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Rafael Dantas

O consumo e o consumidor no pós-pandemia

Como será o consumo e o consumidor no cenário pós-pandemia? Para entender essas mudanças que estão prestes a ser conhecidas com a reabertura do comércio após o isolamento, conversamos com o consultor e professor da Unicap, Rodrigo Duguay. Ele fala sobre consumismo, e-commerce e das prováveis transformações no comportamento das pessoas após a quarentena. Confira! Quais as principais mudanças no comportamento do consumidor que podemos esperar no cenário pós-pandemia? Todo o cenário de crise se segue de um comportamento de consumo mais conservador e moderado. De modo geral o apelo racional para o consumo de bens e serviços mais consolidados é um padrão nestes momentos. Mas acredito que as perspectivas neste cenário vão um pouco além disso: a velocidade como o mundo contemporâneo foi afetada com esta crise e a ideia do confinamento podem provocar uma série de reflexões estruturais na sociedade e no consumo. O primeiro efeito no cenário pós-pandemia está diretamente relacionado ao aumento do comércio on-line, especialmente em setores em que este tipo de consumo estava limitado ou estagnado. Além de supermercados, a tendência é que vestuário, acessórios, insumos para o lar (construção/reforma) e até móveis/decoração tenham ampliação de vendas neste formato. No entanto, a experiência de compra para alguns segmentos, como o de luxo deve ser ampliada: o momento da compra e o ambiente da venda será valorizado por quem pode e quer pagar mais. Para ter um ambiente de compra comum, esta classe de consumo vai ter de consolidar as entregas e um serviço de excelência. A exigência em relação à logística será outro problema: atrasos, cobrança de altas taxas de entrega e padrão de embalagem baixo não serão mais tolerados como antes. Com a comparação dos serviços e consolidação dos diversos deliverys que vão além dos aplicativos, o consumidor se tornará mais exigente e consciente do que é adequado. . O "consumismo", tão forte nesse período pré-crise, tende a ser questionado nesse momento de maior crise econômica? O consumo supérfluo tende a ser mais questionado? Esta é outra questão fundamental. O consumo tem um efeito direto sobre o planeta e o supérfluo tende a ser revisto. É difícil que o capitalismo abra mão sem uma pressão do consumidor dos padrões de obsolescência programada que usa hoje em produtos tecnológicos. Ou que opte por embalagens e manejo ecológico de produtos sem uma exigência do consumidor. Num primeiro momento, a queda da renda e do emprego dará conta deste questionamento. Num segundo momento, vivenciar este novo padrão de consumo levará os consumidores a um novo momento de vivenciar a compra. Não é o fim do supérfluo: é o questionamento sobre que tipo de supérfluo deve ser consumido. O valor a se pagar por determinados tipos de consumo – ambiental, financeiro, social – será questionado como nunca. O preço absoluto deve ser substituído pela ideia de valor, uma questão subjetiva que deve ir além do financeiro e mensurar os efeitos do consumo sobre o planeta, a sociedade e a vida de cada um. . A população tende a aumentar os seus gastos em saúde e bem estar? Essa já era uma tendência pré-crise, mas deve se acentuar após esse trauma da Covid? Essa é a questão fundamental: gastaremos mais ou exigiremos mais do Estado? Acho que a tendência é consumir mais preocupado com estes valores, mas diversos produtos terão de rever sua política em relação a isto, incluindo os serviços públicos. Seguros saúde não poderão mais se limitar a prover exames, consultas e procedimentos. Medicina integrativa e serviços de longo prazo serão exigidos. Planos de saúde como o Prevent Senior que lidam com a terceira idade terão de ter políticas específicos para cenários como o da pandemia atual. Educação para a saúde também será um setor que deve ter ampliação: muito além da atividade física, alimentar-se e estar saudável vai fazer a pauta das classes de maior poder aquisitivo. Para as classes médias, serviços devem entrar em pauta como praxe, incluindo os de saúde mental. Temos oportunidade de construir um novo mundo para a Saúde. Mas isso são só suposições – a sociedade também pode se acomodar a patamares anteriores, a depender de como a economia se recupere e o emprego volte. A perspectiva inicial, contundo, é que muitas mudanças surgirão. . Se fala muito de aumento da digitalização do consumo. O que esperar ainda mais do e-commerce? Que outras formas de consumo digital devem ganhar espaço? De acordo com a pesquisa da Cadastra, teremos outra realidade neste consumo. Mais do que isso, quem já estava em processo avançado de digitalização ou tinha o serviço de delivery saiu na frente e conseguiu testar as brechas do seu serviço. Os que ainda não possuíam este tipo de frente de venda teve de se adaptar. De acordo com a OpinionBox, 65% dos brasileiros deixaram de frequentar lojas físicas como forma de prevenir o contágio por coronavírus. É uma queda numa dimensão nunca vista, numa velocidade recorde. A crise obrigou todos a se reinventarem. Ainda segundo a Consultoria Cadastra, O interesse de busca pelo termo “delivery” vem sofrendo mudanças desde o início da pandemia. O que impressiona, no entanto é como esta procura inicial foi rápida: após o início da pandemia foi observado um crescimento recorde pelo termo na internet brasileira: de 90,5 mil no mês de março do ano passado para 450 mil em março de 2020. Mesmo grandes redes, com serviços já estabelecidos, apresentaram um crescimento no fluxo de acessos digitais impressionante: Pão de Açúcar (+100,64% de tráfego); Carrefour (+37,65% de tráfego) e Extra (+15,78% de tráfego). O consumo digital também deve sofrer influência de novos hábitos: À medida que os números da Covid-19 passam a subir, o consumo de alimentos congelados e restaurantes caiu. De acordo com a OpinionBox, 33% dos entrevistados em pesquisa para este novo cenário começaram a cozinhar em casa. Buscas de frases “como fazer pão” e “receitas”, atingiram níveis recorde de interesse de busca desde 2004. Isto impacta diretamente na compra de ingredientes frescos, farinhas e até mesmo utensílios para culinária e

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Jamp cresce durante a pandemia

Diante de um cenário de avanço do coronavírus e de necessidade de isolamento social, o consumidor brasileiro está reconfigurando seus hábitos de consumo. Relatório recente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (AbComm), em parceria com a Compre & Confie, mostra que houve um crescimento de mais de 100% no comércio online, em categorias como saúde (111%), quando comparados os meses de fevereiro e março de 2020 com o mesmo período de 2019. Levantamento da Ebit | Nielsen, por sua vez, atesta que as compras de produtos de saúde no Brasil aumentaram impressionantes 972%, somente entre os dias 2 e 8/03, quando comparadas as do mesmo período do ano passado. É nesse contexto que a Jamp vem se consolidando como uma alternativa essencial para o enfrentamento do coronavírus. Surgida ainda em 2018, a solução pernambucana - focada em garantir que usuários possam visualizar a disponibilidade de estoque na maior variedade de farmácias possível, via hiperlocalização, comprar medicação a baixo custo e receber em casa em pouco minutos e com frete grátis (em Pernambuco) - ganhou ainda mais relevância nestes tempos de pandemia. Disponível em formato de app (já com 10 mil downloads realizados), para sistemas Android e iOS, além do site, a plataforma lançou a campanha Jamp Previne Corona, no último mês de março, com foco em avisar seus usuários sobre a chegada de máscaras e álcool em gel (um dos grandes aliados no combate à Covid-19) nos estabelecimentos cadastrados na ferramenta. A ação Jamp Previne Corona busca ainda evitar o deslocamento desnecessário das pessoas a esses locais, garantindo também que os usuários adquirissem produtos certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com um aporte financeiro inicial de R$ 400 mil e mais de 200 farmácias cadastradas - 182 somente de PE - , a Jamp surgiu, dentre outras, da necessidade de um de seus idealizadores, o jovem empresário Alexandre Dornellas, 24 anos, durante um período de internação hospitalar em 2018. “Tive alguns problemas de saúde e precisei ficar, quase uma semana, internado no hospital e dois meses em observação em casa. Nessa época, o que eu menos queria era sair de casa para comprar remédios, e não queria comprá-los online, pois demoravam até 7 dias para chegar”, relembra. “Foi aí que eu e meu sócio, Thiago Ribeiro, decidimos pivotar o nosso marketplace de lojas hiperlocalizadas (Pocshop) para a Jamp, dando um foco no nicho de saúde, garantindo que pacientes e usuários pudessem comprar sua medicação a baixo custo e recebê-la em casa em pouco minutos”, complementa Dornellas. Via de Mão Dupla contra o Corona A Jamp possui uma tecnologia única, baseada numa estrutura de “Sistema Espelho”, que permite às farmácias locais “virtualizarem” todos os seus produtos disponíveis em loja, em tempo real e em poucos segundos, incluindo informações de estoque, preço, imagens, descrição, categoria e promoções dentro da ferramenta. “Para o pequeno lojista, essa ferramenta é perfeita, pois permite que os usuários tenham acesso à loja, mesmo estando em casa, aumentando muito a competitividade do estabelecimento e mantendo a possibilidade de venda alta, ainda que a loja esteja fechada ou só com um funcionário”, comenta Alexandre. Vale destacar que a plataforma não cobra taxa de setup para que o lojista se cadastre na ferramenta. ”Ele precisa ter apenas um CNPJ e seguir as leis vigentes do mercado farmacêutico. Para se cadastrar conosco, basta mandar um e-mail para contato@jampapp.com.br, que os nossos especialistas entram em contato para passar as instruções e realizar os devidos treinamentos”, esclarece Dornellas.

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Produção industrial de Pernambuco registra maior queda dos últimos anos

Do Sistema Fiepe Sob o efeito da crise desencadeada pela Covid-19, a produção industrial de Pernambuco do mês de março registrou a maior queda da série histórica, que teve início em 2010. O impacto intenso está relacionado à redução na demanda por produtos e à retração dos empregos nos principais setores econômicos locais. Na comparação com fevereiro de 2020, o volume de produção caiu 10,8 pontos, atingindo o resultado de 36 pontos. Na visão do economista da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Cézar Andrade, a situação se agravou porque todos os índices avaliados na pesquisa, como a utilização da capacidade instalada, das condições financeiras e do acesso ao crédito, caíram bruscamente. “Com todos esses elementos juntos desacelerados, não há como termos cenário diferente. Isso porque, tudo está atrelado e depende da capacidade de consumo das pessoas, que, hoje infelizmente, está comprometida em razão dos efeitos do coronavírus na saúde e na economia”, analisou. De acordo com o levantamento feito pela FIEPE, com base nos dados da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), o índice de Evolução do Número de Empregados saiu de 49,2 pontos em fevereiro para 40 pontos em março, com uma avaliação negativa de 9,2 pontos. O resultado fica atrás apenas do registrado em agosto de 2015, quando chegou a 39,8 pontos, cujos reflexos se davam em razão das crises política e econômica do País naquela época. O declínio na evolução do Número de Empregados tem reação direta no índice da Utilização da Capacidade Instalada das indústrias do Estado, que alcançou a maior queda mensal já registrada, assim como o menor nível, desde a série histórica da pesquisa. O indicador atingiu 56,7 pontos percentuais em março deste ano, quando, em fevereiro, era de 70 pontos. As condições financeiras da indústria no primeiro trimestre deste ano também contribuíram para que o resultado final fosse o pior dos últimos 10 anos. Um dos índices dessas condições financeiras é o de acesso ao crédito, que recuou 6,1 pontos, saindo de 35,8 pontos registrados no quarto trimestre de 2019 para 29,7 pontos no primeiro trimestre de 2020. “Percebe-se que esse resultado é ruim, porque, justamente quando as empresas mais precisam de recursos, o acesso ao crédito para capital de giro não acontece”, frisou Andrade. O economista da FIEPE chamou atenção ainda para a satisfação financeira e para o lucro operacional das empresas, que pioraram entre os trimestres, com redução significativa para o início de 2020. O índice de satisfação com a situação financeira saiu de 49,4 pontos para 43,4 pontos, entre o fim do ano de 2019 e março de 2020 - uma redução de 6 pontos. Já o de satisfação com relação à margem de lucro operacional, caiu 5,2 pontos entre dezembro de 2019 e março de 2020, saindo de 46,8 para os 41,6 pontos. Os dois indicadores se encaminhavam para ultrapassar a linha divisória de 50 pontos, o que os tirariam da situação de queda. O único indicador que cresceu, em contrapartida, foi o de Estoques, que apresentou aumento de 2,5 pontos entre fevereiro (47,5) e março de 2020 (50 pontos). “Totalmente justificável porque, mesmo com a produção desacelerada, as indústrias estão produzindo e não estão conseguindo se desfazer dos seus estoques”, lamentou Cézar Andrade. EXPECTATIVAS As expectativas com relação à percepção dos empresários sobre a evolução futura da demanda por produtos, da quantidade exportada, do número de empregos gerados e da compra de matérias-primas não são nada boas para os próximos seis meses. A expectativa sobre a demanda por produtos apresentou queda mensal expressiva de 19,4 pontos, declinando de 58,3 pontos para 38,9 pontos entre março e abril de 2020. Em relação à intenção de investimentos, o número final também decresceu no mesmo período, saindo de 57,6 pontos para 44,7 pontos. A variação foi negativa em 12,9 pontos. (Do Sistema Fiepe)

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Cooperativa cria delivery com produtos da agricultura familiar

Uma das saídas para a atual crise gerada pela pandemia do Covid-19 é buscar formas de se reinventar no mercado. Nesse sentido, a Cooperativa Agrícola de Assistência Técnica e Serviços (Cooates), do município de Barreiros, tem considerado diferentes opções para garantir que os produtos agrícolas de seus associados sejam levados ao público. Uma das soluções a serem implementadas, a partir desta semana, é o serviço de delivery, que disponibiliza uma lista com mais de 30 produtos da agricultura familiar, a serem entregues ao consumidor diretamente pela cooperativa. A iniciativa tem sido divulgada nas redes sociais e já recebeu demandas de diversos municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR). Entretanto, como se trata de uma ação ainda nova, a cooperativa concentrará, inicialmente, a atuação em Barreiros (sede) e em dois municípios próximos na região da Zona da Mata: São José da Coroa Grande e Rio Formoso. O delivery fará também uma experiência em outro estado, incluindo no roteiro a cidade de Maragogi, em Alagoas, em virtude da proximidade com a sede da cooperativa. O serviço utiliza o aplicativo WhatsApp para realizar o contato inicial com o cliente e registrar o pedido. A partir daí, o produto é incluído na programação de entregas, que acontecerão semanalmente, todas as sextas-feiras. Entre os produtos, a cooperativa oferece: goma de mandioca, fruta pupunha, jaca, graviola, feijão de corda, macaxeira, pimenta malagueta, chás de hortelã, banana comprida, banana prata, fruta-pão, batata doce, ovos de capoeira, laranja crava, laranja mimo, entre outros. Os custos de transporte para a entrega, bem como de embalagens, higienização e EPIs para os cooperados diretamente envolvidos com as operações estão estimados em R$ 30 mil, para um período de três a quatro meses, e será assumido pela cooperativa. “A ideia surgiu da tentativa de encontrar uma saída para os produtores que não estão comercializando, visto que grande parte deles fornece para restaurantes, pousadas e hotéis, o que é impossível durante a pandemia”, afirmou o presidente da Cooates, José Cláudio da Silva. A princípio, 50 agricultores deverão fazer parte da iniciativa. Muitos deles são idosos e se enquadram no grupo de risco, o que torna ainda mais importante a solução por viabilizar renda àqueles que sofrem maior perigo com a exposição. A proposta da cooperativa é realizar a comercialização a preço de custo, de forma a garantir que os associados consigam pagar as contas dos próximos três meses. “Não estamos focados, neste momento, em ganhos de preço de mercado, mas em escoar essa produção e garantir que os cooperados paguem suas dívidas sem contrair empréstimos”, frisou José Cláudio. A solução criada pela gestão da cooperativa deverá ter continuidade após a crise, visto que aponta para uma nova oportunidade de comercialização. A divulgação do delivery tem ganhado apoio e conta com parcerias, a exemplo da cooperativa Coopcafa, de Triunfo, que distribuirá o seu açúcar mascavo e rapadura por meio do serviço. “Este é o momento de olharmos para dentro da cooperativa e verificarmos as ferramentas que temos para gerar oportunidades. Temos técnicos, computadores e os agricultores que precisam vender. Nesta crise, temos que nos ajudar e promover ações de interesse coletivo e humanitário”, concluiu o presidente da Cooates. SERVIÇO Delivery Cooates: (81) 3675-1460

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A retomada da Áustria no relato de um pernambucano

Com um mês de isolamento, a Áustria começou a reabertura das atividades na metade de abril. A partir de 1º de maio quase tudo passa a ser liberado. Vivendo a 20 km da capital Viena, em Baden bei Wien, Bernardo Carvalho, 28 trabalha e estuda microbiologia e genética na Universidade de Viena. Bernardo segue trabalhando na universidade, enquanto a mulher está em home office. Os dois dividem o tempo para cuidar do filho, que ainda não pode visitar os avós. Desde 13 de março, comércio e restaurantes foram fechados e houve redução grande de circulação nas ruas. "O isolamento pra mim e minha família não tem sido tão difícil. A gente teve que arrumar nossos horários para enquanto um trabalha o outro pode ficar com nosso filho. Bernardo relata que o país vinha de quatro meses de muito frio, devido ao inverno, e que uma melhora na temperatura contribuiu para enfrentar as últimas semanas. “Um clima mais quente e um sol mais forte fazem uma enorme diferença. Embora todos os parques estejam fechados, aqui na cidade há vários vinhedos que são cortados por uma rodovia de bicicleta. Com o tempo bom, em março, deu para fazer passeios”. Ele relata que no final de março, o governo chegou a pedir para evitar andar de bicicleta por conta do aumento de acidentes. "Também usamos o tempo em casa pra arrumar algumas coisas em casa que estavam pendentes, uma outra boa consequência boa foi passar mais tempo com meu filho que com universidade e trabalho é um pouco difícil. Acho que a quarentena teve vários aspectos positivos, eu tive mais tempo pra ler, voltei a tocar violão, mias tempo com minha esposa e filho, enfim, acredito que a quarentena pode ser também uma experiência boa, depende de como cada um usa esse tempo". Bernardo avalia que culturalmente os austríacos tem um comportamento bastante regrado, fato que reforçou o isolamento no País. "Eu acredito que isso, nesse caso, é um fator contribuinte para que a quarentena tenha dado certo. O governo também foi sempre bem claro em relação as medidas e sempre que possível apresentava planos de como iria se seguir. Acho que isso também deu certa confiança à população". A volta à normalidade começou com a reabertura, em 12 de abril, de lojas de construção e pequenos comércios (até 400 m²). Todos são obrigados a usar máscaras e os trabalhadores usam também luvas. “Só é permitido um cliente a cada 20m². As pessoas devem se manter a 1,5m umas das outras. Em 1º de maio, shoppings e grandes centros de compras serão reabertos, provavelmente nos mesmos parâmetros de segurança. No dia 15 de maio as escolas primárias devem ser reabertas”, estima Bernardo. As viagens para fora do País ainda serão discutidas com os países vizinhos, segundo Bernardo. No entanto a expectativa é que seja possível viajar somente a partir de junho. "O governo também deixou claro que a gente não deve esperar que a rotina volte ao normal. Até agora, na minha percepção, a reabertura está sendo tranquila. As pessoas ainda estão evitando ir às lojas."

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TIM Brasil escolhe Google Cloud como parceiro estratégico para nova plataforma

A TIM Brasil anuncia que fechou um acordo com o Google Cloud para utilizar o Google Cloud Platform (GCP) como sua plataforma estratégica de nuvem para Big Data, inteligência de negócios e aprendizado de máquina. “Estamos em um processo intenso de transformação digital dentro da companhia e acreditamos que a parceria com o Google Cloud vai nos ajudar a entender ainda melhor as necessidades dos nossos clientes para que tenham sempre a melhor experiência conosco. A TIM está sempre em busca de soluções inovadoras que tenham impacto real na sua tomada de decisão para facilitar sempre a vida usuários”, afirma Renato Ciuchini, Head de Estratégia e Transformação Digital da TIM Brasil. A plataforma do Google Cloud permite que a empresa faça análises em tempo real para obter insights exclusivos sobre seus negócios. Essas informações ajudarão a operadora a aprimorar ainda mais seus serviços ao cliente, o planejamento e a otimização da rede e a fornecer ofertas personalizadas aos usuários, além de produtos baseados em dados e analytics. “Este acordo com a TIM reflete a nossa estratégia de ajudar as empresas de telecomunicações a monetizar o 5G como uma plataforma de negócios, capacitando-os a engajar melhor seus clientes por meio de experiências orientadas por dados e ajudando-os a melhorar a eficiência operacional”, afirma Marco Bravo, head de Google Cloud para o Brasil. O Google Cloud será responsável pelo fornecimento da Google Cloud Platform (GCP) e também de toda a consultoria que envolve a migração do ambiente atual, redesenho e otimização em nuvem, além do apoio na construção do CoE (Centro de Excelência) da TIM, que será responsável em fazer toda a gestão do ambiente após sua conclusão. O Google Cloud permite que a operadora otimize e aprimore sua plataforma de Big Data e Analytics, assim como novas parcerias sejam criadas e que os recursos da plataforma possam ser explorados, evoluindo as campanhas e processos existentes. Por meio do acordo, a operadora também fará uso de outros serviços da plataforma Google Cloud, como BigQuery, Dataproc, Dataflow, Cloud Composer, Data Fusion e Google Kubernetes Engine. Esses serviços ajudarão a simplificar a integração, permitindo que os cientistas e analistas de dados sejam mais produtivos, focando os esforços em otimizar processos e serviços da operadora e atuando em parceira com a Google, usando os serviços de PaaS (Plataform as a Service) para simplificar a configuração e gestão da infraestrutura. “As soluções que teremos acesso a partir da plataforma do Google Cloud irão nos permitir simplificar e evoluir nossa arquitetura, além de possibilitar o tratamento e uso das informações de forma cada vez mais eficaz para que possamos criar ofertas e produtos sob medida para nosso cliente e facilitar sua vida, agregando valor aos serviços e processos, evoluindo e transformando a experiência do usuário com a TIM”, complementa Auana Mattar, CIO da TIM Brasil.

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PwC Brasil libera app de capacitação digital gratuitamente às pessoas

Para apoiar profissionais a enfrentar a crise causada pela Covid-19, a PwC Brasil está disponibilizando, gratuitamente, um aplicativo voltado ao aprendizado e aperfeiçoamento digital. Até o dia 31 de julho, os usuários terão acesso gratuito ao conteúdo regular de aprimoramento digital do aplicativo Digital Fitness Assessment (DFA), um programa de ponta utilizado pela firma de consultoria e auditoria no mundo inteiro para avaliar, desenvolver e monitorar as habilidades digitais dos profissionais em meio à revolução tecnológica que transforma as empresas e os mercados. O app agora inclui um canal sobre a COVID-19, com temas relacionados aos impactos nos negócios, informações de saúde pública, dicas e planejamento familiar, ensino, além de orientações e autocuidado. O aplicativo pode ser baixado pela App Store ou Google Play. Uma vez instalado, basta utilizar o código "LRNALL” para dar início à utilização.

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Fiepe doa 6,5 mil protetores faciais para hospitais do Recife

Para garantir que os profissionais de saúde estejam protegidos enquanto estão na luta contra o novo coronavírus, o Sistema FIEPE entregou, nestas segunda e terça-feira (27 e 28), 6,5 mil protetores faciais (face shields) a hospitais públicos e privados sem fins lucrativos do Estado. As máscaras, consideradas essenciais para aqueles que estão na linha de frente do combate à Covid-19, foram produzidas pelo SENAI, com a participação de empresas e de colaboradores da instituição e a utilização de recursos arrecadados por meio da campanha Pelos Heróis da Saúde, liderada pela FIEPE. A primeira remessa foi destinada ao IMIP (2,5 mil), Hospital Agamenon Magalhães (2,5 mil), Hospital de Câncer de Pernambuco (1 mil) e Hospital da Restauração (500). Coordenadora de Enfermagem no IMIP, primeira unidade a receber os equipamentos, a enfermeira Paula Oliveira agradeceu a doação em nome de todos os profissionais de saúde da instituição. “Esse é um EPI (equipamento de proteção individual) extremamente importante na luta contra essa doença. O profissional que está na linha de frente precisa ser protegido de todos os resquícios infecciosos que podem atingir seu rosto ou qualquer outra parte do corpo”, ressaltou a enfermeira. A gerente da Farmácia do Hospital Agamenon Magalhães, Márcia Freire, destacou que a doação irá beneficiar não apenas os profissionais de saúde, mas também aqueles que trabalham em serviços gerais e de manutenção, por exemplo. “Todas as pessoas que entram nas áreas com pacientes diagnosticados com a Covid-19 precisam utilizar EPIs. Por isso essa doação é importante”, explicou. A produção dos equipamentos só foi possível devido à parceria de diversas empresas e instituições. Do Parque Tecnológico de Eletroeletrônicos e Tecnologias Associadas de Pernambuco (Parqtel) veio o apoio para a confecção do protótipo que deu origem aos EPIs. Já a Tron ofereceu 10 mil hastes para os escudos faciais. Por fim, a Fibrasa doou parte do material utilizado na produção, a Ondunorte forneceu as caixas utilizadas para o transporte dos escudos faciais e as gráficas Real e Imograf apoiaram no corte do polímero. O restante da matéria-prima foi adquirida com recursos arrecadados por meio da campanha Pelos Heróis da Saúde, realizada entre 6 e 20 de abril. “O momento exige esforço e união. Os profissionais que estão na linha de frente desse combate precisam estar protegidos contra essa doença, tanto para terem sua saúde preservada quanto para continuarem ajudando a quem precisa. Essa é apenas a primeira contribuição da campanha, esperamos fazer muito mais”, frisou o empresário e coordenador das ações da Campanha Pelos Heróis da Saúde, Marcelo Tavares de Melo. O apoio veio, também, do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de Pernambuco (Simpepe) e do Sindicato das Indústrias Gráficas, Editoriais, de Cartonagem, de Envelopes e de Formulários Contínuos do Estado de Pernambuco (Sindusgraf). A confecção dos face shields foi feita em uma linha de produção montada no SENAI Santo Amaro, por profissionais voluntários da instituição. De acordo com a diretora regional do SENAI Pernambuco, Camila Barreto, a produção de máscaras seguirá durante todo o mês de maio. A ideia é que mais hospitais e profissionais de saúde possam ser beneficiados pela ação. “Sabemos o quanto esses EPIs são necessários e o quanto está sendo difícil encontrá-los prontos no mercado. Por esse motivo, o SENAI Pernambuco está colocando seu conhecimento, profissionais e maquinário à disposição da sociedade, no momento em que ela mais precisa. Estamos desenvolvendo uma série de ações, sempre com o intuito de transformar vidas”, frisou. (Do Sistema Fiepe)

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Natureza Urbana atua em território nacional

Criado pelos arquitetos e urbanistas pernambucanos Manoela Machado e Pedro Lira, o escritório Natureza Urbana se especializou na elaboração de projetos de grande escala no âmbito público e privado, entre eles equipamentos de uso público, de interesse turístico. Com forte traço de sustentabilidade no conceito de seus projetos, seus projetos podem ser encontrados em 15 estados brasileiros e também no exterior. Pedro Lira, que é filho do renomado arquiteto pernambucano Carlos Augusto Lira, passou a representar o Brasil na World Urban Parks (WUP), organização internacional para parques urbanos e espaços públicos que contribui para o diálogo a respeito da importância da criação de espaços livres e cidades sustentáveis, conversou com a coluna Gente & Negócios sobre a empresa. Fundada em 2016, a empresa possui uma equipe de 16 profissionais atualmente. . Vocês são do Recife, o que os levou a abrir o escritório em São Paulo? Manoela e eu nos conhecemos na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e, dois anos após a graduação, em 2005, fomos morar em Barcelona, onde fizemos doutorado e trabalhamos em alguns escritórios. Desenvolvi carreira na espanhola IDOM, empresa multinacional de consultoria, engenharia e arquitetura e um dos 50 maiores escritórios de arquitetura em escala global. Em 2010, voltei para o Brasil, neste caso, para São Paulo, para desenvolver o escritório da IDOM no país. Acabou sendo a cidade que escolhemos para morar e onde nossos filhos nasceram. Hoje, com a criação da Natureza Urbana, atuamos em todo Brasil e no exterior. A especialidade da empresa são parques e áreas públicas? Ou projetos empresariais, residências e outros também estão no escopo de trabalho? A maioria dos nossos projetos são de escala e interesse público, seja para clientes públicos ou privados, e estão relacionados às cidades, às áreas naturais e ao turismo, dentre esses também os empresariais. Projetos residenciais também fazem parte do escopo, em casos. específicos, se forem interessante e tiverem certa escala. Vocês já têm projetos executados no Nordeste? Temos projetos em São Luís, no Maranhão para a requalificação das praças da Saudade e da Misericórdia, que se encontram em obras. A nova proposta da Praça da Saudade abrange a criação de espaços de estar, parque infantil, horta comunitária, arquibancadas, bancos e lixeiras, áreas para alimentação com mesas fixas etc. Já na Praça da Misericórdia, a estrutura original foi mantida, mas foram implantadas algumas intervenções estratégicas, como a abertura de novos caminhos para deixar a praça mais fluida e acessível, retirada do estacionamento das calçadas da praça e criação de faixas de pedestres elevadas. Também estamos trabalhando na requalificação da Orla de São Luís, em um Terminal de Ônibus e nos espaços públicos associados a eles, além da requalificação de de vias, um calçadão e pequenas praças, que vai atrair as pessoas de volta ao local como espaço público. Foi dada uma atenção importante às questões sociais da região a partir da realização de um levantamento de quem eram todos os comerciantes e ocupantes da área para a confecção de quiosques a fim de que os trabalhadores informais já atuantes na praça possam continuar trabalhando por lá. Além disso fizemos outros estudos e projetos no Ceará, Piauí e Pernambuco, ainda não executados. Como foi a experiência em Cabo Verde? Muito enriquecedora. Trabalhar com outras culturas e paisagens é sempre um aprendizado. É um projeto muito importante para a população local e para o desenvolvimento de um turismo sustentável. Qual o posicionamento de mercado a empresa pretende se consolidar? O de projetos que tenham um alto impacto positivo na população, que sejam vivenciados por muitas pessoas. Em meio à pandemia do Coronavirus, quais as perspectivas da empresa para o ano de 2020? Alguns projetos foram adiados, outros seguem igual, entre esses três obras em São Paulo e no Maranhão. Passados os meses de lockdown, temos grande expectativa de ver essas obras prontas, ver o início de outras no Paraná e que os projetos que pararam voltem. pois são equipamentos pensados no longo prazo.

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O milagre português no combate à pandemia

Enquanto a vizinha Espanha é um dos países que mais sofre com a Covid-19, Portugal tem indicadores controlados e um plano de reabertura. O advogado Gustavo Escobar, que vive entre o Recife e Lisboa, seguiu para sua casa no Velho Mundo assim que soube do cancelamento dos voos internacionais.  Ainda em isolamento, ele conversou com a Algomais sobre o enfrentamento dos lusitanos à pandemia e acerca do plano de retomada do País. . Como foi ou tem sido o isolamento social na sua cidade? Estou em Lisboa desde o dia 16 de março. Estava no Recife, mas quando o prefeito anunciou em 15 de março que iria solicitar o cancelamento dos vôos internacionais, decidi voltar no mesmo dia para ficar com a minha esposa e filhos nesse momento. Quando cheguei aqui, minha família já estava em isolamento. Inicialmente o governo decretou o distanciamento social. As pessoas ainda podiam circular e serviços e comércios funcionavam com restrições e regras de afastamento e de higiene mais rígidas. Logo depois veio a determinação do isolamento e o Estado de Emergência. Portugal tem sido apontado como um caso de sucesso. Há união entre presidente, primeiro ministro e o presidente de Assembléia Nacional, mesmo que o presidente seja de um partido diferente e, supostamente, de oposição ao governo do primeiro-ministro. A disputa política é praticamente inexistente neste momento. Todos estão juntos em prol do combate à pandemia. . . Aqui os estabelecimentos não essenciais fecharam. Nosso escritório fechou. Os serviços que não podem parar seguem regras sanitárias rígidas. A circulação das pessoas nas ruas é controlada e diversos equipamentos públicos nos parques foram lacrados. Podemos sair para caminhar, passear com o cachorro ou dar uma volta com as crianças, mas tudo isso sob o olhar atento da polícia. Certo dia, ao dar uma volta do parque com minha família, sentamos na grama para levar um pouco de sol, mas o guarda - muito educadamente - solicitou que não ficássemos ali. Entendemos perfeitamente. Agradecemos o aviso e voltamos a caminhar. Temos trabalhado em home office. Meu filho que estuda na Universidade de Lisboa está tendo aulas online. O mesmo acontecendo com a minha filha menor. Particularmente, olhando de minha posição privilegiada, tento encarar esse momento como uma pausa no ritmo frenético que vinha levando na minha vida, dividido entre Brasil e Europa, com um volume de viagens muito grande. Então - apesar de toda preocupação - tem o lado positivo de estar com a família, descobrindo novas formas de encarar esse desafio juntos. Nossa preocupação com a saúde por aqui existe, mas estamos dentro de uma situação muito controlada, com um sistema de saúde funcionando muito bem, com capacidade para atender a todos, já que o isolamento tem funcionado e o nível de pacientes não saiu do controle. Como tem sido discutido o processo de reabertura? Estamos naquilo que esperamos ser o último ciclo de 15 dias do estado de emergência. A previsão para retomada - com muitas limitações e regras sanitárias - deve ser após o dia 2 de maio. Temos um plano em curso que ainda prevê abertura parcial de alguns negócios, horários divididos em turnos, continuidade do home office e das aulas online (a escola presencial não volta mais nesse período. Só no próximo ano letivo que começa em setembro). Teremos uma abertura gradual e monitorada. Havendo crescimento dos casos após a volta, podemos ter novas restrições. . Houve apoio e adesão da população às orientações do governo acerca do isolamento? O isolamento começou quando em Portugal? A população encampou sem polêmica o isolamento. Não há protestos, apenas o reconhecimento que devemos seguir as orientações e fazer o sacrifício necessário para que possamos sair o mais rápido possível dessa situação. Aqui a população entendeu que, quanto mais bem-feito o isolamento, menos tempo ele irá durar e menor será o impacto econômico. E assim está sendo. Portugal tem conseguido achatar a curva da epidemia ao ponto de alguns países apontarem isso como "o milagre português". Sabemos que não é milagre. Mas sim resultado das medidas executadas precocemente e respeitadas pela população. Hoje colhemos os frutos do isolamento bem-executado. A consciência e espírito cívico da população é algo louvável. . Qual a sua percepção da forma como o Brasil tem enfrentado à pandemia? A preocupação com todos que estão no Brasil é crescente. Temos casos na família e já perdemos conhecidos e um cliente para a Covid. Outros estão lutando neste momento. Sabemos da vulnerabilidade do sistema de saúde e dos furos no isolamento por aí. Além disso, a divisão do país e a disputa política é algo surreal neste momento. É tudo ao contrário do que vemos ter dado certo por aqui. Disputas foram colocadas de lado. Enfim, o Brasil realmente nos preocupa e a sensação de impotência de assistir tudo isso de longe incomoda. . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.pe@gmail.com)

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