Pesquisa da Unifafire inidica que os itens mais procurados devem ser produtos de moda, roupas e calçados. Foto: Lucas Costa (Divulgação)
O Dia das Mães, muitas vezes chamado de Natal do primeiro semestre, está se aproximando e é aguardado com grande expectativa pelo comércio varejista. Este ano, as perspectivas são mais otimistas em comparação com o ano passado, quando diversos fatores, como inflação, incerteza política e altas taxas de juros, tiveram um impacto negativo no consumo. Espera-se que a data impulsione um aumento nas vendas e contribua para o crescimento do setor em maio. De acordo com dados recentemente divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o volume de negócios deve ser 3,5% maior do que no ano passado, alcançando um valor total estimado em R$ 13,2 bilhões.
De acordo com a CNC, os itens de calçados, roupas e acessórios devem ser os mais procurados, representando 40% das vendas na data. Esses resultados são consistentes com os achados de uma pesquisa inédita conduzida pelo Núcleo Fafire Inteligência de Mercado do Centro Universitário Frassinetti do Recife (UniFAFIRE), que analisou o perfil de consumo dos recifenses na compra de presentes para o Dia das Mães. O estudo, realizado com 750 entrevistados em vários locais da Região Metropolitana do Recife, como Derby, Boa Vista e Jaqueira, revelou que 57,2% dos recifenses pretendem comprar presentes para suas mães. A maioria desses entrevistados, aproximadamente 60,14%, planeja gastar mais de R$ 100 com o presente.
Presentes mais procurados
Quanto aos tipos de presentes preferidos, a pesquisa indica um equilíbrio entre produtos de moda, roupas e calçados (28,50%), seguidos por produtos de beleza (23,83%). É interessante notar que 28,75% dos entrevistados na Região Metropolitana do Recife que planejam presentear ainda não decidiram qual presente comprar, o que provavelmente resultará em um aumento na busca por presentes nas vésperas do dia comemorativo.
Investimento estimado para o presente
A pesquisa realizada pela UniFAFIRE levou em consideração as intenções de compra, os valores investidos e os tipos de presentes preferidos. É importante destacar que a maioria dos respondentes é do sexo feminino. Além disso, uma parcela significativa dos entrevistados recebe até dois salários mínimos, o que reflete uma parte considerável da população pernambucana. Quanto ao valor a ser investido nas compras, foram estabelecidas faixas que contemplassem as diversas necessidades dos consumidores. A faixa mais baixa compreende valores de até R$ 50, seguida por uma faixa intermediária entre R$ 50 e R$ 100, e a faixa mais alta destinada a valores acima de R$ 100.
João Paulo Nogueira, gestor financeiro e coordenador do Núcleo Fafire Inteligência de Mercado
"De uma maneira geral, nossa avaliação está alinhada com o estudo divulgado pela CNC, já que o número de pessoas indecisas, ou seja, que ainda não sabem o que vão comprar, foi de 11,6% do total dos entrevistados. O que significa dizer que se excluirmos os indecisos, os itens de calçados, roupas e acessórios fica com 37,2%, número bem próximo aos 40% da expectativa de vendas da Confederação Nacional do Comércio para o período".