"A crise é conjuntural, estruturalmente o País está bem". A afirmação é da jornalista Cristiana Lôbo, no 2º Encontro de Empreendedorismo, que aconteceu hoje no Recife, realizado pelo Shopping Patteo Olinda, Fecomércio-PE e Sebrae/PE. A jornalista avalia que a retomada da economia brasileira será lenta e demorada, mas que as perspectivas são positivas. Ela pontuou que a recuperação do consumo das famílias, o combate à corrupção e a biodiversidade brasileira são alguns dos elementos que tendem a atrair investimentos externos nos próximos anos para o País. Mesmo diante do turbulento cenário político, a Cristiana apontou com números que a roda da economia recomeçou a girar no Brasil.
Sobre a retomada da economia, a referência da jornalista foi o indicativo de recuperação do PIB brasileiro, que cresceu 0,6% no trimestre, de acordo com pesquisa divulgada recentemente pelo IBGE. Além do PIB, Lôbo ressaltou que a grande novidade do cenário econômico é a retomada do consumo das famílias (1,5% no período). Ela chamou esse desempenho recente da economia brasileira como um ponto de inflexão, após semestres de queda.
Como pontos atrativos para investimentos estrangeiros, Cristiana pontuou que o combate à corrupção é um fenômeno que veio para ficar. Outro destaque apontado pela jornalista é a biodiversidade brasileira. "Acompanhando a visita dos presidentes à Brasília, todos destacam o potencial da biodiversidade brasileira", afirma. Ela destaca que o País tem pilares muito valorizados pelos investidores internacionais, como um grande potencial de produção de energias renováveis e o fato do País possuir o segundo maior reservatório de água doce do mundo.
Mencionando uma pesquisa da consultoria PwC sobre as perspectivas de desempenho da economia mundial nas próximas décadas, Cristiana ressaltou que o Brasil tem uma grande oportunidade de jogar um papel mais relevante no cenário internacional. "A economia mundial vai dobrar em 30 anos, principalmente impulsionada pelos países emergentes que irão crescer o dobro do que crescerão os países mais ricos, como a Alemanha, Japão e Coreia. O Brasil está no pelotão de frente entre os Países promissores, mas é preciso investir e melhorar o desempenho na educação, inovação e ciência e tecnologia", sinaliza.
*Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@revistaalgomais.com.br)