Arquivos Cultura E História - Página 132 De 371 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Feira da Literatura Infantil acontece até domingo

  Depois de quase dois anos de um hiato causado pela pandemia de Covid-19, a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) retoma a realização de suas feiras presenciais e a primeira já começou e segue até domingo (5 de dezembro). É a 3ª Feira da Literatura Infantil (Flitin), que acontecerá nos jardins da Academia Pernambucana de Letras, bairro das Graças, oferecendo para a criançada uma programação totalmente gratuita com mais de trinta atrações, entre lançamentos de livros, oficinas artesanais, contações de histórias, cineminha, atividades recreativas, espetáculos teatrais e shows musicais. A Flitin funcionará das 9h às 20h, obedecendo a todos os protocolos sanitários estabelecidos pelo Governo do Estado. "A Flitin marca o início das feiras literárias presenciais da Cepe, dentro do Circuito Literário de Pernambuco, sempre caracterizando a ação de fomento do livro e da leitura que a empresa executa há sete anos. No ano passado, em decorrência da pandemia, as feiras presenciais foram suspensas, até que a melhoria das condições sanitárias permitisse o retorno dos eventos presenciais. A Flitin terá programação semelhante a de 2019, mas obedecendo a todas as medidas de precaução necessárias contra a transmissão da Covid-19", enfatiza o diretor-presidente da Cepe, jornalista Ricardo Leitão. Entre as atrações da Flitin, destaque para os quatro lançamentos literários programados pela Cepe Editora: Xicaré contra o monstro do vaso, de Marcela e Artur Pandolfi; Contos com gigantes, de Carolina Becker; A biblioteca da Bia, de Viviane Ferreira Santiago – ambos vencedores do II Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantil e Infantojuvenil -, e Os pés nos quintais e os olhos no mundo: um menino chamado Paulo Freire, de Targelia de Souza Albuquerque, que apresenta para o público juvenil a história e o legado deixado pelo educador pernambucano, falecido aos 75 anos, em 1997. Com a ideia de desmistificar o desfralde, um dos grandes tormentos de pais e mães, a nefrologista pediátrica pernambucana Marcela Pandolfi decidiu escrever Xicaré, que aborda de maneira lúdica o momento certo para abandonar as fraldas. O livro conta com ilustrações da designer Deirdre Holanda. "Artur, meu filho mais novo, foi um grande incentivador do Xicaré. Ele estava terminando o seu desfralde noturno (aos 6 anos) quando começamos o projeto do livro. Ele ficou encantado com os personagens e se divertiu muito com os vídeos e brincadeiras que criamos", conta a autora, que assina a obra em parceria do filho. Voltado para os mais graúdos, o livro Contos com Gigantes apresenta uma instigante viagem à cultura e mitologia de diversos países reunindo histórias protagonizadas por gigantes. O livro conta com ilustrações do premiado artista gráfico mineiro Cau Gomes. Para a autora, Carolina Becker, o título foi uma rica experiência que a levou a lugares inimagináveis e que resultou em oito contos sobre dez personagens. "Todos eles muito conectados entre si e ao meu imaginário. Espero que a profundidade com que vivi essa experiência chegue também aos leitores", afirma. O terceiro desses quatro lançamentos é A Biblioteca da Bia, um livro sobre sonhos e amizades, que gira em torno de um tema tabu, a morte. Um assunto sempre muito melindroso para ser conversado com as crianças e que através da literatura torna essa tarefa menos difícil. Na história de Viviane Ferreira e ilustrações de Luísa Vasconcelos, Bia tem o sonho de ser dona de uma biblioteca e esse desejo costura a narrativa repleta de lições. "A Biblioteca da Bia é um sonho, mas também é a vida da gente", ressalta a escritora. Os pés nos quintais e os olhos no mundo: um menino chamado Paulo Freire, livro da escritora e educadora Targélia de Souza Albuquerque, tem formato, conteúdo e projeto editorial pensado com carinho para jovens que mal imaginavam nascer quando o patrono da educação brasileira, cujo centenário de nascimento é comemorado este ano, já ensinava que “não se pode falar em educação sem amor”. Targelia teve a formação profissional e humana influenciada por Paulo Freire, sendo uma importante pesquisadora do patrimônio intelectual e de vida deixado por ele. Em seu livro revela o educador na mais tenra idade, a fome, as muitas dificuldades enfrentadas e de que forma as intempéries da vida o tornam um dos mais importantes pensadores de todo o mundo. Todos os livros lançados ganharão contações de histórias durante a Flitin. ATIVIDADES - Oficinas e shows também merecem destaque na programação. A educadora do Museu do Homem do Nordeste, Tayane Ferreira, conduzirá a oficina “Memória ao Pé da Letra”, para confecção de cartas de jogo de memória inspiradas nos livros A Menina que Engoliu um Céu Estrelado (Cepe, 2020), de Gael Rodrigues e A Domadora de Palíndromos (Cepe, 2020), de Fred Bellintani. Na oficina “Metademetade”, o artista visual Emerson Pontes utilizará papelão e tinta para ajudar a garotada a criar figuras mitológicas híbridas. Leandro Roberto coordenará as oficinas “Estamparia com Folhas: Imprimindo Texturas Botânicas” e “A Arte de Frottage: Revelando Texturas das Superfícies”. Na primeira, os alunos vão trabalhar a transferência de formas e texturas de folhas de plantas no papel e tecido, com a técnica da impressão. E na segunda, os jovens aprenderão a revelar texturas de folhas de plantas no papel e/ou tecido pela fricção com lápis ou giz. Com mais de uma década de estrada, Rodrigo Lima promete para a Flitin o que sabe fazer de melhor: mágica e ventriloquia com muita diversão. A Fada Magrinha, outra atração de quem tem lugar cativo no coração da garotada, apresentará o seu “Natal Encantado” com muita dança, brincadeira e canções tradicionais. A vocalista Cacau e sua Banda Mini Rock também se inspiram no momento natalino para colocar todo mundo para dançar na feira literária. Formada por músicos, dançarinos e cantora, a banda musical pernambucana Bandalelê promete revisitar em seu show os grandes clássicos  infantis.Além da Cepe Editora, a 3ª Flitin contará com estandes e atividades da Grão Livraria, Zeppelin, Cia Pilar de Leitura, Bakamoon, Além da Lenda, Saber Publicações, Casa de Artesanato, Fundação Gilberto Freyre e Editora Coqueiro. a 3ª Feira da Literatura Infantil tem a curadoria da Fundação Gilberto Freyre.Acompanhe a programação da 3ª Feira da Literatura Infantil (Flitin)Quando: 02 a 05 de dezembroOnde: Academia Pernambucana de LetrasEndereço: Avenida Rui Barbosa, 1596, GraçasEntrada francaDia 02 de dezembro, quinta-feira9h –

Feira da Literatura Infantil acontece até domingo Read More »

Estreia hoje ópera pernambucana "Il Maledetto" no Teatro de Santa Isabel

Chegou o tão esperado dia da volta aos palcos das produções operísticas de Pernambuco depois de quase dois anos de distanciamento social por causa da Covid-19. Esta tarde, a partir das 16h, cantores, músicos, bailarinos, produtores, figurinistas e toda a produção da Gárgula Produções e da Academia de Ópera e Repertório e Sinfonieta da UFPE e toda sua energia e alegria estreiam ao Teatro de Santa Isabel a obra “Il Maledetto” (O maldito), do pernambucano Euclides Fonseca (1853-1929), numa grande, inédita e histórica montagem que ficará em cartaz até domingo, 5/12. A primeira apresentação será para estudantes de escolas recifenses e, em seguida, às 18h30, será a vez do público em geral conhecer uma das mais antigas obras do repertório operístico pernambucano, composta em 1902. As apresentações terão o aspecto histórico como tônica, já que o espetáculo só foi possível graças a um árduo trabalho de restauração das partituras coordenado pelo maestro Wendell Kettle. O espetáculo começará com um prólogo, “A Descoberta do Brasil”, que será seguido pelo drama bíblico em um ato “Il Maledetto”, também composto por Fonseca, em 1906, e que conta a história dos irmãos Caim e Abel. Participam ainda desta segunda peça bailarinos, coro, cantores e, como convidado, o ator Arilson Lopes, que faz um curto monólogo de abertura da peça. Como Caim, o tenor Lucas Melo, o contratenor Franz Ribeiro como Abel, a soprano Jéssica Soares como Adah, e o baixo-barítono Rodrigo Cruz como Adão. A versão apresentada desta passagem do Livro do Gênesis será bastante diferente do que o público pode esperar, pois a concepção dos espaços e dos figurinos não seguem o imaginário do antigo, explica o diretor de Artes Visuais, Marcondes Lima. “O cenário não é aquele que remete a construções que geralmente vemos de passagens da Bíblia. O cenário é uma espécie de limbo, onde cantores, atores e bailarinos se deparam com referências da cultura judaico-cristã em inúmeros detalhes que vão do figurino à maquiagem, passando pelos elementos cênicos”. Resgate histórico Euclides Fonseca (1854-1929), foi o primeiro pernambucano a compor ópera no Estado. Il Maledetto é a segunda peça dele resgatada, restaurada, orquestrada e montada pela Academia de Ópera e Repertório, Sinfonieta UFPE e a Gárgula Produções, através de um trabalho minucioso e dedicado do maestro Wendell Kettle. A primeira foi Leonor, exibida em março de 2019 no Teatro de Santa Isabel. Os manuscritos foram cedidos pela biblioteca do Instituto Ricardo Brennand e, em cima deles, foram criadas as orquestrações. “É com muita alegria e empenho e que estamos nos dedicando ao resgate histórico do repertório operístico pernambucano, tanto no que diz respeito à restauração das partituras das obras quanto ao fato de trazer suas montagens para o público atual", diz Kettle.   Serviço: De 02 a 05 e dezembro de 2021. Horários: 02 a 04 de dezembro - sessões: 18:30 & 20h 05 de dezembro – sessões 17h & 18:30h Ingressos: R$ 60,00 (inteira) R$ 30,00 (meia) Os ingressos serão vendidos na bilheteria e via PIX. Informações pelo WhatsApp: 81 8534-9068   Equipe de Direção Direção Cênica, Musical e Regência: Wendell Kettle Direção de Artes Visuais: Marcondes Lima Direção Executiva: Jéssica Soares   Personagens Caim: Lucas Melo - tenor Abel: Franz Ribeiro - contratenor Adah: Jéssica Soares - soprano Adão: Rodrigo Cruz – baixo-barítono   Coro da Academia de Ópera e Repertório Soprano: Abiquelia Vieira | Natália Duarte | Patrícia Calado | Vanessa de Melo Mezzo-Soprano Débora Barros | Karla Karolla | Luciana Gama | Mariane Mariz Tenores Elias Marques | Jaedson Araújo Baixos-Barítonos Adriano Soares | Anderson Rodrigues   Sinfonieta UFPE Violinos I Gilson Filho (spalla) | João Vitor Azevedo | Victor Oliveira Violinos II Eduardo Silva | Singrid Sousa | André Ruan Violas Alan Denis Silva | Cícero Bezerra Jr. | Sávio Santoro Violoncelos Miqueias Santana | Jônatas Câmara Contrabaixo Stive Lima Flautas Eltony Nascimento | Ewerton Cândido Oboés Artur Ortenblad | Junielson Nascimento Clarinetes Gueber Santos | José Carlos Silva Fagotes Jamesson Batista | Dayvison Gabriel Trompetes Augusto França | Hian Caic Trombones Fabrício Vieira | Thomas Barros Eufônio Fabiano André Tímpanos Adalberto Ferreira Convidados Ator: Arilson Lopes Bailarinos: Victor Marinho & Jonas Alves  

Estreia hoje ópera pernambucana "Il Maledetto" no Teatro de Santa Isabel Read More »

Cinema da Fundação/Museu reabre suas portas hoje com programação especial

O Cinema da Fundação/Museu, em Casa Forte, reabre ao público a partir de hoje, 2 de dezembro. Nesta primeira semana, a sala dará continuidade ao Festival Varilux de Cinema Francês, além de outras exibições exclusivas. O espaço estava fechado desde janeiro deste ano, devido a pandemia da Covid-19. Para o curador e programador do Cinema do Muhne, Ernesto Barros, a volta do cinema traz ânimo em meio a um ano tão atípico. “Recomeçamos nesta quinta feira, a antepenúltima semana do ano, mas nossa primeira e, por isso, estamos muito felizes”, afirma. A programação de abertura, nesta quinta-feira, contará com três sessões à tarde. O drama Um Intruso no Porão, que integra a programação da Varilux, é o primeiro, às 14h30. Em seguida, Deserto Particular, longa nacional que tenta vaga à estatueta do Oscar em 2022, será exibido às 16h50. Por fim, às 19h10, o filme Marighella, dirigido por Wagner Moura, ocupa a tela do cinema do Museu. Seguindo os protocolos sanitários, o Cinema da Fundação/Museu retorna com 80% de sua ocupação, com distanciamento entre cadeiras, com exceção das cadeiras para casais, além da obrigatoriedade do uso da máscara. Serviço: Um Intruso no Porão - 14h30 Festival Varilux Ficção. De Philippe Le Guay. Com François Cluzet, Jérémie Renier, Bérénice Bejo. Sinopse: Em Paris, Simon e Helen decidem vender um porão no imóvel onde vivem. Um homem com um passado conturbado o compra e instala-se lá sem aviso prévio. Pouco a pouco, a sua presença vai mudar a vida do casal. 110 min | 14 anos Deserto Particular - 16h50 Estreia (Brasil, 2021) Ficção. De Aly Muritiba. Com Antonio Saboia, Pedro Fasanaro Sinopse: Daniel é um policial exemplar, mas acaba cometendo um erro que coloca sua carreira em risco. Sem enxergar um horizonte em Curitiba, ele parte em uma jornada à procura de Sara, a mulher com quem ele se relaciona virtualmente e por quem está apaixonado. Este encontro o transformará inteiramente e mudará o seu próprio destino. 120 min | 16 anos Marighella Ficção. De Wagner Moura. Com Seu Jorge, Bruno Gagliasso, Luiz Carlos Vasconcelos, Adriana Esteves, Humberto Carrão. Sinopse: Cinebiografia de Carlos Marighella, político, escritor e guerrilheiro que lutou contra a ditadura militar brasileira. 155 min | 16 anos

Cinema da Fundação/Museu reabre suas portas hoje com programação especial Read More »

Patrícia Palumbo é a convidada do Sonora Coletiva de hoje

Da Fundaj Ainda estudante, Patrícia Palumbo acompanhava uma jornalista profissional que entrevistava o seu ídolo Cazuza, quando fez uma pergunta ao cantor e compositor acerca da presença de Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues e Dalva de Oliveira em suas composições. O que parecia uma pergunta disparatada a um roqueiro recebeu uma resposta que confirmava as suas suspeitas. Segundo Patrícia Palumbo, foi ali mesmo que ela decidiu o que faria na vida: “descobrir com essas pessoas, que tanto admiro, se minhas ideias mais malucas sobre as canções por acaso têm alguma conexão com a verdade”. Desde então, a convidada do próximo Sonora Coletiva nunca mais parou de entrevistar alguns dos principais nomes da nossa MPB. Essa experiência, vivenciada nos últimos trinta anos no programa de rádio Vozes do Brasil e, mais recentemente, no podcast, disponível em vários streamings, e no Canal Vozes do Brasil, no YouTube, será o tema do bate-papo com a jornalista, curadora, coordenadora de programação, apresentadora e diretora de rádio e TV Patrícia Palumbo na nova edição do Sonora Coletiva, transmitido pelo Canal multiHlab no YouTube, no dia 2 de dezembro, às 19h. O Sonora Coletiva é uma atividade da Revista Coletiva, vinculada à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), e o novo episódio terá a participarão dos editores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto. Patrícia Palumbo foi premiada três vezes pela Associação Paulista de Críticos de Arte por seu trabalho em rádio com o Vozes do Brasil, transmitido por 11 emissoras do país. Mas não parou por aí. Sua vivência no rádio permitiu realizar o projeto inovador da Rádio Vozes e entrevistar pessoas com grande bagagem cultural. Além deles, Patrícia Palumbo apresenta o Instrumental Sesc Brasil há 20 anos e faz curadoria e consultoria musical para a TV Cultura, a Casa Brasileira e o Itaú Cultural. Seu envolvimento com tais projetos terminou por gerar três livros de entrevistas: Vozes do Brasil (vols.1 e 2), pela DBA, e a edição mais recente pela Edições Sesc, com entrevistas de 33 artistas da música brasileira, de Elza Soares e Itamar Assumpção a Criolo e Arnaldo Antunes, passando por Naná Vasconcelos e Cássia Eller. SAIBA MAIS SONORA COLETIVA​ é o canal experimental da revista eletrônica de divulgação científica COLETIVA, publicada pela Fundaj. Sediada no Recife, a revista disponibiliza dossiês temáticos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o ProfSocio, o Canal multiHlab e a Villa Digital, envolvendo ainda as diversas diretorias da Fundaj. SERVIÇO LIVE – A MPB E SUAS VOZES SONORA COLETIVA conversa com PATRÍCIA PALUMBO Jornalista, apresentadora do Programa Vozes do Brasil e autora de livro homônimo 2 DEZEMBRO (quinta-feira) - 19h - Canal multiHlab no YouTube Participações de Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto (Fundaj)

Patrícia Palumbo é a convidada do Sonora Coletiva de hoje Read More »

George Barbosa leva sua arte para a Christal Galeria

Ao longo de suas mais de quatro décadas de trabalho, o pintor recifense, George Barbosa, emblemático artista plástico e pintor,foi o artista escolhido pela Christal Galeria para encerrar o calendário de exposições de 2021. A mostra Libertar do Gesto entra em cartaz hoje (02) e ocupará todos os espaços da galeria com as obras de cores e tons pastel e traços fortes desse premiado artista, que se destaca pela habilidade no desenho e pintura de imagens que retratam desde uma campina a uma praia; ou de uma vila a cidade de Paris; e da área suburbana dos Estados Unidos às ladeiras de Olinda e alamedas paulistanas. “Os caminhos trilhados por George Barbosa para compor a exposição Libertar do Gesto nascem da sua pintura espontaneamente gestual, executada como uma dança onde a parceria entre a mão e o pincel se expressam em um ritmo frenético e apaixonado”, resume o curador da exposição Laurindo Pontes. Dentro desse trabalho, o artista apresenta um conjunto de pinturas, fotografias e cerâmicas que revelam suas qualidades únicas como artista maduro em contínuo crescimento, resultando numa exposição individual, segundo a curadoria, de zeloso valor estético apesar da variedade surpreendente e notável de obras. Na exposição, o visitante mergulha em cada fase e percorre todos os espaços da galeria preenchidos por fortes referências históricas. “O início deste encontro é com as pinturas dos painéis Atlântico I e II que remetem ao deslumbramento da infância quando o indivíduo se depara frente a imensidão do oceano, num misto constante de temor e encanto, entrega e apreensão, brincadeira e medo”, explica o curador. Outro painel do artista agrupa pratos de barro desenhados em homenagem a natureza onde habitam capivaras, tatus, caranguejos, cabras, peixes, todos numa mesma arca e sobrevivendo sob o canto dos pássaros. Em seguida, são retratadas sob sua perspectiva, uma série de aulas de danças, onde aparece Degas a orientar os alunos bailarinos, com um traçado que chama a atenção para a precisão dos gestos e expressões. Um dos pontos altos da exposição é a tela que traz uma homenagem ao grande mentor Van Gogh, com pintura forte, perturbadora e de um impulso impetuoso como uma azulada noite estrelada. Desafiando o tempo linear, o artista George Barbosa exterioriza em seu trabalho os gestos, os movimentos do corpo pleno, em momentos que se alternam dos traços largos aos delicados, passando do pontilhismo, ao fauvismo, ao impressionismo e tantos outros ismos aos quais sua arte recorre. Arte e gestos livremente pintados e entrelaçados em figurativos recortes humanos impregnados de sentimento e vida. George Barbosa - Nasceu em Recife em 1956 e iniciou sua vida na pintura em 1979 com o professor Fernando Lúcio e depois em 1980 em São Paulo com Ionaldo Cavalcanti. Em Recife obteve diversos prêmios em Salões e participou em inúmeras exposições coletivas. A primeira individual foi na Galeria Officina, em Recife, tendo a apresentação de Francisco Brennand. Destaque também para a mostra "Un regard sur Paris" sobre a qual o também pintor Zé Cláudio escreveu: "Paris até que se esforçou, se vestiu de Paris, céu de chumbo, transeuntes de roupa pesada...mas, o verão chegou, vermelho como um timão e as moças ficaram nuas..." Serviço Exposição Libertar do Gesto Quando: De 02 de dezembro de 2021 a 28 de janeiro de 2022 Onde: Christal Galeria, Rua Estudante Jeremias Bastos, 266 – Pina, Recife – PE. Horário: Abertura da exposição no dia 02 de dezembro será às 16h. Depois o horário da Galeria é de terça a sábado, das 12h às 21h. Gratuito

George Barbosa leva sua arte para a Christal Galeria Read More »

Festival de Cinema Francês chega ao Shopping ETC, nos Aflitos

Das quatro salas disponíveis na capital Recife para exibição do Festival Varilux de Cinema Francês, duas estão no Shopping ETC, nos Aflitos. Consolidado como o maior evento de filmes franceses fora da França e somando mais de um milhão de espectadores em todo país desde quando foi criado, o Varilux está na 12ª edição e terá exibição no centro de compras até o dia 8 de dezembro. O Festival é realizado pela produtora Bonfilm. A programação geral conta com dois clássicos e 17 longas-metragens inéditos e recentes. Os roteiros apresentam drama, romance, comédia, animação e documentário. Nesta edição, há obras com diretores novos e consagrados. François Ozon (Está Tudo Bem), Xavier Giannoli (Ilusões Perdidas); Emmanuelle Bercot (Enquanto Vivo), Albert Dupontel (Adeus, Idiotas); Julia Ducournau (Titane) e Jacques Audaiard (Paris, 13 Distrito). “Estamos felizes em poder receber mais uma edição do festival em nossas salas de cinema. A exibidora MovieMax segue um rigoroso sistema de segurança para acomodar os visitantes”, conta Jaqueline Andrade, gerente geral do Shopping ETC. SERVIÇO: Festival de Cinema Francês chega ao Shopping ETC Onde: Avenida Conselheiro Rosa e Silva, 1460, Aflitos, Recife Quando: até dia 8 de dezembro Ingresso: https://www.veloxtickets.com/Portal/Local/Cinema/Recife/PMC-Moviemax-Rosa-e-Silva/RSV Informações: (81)3243.8212

Festival de Cinema Francês chega ao Shopping ETC, nos Aflitos Read More »

Cinema do Porto abre as portas no dia 19

O Cinema do Porto já tem data marcada para abertura. No próximo dia 19 de dezembro, às 16h, a terceira sala de exibição da marca Cinema da Fundação estreia com uma programação especial. Localizada no 16º andar do Edifício Vasco Rodrigues, no Bairro do Recife, esta sala conta com 138 lugares e consolida a parceria entre a Fundação Joaquim Nabuco e o Porto Digital. "Há um ano, a Fundaj teve a honra de embarcar no Porto Digital. Nós sabemos da vocação empreendida pela modernização desta ilha e pretendemos contribuir ainda mais com a vida social e cultura do Bairro do Recife", declarou o presidente da Fundaj, Antônio Campos. "A nossa instituição está comprometida há mais de 70 anos com a pesquisa, a cultura e o conhecimento. Agora, também, com a tecnologia." Para Pierre Lucena, presidente do Porto, o principal objetivo do equipamento é atender ao povo. "Tínhamos dois grandes objetivos: atender às 48 mil pessoas que trabalham no Bairro do Recife, mas, também, aquelas que vem aos fins de semana. O Recife Antigo é o bairro no coração de todo recifense. Estamos felizes de entregar isso para a população", declarou, ao recordar que a parceria começou a ser discutida antes da pandemia. Com 511 m² de espaço e telão de 7x3 metros, o novo equipamento é inteiramente digital. Ao todo, foram investidos, pelo Porto Digital, R$ 1,3 milhão nas obras de reforma do local e mais R$ 500 mil nos equipamentos. O investimento em acessibilidade, claro, não ficou de fora. Além de elevador e rampas, há espaços reservados exclusivamente para cadeirantes na ampla sala de exibição.

Cinema do Porto abre as portas no dia 19 Read More »

George Cabral é o novo imortal da Academia Pernambucana de Letras

O historiador George Cabral foi escolhido ontem (29) como o mais novo membro da Academia Pernambucana de Letras. Ele passa a ocupar a cadeira de número 11, que ficou vaga com o falecimento do acadêmico Roque de Brito Alves. Ele venceu com 25 votos. O professor do Departamento de História da UFPE e pesquisador do CNPq é doutor em história pela Universidade de Salamanca, ele fez pós-doutorado na Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (Universidade Sorbonne) em Paris, França. George Cabral publicou 13 livros (como autor, coautor ou organizador). A sua publicação mais recente é “1817: uma história em objetos”, em parceria com Betânia Corrêa de Araújo e Dirceu Marroquim. Como autor de “Tratos & Mofatras: o grupo mercantil do Recife colonial (c. 1654 – c. 1759)”, publicado em 2012, ele recebeu em 2013 o Prêmio Amaro Quintas de História de Pernambuco. Ele também foi finalista do Prêmio Jabuti na categoria fotografia com o livro “O fotógrafo Cláudio Dubeux”, publicado em 2011. George Cabral também foi presidente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano em duas ocasiões (2011-2013 e 2017-2019) e preside atualmente o Instituto Histórico de Olinda.

George Cabral é o novo imortal da Academia Pernambucana de Letras Read More »

Voluntários preparam caminho para passeio de trem na Serra das Russas

*Por Rafael Dantas A ONG Amigos do Trem - Regional Pernambuco está realizando uma série de ações para a reativação no transporte ferroviário no Agreste do Estado. Desde 2017, os voluntários criaram o Projeto Serra das Russas, com o objetivo de promover a revitalização, preservação e operação do trecho da antiga Linha Centro de Pernambuco (que seguia do Recife até Salgueiro) entre Pombos e Gravatá. Esse percurso, que corta a Serra das Russas, atravessa por impressionantes 14 túneis e 6 viadutos. "O percurso é fantástico e desde 1986 é tombado pelo Governo Estadual. Por seu potencial paisagístico, por sua história e por vários outros valores é um trecho que podemos colocar como uma das partes mais importantes do patrimônio ferroviário nacional", afirma André Cardoso, historiador do Museu do Trem e integrante da ONG. A proposta da associação é revitalizar o trecho para operá-lo turísticamente. A ideia é que ao preservar o patrimônio será possível também gerar emprego e renda para as comunidades cortadas pela via férrea. . . Para que esse sonho se torne realidade, os voluntários estão realizando trabalhos de desobstrução da linha, que estão avançando, mesmo sem financiamentos públicos ou privados. "Todas as ações são realizadas com recursos dos próprios voluntários e com um grande apoio de habitantes das áreas cortadas pela via férrea. Já realizamos ações sociais com as comunidades locais, que inclusive abraçaram a causa. Hoje já conseguimos reabrir cerca de 60% desse trecho", destaca André. O projeto contempla o trecho de 25 quilômetros. O último trem que passou pelo trajeto foi em 2000, o Trem do Forró. A operação dos trens de carga, no entanto, foram desativados ainda no final da década de 1990, enquanto que os trens regulares de passageiros encerraram suas operações em 1989. André conta que além desse percurso ter sido tomado pela vegetação, havia vários desmoronamentos de rochas sobre os trilhos que foram removidos por nossos voluntários. "É um valoroso esforço de preservação que parte da própria sociedade civil. Já temos inclusive vagões e veículos para operar o trecho após restauro", informa o historiador. A própria ONG promete fazer o treinamento e contratação de pessoal para realizar a operação, como já está acontecendo em Minas Gerais. Em Minas Gerais, por exemplo, projeto é o Trem Rio - Minas, com mais de 160 km. Através de parcerias privadas e apoio do DNIT o grupo já conseguiu recuperas carros de passageiros e locomotivas. Para o projeto em Pernambuco, a ONG recebeu no mês passado cinco carros de passageiros que estão ainda em Teresina, aguardando restauro e transporte. Além desses carros de passageiros, a ONG já recebeu da Transnordestina SA um auto de linha para manutenção e inspeção. O equipamento foi recuperado no Centro de Manutenção de Cavaleiro, com apoio técnico da CBTU e custeio dos materiais pelos membros da associação. O mapa abaixo é de autoria da Ana Renata Santos, em sua dissertação de mestrado pela UFPE. Nele é possível observar as estações que prestavam serviço nessa região. De acordo com o trabalho, o trecho foi construído entre 1886 e 1894. Os viadutos eram metálicos originalmente, tendo sido substituídos na década de 1940 por estruturas de concreto armado. Nas imagens antigas abaixo temos túnel, viaduto e as estações de Cascavel e Russinha, hoje infelizmente demolidas, restando apenas a plataforma, de acordo com o historiador André Cardoso. O projeto ousado de reativar o trem na região vai peça a peça sendo montado pela ONG Amigos do Trem a cada pedra removida dos trilhos, a cada trecho reaberto e a cada nova aquisição ou recuperação das composições. Para obter mais informações, o projeto tem perfil no Facebook e no Instagram com o nome "Projeto Serra das Russas"   *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

Voluntários preparam caminho para passeio de trem na Serra das Russas Read More »

Livros sobre a Era Vargas e Revolução de 1930 são lançados na Academia Pernambucano de Letras

Em sessão ordinária conjunta com Academia Paraibana de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, hoje (29), a partir das 17h, a Academia Pernambucana de Letras e o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano promovem o lançamento dos livros “A Paraíba na Era Vargas (1940 — 1945)”, do paraibano Jean Patrício Silva, e “Três homens chamados João — uma tragédia em 1930”, da pernambucana Ana Maria César. O evento acontece no casarão Museu do Escritor Pernambucano, na Academia Pernambucana de Letras, na Avenida Rui Barbosa. Em seu livro - “A Paraíba na Era Vargas (1940-1945): Elites Políticas e Reforma do Estado”, o advogado, historiador, professor e coordenador do curso de Direito da Estácio João Pessoa, Jean Patrício da Silva, promove um debate sobre um dos períodos mais polêmicos da história do Brasil, quando Getúlio Vargas governou o país por 15 anos consecutivos. Ele discorre sobre as composições políticas da Paraíba na primeira metade da década de 1940 e que deram origem à formação do antigo Partido Social Democrático (PSD), agremiação da qual Ruy Carneiro, interventor na Paraíba nomeado por Vargas, foi líder até a sua extinção em 1965. Em suas páginas, o livro também oferece um panorama da crise econômica em que o Estado da Paraíba vivia no início dos anos 40, no contexto da segunda guerra mundial e da grande seca de 1942, assim como as tentativas de superação destas crises durante a gestão de Ruy Carneiro. Já o livro “Três homens chamados João: uma tragédia em 1930”, da escritora e membro da Academia Recifense de Letras, Ana Maria Ventura de Lyra e César, resgata o drama de João Pessoa, assassinado pelo adversário político João Dantas, que foi morto na Casa de Detenção do Recife; e a morte de João Suassuna, acusado de cumplicidade no homicídio do então governador da Paraíba, vice na chapa de Getúlio Vargas à presidência da República pela Aliança Liberal. Os desdobramentos deste episódio levaram à deflagração da Revolução de 30. Em linguagem diferenciada, a autora analisa os antecedentes da tragédia, a partir dos fatos, e mostra a ação do tempo no apaziguamento das paixões desenfreadas que os moveram. O livro pode ser entendido como homenagem aos “joões”, vértices de três triângulos, unidos e indissociáveis, e às vítimas inocentes que foram alcançadas pela voracidade dos acontecimentos, Augusto Moreira Caldas e Anayde Beiriz.

Livros sobre a Era Vargas e Revolução de 1930 são lançados na Academia Pernambucano de Letras Read More »