Arquivos Rivaldo Neto - Página 6 de 10 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Rivaldo Neto

Cervejeira. Tenha uma pra chamar de sua (por Rivaldo Neto)

Com a expansão cada vez maior do mercado de cervejas artesanais, importadas e de produção para consumo próprio, muitos outros objetos se incorporaram nesse contexto, agregando valor e criatividade a esse, digamos, novo hobby. Isso pode vir caracterizado desde os growlers, crowlers, taças, copos, camisas, adesivos, chaveiros e por aí vai. Hoje, além de ser prazeroso juntar uma roda de amigos para degustar e a opinar sobre essa ou aquela cerveja, isso passou também a ser muito divertido. Mas o objeto de consumo dos cervejeiros que está no topo da lista de desejos é a tal sonhada cervejeira. O que é uma cervejeira? Como existe a adega climatizada para os vinhos, a cervejeira é a versão para, como o nome sugere, conservação e climatização de nossa santa cerveja de cada dia. E com alguns ganhos. Primeiro existem versões compactas e com várias cores e  você não precisa de tanto espaço para colocá-la na sala por exemplo. E qual a vantagem em ter uma cervejeira em casa? Aí você pode também perguntar, porque não gelar no freezer? Primeiro, realmente só quem é cervejeiro que vai entender a satisfação de ter um “brinquedinho” desse. Segundo que como hoje existem muitos estilos de cervejas que para serem consumidas devem ter uma temperatura específica, a cervejeira auxilia na busca do grau ideal para degustá-la. Terceiro pela praticidade de ter uma espaço absolutamente seu, onde você possa,  por exemplo, acondicionar a bebida por estilos e até por embalagens, tipo lata, long neck, barril, garrafa de 500 ou 600ml.   Tenha apenas alguns cuidados ao comprar uma boa cervejeira. Pesquise bastante preço e a marca do produto. Veja as especificações técnicas, as suas variações de temperatura e as avaliações dos consumidores que já obtiveram o produto e dão os seus testemunhos dessa experiência com determinado produto. Marcas como a Consul, Venax e Gelopar têm bons produtos que vale a pena um estudo detalhado para escolher uma que atenda a suas expectativas. Depois é só chamar os amigos e dividir com eles a tarefa de tomar uma excelente cerveja, da forma correta com o auxílio de uma boa cervejeira. E pode acreditar, ela tem tudo para ser uma de suas melhores amigas. *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e apreciador de boas cervejas nas horas vagas    

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Cerveja sem álcool? Por que não? (por Rivaldo Neto)

Vez por outra, em bate papos com alguns amigos donos de bar, eu indago como é a saída de cervejas sem álcool. O interessante é que todos falam de forma unânime que o produto vende muito bem, e que em muitas ocasiões o estoque do estabelecimento chega a zerar. É bem verdade que o sabor ainda tem uma certa distância das cervejas que contém álcool, mas está cada vez mais próximo de quem sabe igualar-se. É importante também frisar, e o consumidor deve estar sempre atento, que muitas cervejas que se dizem sem álcool, não necessariamente são realmente 0%. Algumas marcas possuem um valor muito reduzido, mas contêm sim, um pequeno percentual. E isso vem do artigo 66 do decreto de n 2.241, de 1997 que cervejas com menos de 0,5% são consideradas sem álcool, mas com o endurecimento da Lei Seca, que não permite mais quantidade mínimas de álcool no sangue, o consumo de cerveja que tenha um mínimo de percentual pode ser arriscado.   É importante dizer que a cerveja sem álcool tem alguns benefícios. Por conter uma quantidade de glicose relativamente baixa, a cerveja sem álcool pode ser uma ótima substituta para bebidas muito açucaradas, como os refrigerantes ou néctares de frutas. Abaixo outras cinco qualidades que ela possui: 1- Tem menos calorias Como descrito acima, a cerveja sem álcool tem em média metade das calorias que as cervejas normais. Para cada 100ml que contém aproximadamente 43 calorias, ela possui 24. 2- Tem vitaminas do complexo B Esse tipo de vitamina age diretamente no funcionamento do organismo gerando mais energia e melhorando as funções neurológicas, ajudando inclusive a diminuir o estresse e proporcionando melhores noites de sono. 3- Tem funcionamento de isotônico Por ter sua composição composta basicamente de água, que por si só que é um repositor hídrico e que contém também minerais, a cerveja sem álcool tem efeito isotônico.   4 -Tem Flavonoides e efeito antioxidante Como a cerveja é uma bebida fermentada de cereais, ela contém lúpulo que possui flavonoides que tem ação anti-inflamatória, hormonal, anti-hemorrágica, antialérgica e anticâncer. E sendo oxidante combate a formação de radicais livres no organismo que são responsáveis por diversas enfermidades. 5- Contém ácidos fólicos O folato é importante para a saúde cardiovascular e do sistema nervoso.   MUNDO CERVEJEIRO A BeerDock abriu sua uma unidade em Boa Viagem, na Rua Dona Carolina, 273. Com certeza vai seguir o sucesso que alcançou na Madalena, onde a cervejaria tem um enorme sucesso. A BeerDock de Boa Viagem tem 15 torneiras com chopes nacionais e importados e uma variedade de 300 rótulos. Vale demais conferir. *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e apreciador de boas cervejas nas horas vagas

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Crowler...Uma tendência? (por Rivaldo Neto)

O mercado de cervejas está em franca expansão como todos sabemos. Super aquecido e com uma quantidade de estilos e rótulos para cervejeiro nenhum botar defeito. Vai das cervejas importadas, para as artesanais e caseiras. Com isso outras novidades surgem para cada vez mais incrementar esse rico nicho de consumidores entusiastas dessa tendência que apenas engatinha em terras brasileiras. No começo foi o growler, recipiente que contém em média dois litros e que os pubs cervejeiros dão um desconto médio de aproximadamente 15% para encher o recipiente e levá-lo pra casa e assim degustá-la no conforto do lar. Vai que agora surge uma novidade ainda mais interessante. Você já imaginou ir a pub cervejeiro, com as mais variadas serpentinas, provar os mais variados tipos e depois a que você mais gostar, mandar encher uma lata dessa cerveja e levar pra casa para bebê-la em outra ocasião? Pois é isso que o Crowler faz e proporciona. Na verdade é um equipamento que fecha as latas na sua frente. Crowler é uma junção de palavras da língua inglesa. Uma variação do Growler (o recipiente descrito acima) com o “Can of beer”. Nos Estados Unidos essa forma de comercializar a cerveja já é muito popular, aqui no Brasil foi uma aposta da cervejaria paranaense Way Beer. Com capacidade para 1 litro, os Crowlers são leves, práticos e inquebráveis, podendo ser carregados para qualquer lugar e armazenados em refrigeradores e caixas térmicas. Para garantir a qualidade da cerveja, o interior dos Crowlers é revestido com polímero a base de água, não permitindo que metais interfiram nos sabores únicos da cerveja. Trocando em miúdos, o Crowler é um chopp enlatado. Então entre Growler e Crowler é você que faz sua escolha. Porque aí entra uma outra discussão de onde se armazena melhor. Especialistas afirmam categoricamente que a lata conserva mais o líquido e não interfere no sabor. Consumidores batem o pé e rebatem dizendo que é melhor o produto engarrafado. Nessa quebra de braço do que possivelmente é melhor, quem ganha somos nós cervejeiros, com mais opções de embalagens diferentes para transportar a bebida com mais facilidade. Agora ficamos no aguardo pra novidade chegar por aqui. Um brinde a criatividade! Mundo Cervejeiro A cervejaria holandesa Heineken lançou uma nova versão não alcoólica de sua tradicional cerveja, com o objetivo de se tornar líder global em um setor do mercado que cresce mais rápido que a média. A segunda maior produtora de cerveja do mundo lançou a "Heineken 0.0" durante o Grande Prêmio da Espanha de Fórmula 1, em Barcelona, e venderá o produto em 17 mercados ao redor da Europa e também na Rússia e em Israel, ao contrário concorrentes que têm cervejas não alcoólicas para mercados individuais. A Heineken espera entrar no que ela acredita ser um desejo cada vez maior dos consumidores por uma cerveja que não os deixa bêbados. O mercado europeu para cervejas sem álcool cresceu aproximadamente 5% ao ano de 2010 a 2015. *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e apreciador de boas cervejas nas horas vagas

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Levedura, a mágica da cerveja! (por Rivaldo Neto)

Levedura ou levedo de cerveja são microorganismos utilizados no processo de fermentação. Ambas as palavras vem de um termo latino “Lavare”, que significa “fazer crescer”. As primeiras leveduras descobertas estavam associadas à fermentação de pães e mostos. Esses processos desencadeiam a liberação de gás carbônico das bebidas alcoólicas. Elas tem o papel de transformar açúcar em álcool, tais fungos possuem a capacidade de divisão celular, e assim se auto-reproduzem, leveduras de cerveja tem um apetite voraz por líquidos doces. Algumas cepas de fermento produzem também ésteres que dão um acabamento a bebida. Basicamente existem dois tipos de levedura cervejeira. As de alta fermentação (ALE) e as de baixa fermentação (Lagers). Em cada grupo existem diversas cepas que possuem características particulares. Elas possuem esta nomenclatura pela forma como atuam. O fermento de alta fermentação flocula na parte superior do fermentador, enquanto o de baixa fermentação age mais no fundo. A temperatura de operação de cada fermento também pode ser associada a nomenclatura, ficando os de alta fermentação trabalhando na faixa de 18ºC e 24ºC, já os de baixa fermentação operam na faixa dos 9º aos 13ºC. Claro que estas temperaturas são as consideradas ideais, onde o fermento está habituado e tem seu melhor rendimento. Quando operam fora destas faixas eles podem produzir subprodutos indesejados na cerveja. A grande maioria das cervejas contém entre 4% e 6% de graduação alcoólica. Mas ocasionalmente, quando se produz cervejas mais fortes, com 8% ou 10%, por exemplo, a levedura cai em estado de estupor (imóvel, sem reação), e nesse caso é o fim da fermentação.Se desejar uma cervejas com um grau ainda maior de álcool, alguns mestres cervejeiros usam levedura de espumante para chegar a esse objetivo. Além disso, a levedura é também responsável por aromatizar a bebida, podendo apresentar aspectos florais, frutados ou minerais que caracterizam cada estilo de cerveja. Nas cervejas de trigo, por exemplo, as leveduras produzem aromas mais frutados, que lembram a banana e o cravo. Muitas cervejarias consideram suas leveduras como um verdadeiro segredo de mercado. Desde o final dos anos 1800 foram descobertas 500 tipos diferentes. Essas cepas foram isoladas e cultivadas em bancos. Algumas cervejarias guardam sob seu poder, suas próprias culturas esterilizadas para produção futura. *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e apreciador de boas cervejas nas horas vagas

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Os 6 passos de nossa cerveja de cada dia (por Rivaldo Neto)

A produção de cervejas vem ganhando diariamente cada vez mais rótulos e com isso invadindo o mercado e diversificando estilos e ganhando cada vez mais novos adeptos e amantes da bebida. Esse momento especial que vive o mercado se dá muito pela mudança de comportamento dos consumidores que ao se depararem com cervejas especiais, importadas, com melhores insumos e, consequentemente, fazendo com que nosso paladar fique mais apurado e exigente. Mas você sabe quais são os passos básicos para a produção de uma cerveja? São 6 passos que que vamos descrever abaixo para que nós, amantes da bebida possamos ter uma noção básica e assim conhecê-los. 1 – Maltagem: Antes de seguir para o processo de produção, os grãos passam por um outro processo que damos o nome de maltagem. O açúcar presente nos grãos serve de alimentos para as leveduras durante o processo de fermentação. Esses açúcares ficam presos nas moléculas de amido e daí os grãos são levados ao malteador e molhados. Depois a mistura é aquecida lentamente para assim estimular a germinação. Quando a semente dá os primeiros sinais de que vai crescer, o amido é quebrado em uma substâncias mais simples. Posteriormente após essa fase a germinação é interrompida para o malte secar. Ele é colocado no forno e quanto mais aquecido for, mais escuro se tornará o malte.   2 – Moagem: Nessa outra fase da produção, já na cervejaria os grãos de cevada e outros cereais (os quais depende da cerveja que se quer produzir), são triturados para obter o grist (grão quebrado). Essa quebra facilita a liberação dos açucares no momento em que for molhado, durante o processo da brassagem. A escolha dos grãos é muito importante, eles que irão determinar o teor alcoólico, cor da bebida e o seu sabor. Maltes claros, torrados em temperaturas baixas dão origem as cervejas de baixa fermentação (Lagers, Pilsens...), já grãos com mais torra e escuros dão origens as cervejas da alta fermentação (Ales, Stouts, Porters...).     3 – Brassagem: Tem também o nome de mashing e quando o grist se mistura com a água quente no recipiente para produzir o mosto, que é como se fosse uma papa e que deve descansar durante algum tempo. No momento em que descansa o calor da água no malte libera os açucares. Isso é a brassagem propriamente dita. Podendo ser feita por infusão, como nesse caso, como pode ser também por decocção, que é o quando alguns cervejeiros retiram um pouco do líquido, passando para outro recipiente e esquentam em temperaturas bem mais altas. E logo depois devolver ao mosto. Quando as temperaturas são mais altas, se extraem açúcares mais doces e com mais complexidade. 4 – Cozimento: Logo depois da brassagem, o mosto, que a essa altura está rico de açucares, é coado através de um fundo de resíduos de grãos. Enquanto o mosto vai saindo, os grãos são lavados com água quente e liberam o que se resta de açúcares. E depois é fervido. É nesse processo que muitos cervejeiros incluem mais lúpulo, em um processo que chamamos de dry hopping. Este processo também impede a atividade bacteriana.       5 – Fermentação: Após o processo de cozimento e o mosto coado e o lúpulo residual removido e os demais ingredientes também, então se dá um banho de serpentina rapidamente para esfriar. Após o resfriamento do mosto, o mesmo é posto no tanque de fermentação. A temperatura posta no tanque de fermentação irá ter uma importante finalidade e por isso deve-se ter bastante cuidado nesse processo, pois se for alta demais o fermento morre, se baixa demais levará tempo para agir. Essa é a fase mágica da transformação, onde são incluídas as leveduras. O fermento se alimenta dos açúcares e produzem dióxido de carbono, álcool e milhões de novas células de fermento. É comum as cervejarias terem suas próprias cepas e as reutilizarem sempre que desejarem.   6 – Maturação: Com o final da fermentação, o que muitos chamam de “cerveja verde”, o fermento é removido do líquido posto em outro recipiente para maturar e evoluir com o tempo, causando assim uma fermentação secundária das leveduras restantes e os sabores e aromas começam a se sobressair. O tempo desse processo é variável. Depois disso ela pode ir para o envase em barril, lata ou garrafa. Daí a bebida é levada para filtrar e pasteurizar ou não, dependendo do que se quer atingir e o objetivo do tipo da cerveja produzida, como seus estilos ou subestilos.         MUNDO CERVEJEIRO O bairro da Madalena ganhou um novo espaço para os amantes das boas cervejas. A Ponto Capunga Conveniência conta com uma pequena Beer Cave com serviços de bar e petiscaria. Um espaço agradável e bem localizado, excelente para um bom happy hour. Endereço: Ponto Capunga Beer Conveniência - Rua José Osório, 153 – Madalena    *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e apreciador de boas cervejas nas horas vagas

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As curiosas cervejas africanas (por Rivaldo Neto)

Quando falamos de cervejas praticamente endereçamos o foco para as europeias, americanas e, logicamente, as nacionais artesanais de boa qualidade. Com isso, mercados e países que passaram a ser destaques na produção de vinhos, como é o caso da África do Sul, são deixados em segundo plano, tanto por importadores, quanto de nós consumidores e entusiastas da bebida. Tal “erro” não se justifica. E se na cartilha do cervejeiro o lema número 1 é variar, provar e experimentar. Países que não olhamos como grandes mercados produtores de cervejas passam a ter um importante papel na procura por rótulos até então desconhecidos por nós brasileiros. E foi justamente usando esse raciocínio que consegui três cervejas africanas muito interessantes. Mas realmente não foi fácil. Começando justamente pela África do Sul, onde a produção de cervejas é praticamente toda em cima da gigante SABMiller (South African Breweries). Ela praticamente domina o mercado do continente. As mais populares da empresa são as Castle, a Lion e a Carling Black Label, encontradas facilmente em qualquer lugar por lá. Mesmo com essa concorrência de um gigante como a SAB, algumas cervejarias infinitamente menores produzem boas cervejas e que merecem destaque.       A cervejaria Boston Breweries foi criada por Chris Barnard que ao experimentar cervejas europeias decepcionou-se com as produzidas em sua terra natal e aprendeu o preparo da bebida sozinho. Ele criou essa cervejaria na Cidade do Cabo. Pois bem, ela produz a Johnny Gold, uma weiss estilo bávaro, bem turva e com notas frutadas e bem surpreendente. Não tem muito lúpulo, como a maioria das weiss, mas bastante aromatizada deixando uma sensação muito gostosa na boca e com uma leve acidez.                 Da Pretória vem a Emperor India Pale Ale, que é fabricada pela cervejaria Drayman's, seu fundador Moritz Kallmeyer, é um incansável produtor, antes das tradicionais cervejas de milho africanas e vinhos de frutas e que se entusiasmou com a produção de cervejas artesanais. Ele conseguiu fazer uma IPA leve, com 4,0%, mas bem cítrica, com um equilíbrio marcante entre o doce do malte e a acidez cítrica. Possuindo uma cor âmbar e um bom retrogosto.                 Finalizando com a Mitchell's, primeira microcervejaria da Africa do Sul, datando de 1983. Na época mal se falava em produção de cervejas em pequena escala. Lex Michell fundou a cervejaria e, posteriormente, vendeu em 1989. Mas deixou um portfólio interessante, principalmente com uma Strong Lager de 7,0%, a Mitchell”s Old Wobbly. Lembra muito as ALE inglesas pelo seu corpo, essa cerveja é uma grata surpresa, um amargor delicioso e frutado. Vale muito a pena.             MUNDO CERVEJEIRO E nunca se é tarde para parabenizar as cervejarias pernambucanas Debron e Ekaut, pelos prêmios conquistados no Festival Brasileiro de Cervejas, que ocorreu em Blumenau, Santa Catarina. A Debron arrebatou ouro com a Imperial Stout, que já foi citada aqui na coluna e bronze com a Golden Ale e a Witber. A Ekaut ganhou a prata com a American Pale Ale (APA) 1817. Parabéns a todos os envolvidos.      *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e apreciador de boas cervejas nas horas vagas

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5 dicas simples para você harmonizar cervejas (Por Rivaldo Neto)

O prazer de um cervejeiro ao apreciar uma cerveja ao seu gosto e estilo dá um prazer enorme. É um processo verdadeiramente saboroso e que proporciona experiências extremamente gratificantes. Quando unimos esse prazer de beber a algo que adoramos como uma boa comida, e conseguimos harmonizar os mais complexos gosto, tais “casamentos” causam sensações de dar água na boca. Não é difícil harmonizar cervejas , mas precisamos de um norte ou digamos, um ponto de partida para que um prazer corriqueiro se transforme em algo mais sublime. Vamos dar 5 “nortes” para você se guie e consiga alcançar prazeres que alguns estilos de cervejas podem proporcionar, se combinados com a comida certa. 1 – Cervejas Escuras (Porters, Stouts..) As cervejas Stouts, Dark Lagers ou Poters, que tem características mais “irlandesas”, pois contém em seus insumos de produção bastante malte torrado, típica da produção de cervejas no país, varia do café ao chocolate, podendo também ter aromas de baunilha. Procure juntas essas cervejas com croissants, uma boa carne (um filé alto e mal passado), bolo de frutas ou alguns fruto do mar como ostras, camarões e peixes. 2 – Cervejas Defumadas O gosto do defumo nas cervejas vem da torra do malte em forno de lenha, e dependendo da madeira dessa lenha temos a diferenciação do sabor. Podem ser cervejas Trapistas, pois elas contém esses insumos, ou alguma Bock ou Smoked Porter. Pratos como linguiças defumadas, queijos, pernis de porco ou um bom churrasco caseiro dão o tom dessa combinação despertando , reforçando e ousando em cima dessas qualidades, teremos assim satisfação garantida, pode apostar. 3 – Cervejas Lupuladas Aquele amargor típico das Ipas, Apas e suas variações abrem um leque de possibilidades deliciosas e interessantes. O aroma, carro chefe nas bebidas que carregam essas características, fazem com que sabores imponentes e fortes, causadas por generosas doses de lúpulo proporcione uma “explosão” de sensações. Tanto por aproximação com queijos faixa azul, queijos fortes holandeses, costelinhas de porco, ou contrastando com um sorvete de canela ou creme, para assim contrapor o amargor e o doce. Massas com molhos fortes como gorgonzola e pesto são excelentes também. 4 – Cervejas Frutadas O berço das cervejas frutadas fica entre a Bélgica e Holanda, com toques não só frutados, como também picantes e também uma leve acidez. São cervejas bem originais, com processos de produção bem característicos. Podemos até chegar a dizer que as cervejas frutadas são bons aperitivos, palavra mais usada quando nos referimos a bebidas destiladas. Por serem extremamente aromáticas e refrescantes, cabe muito bem com frutos do mar de uma forma geral ou linguiça condimenta com pimenta. As Lambics são ótimas para combinar com sushis e patês adocicados. 5 – Cervejas Maltadas O dulçor da bebida, por conta do malte é o ponto de partida para saborear pratos acompanhados com essas qualidades. Ao juntar o malte com um lúpulo bem aromatizado (como o lúpulo amarillo, com toques de caramelo ou toffee), torna este tipo de cervejas uma bebida muito agradável de apreciar. Os queijos maturados com cristais de sais, como os queijos holandeses são uma forma de potencializar os sabores dessas combinações. Grãos como castanhas 'in natura” ou torradas são excelentes. Pães secos com picles doces ou tomate seco são outra boa dica. Cervejeiro é por si só um explorador de marcas, rótulos, estilos e sabores. Juntar comidas para que essa experiência gastronômica se torne rica é melhor ainda. Vamos em frente com novas dicas na próxima coluna. *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

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As cervejas para o calor das prévias do Carnaval (por Rivaldo Neto)

O verão traz os dias mais quentes do ano, e para os amantes da cerveja não há nada melhor do que degustar um copo bem gelado da bebida. Com os diversos tipos e famílias cervejeiras, é possível encontrar opções ultra refrescantes que combinam com este período. Com o carnaval chegando e o calor aumentando, a vontade de tomar uma cerveja para refrescar cresce cada vez mais entre os apreciadores da bebida. A cidade está com uma enorme ebulição de blocos e prévias carnavalescas, com isso estabelecesse um clima pra lá de favorável para curtimos alguns estilos. De que cerveja vamos? Quais são os estilos mais indicadas para as prévias da festa de Momo? Pra começar uma Pilsen. É o estilo de cerveja mais consumida no país, o que não é pra menos, por se tratar de uma cerveja leve, clara e que combina muito bem com nosso clima. O cuidado que deve ser tomado ao comprar é observar a quantidade de milho, arroz e açúcar, adjuntos do lúpulo. Assim garante-se mais sabor! Tem variação alcoólica entre 3% e 5%. No Brasil, 98% das cervejas consumidas são do estilo Pilsen. Outra cerveja leve e de baixa fermentação são as Lagers, são igualmente leves e menos aromáticas que as tradicionais Ale. Dentro do estilo abre-se um leque de boas opções que possam incrementar as escolhas. As variações são as American Lagers que é muito semelhante as Pilsens, a Munich Hells, Ambar Lager ou até uma Dark Lager. A diferença se dá devido a alguns tipos de insumos usados e que acentuam os sabores e modificam as colorações. As weissbiers são produzidas apenas com água, lúpulo, leveduras e mais de 50% de malte de trigo, geralmente é servida sem passar pelo tradicional processo de filtragem. Dessa forma, o aroma se aproxima a odores de frutas, como a banana. Além disso, leva especiarias na receita como o cravo e a canela, o que tornam o seu gosto mais adocicado, saboroso e refrescante. Igualmente de trigo, um outro estilo que vai muito bem nesse verão são as Witbers. Sua origem é belga. São cervejas igualmente refrescantes e muito aromáticas e frutadas, tem bom corpo sem deixar de ser leve. Insumos como sementes de coentro e raspas de laranja lhe dão uma característica marcante. Então nas prévias de carnaval e nos blocos escolha cervejas com graduações mais baixas. Se estamos em alta estação, bebidas mais leves combinam melhor e vão deixar você com todo gás! Evoé! *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

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Cada cerveja tem uma temperatura ideal! Você sabia? (Por Rivaldo Neto)

Uma das dúvidas mais frequentes que me deparo no universo das cervejas são pessoas que têm dúvidas sobre qual temperatura deve ser servido os diversos estilos da bebida. Essa semana fui indagado por um amigo que me ligou de um Foodpark que tinha cervejas artesanais e me perguntou: “Qual a temperatura ideal para se tomar uma IPA?”. Aqui no Brasil existe uma questão cultural de qual o grau que devemos bebê-la. Absolutamente toda propaganda de cervejas sugere em frases estampadas nos cartazes ou em outras mídias a frase: estupidamente gelada. Ou mofada, ou canela de pedreiro e por aí vai. Até o compositor Chico Buarque na letra da música “Feijoada Completa”, cita esse hábito com o seguinte trecho: “Solta uma cerveja estupidamente gelada para uma batalhão, e vamos botar água no feijão”. Com a mudança no panorama do mercado de cervejas no País e a chegada de novos rótulos e estilos, essas dúvidas se multiplicaram. Aqui no Brasil, de certa forma, como a Pilsen é o tipo de cerveja mais consumido devido ao clima, realmente é propício tomá-la com uma temperatura mais baixa que os demais estilos. Mas que temperaturas são essas? Como pudemos usufruir de uma boa cerveja e em seu grau mais correto para ser degustada.   O ideal é evitar tomar cervejas abaixo de 0°C, isso mascara o sabor, pois nesse grau as papilas gustativas se fecham e aí adeus sensibilidade, sabor e teor alcoólico. E verdade que também não tem como beber uma Pilsen, nesse calor, numa temperatura de 10° C, 12° C. Se uma cerveja excessivamente gelada em alguns estilos não deve se servida, um dano “fatal” a bebida é deixá-la congelar. Isso em nenhuma hipótese. Uma dica importante antes de fazermos um apanhado de estilos é que cervejas mais claras e suaves devem ser servidas mais geladas, enquanto as mais escuras e robustas em temperaturas maiores. Isso não é uma regra determinante, mas no geral dá uma orientação. Isso também vai muito do paladar de quem bebe. O saudoso e famoso cervejólogo Michael Jackson sugere alguns níveis de temperatura que se pode aplicar ao gosto e clima do Brasil: 1- Muito Gelada (de 0 a 4°C): As Pale Lagers, Pilsens e cervejas sem alcóol. Ou seja, cervejas que têm o intuito de apenas refrescar e não degustar devido ao processo citado acima do anestesiamento das papilas gustativas. 2 - Bem Gelada: (de 5 a 7°C): Weissbiers claras, Lambics frutadas e Gueuzes (Gueuze é um tipo de cerveja lambic, típica do sul de Flandres.) 3 - Gelada (de 8 a 12°C): Lagers mais encorpadas e escuras e variações das Pale Ale, como as Ambar Ale ou Brown Ale, Weissbiers escuras, Porters, Tripel e suas variações (menos a quadrupel) também se inserem nesse contexto. As IPAS (Indian Pale Ale) ou APAS (American Pale Ale) devem ser consumidas até no máximo 12 °C. 4 - Levemente gelada ou Temperatura de Adega: Quadrupel, Strong Ales Escuras, as Stout e a maioria das cervejas especiais Belgas, incluindo as Trapistas. Mesmo com essas referências acima e, como aqui no Nordeste o clima realmente pesa, sirva uns dois graus a menos pois rapidamente chegará a temperatura ideal. O importante é aproveitar o máximo o que os variados estilos de cervejas proporcionam com seus deliciosos insumos. Um festival de aromas e sabores. MUNDO CERVEJEIRO ShowerBeer: a cerveja para ser bebida no banho Para quem gosta, qualquer hora e lugar são propícios para tomar aquela gelada – até debaixo da água. Pode soar estranho, mas muita gente curte ao tomar banho também relaxar com uma cerveja. Pensando nisso, a micro empresa sueca PangPang criou o produto perfeito para esse pessoal. A ShowerBeer tem teor alcoólico maior que o convencional e tamanho menor. “O formato garante temperatura ideal e a força etílica necessária para limpar a cabeça depois de um dia exaustivo”, disso Fredrik Tunedal, criador da invenção, em entrevista para a Vice. Por ser do tipo Pale Ale, a bebida tem um gosto mais encorpado com tons cítricos e perfil de ervas em sua composição. Além de todos esses atrativos, Tunedal alega que a cerveja foi feita dessa maneira para também ser usada como condicionador. Se é verdade mesmo o poder higienizante do produto não é possível saber, pois as pouquíssimas unidades vendidas na Suécia se esgotaram igual água e não há mais garrafas à venda. Porém, a empresa pronunciou que prepara nova remessa que poderá ser comprada nos EUA e Reino Unido. Fonte: Portal Adnews *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

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A importância da água na cerveja (por Rivaldo Neto)

Nos áureos tempos em que aqui no Recife se comercializava a deliciosa “Antarctica de Olinda”, sempre ouvia dos mais velhos a seguinte frase: A diferença é a água. Naquele tempo o mercado de cervejas era muito restrito, se resumia em duas marcas apenas, ou era Antactica ou era a Brahma. A Antactica tinha uma tradicional e uma chamada Pilsen Extra, assim consequentemente a Brahma , uma igualmente tradicional e a Brahma Extra, todas duas com grande aceitação na época, mas lembro muito bem das colorações e sabores quem nem de longe parecem com as que hoje tomamos desses mesmos rótulos, com exceção da Pilsen Extra, da Antactica, que não existe mais, infelizmente. Vez por outra surgia uma “Malt 90” da vida, e como disse um amigo meu recentemente, quando lembramos dela solto um: “ Era levinha!” Mas logo saíam do mercado e eram substituídas por outros rótulos, digamos, mais comerciais pra época. Então saindo do saudosismo e voltando ao assunto da questão da água na cerveja. Podemos afirmar que é o principal ingrediente, já que sem ela, não poderíamos produzi-la. Começando que a cerveja é composta por 90% a 95% de água. Na produção comercial, para cada 1 litro de cerveja produzida, são utilizados cerca de 20 litros de água. Não tudo usado nos tanques, mas em seu processo de produção em geral, como por exemplo, na limpeza e pasteurização, somente para citar alguns processos. Bom que se diga que os estilos das cervejas estão intimamente ligadas com as propriedades da água utilizada no processo de fabricação. Os íons dos elementos químicos que fazem parte das composição da água reagem entre si com os demais insumos presentes na fabricação da cerveja, modelando as características que se queira atingir ou não. Vamos adiante para esclarecer melhor: Saiba que a água é classificada conforme a quantidade de sais minerais que ela possui e definida assim: - 0 – 50 ppm: água “mole” - 51 – 110 ppm: agua “média” - 111 – 200 ppm: água “dura” - 201 ppm em diante: água “super dura E é justamente esses minerais que determinam alguns estilos de cerveja, justamente reagindo com os insumos como citado acima. Sulfato: Principal responsável em intensificar o amargor do lúpulo, deixando-o mais seco. Pode deixar um sabor adstringente que é aquele que causa a contração das mucosas da boca, que ocorre quando algum alimento tem uma elevada quantidade de tanino. Isso acontece quando há ingestão de frutas verdes, por exemplo. Cálcio: É o que determina o que chamamos de “dureza” da água, influi no sabor e na clareza do líquido e tem uma efeito acidificante. Magnésio: Também responsável pela “dureza” da água. É a principal fonte de nutrientes das leveduras da cerveja. Se presente em grande quantidade, produz um amargor intenso. Bicarbonato: Grande dominante da composição química das fontes usadas na fabricação, por pertencer a família dos carbonatos. Cloreto: Dá o “start” na acentuação da doçura do malte. E não de deve ter mais de 250 ppm, ultrapassando esse valor pode impactar no “trabalho” das leveduras e estragar a cerveja. Sódio: Também ajuda na doçura do malte, não podendo ultrapassar 150 ppm, pois faz com que o líquido fique salgado no final do processo de produção. Importante dizer também que antigamente a qualidade da água era determinante para produzir alguns estilos de cerveja. Porém, hoje em dia, isso não faz mais sentido. A tecnologia é capaz de ajustar corretamente as propriedades da água para cerveja, dependendo de como o cervejeiro quer a água e qual estilo quer chegar.   MUNDO CERVEJEIRO Devassa parte na frente Depois de um ano de tantas mudanças, a Cervejaria Devassa, que faz parte do portfólio da Brasil Kirin, encerra 2016 com uma novidade que promete agitar os cervejeiros. Com inspiração numa tendência que tem ganhado cada vez mais força fora do Brasil, a marca agora lançará o Growler 2 Go, um recipiente de cerâmica, que se assemelha a um galão de vinho, feito especialmente para o armazenamento de chopp. Com esta novidade, Devassa pretende colaborar ainda mais com a disseminação da cultura cervejeira no país e possibilitar uma experiência muito além do bar. Disponível em todas as franquias da marca a desde do dia 20 de dezembro, a garrafa armazena até 2 litros de chopp e possui tampa de pressão, que evita a perda de gás carbônico, conservando frescor, sabor e qualidade por até dois dias. O lançamento traz a liberdade de se tomar um chopp de qualidade, fresquinho, na reunião com os amigos ou em casa. O Growler 2 Go permite também que o sabor da bebida seja apreciado com mais calma, tornando a experiência ainda mais agradável. “Hoje em dia as pessoas estão buscando cada vez mais levar as experiências para dentro de casa e com o Growler 2 Go sabemos que podemos oferecer exatamente isso para os nossos consumidores. Agora eles vão poder levar para casa o chopp Devassa e usufruir quando quiser e da forma mais fresca possível”, afirmou Jussara Calife, gerente de marketing de Devassa. Para garantir a qualidade do chopp, toda vez que o Growler 2 Go for reutilizado, ele receberá uma tag com informações sobre qual data e qual estilo foi envasado. O consumidor poderá escolher entre as 5 opções de chopes especiais da casa, todos puro malte: Loura Tropical Lager, Ruiva Tropical Red Ale, Negra Tropical Dark Ale, Sarará Tropical Weiss e Índia Tropical IPA, cuidadosamente tirados com creme, que ajudará na conservação do líquido. O valor do Growler 2 Go poderá variar de acordo com a região. *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

A importância da água na cerveja (por Rivaldo Neto) Read More »