Ecoprédio Rute Vitalino homenageia sua fundadora e aposta em soluções sustentáveis, como tetos e pisos de vidro, reuso de água da chuva, luz natural, arquitetura sustentável e automação, desde a construção até seu funcionamento
O Colégio Fazer Crescer (CFC), localizado no bairro do Rosarinho, inaugurou do novo projeto da instituição, o Ecoprédio Rute Vitalino. Ele foi todo concebido no conceito de arquitetura verde, que respeita pilares ecológicos, diminuindo os impactos de uma construção, da execução ao modelo de operação cotidiana. “A preocupação com o outro e com o meio ambiente se encontram e estão na nossa essência. Passamos isso em sala de aula e nas atitudes uns com os outros, e queremos reforçar essa preocupação para os estudantes e para a sociedade. Cada um pode, sim, fazer a sua parte”, justifica Ana Henriqueta Trajano, diretora pedagógica do CFC, sobre a decisão de construir o segundo prédio sustentável. O primeiro Ecoprédio Urbano Vitalino foi erguido há seis anos.
O espaço, além de abrigar as turmas do Ensino Médio, tem quatro salas e um auditório e será voltado para a integração dos alunos, proporcionando trocas e vivências que nem sempre são experimentadas em salas de aula e que ficaram prejudicadas com a pandemia. “Queremos estimular o olho no olho, menos digital, mais pessoal. Por isso o prédio disponibiliza diferentes espaços de convivência”, explica Gláucia Lira, diretora de Marketing e Novos Projetos do colégio. Exemplo disso são os hubs, balanços, mesas e bancos espalhados e o ambiente voltado para a música, com um piano, violão e percussão que ficarão disponíveis para qualquer pessoa tocar; os cantos com redes para conversar com os amigos; e o “Redário Literário”, que irá disponibilizar livros e um ambiente de descanso para eles. Além disso, os alunos terão à disposição um rooftop envolvido por verde, miniquadra para vôlei e beach tennis e um tobogã, para os que gostam de aventura e queiram sair do terceiro pavimento para as salas de aula de forma mais rápida e divertida. A tendência está em alguns escritórios, como o Google. O Ecoprédio abrigará também uma mostra de arte permanente de artesãos nordestinos renomados, como Abias do Galho, Adriana das Alagoas, Mestre Heleno, Nando de Zezinho, Áurea Gomes, Rafael Raimundo, entre outros.
O espaço possui quatro pavimentos, tendo 28% de área de solo natural só no térreo – e a iluminação será natural durante grande parte do dia, com pisos e tetos de vidro em alguns locais, e janelas generosas, garantindo ótima ventilação. Foi adotada uma estrutura metálica aparente, painéis pré-moldados (tecnologia lightwall) e concreto sem revestimento, garantindo uma personalidade estética ao projeto. “As salas de aula, escadas, espaços de convivência e os banheiros também trazem essa arquitetura com estilo industrial, que permeia todos os andares e reduz o desperdício de material na obra, o que geralmente acontece em construções de alvenaria tradicional”, explica, Suzana Gueiros, uma das arquitetas responsável pelo projeto. Os vidros e paredes possuem proteção térmica. Em alguns locais foi utilizado piso emborrachado feito a partir do reuso de pneu. Além disso, pela primeira vez, será utilizada uma nova metodologia de energia solar à distância, uma vez que o prédio está localizado em área de grande sombreamento. O Ecoprédio Rute Vitalino também será inteligente. “Por meio da automação, podemos controlar irrigação das plantas, iluminação, ar condicionado e outras funções pelo celular”, explica Pedro Selva, arquiteto também responsável pelo projeto.