Arquivos Cultura E História - Página 174 De 379 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Semana do Livro traz programação inédita para homenagear Clarice Lispector

Após dois anos de sua primeira edição, a Semana do Livro de Pernambuco volta a ser realizada este ano como parte integrante da e.Bienal, a plataforma digital da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. O projeto acontece, digitalmente, nos dias 9 e 10 de dezembro, com uma edição especial comemorativa pelos 100 anos de Clarice Lispector. A programação intitulada “Clarice Viva” é totalmente voltada à vida e à obra da escritora ucraniana, que passou a infância no Recife e fez da capital pernambucana cenário de algumas de suas maiores obras, como Felicidade Clandestina. Os dias escolhidos para a realização do projeto também foram estratégicos: o dia 9 marca o falecimento da homenageada. O dia 10, seu nascimento. A edição comemorativa reunirá um time de escritores, pensadores, profissionais da cadeia do livro e da literatura para uma celebração à arte literária de Clarice Lispector. Entre os nomes confirmados na programação, o do escritor e historiador estadunidense Benjamin Moser, conhecido internacionalmente por sua biografia de Clarice Lispector, obra que lhe rendeu, inclusive, o Prêmio Itamaraty de Diplomacia Cultural, em 2016, pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil; o da arquiteta pernambucana Amélia Reynaldo, que trará um apanhado da história do centro do Recife sob a luz das obras de Clarice; o de Eliane Robert Moraes, professora da Universidade de São Paulo (USP) que falará sobre o interesse da autora pelas formas de vida reduzidas à essência, e Marilene Felinto, jornalista e escritora, falando sobre suas leituras da obra de Clarice Lispector e da evocação que ela faz da infância no Recife. Realizado e produzido pela Vox Produções, Ideação e Cia de Eventos, a Semana do Livro tem curadoria assinada por Schneider Carpeggiani, jornalista e crítico literário, com larga experiência no setor. “A ideia dessa série de lives é tanto aproximar o Recife de Clarice Lispector, como trazer nuances pouco faladas de sua obra. Em um ano em que Clarice vai estar, com toda justiça, no centro do debate, nosso esforço é, justamente, buscar o inusitado. Esperamos que a programação traga perspectivas novas, ou, ao menos, pouco discutidas sobre sua obra. Que agrade aos iniciados e consiga atrair iniciantes para sua literatura”, explica Schneider. Assim, a programação, que busca debater, com leveza e interatividade, a obra de Clarice Lispector nos contextos literário, filosófico e histórico, começa com o "Primeiro beijo" e segue até “A paixão segundo GH”, obra-prima da autora, escrita em 1964, ano do Golpe. “Não iremos esquecer da política que aparece no seu trabalho", completa o curador. Além de tudo isso, há ainda a preocupação em promover uma troca direta entre escritores e o público, incentivando à leitura e a valorização da produção literária local e nacional. “A II Semana do Livro está sendo idealizada para servir como um verdadeiro encontro cultural. Nesta edição virtual acreditamos que vamos atingir um público ainda maior, já que vamos estar nas redes e a obra de Clarice é reconhecida internacionalmente”, explica Guilherme Robalinho, da Vox Produções. Outro ponto a destacar é a parceria entre a produção e a Secretaria de Educação do Recife, já que a programação vai servir como projeto de formação para professores da rede municipal. A participação do público na Semana do Livro é gratuita e o projeto oferece acessibilidade com intérprete de libras durante as lives. Os interessados devem acessar o site da Bienal Internacional do Livro para acompanhar o evento: www.bienalpernambuco.com/semanadolivro.

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Crítica literária: Sob a luz da estrela guia

*Por Paulo Caldas Seguindo uma estrela guia de farto brilho, mãe-professora de nome Flávia Suassuna, ponto feérico deste universo maurício, veio à luz a coletânea "Fios da Teia". São tramas de emoções tecidas com fios de ficção. No tear perpassam narrativas intimistas e infinitas sobre a natureza, o amor e cenas do cotidiano, criadas por mãos hábeis, entrelaçadas em novelos de prosa e verso. Além da estrela guia, o leitor pode contemplar outras tantas já admiradas a olho nu nesta constelação de bardos à mancheia, postadas no firmamento das escritas. Com a criação visual que traz a assinatura de Eliseu Vieira, articulação de Zeca Q Lemos e orelhas de Graça Melo, "Fios da Teia" recebeu o tratamento gráfico da Livro Rápido Editora Gráfica. Os exemplares da coletânea podem ser adquiridos pelo telefone 81 99978-4237 *Paulo Caldas é Escritor

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Festival No Ar Coquetel Molotov anuncia 17ª edição para janeiro

O No Ar Coquetel Molotov já tem a data de sua próxima edição marcada para acontecer. Em constante transformação, o próximo CQTL MLTV acontece de 11 a 23 de janeiro de 2021. Essa nova grade de propostas e experimentação em festival e entretenimento decanta como um formato imersivo e sensorial híbrido onde dinâmicas virtuais unem música, arte, mundo 3D, workshops, mentorias, oficinas e uma série com shows inéditos de mais de 20 artistas nacionais e internacionais. Uma das maiores inovações, porém não a única, é que o festival vai criar uma série conceitual gravada entre elementos naturais como a vegetação, as montanhas, o som dos animais, o açude do espaço Criatório, estúdio de gravação/ateliê localizado em Gravatá. “Se encontrar no meio dessa paisagem bucólica, é um gatilho para ressignificar velhos pensamentos, moldar novas idéias, iluminações e descobertas que também acontecem em um festival de música. Esse tipo de energia que vamos traduzir com essa série. Transportar as pessoas para uma experiência inesquecível, a qual sempre poderão revisitar. Não é somente mais uma live”, comenta Benke Ferraz (produtor e guitarrista do Boogarins) que assina direção musical da série que tem produção audiovisual da Bateu Castelo e gravação de áudio pela Fábrica Estúdios. "Em agosto conseguimos juntar cerca de 10 mil pessoas para experimentar um formato inédito, o Coquetel Molotov.EXE, que nos rendeu a indicação para Prêmio Inovação na Web pelo WME Awards e a capacidade de multiplicar ainda mais as nossas possibilidades", conta Ana Garcia, diretora do CQTL MLTV. "E enxergando a velocidade em que esses formatos digitais podem ser rapidamente saturados, resolvemos tentar equalizar as pontas das lanças investindo em desde um mundo virtual 3D até uma série de YouTube de conteúdo altamente experimental e perene. Algo ficará online, disponível até mesmo para as próximas gerações. E tudo isso mantendo as atividades formativas e encontros". Fomentador e constante divulgador das mais diversas cenas artísticas pernambucanas, o No Ar em sua 17º edição, anuncia a primeira de suas novidades nesta 17ª edição: a Convocatória, que irá promover mentorias para carreiras artísticas em início de construção. A ideia é a de impulsionar o cenário independente de Pernambuco, através de um edital próprio, onde os novos artistas terão a oportunidade de se inscrever para participar de capacitações envolvendo produção musical, oportunidades de visibilidade e inserção no mercado da música a nível local e nacional com instrutores do calibre de Ana Morena (Festival DoSol), Benke Ferraz (Boogarins), Marina Amano (Listo Music) e Mazili Benning (PE Squad). Todas as informações e o formulário de inscrições da convocatória podem ser acessados de 18 a 29 de novembro, através do: https://coquetelmolotov.com.br/novo/convocatoria-de-talentos-musicais-para-mentoria-e-qualificacao/ Aprovado na Chamada Pública de Projetos de Residência Artística do Programa Pontes, uma parceria entre o Oi Futuro e British Council, o festival No Ar Coquetel Molotov vai promover ainda uma imersão que envolve um workshop junto a um processo imersivo de criação coletiva.

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Sonora coletiva convida Bento Araujo para falar da psicodelia pernambucana

Fora do eixo Rio-São Paulo, a principal gravadora do Brasil estava no Recife. Foram os estúdios da Rozenblit, que produziram e prensaram diversos discos que marcaram a psicodelia pernambucana. Exemplo é ‘Paêbiru - Caminho da Montanha do Sol’ (1975), de Lula Côrtes e Zé Ramalho. O álbum duplo desperta, ainda hoje, a ambição entre colecionadores e figura no livro ‘Lindo Sonho Delirante - 100 discos psicodélicos do Brasil’ (2016), do jornalista Bento Araujo. Hoje (19), às 19h, a Sonora Coletiva, da Revista Coletiva, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), recebe o autor para um bate-papo no Canal multiHlab, no YouTube. Participam também da conversa os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto, responsáveis pelo canal experimental de áudio Sonora Coletiva e pelo Núcleo de Imagem, Memória e História Oral (NIMHO), integrante do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), da Casa. “Esse momento faz parte do projeto Cenas Musicais de Pernambuco — 1970-2000, que pretende ampliar as coleções de depoimentos de nossos acervos”, aponta Velho Barreto. Ele revela que uma série de entrevistas vem sendo realizadas acerca do tema envolvendo pesquisadores e técnicos do Cehibra e outras unidades da Fundaj. Criador e editor da paulistana poeira Zine, publicação independente bimestral, Bento Araujo dedicou mais de uma década à produção da coleção ‘Lindo Sonho Delirante’. Dividida em três volumes — com apenas dois lançados —, o jornalista destaca os mais importantes “discos psicodélicos, audaciosos e ousados do Brasil”, produzidos e lançados entre 1968 e 2000. Na live, ele promete falar do contexto em que ocorreu a chamada cena musical psicodélica no Brasil e, em particular, em Pernambuco. Em sua obra, o autor reconhece o legado do Estado em produzir “os discos independentes mais experimentais da indústria fonográfica do País”. “A psicodelia dos jovens nordestinos gerou uma revolução totalmente marginal, que anos depois desembocaria na radical cena psicodélica pernambucana de Lula Côrtes, Lailson de Holanda, Marconi Notaro, Flaviola e outros. Hoje, essa cena é quase tão cultuada por colecionadores de discos mundo afora como a cena psicodélica de San Francisco, nos Estados Unidos”, revela Bento, que marca a década de 1970 e o surgimento do tropicalismo como propulsores. Neste cenário, nasce, como dito, Paêbiru. Mas, também, Satwa, de Lailson e Lula Côrtes, No Sub Reino dos Metazoários, de Marconi Notaro, e o Ave Sangria — que gravou no Rio de Janeiro. Para conferir mais do Sonora Coletiva, acesse coletiva.org/sonoracoletiva. Com ênfase inicial na cena que agitou o Recife entre o final dos anos de 1960 e a década seguinte, o Cenas Musicais de Pernambuco já entrevistou diversos artistas, produtores e empresários musicais. Dentre os importantes nomes, figuram Marco Polo, Almir de Oliveira, Rafles, Robertinho de Recife, Flaviola, Lailson, Zé da Flauta, Sinay Pessoa, Kátia Mesel, Marcelo Mesel, Rodolfo Aureliano, Maristone, entre outros. Agora Bento Araujo, que embora não seja pernambucano e muito menos tenha vivido a década de 1970, reuniu e tem muita história pra contar.

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Peças do Cais do Sertão ganham máscaras em campanha

Cada vez mais atentos aos cuidados sanitários do protocolo de convivência da covid-19, os museus da Região Metropolitana preocupam-se em proporcionar a turistas e visitantes experiências inesquecíveis e seguras em seu espaço expositivo. Uma das ações mais recentes com este propósito, desenvolvida por gestores museais e museólogos do Recife, reforça o uso de máscara em todos os ambientes que compõem os espaços. Personagens e esculturas de personagens presentes nos centros culturais ganharam o adereço imprescindível nestes dias de pandemia. No caso do Cais do Sertão, equipamento gerido pela Secretaria de Turismo e Lazer e Empetur, a intervenção foi feita na ala Joias da Coroa. As réplicas de gibões de Luiz Gonzaga, que representam as figuras do cangaceiro e vaqueiro, e são a primeira parada do visitante ao entrar no Cais, agora exibem máscaras. Além da iniciativa, o museu também conta com sinalização e equipe educativa orientando quanto às novas normas de convivência. A campanha nasceu após interlocução com membros dos museus da região e tornou-se crucial para ajudar na implantação do protocolo sanitário nas instituições. Constantemente alertando o corpo educativo e visitantes quanto ao distanciamento social, uso de máscara e higienização das mãos, gestores viram na ideia uma forma de comunicar que, também dentro do museu, o adereço é imprescindível. A ação também atinge as redes sociais dos centros culturais, por meio do uso de hashtags (#Usemáscara, #Usemáscaranomuseu, #SelfiedeMascara e #CaisConsciente) e peças visuais educativas. Em uma das publicações, vem o alerta: “Você não precisará tirar a máscara para sorrir”. “Após a reabertura, precisávamos desse momento de troca com outros museus da Região Metropolitana do Recife sobre a implementação e execução dos protocolos de segurança da Covid-19. Partindo de uma demanda coletiva, optamos por levar a campanha para as redes sociais e para o nosso acervo. Queremos reforçar que o uso de máscara protege tanto o visitante quanto os educadores”, comenta a museóloga do Cais, Rosélia Adriana. Para acompanhar toda a campanha, as peças visuais estarão disponíveis no perfil do instagram do Cais, o @caisdosertao. Já as vestimentas de vaqueiro e cangaceiro podem ser vistas em visitação, nas quintas e sextas-feiras, das 10h às 16h, e sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h. SERVIÇO Centro Cultural Cais do Sertão - Armazém 10, Av. Alfredo Lisboa, s/n - Recife, PE, 50030-150 Visitação: quintas e sextas-feiras, das 10h às 16h, e sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada).

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Sanfona é estrela em aulas-espetáculo gratuitas

Uma viagem por dentro do universo da sanfona e do forró. Assim é o projeto Vou Contar Pra Vocês, que reúne seis aulas-espetáculo com o Mestre Gennaro, para abordar a história da sanfona, do forró, do “arrasta-pé” e a relação com os sanfoneiros mais importantes do Brasil. Os encontros acontecerão nos dias 19, 20 e 21 de novembro e 10, 11 e 12 de dezembro, a partir das 19h, no Teatro Arraial Ariano Suassuna, na Boa Vista, área central do Recife. Para participar, basta se dirigir à bilheteria do teatro uma hora antes do início de cada espetáculo e adquirir o ingresso gratuitamente. Todos deverão usar máscaras. O projeto é da Tangram Cultural, de Germana Pereira, com o incentivo do Governo de Pernambuco por meio do Funcultura. As aulas-espetáculo são temáticas e envolvem a trajetória do Mestre Gennaro com a sanfona, apresentação das principais composições que influenciaram sua formação musical, a relação da sanfona com o Nordeste, com a paisagem sertaneja, com a seca e com as festas juninas, os diferentes tipos de sanfona e a versatilidade de sons que o instrumento produz, entre outros assuntos. Todos os encontros são gratuitos e contam com recursos de acessibilidade comunicacional, com intérpretes de libras e audiodescritores ao vivo. Vou Contar Pra Vocês também está promovendo uma oficina gratuita de sanfona 120 baixos no dia 14 de dezembro, das 9h às 17h, no Teatro Arraial Ariano Suassuna. As vagas são limitadas e para participar é preciso ter uma sanfona 120 baixos e o mínimo de conhecimento sobre o instrumento. Interessados devem se inscrever gratuitamente até o dia 30 de novembro através do e-mail oficina120baixos@tangramcultural.com.br.. Trazida ao Brasil pelos imigrantes europeus e tocada em várias regiões do Brasil, foi nas mãos de Luiz Gonzaga que a sanfona ganhou características nordestinas e passou a fazer parte da cultura da região. “Por um momento achei que a sanfona ia se extinguir. Fico feliz por ela continuar se perpetuando na nossa cultura e me alegra poder contribuir para isso. Sou um sanfoneiro por natureza e vivo da sanfona. Por isso, convido todos que gostam da sanfona ou tem curiosidade sobre a nossa cultura, para participar desses encontros que foram preparados com muito carinho para vocês”, convida Gennaro. “Vou Contar Pra Vocês é uma experiência única, que vai contar histórias da sanfona de forma didática, divertida e musical, ensinando técnicas de interpretação, ritmo, harmonia e improvisação. É um momento único para emergir nesse enredo cultural e histórico da nossa região”, ressalta a idealizadora e coordenadora geral do projeto, Germana Pereira. O diretor artístico das aulas-espetáculo, Jair Pereira, destaca a oportunidade das pessoas se aproximarem da arte popular, do forró, da cultura nordestina e da influência da sanfona na música mundial, através da troca de experiências com o Mestre Gennaro. “O poder da palavra é incontestável na construção da identidade cultural dos povos e preservação da arte popular. Gennaro e a proposta do projeto Vou contar pra vocês se completam nesta direção”, finaliza Pereira.

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Circuito Cultural se despede com destaque para a literatura fantástica

O ponto alto do último dia do Circuito Cultural Digital de Pernambuco será o lançamento da Cepe Editora Não me empurre para os perdidos, de Maurício Melo Júnior. A live será na hoje, 13, às 19h, com mediação da jornalista e crítica literária Gianni Paula de Melo. A programação do dia abrange ainda uma variedade de temas: das atividades infantis a lives sobre xilogravura e cordel. O evento é uma realização da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), com curadoria da Fundação Gilberto Freyre. A última edição do ano será de 8 a 11 de dezembro. A narrativa de Maurício Melo Júnior se passa em Pernambuco, na década de 1920. Qualquer recifense ligado em sua própria história reconhece lugares e fatos icônicos do período, enriquecido por supostos diálogos do protagonista da trama, o escritor F., com intelectuais da época. Provavelmente a misteriosa identidade de F. é uma referência ao escritor tcheco Franz Kafka. Na agenda, a literatura fantástica também ganha força com a participação do escritor, roteirista e dramaturgo André Vianco. O convidado é considerado um dos mais renomados autores do gênero no Brasil. A live “Fantasia e terror à brasileira”, com o autor do best-seller Os sete, será às 17h, mediada pelo jornalista Renato Mota. Neste bate-papo André falará sobre sua trajetória, como elabora seus personagens e cria as narrativas de suas histórias fantásticas, de terror e suspense. Mas os destaques do dia começam logo pela manhã, às 11h, com bate-papo sobre Xilogravura e cordel, o encontro da rima com o entalhe. Desta discussão participarão a poeta e ilustradora de livros infantis e juvenis Nireuda Longobardi, e o poeta e cordelista Marcelo Soares. De acordo com a mediadora, Érica Montenegro, poeta e mestra em ciências da linguagem, a conversa terá como eixo a relação do poema com a xilogravura e os espaços em que a xilogravura se coloca hoje, além do cordel. Também estará na pauta do encontro a substituição de alguns tipos de xilogravuras pelas formas digitais, assim como a saída dos artistas do Nordeste para outros Estados. Às 15h, a gestora do Espaço Pasárgada, Marília Mendes, conversará com a escritora e militante feminista Mariana Félix e Akapoeta, que publica seus versos no instagram e tem mais de 1 milhão de seguidores. O título instigante da live promete: A poesia das coisas. A mediadora fará associações com poetas que têm o poder de extrair poesia das coisas, sobretudo as mais simples, como João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira e Manoel de Barros. SERVIÇO O conteúdo das lives poderá ser acessado no Portal do Circuito: www.circuitoculturaldepernambuco.com.br. Confira a programação desta sexta-feira, último dia do evento: Dia 13.11 – Sexta-feira 8h30 – Ler, muito prazer! Exibição de vídeos de experiências de leitura de crianças na primeira e segunda infância 9h – Senta, que lá vem história! Contação de história do livro Além da Lenda, de Bruno Antônio, Erickson Marinho e Ulisses Brandão. Contação de Joanah Flor 10h – Oficina infantil História de Pano, com Samantha Pimentel 11h – Bate-papo ao vivo: Xilogravura e cordel, o encontro da rima com o entalhe. Participação da poeta Nireuda Longobardi e do poeta Marcelo Soares, com mediação de Érica Montenegro 12h - Prazer de Ler Exibição de vídeos de experiências de leitura de jovens e adultos 13h – Circuito em conexão Atrações oferecidas pelos parceiros do Circuito Cultural Digital de Pernambuco 14h – Por dentro do livro (Café cultural) Processo de criação do livro Tereza Costa Rêgo: uma mulher em três tempos (Cepe), de Bruno Albertim. Conversa entre o autor e Sofia Lucchesi 15h – Bate-papo ao vivo: A poesia das coisas Participação de Mariana Félix e Akapoeta, com mediação de Marília Mendes 16h – Show infantil com a Banda Mini Rock 17h – Live “Fantasia e terror à brasileira” Conversa com o escritor André Vianco e apresentação de Renato Mota 18h – Cinema no Circuito Sebá – face das artes, curta-metragem de Robson Santos. Todas as faces do Sebastião Alves, mais conhecido como Mestre Sebá 19h – Lançamento - Ao vivo (Café Cultural) Não me empurre para os perdidos (Cepe), de Maurício Melo Júnior. Conversa entre o autor e a jornalista Gianni Paula de Melo 20h – Sarau musical Enraizado, com Ciel Santos

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Baile do Menino Deus anuncia espetáculo natalino dentro das casas

Em um momento de isolamento social vivido no mundo inteiro, o Baile do Menino Deus convida os brasileiros para “abrirem suas portas” para a chegada do “Menino Divino”. O espetáculo natalino que reúne milhares de turistas e conterrâneos no Marco Zero do Recife, se prepara para contar a história mais famosa do mundo, de uma forma desafiadora. Este ano, o Baile que faz uma leitura irreverente do nascimento de Jesus Cristo chegará nas casas dos brasileiros entre os dias 23, 24 e 25 de dezembro, através de um telefilme. O longa inédito da grande ópera popular nordestina, que se orienta nas tradições de festas e representações teatrais do ciclo natalino, incorporadas às mais diversas culturas do Brasil, começa a ser gravado a partir desta quinta-feira (12) e conta com direção geral de Tuca Siqueira (Amores de Chumbo e Fashion Girl) e direção de fotografia de Pedro Sotero (premiado em Cannes com o filme Bacurau). Produtora, roteirista e diretora de cinema, a pernambucana Tuca Siqueira iniciou sua carreira em 2003. Sua trajetória conta com diversas séries, filmes e documentários premiados. Entre eles, “Amores de Chumbo”, seu primeiro longa de ficção, considerado uma verdadeira pérola cinematográfica, pela crítica. “Eu tive a sorte de ter pais que sempre me levaram ao teatro e minha relação com a consciência do coletivo sempre foi muito forte por causa do meu envolvimento com a dança e o teatro, desde pequena. Acho que isso foi o que me levou para o audiovisual que é uma arte tão coletiva. Assisti o Baile pela primeira vez no ano passado. Me emocionou muito pela ousadia e coragem política de se apresentar uma Maria negra e um José rastafari. Tudo isso me dá muito mais orgulho de ter recebido o convite para dirigir o espetáculo. Foi um presente pra mim e será uma grande surpresa para o público. Diretor de fotografia desde 2006 no Recife, lugar onde desenvolveu uma consistente filmografia de curtas e longas-metragens, Pedro Sotero fotografou filmes que incluem três seleções oficiais no festival Cannes, à exemplo de “Aquarius”, “Bacurau” e “O Som ao Redor”. Em 2018 ganhou o prêmio de melhor fotografia no SSIFF, com longa argentino “Rojo” e em 2019, trabalhou na pesquisa, roteiro e fotografia do filme instalação SWINGUERRA, obra selecionada pra representar o Brasil na Bienal de Veneza e finalista do prêmio ABC 2020. A diretora de produção Carla Valença e Ronaldo Correia de Brito, criador e roteirista do Baile, oficializaram a ideia de transformar o espetáculo em filme, no mês de agosto. “Estremecemos só em pensar, mas partimos para o desafio de realizar três produções, dentro de uma mesma e gigante produção, que é a do Baile”, para não deixar o público sem o espetáculo”, comenta Ronaldo. A proposta do telefilme é encenar a apresentação da mesma forma que ela é todos os anos no Marco Zero, usando a linguagem do cinema mas sem perder nenhuma característica própria da montagem. Preocupados com a segurança dos artistas e de todos os profissionais envolvidos na produção, as gravações do Baile contam com todos os critérios de segurança, exigidos em tempos de pandemia e uma equipe médica formada por cinco profissionais e dois consultores foi contratada para criar um protocolo de segurança e prevenção à Covid19. “Quebramos a cabeça, pensamos muito com toda a nossa equipe, para que a consagração de um trabalho que começou há 37 anos não fosse interrompida e que fosse realizada de forma segura para os mais de 300 artistas e profissionais envolvidos em sua realização” reforça Ronaldo. Em sua edição de 2019, o Baile do Menino Deus quebrou mais um recorde de público levando mais de 70 mil pessoas, de todos os lugares do país, para a Praça do Marco Zero do Recife. “Era um desejo mais antigo de fazer o espetáculo num formato de filme, estamos felizes e ansiosos pois a oportunidade de realização chegou. Quando se deu a pandemia, eu e Ronaldo nos reunimos com muitas pessoas com o objetivo de vislumbrar caminhos e agregar profissionais com a expertise do teatro e do audiovisual, já prevíamos a possibilidade de não poder acontecer presencialmente”, revela a produtora Carla Valença. Parte da Trilogia das Festas Brasileiras, que retratam manifestações populares nordestinas como, a Bandeira de São João e Arlequim de Carnaval, no Baile do Menino Deus, a dupla de “Mateus” (personagens principais) é interpretada pelos atores Sóstenes Vidal e Arilson Lopes, que se revezam com Paulo de Pontes e Daniel Barros. Juntos, eles buscam uma forma de abrir a porta da casa onde estão José, Maria e o recém-nascido Jesus, para celebrar a vida em clima de festa. Uma saga que recorre a sortilégios, brincadeiras e invocação de criaturas fantásticas – como a Burrinha Zabilin, o Jaraguá e o Boi. Tudo com muita música e dança. O que faz o Baile do Menino Deus ser único na cena natalina brasileira é o seu projeto de resgatar várias formas de celebração do Natal, que sobreviveram e se guardaram apenas no Nordeste do Brasil. Reisado, lapinha, pastoril, cavalo marinho, guerreiro, chegança, boi de reis e outras manifestações.

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Livro infantil “A Observadora de Sombras” trabalha criatividade e o medo do escuro

“A Observadora de Sombras” é o mais novo lançamento infantil da editora Flyve, que está em pré-venda. A obra, que é assinada pela escritora pernambucana Maria Anna Martins e ilustrada pela também pernambucana Leticia Santiago, conta a história de uma menina que escreve em seu caderno amarelo sobre o comportamento das sombras de objetos e pessoas. O enredo trabalha o medo do escuro vivenciado pelo universo infantil. Até o final da pré-venda o livro será vendido com desconto, saindo por R$ 19,90 mais o frete. . . Camila, a protagonista da história, se inquietou ao observar as sombras: “O que elas comem?”, “Por que uma some dentro da outra?”. Curiosa, a menina decidiu encontrar as respostas e registrar todas as suas observações num caderninho amarelo. Durante a pesquisa, a observadora ainda aprende sobre o Sr. Escuro e com seu olhar criativo se diverte bastante imaginando o que as sombras fazem. A história surgiu há alguns anos, quando Maria começou a ler para as suas priminhas Sofia Vitória e Maria Isabel, hoje com 7 e 9 anos. A escritora pensou em como a experiência é divertida e enriqueceu ainda mais seus momentos com as crianças. “Como escritora, não pude evitar pensar em criar e contar histórias sobre as quais elas se interessariam. Além disso, as duas viviam dizendo que eu só escrevo histórias para ‘adultos’ e elas queriam livros meus para a idade delas. ‘A Observadora de Sombras’ é o primeiro de muitos que ainda quero fazer para elas”, contou Maria. O processo de ilustrar sombras foi um desafio prazeroso que a publicitária Leticia Santiago encarou por amar a história. “Ilustrar é algo que adoro! Fazer as ilustrações das sombras de modo que elas ficassem leves e chamassem a atenção das crianças foi uma etapa que pensei um bocado, mas o resultado está bem bonito e o retorno tem sido muito bom”, comenta a ilustradora. A dupla de pernambucanas pretende criar mais histórias juntas no futuro. Tanto para crianças quanto para um público mais adolescente. “As histórias não têm idade. Elas podem cativar mais determinado público, porém acredito que toda a família vai se divertir com esse momento conjunto de leitura”, diz a autora. O livro "A Observadora de Sombras" está em pré-venda e será enviado para todos que comprarem em 30 dias após o final desse período promocional que dura 60 dias e começou no dia 1 de novembro de 2020. Serviço: “A Observadora de Sombras”, de Maria Anna Martins e Leticia Santiago Infantil, para crianças entre 6 e 8 anos, mas pode atender tanto crianças mais novas, quanto mais velhas, dependendo do momento da criança. 30 páginas coloridas.  R$ 19,90 até o fim de dezembro Link para a compra: https://www.editoraflyve.com/product-page/a-observadora-de-sombras Instagram: @m.annamartins e @leticia.ilustra

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Finalizadas obras no Sobrado do Imperador de Igarassu

Do Iphan Traçado urbano irregular, casarões centenários e a primeira igreja construída no Brasil. Estes são apenas alguns dos atrativos do município de Igarassu, onde está localizado o imóvel conhecido como Sobrado do Imperador, parte da memória da cidade. A fim de preservar este legado do Centro Histórico igarassuano, a edificação acaba de passar por obras de conservação e manutenção. As intervenções receberam aproximadamente R$ 180 mil em investimentos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo. Iniciadas em janeiro de 2020, e após um período de suspensão em virtude da atual pandemia, as obras foram encerradas em outubro deste ano. As intervenções visam a conservação continuada do prédio, que passou por obras completas de restauração em 2009. O escopo dos trabalhos que acabam de ser finalizados contemplou limpeza e reparos no telhado e na cantaria; pintura de paredes; retificações e conservação em assoalho de madeira; conserto e pintura de esquadrias; imunização contra cupins, entre outros serviços. Destaca-se também a construção de um anexo com dois banheiros na parte externa junto ao Sobrado, que segue as normas de acessibilidade. Esta melhoria busca atender aos visitantes, pois havia apenas um sanitário na construção, no andar superior. Desde 2010 o prédio abriga o Escritório Técnico do Iphan em Igarassu, bem como a Casa do Patrimônio, espaço onde são promovidas diversas ações culturais e educativas. Com regularidade, oficinas, palestras e exposições movimentam o casarão: o trabalho continuado tem contribuído para aprofundar o conhecimento do público sobre Patrimônio Cultural, assim como estimula vínculos com o próprio sobrado, cenário de experiências marcantes para os frequentadores. O Sobrado do Imperador Construído entre os séculos XVII e XVIII, o bem consiste em um dos mais notáveis imóveis do Centro Histórico da cidade. O sobrado foi erguido com recursos advindos do imposto da carne no então povoado de Igarassu. Os primeiros usos foram diversificados, mas convergiram em abrigar instituições do poder oficial, como casa de aposentadoria, cadeia e Câmara. Em 1972, o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico de Igarassu foi inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Instituto. No século XIX, a edificação passou por transformações intensas. Acrescentou-se ao prédio uma ornamentação de referência neoclássica, vertente estilística que chega ao Brasil por influência da Missão Francesa em 1816 e permanece dominante ao longo daquele século. Mesmo com as alterações, foi mantida a essência da arquitetura seiscentista. Tais traços se mostram nos espaços permeados por jogos de cheios-e-vazios e pela conformação dos elementos em cantaria, que consiste em blocos de rocha bruta talhados de forma a constituir sólidos geométricos. O nome Sobrado do Imperador remete à visita de Dom Pedro II, que esteve no prédio em cinco de dezembro de 1859, quando realizava uma viagem pela região Nordeste. O evento ajudou a consolidar histórias de que a edificação foi construída no século XIX, o que não é historicamente acurado. Naquele ano o imóvel apenas foi preparado para recepcionar o monarca. A história de Igarassu Igarassu é considerada por alguns estudiosos como o primeiro núcleo de povoamento do País. Mais consensual é o título de segunda vila a ser criada no Brasil, após São Vicente, no atual estado de São Paulo. A cidade foi fundada em 27 de setembro de 1535, após a vitória dos portugueses sobre os índios Caetés. Na ocasião, o Capitão Afonso Gonçalves mandou erigir no local uma capela consagrada aos Santos Cosme e Damião, hoje a mais antiga existente no Brasil. Começa a surgir no alto da colina um modelo de implantação que materializava o poder administrativo e religioso colonial português. O estabelecimento de uma praça e de um largo delimitado por igreja, câmara, cadeia e demais prédios de propriedades e funções proeminentes consistia na estrutura inicial de povoamento, que se repetiria em Olinda e em outras cidades brasileiras. Há duas explicações para a origem do nome, ambas de tradição indígena. Segundo a primeira, teria como fonte os termos do tupi Igara e Assu, que significam, respectivamente, “canoa” e “grande”. Os historiadores acreditam que a designação teria vindo da exclamação de surpresa dos índios ao avistarem as imensas caravelas portuguesas. A outra possibilidade é de que remeta a três palavras indígenas: Ig = água ou rio; Guara = ave aquática; e Açu = grande. Desta forma, Igarassu significaria Rio dos Grandes Pássaros, também em alusão às embarcações que despontavam na costa durante os primeiros anos da colonização.

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