Cepe celebra o legado literário do poeta Miró no Festival de Inverno de Garanhuns

(Da Cepe – Na foto: Cristiano Mascaro e Joao Lin. Crédito: Leopoldo Nunes)

A Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) volta a patrocinar e integrar a programação da Praça da Palavra, polo literário do Festival de Inverno de Garanhuns, que chega a sua 31ª edição, na região Agreste. Considerado um dos mais importantes festivais multiculturais do país, o FIG acontece de 21 a 30 de julho, com extensa programação, coordenado pela Secretaria de Cultura do Estado e pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

Este ano, o polo literário recebe o nome de Luís Jardim (1901-1987), em memória do jornalista, escritor, tradutor, desenhista e pintor garanhuense, prestando ainda homenagem a outro grande pernambucano: o poeta Miró da Muribeca (1960-2022), um dos mais importantes nomes da poesia urbana contemporânea brasileira. Nesta edição, a Cepe faz um tributo ao  escritor  de Garanhuns Helder Herik, que empresta o seu nome ao estande/livraria a ser instalado na praça pela editora.

Localizada na Praça Souto Filho, a Praça da Palavra Luís Jardim contará com palco, estandes e área de convivência, para receber as programações da Cepe, secretarias de Cultura e de Educação do Estado, Sesc e parceiros. Bate-papos, recitais, performances, lançamentos de livros, contações de histórias integram as opções oferecidas ao público. De acordo com o editor da Cepe, jornalista Diogo Guedes, a proposta é celebrar a obra de Miró, mostrar parte da produção recente da Cepe Editora e também aproveitar o espaço para discutir temas da literatura e dos livros. “As mesas e conversas vão da poesia às HQs, das fotografias à ficção, sempre com a palavra e os livros em destaque, nesse palco privilegiado da cultura pernambucana que é o FIG”, antecipa.

Entre os destaques da programação da Cepe Editora, está o lançamento do livro Sonia em Fotobiografia, organizado pelo jornalista e designer Augusto Lins Soares, que já assinou as fotobiografias de Chico Buarque (Revela-te, Chico, Editora Bem Te Vi, 2018) e de Dom Helder Camara  (O Santo Revelado, Cepe, 2019). Em mais de duzentas imagens, a primeira fotobiografia de Sonia Braga revela a vida e a trajetória da atriz, considerada pelo The New York Times como uma das melhores artistas de cinema do século 21. O lançamento acontecerá no palco da Praça da Palavra, sábado (29), a partir das 15h, com um bate-papo entre Augusto Lins e a editora-assistente da Cepe, Gianni Gianni.

O poeta Miró, autor de livros do catálogo da Cepe, também pontua a programação da editora, em ações voltadas para o público infantil e em mesas como “Miró, os caminhos de uma biografia”. O bate-papo reunirá o escritor e editor Wellington de Melo, o jornalista, escritor e editor Thiago Corrêa, com mediação da editora-assistente da Cepe, Gianni Gianni. “A mesa será uma conversa sobre o processo de escrita da biografia de Miró, que está a meu encargo. Será uma conversa entre dois biógrafos, já que Thiago Corrêa escreveu para a Cepe a biografia de Gilvan Lemos. Há uma curiosidade, no sentido de que ambos biografados faleceram no meio do processo. Conversaremos sobre os desafios impostos a mim, o estágio da escrita, anteciparei algumas descobertas e deixarei o gostinho de algumas revelações que só serão dadas no livro”, avalia Wellington.

No domingo (30), das 16h às 17h, a Cepe promove a mesa “Fazer Literatura a partir de Garanhuns”, com os escritores garanhuenses Nivaldo Tenório, Helder Herik e Thiago Corrêa. “Acho ótima a oportunidade de conversar sobre o tema, ainda mais no FIG, quando temos um público fora da cidade que poderá se inteirar sobre o trabalho do escritor na nossa cidade e, com isso, se interessar por essa literatura”, destaca Nivaldo. Ele é autor de Verão (Cepe, 2022), Ninguém detém a noite (Confraria do Vento, 2017) e Dias de febre na cabeça (1ª edição pela U-Carbureto, 2012 e 2ª edição pela Confraria do Vento, 2014).

De acordo com Nivaldo, há um movimento crescente em Garanhuns, já há alguns anos, que pode ser chamado de cena literária. “Recife já se apercebeu disso, aqui há bons escritores, editores e gente que gosta de produzir jornal de cultura”, diz ele. “Quanto ao resto, temos as mesmas dificuldades de qualquer cidade do Brasil, é verdade que a internet estreitou as distâncias, não temos mais necessidade de ir para o Sudeste como fez Osman Lins, mas não é fácil colocar um livro na praça e ser lido e ter visibilidade, mesmo se tratando de um bom livro.”

Opção para crianças e adultos, a oficina do projeto Galeria Reciclada ensinará aos  interessados como construir peças artesanais a partir de resíduos sólidos, como papel, garrafas, copos descartáveis. A proposta, criada em 2017, é uma ação de responsabilidade ambiental da Cepe idealizada e coordenada por Júlio Gonçalves, gerente de projetos sustentáveis da empresa. Além da oficina, o estande abrigará uma exposição do Galeria Reciclada. A oficina acontecerá no estande da editora, que também abrigará uma exposição com as peças do projeto.

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