Arquivos Cultura E História - Página 137 De 366 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Conexões literárias discute a importância do cordel

Da CEPE Ancorado no tema Por dentro do verso: o Cordel em perspectiva, o programa Conexões Literárias deste mês conversa com o escritor Damião de Andrade Lima, autor do livro Redes de Poesia, recém-lançado pela Cepe, e com a editora Ana Ferraz, da Coqueiro Editora, especializada em cordel. A literatura dos folhetos é Patrimônio Cultural Imaterial desde 2018, porém ainda não é trabalhada devidamente nas escolas, nem é reconhecida como gênero literário pela academia, onde nunca houve nenhum representante do gênero popular e tipicamente nordestino e pernambucano. O bate-papo será mediado pelo coordenador de Literatura da Secult-PE/ Fundarpe, Roberto Azoubel. Parceria entre Cepe e Secult-PE/ Fundarpe, o Conexões Literárias acontece dia 31 de agosto, às 19h, nos canais da Cepe Oficial e da Fundarpe, no YouTube. Um dos mais festejados da nova geração de poetas do sertão do Pajeú, Andrade Lima pretende abordar o surgimento da literatura de cordel e a sua importância no âmbito educativo, “no intuito de fomentar a nossa literatura, tornando-a cada vez mais sólida, ampla e valorizada, principalmente pelas políticas públicas, com projetos culturais”, declara Andrade Lima. Segundo o escritor, a escola é uma das principais portas de entrada para a arte e os artistas, através da poesia popular, “uma leitura prazerosa por meio do cordel”, diz o poeta. "A literatura de cordel é um veículo de comunicação de extrema importância para uma sociedade mais justa, formadora e plena, diante do cenário literário”, escreveu Andrade Lima na apresentação do livro Redes de Poesia. A obra integra o trio de títulos da Coleção Pajeú, que a Cepe Editora lançou em junho com o objetivo de difundir a poesia produzida naquela região do Estado, bem como a literatura de cordel: a Cepe publicou três cordéis que vão de brinde para o leitor que comprar um dos três títulos da coleção - Meu eu sertanejo, Mesas de Glosas da 1ª Feira de Poesia do Pajeú, além do já citado Redes de Poesia. Comadre Florzinha e o Caçador, de Wellington Santos Rocha; A Incrível História do Menino Mandacaru, de Odilia Renata Gomes Nunes; e Gênesis, a origem do cangaço feminino, de Thaynnara Alice Queiroz Pessoa, são os três cordéis da promoção. As ilustrações foram criadas pelo gráfico, poeta e artífice Lourenço Gouveia. À venda nas lojas físicas e no site www.cepe.com.br. Roberto Azoubel considera uma honra falar sobre o cordel. “A literatura de cordel é um universo muito particular, principalmente porque essa expressão se dá sobretudo no Nordeste brasileiro. É também um universo riquíssimo em todas as cadeias de que a literatura pode dispor, desde a criação até a mediação, já que muitos desses folhetos são lidos em feiras públicas”, declara o coordenador de Literatura da Secult-PE/ Fundarpe, que pretende esclarecer ao público como se encontra o cordel atualmente, quais as suas formas mais usuais, e como as escolas abordam esse fascinante gênero literário. Ana Ferraz, da editora Coqueiro, adianta que os professores não estão preparados para trabalhar essa literatura em sala de aula. Segundo ela, as escolas preferem chamar um cordelista para falar sobre o cordel. “As escolas estão presas a dois ciclos do cordel: o junino e o folclórico”, lamenta a editora, avaliando que é preciso, portanto, maior reconhecimento do cordel através de políticas públicas, editais culturais voltados para o cordel e espaços para discutir o gênero, que não é folclórico, ao contrário do que as escolas ainda difundem. “É preciso oferecer mais oficinas literárias para os educadores e tornar o cordel matéria obrigatória em sala de aula”, sugere a editora, ressaltando a importância atual do cordel institucional. “As empresas querem contar suas histórias na linguagem popular. Ana também analisa que não há espaço nas livrarias para o gênero literário nordestino e principalmente pernambucano. “Isso dificulta a cadeia produtiva, o xilogravador, os poetas, as editoras, o distribuidor”. Segundo Ana, as academias brasileiras de letras ignoram essa literatura, que não é reconhecida como gênero literário “criativo, inventivo e em consonância com o imaginário”. “Não há nenhum cordelista membro da academia”, destaca Ana, lembrando também a maior representatividade atual da mulher cordelista. “Ao longo de décadas, era uma literatura só para homens, apesar da cordelista pioneira, a paraibana Maria das Neves Baptista (1913-1994), que tinha que usar pseudônimo masculino”, ressalta Ana. Atualmente, segundo a editora, “temos dois tipos de cordelistas: os mais tradicionais, que mantêm todo o cuidado com a literatura do ponto de vista das origens, da forma fixa, e os contemporâneos, que trazem o cordel com formato diferenciado, folhetos mais curtos”, explica Ana, ressaltando as três formas fixas mais trabalhadas no cordel hoje: sextilhas, setilhas e os decassílabos. HISTÓRIA Também conhecido como folheto ou literatura popular em verso, o cordel teve origem no século XVI, época do Renascimento na Europa, em que se popularizou o registro impresso de relatos orais. Seu nome se origina da forma como tradicionalmente os folhetos eram expostos para vendas em Portugal, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes.

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7 imagens de lugares da Revolução de 1821 Antigamente

No próximo dia 29 será celebrado o bicentenário do estopim da Junta de Goiana. Esse movimento conduziu a Revolução de 1821 que culminou na Convenção de Beberibe, que expulsou o último governador português em Pernambuco e determinou a realização de eleições, que elegeram naquele ano Gervásio Pires. As fotos e ilustrações abaixo não são daquela época, mas apontam os lugares da revolução de décadas ou até de mais de um século atrás. Ponte da Boa Vista. Não a atual, mas na antiga ponte o governador português Luiz do Rego sofreu um atentado. O goianense João de Souto Maior atirou contra o militar, mas não de forma fatal. João Souto Maior fica conhecido como "Leão de Tejucupapo". Esse episódio aconteceu em julho de 1821. . Casa de Câmara e Cadeia, atual Paço Municipal Heroínas de Tejucupapo. A imagem é do Álbum Ilustrado de Goiana. Os revolucionários de 1821 saíram do Engenho Tamataúpe de Flores, na época território de Nazaré da Mata, mas hoje em Buenos Aires, até a Casa De Câmara e Cadeia de Goiana, onde formaram a Junta Governativa Provisória de Goiana. . A foto abaixo é do Paço Municipal de Goiana, antiga Casa de Câmara e Cadeia. Princípio do século XX. (Fonte: Domínio Público). As duas imagens estão contidas no Projeto Executivo de Requalificação do Paço Municipal de Goiana, do Governo do Estado em 2014. . Igreja Nossa Senhora da Soledade ou Convento da Soledade, uma casa de recolhimento da época. A historiografia registra que no Sítio da Soledade, não na igreja, a tropa se reuniu. A logomarca apresentada pelo IHAGGO neste ano, desenvolvida pelo designer Raul Kawamura, traz o detalhe arquitetônico da Igreja da Soledade. . Igreja da Ordem Terceira do Carmo (Goiana, PE), 1858, imagem de Auguste Stahl. No centro de Goiana estão localizados o conjunto carmelita formado pelo Convento de Santo Alberto, a Igreja da Ordem terceira do Carmo e o Cruzeiro. De acordo com o historiador Josemir Camilo, o Convento do Carmo de Goiana serviu de prisão para os absolutistas que não queriam aderir ao movimento liberal de 1821. . Antiga Casa de Câmara e Cadeia de Igarassu. Igarassu, na época escrito como Igaraçu, foi um dos locais onde as tropas avançam em direção ao Recife. Houve um confronto com os portugueses, mas muitos desertaram permitindo o avanço dos revolucionários. . Cenário do Beberibe no século 19. Gravura de F. H. Carls em 1878. A região foi ocupada pelos revolucionários e foi o local onde foi assinada a Convenção de Beberibe, em 5 de outubro de 1821. . Catedral da Sé, em Olinda, foi o local onde aconteceu a eleição para governador de Pernambuco em 1821, que escolheu Gervásio Pires. . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Quadrinista pernambucano faz sucesso com anti-herói brasileiro

É comum lembrarmos de Marvel e DC Comics quando citamos personagens de histórias em quadrinhos. Quando se trata de HQs nacionais, a Turma da Mônica, do icônico Maurício de Sousa, desponta rapidamente na nossa memória. No entanto, existem muitas outras grandes obras do Brasil, inclusive no Nordeste, ganhando espaço nesse mercado que mexe com a imaginação dos leitores. É o caso do Lâmina Selvagem, anti-herói brasileiro criado pelo quadrinista pernambucano Adriano Silva, que é natural de Bom Jardim, Agreste do estado. Com duas edições já lançadas, o quadrinho já conta com mais de 3 mil exemplares impressos e um público que se acostumou a acompanhar a história do Lâmina Selvagem, que se passa do Rio de Janeiro, tendo a Chacina da Candelária como plano de fundo na primeira edição – um dos crimes mais bárbaros dos anos 90, destaque em todo o mundo. Na trama, uma empresa de alta tecnologia desenvolve o Protótipo Biomecânico em Humanos (P.B.H.), e de forma criminosa utiliza cobaias humanas para seus experimentos. Único sobrevivente do grupo Esquadrão Selvagem, o protagonista encara um ciborgue assassino, responsável pela morte dos seus companheiros. No volume 2, o anti-herói conta com um novo aliado, o “Matador”, para encarar o vilão “Legião”, que surgiu de rituais satânicos e que vem fazendo várias vítimas na cidade do Rio. Wolverine, mutante das histórias da Marvel, foi uma das principais inspirações para a criação do Lâmina. Adriano, responsável pelo roteiro, não esperava que sua HQ ganhasse tanto espaço e conquistasse fãs espalhados por todo o Brasil. “É surpreendente ver como os leitores abraçaram o Lâmina Selvagem. Já fui reconhecido na rua, me mandam mensagens e o personagem caiu no gosto das pessoas que consomem HQs e esse universo de ficção. Estou animado para o lançamento da terceira edição, que vem recheada de novidades, além de muita ação e aventura”, conta Adriano. No Instagram, o perfil oficial do projeto se aproxima da marca de 10 mil seguidores. Já no Facebook, o número é maior: são quase 11 mil. O sucesso do quadrinho não se deve apenas pela história, mas também pela qualidade do produto, que conta com nomes importantes da cena nacional. A arte de capa é de José Luís, que já fez trabalhos para a DC Comics, e a arte final é de Sandro Ribeiro, que, além da DC, também já passou pela Marvel e pela também americana Top Cow. Também já passaram pela produção Ricardo Jaime e Léo Rodrigues, nas artes, e Dijjo Lima nas cores. Todo esse conjunto faz da obra um prato cheio para os fãs de HQs, e mostra que podemos contar com ótimos produtos oriundos do nosso país, às vezes bem mais perto do que imaginávamos. Agora, Adriano prepara a terceira edição do Lâmina Selvagem, que deve estar disponível em breve no Catarse, site de financiamento coletivo. Por lá, os interessados podem apoiar o projeto e ganhar, além do quadrinho inédito, recompensas exclusivas. No Catarse, a última edição do Lâmina foi um sucesso, e atingiu 137% da meta estipulada. Para mais informações basta entrar em contato pelo Instagram @lamina_selvagem. “Conto com o apoio de todos os fãs do Lâmina Selvagem na campanha do terceiro volume, e convido os que ainda não conhecem para embarcar nesta aventura conosco. Tudo está sendo preparado com muito carinho”, encerra Adriano Silva. SINOPSE DA TERCEIRA EDIÇÃO Ao perseguir um grupo de bandidos, Lâmina Selvagem cai numa emboscada e fica à mercê dos seus inimigos. Em uma ação desesperada para fugir, ele descobre uma nova maneira de usar o biomecanismo, mas isso pode lhe custar a vida.

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1821: Como Pernambuco se libertou de Portugal antes do Brasil?

Em 1821, aproximadamente 11 meses antes do Grito do Ipiranga, Pernambuco expulsava o último governador português de suas terras e ficava independente de Portugal. O movimento revolucionário, que começou pela Junta de Goiana e se encerra com a assinatura da Convenção de Beberibe é pouquíssimo conhecido e de difícil compreensão da maioria da população. A Revolução de 1821, que foi tema de capa da última edição da Algomais, volta a ser destaque hoje nesta entrevista concedida ao jornalista Rafael Dantas, pelo historiador George Cabral. O presidnete do Instituto Histórico de Olinda conta os fatores motivadores desse movimento e os seus efeitos até mesmo na consolidação no movimento de independência do Brasil. Quais os principais motivadores que levaram a formação da Junta de Goiana e, posteriormente, a Convenção de Beberibe? Pernambuco sofreu uma brutal repressão após a Revolução de 1817. Havia um profundo descontentamento entre os pernambucanos com o governador enviado pelo rei Dom João VI para a província, o general Luiz do Rego. Existem numerosos testemunhos de atos autoritários e violentos do general português. Nem as obras que ele realizou na província, principalmente estradas, foram suficientes para granjear a simpatia dos pernambucanos. Quando a notícia da Revolução do Porto chegou a Pernambuco, em outubro de 1820, os pernambucanos começaram a se articular para eleger um governo local, pois essa era a determinação das Cortes Constitucionais que se reuniram em Lisboa. O general Luiz do Rego não acatou de imediato as ordens vindas de Lisboa, preferindo aguardar o posicionamento do rei (que estava no Rio de Janeiro) e, ao mesmo tempo, tentando manter o controle sobre a província. Quando finalmente criou uma junta de governo, o general se colocou como presidente e não abriu mão do poder. As Cortes ordenaram também a libertação dos revolucionários pernambucanos de 1817 que estavam presos havia quase quatro anos em Salvador. Quando eles chegaram a Pernambuco, em maio de 1821, as pressões sobre o general aumentaram. Em julho de 1821 ele foi vítima de uma tentativa de assassinato no Recife, conseguindo escapar com vida. Foi então ordenada a prisão de dezenas de pernambucanos, sendo 40 deles enviados a Lisboa. Em agosto de 1821, Felipe Mena Calado da Fonseca e Manuel Clemente Cavalcanti de Albuquerque arregimentaram tropas e apoios nos vários engenhos e vilas da região da mata norte da província (Paudalho, Nazaré, Tracunhaém, Limoeiro e Goiana). Essas tropas se reuniram em Goiana e, em 29 de agosto de 1821, elegeram uma junta governativa provisória e constitucional. Partiram de Goiana em direção ao Recife exigindo a retirada imediata do general Luiz do Rego. Os pernambucanos ansiavam profundamente para ter o direito de constituir um governo localmente eleito, com bases constitucionais e ao mesmo tempo, expulsar o governador e os militares portugueses que eram a personificação da opressão do absolutismo da monarquia portuguesa. Além da assinatura da convenção, o que de fato aconteceu neste bairro que é da periferia do Recife?  Por que os revoltosos escolheram esse local e não avançaram mais para o centro do Recife? As terras hoje compreendidas no bairro de Beberibe começaram a ser ocupadas com o cultivo de cana-de-açúcar desde o século XVI, quando foram doadas como sesmaria dada por Duarte Coelho a Diogo Gonçalves. A povoação originou-se de um engenho fundado na margem direita do rio. Em meados do século XVIII as edificações originais do velho engenho não mais existiam, mas a área continuava habitada e uma nova capela começou a ser erigida e foi dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Em 1850, frei Caetano de Messina reedificou a capelinha que deu origem a atual igreja. A área do entorno da povoação também serviu como fornecedora de madeiras para Olinda e Recife. Em 1821, o povoado ainda pertencia ao território de Olinda. A junta de Goiana distribuiu suas tropas formando um cerco ao Recife que começava em Rio Doce (Olinda) até Afogados (ao sul do Recife). Era essencial privar o Recife dos mantimentos que chegavam pelos caminhos que conectavam o interior com o litoral. A povoação de Beberibe ficava mais ou menos no centro dessa linha de cerco, sendo um local estratégico, portanto. Chegou a ter alguma batalha nesta região ou era mais um ponto de apoio do movimento? Ocorreram combates nos arredores de Olinda (Fragoso) e em Afogados. Enquanto estava em Beberibe, a Junta recebeu a visita de um capitão de navio inglês que necessitava adquirir víveres para o seu barco. Sua esposa, Maria Graham, o acompanhou na ida até Beberibe e deixou um relato sobre o episódio. Houve uma participação popular ou foi uma articulação mais restrita às elites? É verdade que o exército chegou a reunir algumas dezenas de milhares de "soldados"? Os acontecimentos de 1821 contaram com mobilização popular, embora nem sempre os participantes tivessem plena consciência das bandeiras que defendiam. A ideia de constitucionalismo começava a se expandir pelo mundo ocidental a partir das experiências revolucionárias dos EUA e da França. Ao mesmo tempo, começavam a surgir as nações independente no que antes havia sido a América Espanhola. A transformação do súdito em cidadão era algo que era muito pouco compreendido naquele momento (de fato, a compreensão das responsabilidades da cidadania até hoje ainda não foi plenamente alcançada em nosso país até hoje, duzentos anos depois). Logo, ocorreram mobilizações puxadas pelos senhores de engenho e pelos agentes políticos que tinham condições de arregimentar o apoio dos que faziam parte de suas redes clientelares. Existem alguns registros que falam de um "exército de milicianos". Como funcionava? O termo “milícia” naquele momento não tinha o significado nefasto que adquiriu nos últimos anos no Brasil. As milícias eram as tropas complementares formadas por todos os homens maiores de 16 anos e menores de 60 que podiam ser mobilizadas em casos especiais (como uma invasão externa ou um levante de escravizados). Essas milicias tinham os homens mais ricos das localidades como seus oficiais. Eles muitas vezes eram responsáveis por armar e alimentar os soldados destas milícias. No caso de Goiana, ocorre uma mobilização dessas “tropas” comandadas por senhores de

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Urban Arts expõe fotos de Breno Pessoa

A Urban Arts, reforçando a parceria com os artistas e produtores locais de fotografia fine art, vai promover de 26 de agosto a 2 de setembro, a exposição Pernambuco por Breno Pessoa, com nove imagens de cartões portais pernambucanos. A mostra traz a marca registrada de Breno: uma visão em escala grandiosa de paisagens do Recife, Olinda, Praia dos Carneiros e Fernando de Noronha. A exposição será realizada na galeria da marca em Boa Viagem, com lançamento na próxima quinta-feira, às 17h, num evento petit comité para convidados, respeitando os protocolos sanitários. Nos outros dias, a mostra estará aberta ao público das 9h às 19h. Breno Pessoa explica o que os visitantes vão encontrar. “São imagens produzidas com drone ou com a câmera, mostrando bem minha perspectiva sobre os lugares visitados, tentando sempre uma abordagem ímpar, mas sem deixar de mostrar o mais procurado pelos apreciadores desse tipo de arte”, detalha. “Busco sempre bater forte no deslumbramento dos pernambucanos pelas belezas naturais e históricas de nossa terrinha além de despertar e também buscar belas composições sem o apego local, focando as belezas naturais como paraísos desconhecidos de lugar e tempo”, ressalta. Engenheiro por formação, surfista, pescador e, sobretudo, apreciador das belezas naturais, Breno Pessoa, 38, é um nome cada vez mais valorizado no mercado de fine art do estado. O interesse dele pela fotografia teve início com o registro de empreitadas mar a dentro, seja clicando amigos enquanto surfavam, seja fotografando paisagens e a vida marinha, desde 2014. As praias foram a locação natural de seus primeiros trabalhos: Fernando de Noronha, Maracaípe, Tamandaré, Praia de Carneiros e mais uma infinidade de lugares que certamente fazem parte das memórias de pernambucanos, pessoas de outros Estados e visitantes de todo o mundo. Daí a chegar às fotografias aéreas, com a ajuda de drones, foi um movimento natural. O resultado? Imagens que retratam sua conexão emocional com o que há de peculiar nas paisagens urbanas do Recife e Olinda, no litoral e também a natureza incomparável do Agreste e Sertão. Hoje, Breno possui em seu portfólio mais de 400 imagens prontas para impressão em material de qualidade e acabamento. Algumas delas já integram o acervo da Urban Arts. Espaço cultural A parceria com nomes das artes e fotografia e a realização de exposições desses artistas é uma das estratégias da Urban Arts para se firmar como espaço cultural no Recife. “Somos uma galeria de arte diferente e o propósito da marca é promover a acessibilidade à arte”, destaca a franqueada local Brisa Diniz. “Levantamos a bandeira de Pernambuco e queremos mostrar o olhar singular dos artistas daqui do Estado para um público diferenciado, apaixonado por cenários deslumbrantes e pela diversidade da cultura pernambucana”, acrescenta a empresária. Sobre a Urban Arts Maior rede de galerias de arte do Brasil, a Urban Arts nasceu em São Paulo e conta com mais de 170 mil obras - autorais, exclusivas e com tiragens limitadas – de 6 mil artistas independentes do Brasil e do mundo. Os produtos são impressos on demand nos melhores materiais, com um cuidado extremo na produção, diversidade de tamanhos, formatos e molduras e, ainda assim, a preços acessíveis. Da pop art ao surrealismo, do urbano ao infantil, do abstrato à tipografia, a proposta da rede é que o cliente encontre todos os estilos para todos os gostos no tamanho e acabamento que escolher. Serviço Exposição Pernambuco por Breno Pessoa Mostra de fotografia fine art Quando: 26/8 a 2/9 Onde: Urban Arts Boa Viagem Endereço: Av. Conselheiro Aguiar, 576, Boa Viagem, Recife Horários: 17h (dia 26/8, na abertura para convidados) e 9h às 19h (27/8 a 2/9)

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Odair José fala da carreira e de censura em canal de Fundaj

Um dos artistas mais populares e censurados do país, Odair José conversa sobre a sua carreira musical no próximo Sonora Coletiva, transmitido pelo canal do multiHlab, no YouTube, no dia 26 (quinta-feira), às 19h. No início dos anos 1970, Odair José lançava a canção que seria um de seus maiores sucessos. Logo “Vou tirar você desse lugar” estourou e fez com que ele se tornasse um dos maiores vendedores de LPs do país, rivalizando, inclusive, com o líder da Jovem Guarda Roberto Carlos. Nos álbuns seguintes emplacou outros megassucessos, como “Deixe essa vergonha de lado”, “Uma vida só (Pare de tomar a pílula)” e “Eu, você e a praça”. Estava lançada a base do que seria o trabalho musical desse verdadeiro cronista social e popular que, abordando temas inéditos relacionados ao comportamento, invadia a chamada MPB. A música de Odair José, e a longa e bem sucedida carreira desse artista único da MPB, é o tema do bate-papo que acontecerá na quinta-feira (dia 26), às 19h, com transmissão pelo Canal multiHlab, no YouTube, como parte das atividades do projeto Sonora Coletiva, vinculado à revista Coletiva, do ProfSocio/Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Popular e ao mesmo tempo perseguido pela censura, que vetou ou mutilou certa de 40 de suas canções, Odair José tornou-se um dos nomes mais perseguidos pela ditadura civil-militar e pela Igreja Católica ao tratar de temas relacionados a costumes e comportamentos. Em 1978, após lançar a ópera popular O filho de José e Maria, foi excomungado pelo Vaticano. Sem nunca ter deixado de produzir novos álbuns e realizar shows, em 2019 Odair José lançou o CD “Hibernar na casa das moças ouvindo rádio”, que logo ganhou uma versão em vinil. O álbum conta com a participação de Jorge Du Peixe, da Nação Zumbi. Autêntico cronista social, Odair José conversará com os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto, editores do canal, que vêm desenvolvendo atividades no Núcleo de Imagem, Memória e História Oral (NIMHO), do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), coordenado por pesquisadores da Fundaj, entre eles Sylvia Couceiro e Cristiano Borba. Nesse projeto registram depoimentos de artistas e pessoas envolvidas com as cenas musicais de Pernambuco entre 1970 e 2000. Ao longo de 50 anos de carreira, Odair José já lançou 37 álbuns solos e teve dezenas de suas canções veiculadas em trilhas de cinema e novelas, e em coletâneas de sucessos. Em 2006, foi homenageado por alguns dos principais nomes das novas gerações do pop-rock brasileiro, que fizeram releituras de 15 de seus maiores sucessos, resultando no álbum Vou tirar você desse lugar, lançado pelo Allegro Discos. O CD tributo contou com a presença de artistas e bandas como Pato Fu, Mombojó, mundo livre s.a., Paulo Miklos (Titãs), Zeca Baleiro, Picassos Falsos, entre outros. A canção título do tributo já havia sido interpretada e gravada por Odair José e Caetano Veloso, que a cantaram juntos no evento Phono 73, quando ambos eram artistas contratados da Phillips, e fez parte de um dos três LPs lançados pelo selo ainda nos anos 1970 com a participação de alguns dos mais expressivos nomes da MPB. SAIBA MAIS SONORA COLETIVA​ é o canal experimental da revista eletrônica de divulgação científica COLETIVA, publicada pela Fundaj. Sediada no Recife, a revista disponibiliza dossiês temáticos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o ProfSocio, o multiHlab e a Villa Digital, envolvendo ainda as diversas diretorias da Fundaj. SERVIÇO LIVE – SONORA COLETIVA conversa com ODAIR JOSÉ 26 AGOSTO (quinta-feira) - 19h - Canal do multiHlab no YouTube Participação de Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto (Fundaj)

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Novo livro de José Luiz da Mota Menezes revisita a Revolução de 1817

Com um rico conteúdo que reúne informações sobre a Revolução de 1817, no momento em que se institui a Data Magna Pernambucana, no dia 6 de março, e se comemora o bicentenário deste movimento emancipador, o livro “O Recife da Revolução Republicana 1817”, de autoria do arquiteto e pesquisador, José Luiz Mota Menezes, Professor Emérito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), será lançado amanhã (24), às 17hs, durante a programação virtual da 14ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco. A publicação representa uma significativa contribuição para a história e cultura do Estado, pois o importante movimento que de pouco antecede a independência ainda não é bem conhecido por muitos. O projeto do livro é elaborado pelo Bureau de Cultura com produção executiva da turismóloga, Clarisse Fraga e do produtor cultural, Edmar Fernandes. A edição tem o incentivo do Fundo de Incentivo à Cultura do Estado de Pernambuco (Funcultura). O lançamento poderá ser visto pela plataforma youtube.com/secultpe. Nas 92 páginas elaboradas para o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco (IAHGP), o autor se debruçou numa pesquisa a fim de compreender e interpretar o processo do movimento revolucionário, apreendendo o essencial do episódio, um dos mais expressivos da província de Pernambuco, com repercussão em todo o cenário nacional. Segundo ele, ao caminhar nas ruas do Recife, principalmente nas mais antigas, as pessoas não tem como reconhecer os locais onde ocorreram as lutas e conquistas, além da morte, de alguns dos revoltosos de 1817. “O Recife, ao longo de 200 anos transformou-se consideravelmente. A ampliação das terras secas, o aterro de rios e mangues para edificar moradias e outras construções, faz com que a sociedade perca alguns referenciais dos lugares onde aconteceram os movimentos da Revolução Republicana de 1817”, comenta o autor na apresentação da obra. A história dos feitos é realizada de maneira acessível ao leitor interessado e ainda, considerando a civilização da imagem, o texto apresenta muitas ilustrações. A Revolução de 1817 não ficou em palavras ou projetos, mas foi experiência única de verdadeiro sentido revolucionário. E, José Luiz, não se satisfez em repetir o já publicado em algumas obras essenciais a respeito da temática, quanto à contextualização histórica. Ele aprofunda e amplia a abordagem do tema destacando as intervenções urbanísticas e arquitetônicas ocorridas no Recife naquele período histórico. Nas páginas, ele se concentra em revisitar, por meio de textos e imagens, além das reconstituições cartográficas, esses lugares urbanos. A nova obra do autor se propõe ainda a manter a excelência das edições anteriores, contribuindo para um maior conhecimento da História e Arquitetura pernambucana, bem como para a salvaguarda deste recorte do tempo, que permeia as paisagens da capital, assim como as memórias não apenas do Estado, mas de todo o patrimônio nacional. “É um projeto que pretende mostrar a memória de determinados fatos que foram desprezados ou omitidos pela história oficial. É uma forma de contribuir para que a história do país, e em um recorte especial, a de Pernambuco, seja mais conhecida por todos os pernambucanos, pois consideramos que, o conhecimento histórico é um instrumento indispensável à construção da cidadania e ao fortalecimento de nossa identidade cultural”, aponta a produtora cultural, Clarisse Fraga. O projeto do livro prevê a publicação de mil exemplares, com publicação na internet de audiolivro com audiodescrição das imagens, que faz a narrativa em áudio, promovendo o acesso a pessoas com deficiência visual. O arquivo do audiolivro será disponibilizado posteriormente no site do Bureau de Cultura. Tal iniciativa busca ampliar as ações de acessibilidade aos produtos culturais oriundos de projetos incentivados pelo Governo do Estado, através do Funcultura. Sobre o autor: José Luiz da Mota Menezes é membro da Academia Pernambucana de Letras; vice-presidente do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano – IAHGP; e integra o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural. Tem vários livros e artigos publicados no Brasil e no exterior, com destaque para o Atlas Histórico e Cartográfico do Recife, do qual foi coordenador (Editora Massangana, 1985). SERVIÇO: Lançamento do livro: “O Recife da Revolução Republicana 1817”, de autoria do arquiteto e pesquisador, José Luiz Mota Menezes, durante a programação da 14ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco Dia: 24/08 (terça-feira) Hora: 17 hs Local: Plataforma Youtube.com/secultpe Valor: R$ 30 promocional de lançamento. A partir de setembro o valor será R$ 40. Pontos de venda do livro: Centro do Recife: CorDaLama / Espaço Criadouro Edifício Douro - Rua Ulhôa Cintra, 122 – 2º Andar – Sala 203 Zona Norte: Instituto Negralinda Estrada do Encanamento, 675 - Casa Forte Olinda: Casa Criatura Rua de São Bento, 344 - Carmo

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Revolução de 1821: Uma semana para celebrar a Junta de Goiana

*Por Rafael Dantas A edição de capa da Algomais desta semana destacou os 200 anos da Convenção de Beberibe e da Junta de Goiana. Os fatos que envolveram a desconhecida, mas pioneira Revolução de 1821 se deram sobretudo na mata norte pernambucana, com um protagonismo dos liberais de Goiana. Na época, Pernambuco consegue expulsar o governador português Luiz do Rego, odiado pela população, e se torna autônomo em relação a Portugal um ano antes do Grito da Independência de Dom Pedro I, o famoso "Independência ou Morte". O conteúdo completo está na edição 185.3 da Revista Algomais (assine.algomais.com) A cidade que hoje abriga o empreendimento multinacional da Jeep Chrysler Automobiles, um dos grandes players na economia pernambucana, na época era o terceiro local mais desenvolvido do Estado, com atividades econômicas comerciais, açucareiras, da criação de animais, abate e venda de carne, além da produção artesanal têxtil. Mais que um importante centro econômico em Pernambuco, Goiana revelou grandes nomes para a história política, que por anos ficaram no ostracismo, mas com o bicentenário desta revolução começam a ser reconhecidos. Esse trabalho vem sendo coordenado pelo Instituto Histórico, Arqueológico e Geográfico de Goiana (IHAGGO). O Governo do Estado instituiu também por decreto (Nº 50.984, de 14 de julho de 2021) uma Comissão Estadual para as “Comemorações do Bicentenário da Declaração de Independência do Brasil’’. Entre os nomes goianenses que ficaram para a história está o de Francisco de Paula Gomes dos Santos (presidente da Junta de Goiana, vereador e advogado em Goiana). "Goiana e Pernambuco não pode deixar Francisco de Paula Gomes dos Santos no esquecimento. Vereador e advogado em Goiana , em 29 de agosto de 1821, assume a presidência da Junta Governativa de Goiana , que durante 56 dias governa provisoriamente a província de Pernambuco até a eleição de Gervasio Pires", afirmou o presidente do IHAGGO Harlan Gadelha Filho. Outros nomes de grande relevância nessa história são de quatro membros da família Soutor Maior: João de Souto Maior, Padre Antonio, José Roberto, e Manoel Souto Maior. Todos foram mortos nas lutas do movimento revolucionário contra o jugo portugûes. Para essa família, o IHAGGO já inaugurou em Tejucupapo um painel do Projeto Paredes que Contam a História sobre o episódio. Outras 20 painéis serão instaladas entre os dias 29 e 30 em Goiana e em outros municípios que tiveram participação neste movimento, inclusive da Paraíba. No dia 29, data que marca o início da Junta de Goiana, o IHAGGO promove uma programação híbrida para celebrar, que será transmitida no canal do Youtube do instituto. Abaixo a programação completa. • 9:00h. Cerimônia em frente da Prefeitura de Goiana. • 9:30h. Descerramento do Painel na Praça Francisco Lyra (SOLEDADE) • 10:00h Sessão Solene na Câmara de Vereadores, com a Palestra do Historiador Dr. George Félix Cabral de Souza • 14:00h. Sessão Magna na Sede IHAGGO - Hasteamento das Bandeiras e execução do Hino Nacional. - Abertura - Composição da Mesa. - Fala do presidente: Dr. Harlan de Albuquerque Gadêlha Filho. - Execução do Hino de Goiana com representantes das Bandas Centenárias Curica e Saboeira. - Fala do Orador: Exmº Prof. Dr. Josemir Camilo de Melo. - Diplomação dos Homenageados. - Encerramento, execução do Hino de PE, com representantes das Bandas Centenárias Curica e Saboeira. Entre as ações para reavivar a memória da Revolução de 1821, o instituto propôs para a prefeitura a construção de um obelisco ou monumento homenageando Francisco de Paula Gomes dos Santos. Também já foi solicitado e estão em tramitação na Câmara de Goiana projetos denominando quatro ruas em Tejucupapo com os nomes dos heróis e mártires Souto Maior. Há uma expectativa também da publicação de um livro sobre a Revolução de 1821 que foi escrito pelo historiador Dr. Josemir Camilo. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Crônica social na música de um artista popular

No início dos anos 1970, Odair José lançava a canção que seria um de seus maiores sucessos. Logo “Vou tirar você desse lugar” estourou e fez com que ele se tornasse um dos maiores vendedores de LPs do país, rivalizando, inclusive, com o líder da Jovem Guarda Roberto Carlos. Nos álbuns seguintes emplacou outros megassucessos, como “Deixe essa vergonha de lado”, “Uma vida só (Pare de tomar a pílula)” e “Eu, você e a praça”. Estava lançada a base do que seria o trabalho musical desse verdadeiro cronista social e popular que, abordando temas inéditos relacionados ao comportamento, invadia a chamada MPB. A música de Odair José, e a longa e bem sucedida carreira desse artista único da MPB, é o tema do bate-papo que acontecerá na quinta-feira (dia 26), às 19h, com transmissão pelo Canal multiHlab, no YouTube, como parte das atividades do projeto Sonora Coletiva, vinculado à revista Coletiva, do ProfSocio/Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Popular e ao mesmo tempo perseguido pela censura, que vetou ou mutilou certa de 40 de suas canções, Odair José tornou-se um dos nomes mais perseguidos pela ditadura civil-militar e pela Igreja Católica ao tratar de temas relacionados a costumes e comportamentos. Em 1978, após lançar a ópera popular O filho de José e Maria, foi excomungado pelo Vaticano. Sem nunca ter deixado de produzir novos álbuns e realizar shows, em 2019 Odair José lançou o CD “Hibernar na casa das moças ouvindo rádio”, que logo ganhou uma versão em vinil. O álbum conta com a participação de Jorge Du Peixe, da Nação Zumbi. Autêntico cronista social, Odair José conversará com os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto, editores do canal, que vêm desenvolvendo atividades no Núcleo de Imagem, Memória e História Oral (NIMHO), do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), coordenado por pesquisadores da Fundaj, entre eles Sylvia Couceiro e Cristiano Borba. Nesse projeto registram depoimentos de artistas e pessoas envolvidas com as cenas musicais de Pernambuco entre 1970 e 2000. Ao longo de 50 anos de carreira, Odair José já lançou 37 álbuns solos e teve dezenas de suas canções veiculadas em trilhas de cinema e novelas, e em coletâneas de sucessos. Em 2006, foi homenageado por alguns dos principais nomes das novas gerações do pop-rock brasileiro, que fizeram releituras de 15 de seus maiores sucessos, resultando no álbum Vou tirar você desse lugar, lançado pelo Allegro Discos. O CD tributo contou com a presença de artistas e bandas como Pato Fu, Mombojó, mundo livre s.a., Paulo Miklos (Titãs), Zeca Baleiro, Picassos Falsos, entre outros. A canção título do tributo já havia sido interpretada e gravada por Odair José e Caetano Veloso, que a cantaram juntos no evento Phono 73, quando ambos eram artistas contratados da Phillips, e fez parte de um dos três LPs lançados pelo selo ainda nos anos 1970 com a participação de alguns dos mais expressivos nomes da MPB. SAIBA MAIS SONORA COLETIVA​ é o canal experimental da revista eletrônica de divulgação científica COLETIVA, publicada pela Fundaj. Sediada no Recife, a revista disponibiliza dossiês temáticos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o ProfSocio, o multiHlab e a Villa Digital, envolvendo ainda as diversas diretorias da Fundaj. SERVIÇO LIVE – SONORA COLETIVA conversa com ODAIR JOSÉ 26 AGOSTO (quinta-feira) - 19h - Canal do multiHlab no YouTube Participação de Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto (Fundaj)

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No aniversário de Joaquim Nabuco, Fundaj reabre equipamentos

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), do Ministério da Educação (MEC), reabre seus equipamentos culturais no Recife e Região Metropolitana na quinta-feira (19). Na data, o Brasil celebra os 172 anos do nascimento do diplomata Joaquim Nabuco, patrono da Instituição sediada em Pernambuco e um dos principais intelectuais abolicionistas do Século 19. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, preside pela manhã a programação no Museu do Homem do Nordeste (Muhne). À tarde, a presidência da Fundaj anuncia projetos no Engenho Massangana, no Cabo de Santo Agostinho. “É com imensa satisfação que alguns de nossos equipamentos voltam a funcionar presencialmente. Sabemos da importância das atividades museais. Para viabilizar este retorno, todos os protocolos serão reforçados”, celebra o presidente da Fundaj, Antônio Campos. Desde março de 2020, o Muhne suspendeu suas atividades presenciais, em decorrência dos primeiros registros de casos de coronavírus (Covid-19) no Estado. Neste tempo, o equipamento iniciou um projeto de requalificação: instalação de equipamentos de prevenção e combate a incêndios. No local, uma caixa d’água de aproximadamente 30 mil/l foi construída, bem como a ampliação da rede hidráulica nos edifícios, salas de exposição e cinema, com sprinklers e mangotinhos. Sensores de fumaça, luzes e sinalizações de emergência também integram o projeto, que deve ser concluído até o fim de setembro, com a instalação de hidrantes no exterior do complexo. “É preciso salvaguardar a nossa história. O projeto já era previsto, mas conseguimos adiantar com o fechamento”, ressalta a coordenadora-geral do Muhne, Fernanda Cavalcanti. Na ocasião, o ministro da Educação confere em primeira mão a mostra “389 dias de Solidão”, na sala de abertura do edifício Gil Maranhão. A exposição reflete os desafios dos museus diante da pandemia. “A gente espera o público e o atual cenário o afastou dos espaços de visitação. A nossa instalação museológica problematiza esta ausência a partir de intervenções em reproduções de obras de renomados artistas, espalhadas em museus pelo mundo, e também da arte popular”, comenta o coordenador de Museologia, Albino Oliveira. Outra reabertura figura entre as novidades deste dia: a do Espaço Janete Costa Arte e Cultura. Dedicado aos artesãos e artistas populares, a loja do Muhne ocupa o hall principal do equipamento e conta com peças que podem ser adquiridas pelo público a preços acessíveis. Neste ano, o Espaço já publicou seu edital de seleção de artistas e artesãos para ocupar a galeria comercial. Mais informações disponíveis no site www.fundaj.gov.br. As inscrições seguem até o dia 1º de abril de 2022. A programação contará, ainda, com o lançamento do livro “Museu do Homem do Nordeste em 40 peças” (Editora Massangana, 2021), organizado pelos museólogos Henrique Cruz e Marília Bivar, e da exposição “Três Ceramistas”, na Sala Valdemar de Oliveira. O título que resgata a história do equipamento, a partir de peças expostas. Em 2019, o Muhne completou seus primeiros 40 anos peças. Já a montagem apresenta os trabalhos da designer Gisela Abad, do advogado Saulo Dubourcq e do cirurgião dentista Sergio Bandeira, em diálogo com o projeto Museu de Vizinhança. Na parte da tarde, os anúncios ocorrem no Engenho Massangana, no Cabo de Santo Agostinho. No local, onde Nabuco viveu até os oito anos de idade, a Fundaj instalará uma usina fotovoltaica, destinada à captação e produção de energia solar. A iniciativa será realizada em caráter piloto e integra o Projeto Fundaj Sustentável. “O objetivo é atender inicialmente as demandas energéticas do Engenho, mas pretendemos expandir para atender a necessidade de toda a Instituição”, explica o diretor de Planejamento e Administração (Diplad), Allan Araújo. A Fundaj encerra a programação de aniversário com o anúncio da segunda edição do Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa. Em 2020, o edital destinado aos nove estados do Nordeste destinou R$ 900 mil de orçamento da Instituição Federal e contemplou 90 projetos. Desta vez, o certame organizado pela Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) deverá abranger quatro categorias.

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