos equipamentos. Boa ideia Existe um a lei que obriga que todo edifício construído no Recife tenha uma obra de arte. Em alguns deles, a manutenção das peças é literalmente esquecida. Assim, é digna de elogios a iniciativa do condomínio do edifício Luiz Numeriano, na Praça de Casa Forte, que encomendou a Paulo Costa a recuperação da escultura que fica na entrada do prédio. Fim de linha Uma das boates mais famosas de Las Vegas, a Studio 54, que ficava logo na entrada do MGM, fechou as portas depois de 14 anos. A desativação da discoteca faz parte do plano de renovação do hotel, que é o maior da cidade, com 5,1 mil quartos, que ainda inclui reforma nos quartos, cassino e restaurantes. MPB em alta A MPB parece estar voltando à moda. Baladas alternativas regadas a hits nacionais vêm fazendo cada vez mais sucesso entre o público jovem. Remixagem de clássicos se unem ao samba e à bossa nova, além dos ritmos latinos que esquentam as pistas. O que se comenta... ● QUE não existe o menor entusiasmo entre os lojistas com relação às vendas de final de ano. ● QUE a Prefeitura do Recife deveria seguir a decisão da Prefeitura de São Paulo, que está normatizando o funcionamento dos food trucks, veículos que servem comida nas ruas. ● QUE a Avenida Beira-Mar em Piedade, foi rebatizada com o nome de Senador Sérgio Guerra. ● QUE a decisão de Antônio Campos de disputar a Prefeitura de Olinda foi muito bem estudada e que dificilmente ele desistirá. ● QUE apesar de ser muito cara, não existe pipoca melhor que a servida nos cinemas.  

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Minhas fotos do Recife e a esperança

Sempre gostei de tirar fotos. No início, usava uma máquina não sofisticada em viagens. Já na era digital, troquei por uma pequena sem filme mas me via invariavelmente entediado e, não raro, exasperado, às voltas com negativos, revelações e álbuns, e, depois, com os terríveis arquivos digitais, sempre desaparecidos em disquetes, HDs, CDs, pen drives e nuvens ermas... Até que, às vésperas de uma viagem ao oriente, recebi um iPhone 4 e viajei com ele e minha câmera digital. A partir dessa viagem, a câmera convencional foi definitivamente aposentada. Mais ou menos na mesma época, o amigo Bruno Queiroz, praticamente me forçou a entrar nas redes sociais alegando, diante da minha desconfiança, que eu tinha muito o que dizer nelas... Primeiro o Twitter, depois o Facebook e, por fim, o Instagram. Isso, aliado ao meu gosto pelas caminhadas na cidade, terminou produzindo o composto que levaria a uma inusitada ousadia: iPhone, fotos de locais e coisas do Recife visto a pé, filtros e publicação no Instagram e no Facebook e amigos virtuais elogiando as fotos postadas e pedindo uma exposição... Até que o amigo de infância, companheiro das Caminhadas Domingueiras e dos livros sobre o Recife, doutor em Física e artista plástico, Plinio Santos Filho, me convida a fazer uma exposição no seu Espaço Vitruvio no Poço da Panela. Com ele como curador e outro amigo de infância, Paulo Gustavo, poeta, mestre em Literatura e recém acadêmico pernambucano de letras, como apresentador, e vou eu fazer uma exposição fotográfica patrocinada pela TGI Consultoria em comemoração aos seus 25 anos de vida. Um alinhamento improvável de eventos e lá está um não fotógrafo (para me autorizar a sê-lo, seriam necessárias dedicação e aplicação que nem de longe tenho), fazendo uma exposição fotográfica... Penso que a principal contribuição da exposição é trazer à luz (não por acaso o título dela é “O Recife Tomado à Luz – Fotografias de um Caminhante”) um Recife habitualmente não visto e concordo plenamente com as palavras de Paulo Gustavo: “O resultado é um diálogo com a poesia silenciosa da cidade. Uma agenda de esperança”. Sim, esperança de uma cidade melhor, cuidada por pessoas que gostem dela, estimuladas por uma beleza incomum que ousei tentar revelar com um iPhone 5S pelas redes sociais. Reconheço que meu mérito é esse: continuar tentando.

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