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Cultura e história

Fundaj e Correios lançam selo postal de Clarice Lispector

Clarice Lispector (1920—2020) escreveu diversas cartas. Parte delas dedicada às irmãs, no período em que passou distante do Brasil junto ao esposo diplomata. Quarenta e três anos após sua morte, a escritora será homenageada com um selo comemorativo pelo primeiro centenário do seu nascimento. A iniciativa dos Correios será lançada, no Recife, nesta quarta-feira (30), às 17h, em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). A cerimônia virtual estará disponível no canal da Instituição no YouTube (link: https://bit.ly/366643N). Para a honraria, apenas duas capitais brasileiras foram escolhidas para o lançamento: o Recife e o Rio de Janeiro — lugares onde morou Clarice Lispector. “Não é a primeira homenagem à escritora que integramos. Em abril, dedicamos 18 horas de programação a ela, a ‘cidadã do mundo’. Essa parceria reflete o empenho desta Casa com a literatura, a memória e Clarice. Inúmeros são nossos projetos para manter viva sua memória de menina, que viveu e foi feliz no Recife até os 14 anos”, comemorou o presidente da Fundaj, Antônio Campos. A cerimônia de obliteração do selo comemorativo será realizada pelo presidente da Fundaj e o superintendente dos Correios em Pernambuco, Ademar Morais. Na sequência, a programação do lançamento, em Pernambuco, contará com palestra da antropóloga e escritora Fátima Quintas, detentora da cadeira 31 da Academia Pernambucana de Letras, e recital de trechos da obra de Clarice, em vídeos da atriz Maria Fernanda Cândido e Beth Goulart, do escritor norte-americano Benjamin Moser, dentre outros. “Lançar um selo em homenagem à Clarice Lispector faz jus a uma das mais importantes escritoras que nascida na Ucrânia, mudou para o Brasil com pouco mais de um ano. Ela soube, com maestria, tratar das questões da alma. A história do selo postal brasileiro jamais estaria completa sem um selo em sua homenagem. E ficamos felizes com uma peça tão bonita, que expressa a vitalidade de Clarice, ainda mais pela arte ter sido criação de sua neta”, disse o superintendente dos Correios Ademar Morais. “Particularmente para minha mãe, Clarice Lispector, que morou quase 20 anos no exterior, a correspondência com amigos, família e editores foi fundamental na sua formação profissional e sua afetividade. Assim, a criação de um selo no ano do seu centenário é uma homenagem justa e muito representativa”, afirma Paulo Valente, filho da escritora. Não por acaso, a artista e neta Mariana Valente assina a arte. Ao todo, 900 mil selos serão produzidos e estarão disponíveis nas principais agências do País, com valor de R$ 2,05 a unidade, e na loja online dos Correios (link: bit.ly/3kOF5xS). Palestra Só em 1985, a antropóloga e escritora Fátima Quintas começou a leitura da autora de Perto do Coração Selvagem (1943). Ela lamenta não tê-la conhecido em vida, sobretudo pessoalmente, mas é tida com uma das especialistas em Clarice Lispector e mantém um grupo de estudo sobre sua obra em parceria com a Academia Pernambucana de Letras, onde ocupa a cadeira 31. Após o lançamento do selo, o público será brindado com a palestra da antropóloga, que promete abordar a biografia e estética literária de Clarice. “Para se entender um escritor ou qualquer pessoa, é preciso contextualizá-la no tempo e em um pouco da sua história. Com Clarice não é diferente”, explica Fátima, ao lembrar a trajetória de migrante da homenageada, que nasceu na Ucrânia, mas foi trazida ao Brasil com aproximados dois anos de idade. Em solo latino, residiu nos estados de Alagoas, Pernambuco e Rio de Janeiro. Mais tarde, após casar com um diplomata, morou na Itália, Suíça e Inglaterra. “A inconstância do espaço é uma variável muito importante na vida dela. No mínimo, a levou a muitas reflexões.” Na sua exposição, Fátima Quintas mencionará, também, conceitos como ‘um naufrágio na introspecção’, do filósofo Benedito Nunes, além da estrutura fragmentada e monologal da obra clariciana. Outro momento será o paralelo entre a autora e sua personagem Macabéa, de A Hora da Estrela (1977), lançado pouco antes de sua morte. “O meu foco é a narrativa singular de Clarice, única e corajosa. A escrita dela é agônica, pois ela vivia sempre se questionando entre a vida e a morte. Macabéa é, para mim, este personagem representativo da própria Clarice”, finaliza. Serviço Lançamento de selo pelo centenário de Clarice Lispector Data: 30 de setembro de 2020 Horário: 17h Transmissão no YouTube da Fundaj

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Orquestra Criança Cidadã realiza estreia de peças compostas pelos alunos

Fechando a série de recitais online do mês de setembro, a Orquestra Criança Cidadã apresenta, na próxima quarta-feira (30), às 20h, o concerto "Jovens Compositores da OCC" – gravado na Caixa Cultural Recife. O recital, que irá ao ar no canal da OCC no Youtube, representa um marco na história da orquestra e também em projetos sociais ligados à música, no país. Isso porque será a primeira vez que serão tocadas peças criadas pelos próprios alunos, com alguns deles participando da execução. Os músicos que submeteram composições para o recital, nascidas nas aulas das turmas Avançado 2 e Avançado 3, participaram coletivamente do processo de criação e desenvolvimento das obras, que aconteceu sob coordenação do professor de Teoria Musical do Núcleo do Coque, Manassés Bispo. Uma curiosidade é que alguns dos títulos das peças são piadas internas dos próprios colegas. Sobre a experiência, o professor Manassés diz que "as turmas do [nível] avançado têm poucos alunos. A instrumentação, portanto, adequou-se a cada turma; trabalhei com o que tinha. Geralmente, trabalha-se em quarteto vocal em aulas de Harmonia. Então, na oficina de composição que realizei com os alunos durante a pandemia, segui a mesma lógica do quarteto vocal, mas com o propósito de os alunos desenvolverem a criatividade e se envolverem na atividade. Como dizia [o compositor] Hans-Joachim Koellreutter (1915-2005), música se faz fazendo. Daí, pensei: por que não fazer dos exercícios pequenas peças? Os alunos toparam e se engajaram na proposta”. São as composições desta atividade que estarão presentes no repertório deste próximo concerto. O programa contará com seis peças, algumas inspiradas em ritmos populares: o terceiro movimento de “Gestos e suas variações”, Maracatu, de Júlia Paulino; a “Suíte sem fim” (II. Baião e III. Frevo), de David Stefesson; “Açúcar com Sal”, (em dois movimentos, I. Valsa e II. Baião), de Jamesson Batista; “Não sei, Professor!”, de Joyce Anne Sotero; “Tributo a Pedrinho, o...”, de Pedro Martins, e, por fim, “A noite”, de Wagner Braga. O concerto contará com a presença dos violinistas Júlia Paulino, Pedro Martins e Joyce Anne Sotero; do violista Cícero Júnior; da contrabaixista Maria Eduarda Cavalcanti; dos oboístas David Stefesson, Wagner Braga e Rhillary Vitória; do trompista Lucas William e do fagotista Jamesson Batista. Aluno de violino na Turma do Avançado 2, Pedro Martins, 16 anos, explica como se deu o processo para a composição de sua peça: "Entrei na OCC no começo do ano de 2012 e comecei a compor recentemente. Eu adoro as sinfonias de Tchaikovsky, Mozart e algumas peças de Jean Sibelius, mas, normalmente, não me inspiro em ninguém. Gosto de fazer tudo do meu jeitinho, do jeito que vem à minha cabeça. Como comecei a compor há pouco tempo, fiz apenas uma música, com a ajuda do professor Manassés Bispo, nas aulas de Harmonia. Ele ensinava, explicava tudo, e deixava a gente à vontade pra fazer do jeito que achávamos melhor. Foi difícil, mas, no fim, saiu. As peças que escrevemos ficaram lindas e assim pudemos gravar na Caixa Cultural Recife." O violinista também faz questão de ressaltar a importância da OCC em sua vida pessoal: “A orquestra me ajuda em todos os aspectos. Entrei na OCC muito novo, ainda criança, e lá aprendi boa parte de tudo que sei hoje, seja relacionado à música, seja à vida. Boa parte do cidadão que sou e que estou me tornando é graças à Orquestra. Só queria agradecer ao projeto por tudo o que fez por mim e que continua fazendo. Hoje vejo a OCC como uma segunda casa, onde tenho uma enorme família, e como uma escola da vida, que nos torna cada vez mais pessoas melhores e nos prepara profissionalmente para o futuro”. Os concertos online foram uma das formas que a Caixa e a OCC encontraram para que o público possa continuar acompanhando as apresentações dos alunos do projeto enquanto presencialmente não é possível. A Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã, incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e que conta com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal. SERVIÇO [MÚSICA] Recital online – Jovens Compositores da Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque Local: Canal da Orquestra Criança Cidadã no YouTube (https://www.youtube.com/orquestracriancacidada) Data: 30 de setembro de 2020 (quarta-feira) Horário: 20h Duração: 15 minutos Classificação: Livre

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Vida e obra de Josué de Castro em pauta na Fundaj

Em vida, o escritor, político e cientista social Josué de Castro ficou conhecido como uma das maiores autoridades mundiais a tratar sobre o tema da fome. Autor de clássicos como o estudo "Geografia da Fome" e o romance "Homens e Caranguejos", o autor influenciou as produções iniciais das bandas Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A. Apontando para essa relação e para a contemporaneidade da obra do ativista pernambucano, o Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (ProfSocio), junto ao Pibic Ensino Médio da Fundaj, promove a Live “Josué de Castro e os Caranguejos com Cérebros”. Na ocasião, o pesquisador da Fundaj, Túlio Velho Barreto, falará sobre o assunto e debaterá, também, com o urbanista e analista em Ciência e Tecnologia da Fundaj, Cristiano Borba. A transmissão de vídeo será por meio do canal do multiHlab (Laboratório Multiusuários em Ciências Humanas e suas Tecnologias) da Fundaj no YouTube, no próximo dia 29, às 16h. A atividade é direcionada para os alunos do Ensino Médio que são bolsistas do Pibic, e também é aberta ao público geral. “O multiHlab do ProfSocio da Fundaj está presente nas atividades desenvolvidas com os bolsistas do Pibic Ensino Médio e trabalha com a equipe o uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação em práticas pedagógicas para o ensino de Humanidades na escola. Mais uma vez, a parceria se faz presente na realização desta Live, também convidando o público à conhecer as produções em vídeo do laboratório, todas disponíveis para acesso livre no Canal multiHlab”, afirmou a coordenadora do multiHlab e pesquisadora da Fundaj, Viviane Toraci. Em seus primeiros álbuns, Chico Science e Fred Zeroquatro comphttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgam músicas que se tornaram clássicos como "Da Lama ao Caos" de Science, e "Cidade Estuário" de Zeroquatro. Produções essas que foram influenciadas pelo prefácio do romance "Homens e Caranguejos" de Josué de Castro. “Foi na chamada ‘cena mangue’ pernambucana que a obra de Josué de Castro reapareceu e ganhou novamente destaque. Isso aconteceu antes dele ter suas obras reeditadas e de ser resgatado para o grande público, após o anúncio do programa Fome Zero, em 2003”, afirmou o pesquisador Túlio Velho Barreto. Comparando o prefácio do referido romance, o texto manifesto "Caranguejos com Cérebros" de Zeroquatro, e as letras dos primeiros álbuns de Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A, o pesquisador mostrará como e em que medida se deu as influências do autor nas produções. Ele mostrará que a obra de Josué de Castro e as letras dos "mangueboys" falam da questão da fome não como um fenômeno natural, mas como resultado das enormes desigualdades sociais e econômicas e da ausência de políticas públicas. Sobre o Pibic Ensino Médio da Fundaj O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) Ensino Médio da Fundação Joaquim Nabuco é coordenado pela analista em Ciência e Tecnologia Ana Abranches. Tendo o apoio do MultiHlab/ProfSocio, o programa existe na Fundaj desde 2016 e já contemplou 22 bolsistas estudantes de escola pública. Desde o ano passado é desenvolvido em parceria com a Escola de Referência Cândido Duarte, localizada em Apipucos. Atualmente, o programa conta com a participação de seis pesquisadores e analistas em Ciência e Tecnologia das três diretorias da Fundaj. O multiHlab e o Sociolab são laboratórios do ProfSocio que são parceiros do Pibic. Eles trabalham com produção de mini-documentário com os bolsistas, uso de tablets, formulários eletrônicos para realização de surveys na escola e produção de materiais de divulgação científica. Serviço: Live “Josué de Castro e os Caranguejos com Cérebros” Data: 29 de setembro de 2020 Hora: 16h Plataforma: canal do multiHlab no YouTube (https://bit.ly/2FZZm4p)

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10 fotos do Bairro da Madalena Antigamente

Com o seu tradicional mercado e com casarões históricos, o bairro da Madalena é o destaque da coluna Pernambuco Antigamente de hoje. De acordo com Lúcia Gaspar, da Fundaj, "as terras do bairro da Madalena pertenceram originalmente a Jerônimo de Albuquerque, como parte da doação feita por seu cunhado Duarte Coelho. (...) O bairro foi no passado uma das melhores zonas produtoras de açúcar." Clique nas imagens para ampliar. . Bairro da Madalena, em 1880 (Acervo Benício Dias, Fundaj) . Mercado da Madalena (Acervo Benício Dias, Fundaj) . Casarões na Madalena   Madalena, em Cartão Postal datado de 30-12-1905   Sítio Amorim, na Madalena, Hermann Kummler, em 1888 (Atual Rua Benfica. Vista no sentido da atual Praça do Internacional (antes localidade conhecida como Viveiro) para a Praça da Bandeira. Ao fundo vê-se o casarão em estilo mourisco, onde funcionou a Pensão Landy, Nº 286. Descrições da Página Recife de Antigamente) . . Clube Internacional do Recife (Descrição do IBGE: O Clube Regatas Ultramarino foi fruto da iniciativa de Antônio João d’Amorim, Barão de Casa Forte. A primeira reunião deliberativa do Regatas Ultramarino aconteceu no dia 17 de julho de 1885, no primeiro andar de um sobrado colonial existente no Largo do Corpo Santo, Bairro portuário da cidade maurícia. No mesmo ano, a Agremiação passou a ser nomeada Clube Internacional de Regatas, uma vez que dela faziam parte pessoas de diversas nacionalidades. Com o tempo, o Clube abriu espaço para outras atividades como os saraus dançantes, bailes festivos e jogos de cartas. Em 1889, a sua denominação mudou para Clube Internacional do Recife, porém, a prática esportiva continuou a fazer parte de suas atividades. A partir de 1914, a Agremiação passou a funcionar em um edifício na Rua da Aurora, na década de 1930, o Prédio foi adquirido pela Prefeitura do Recife que nele instalou o governo municipal. Em 1937 foi comprado o Solar do Benfica, no Bairro da Madalena, onde até hoje funciona a sede do Clube. Ainda na década de 1930, a Assembleia Legislativa do Estado declarou o Clube de utilidade pública.) . Jardim do Clube Internacional do Recife . Ponte da Madalena (Villa Digital, Josebias Bandeira) . Av. Caxangá, 1969 - Bairro da Madalena (Da Página Recife de Antigamente) . Sobrado Grande da Madalena. (Casa do Conselheiro João Alfredo., Atual Museu da Abolição. Rua Benfica 1.150, início da Av.Caxangá. IPHAN, da Página Recife de Antigamente) . *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.pe@gmail.com)

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"Queridos rivais" conta a história da aliança PMDB-PFL, analisada 25 anos depois

Em 1985, após vinte anos de polarização, Arena e MDB apararam arestas e se uniram em torno de um objetivo: pactuar uma saída institucional do regime militar e assegurar a redemocratização do País. Quase uma década depois haveria uma nova aproximação entre os partidos rivais, dessa vez em Pernambuco, onde caciques do PMDB e do PFL vislumbraram a chance tomar o comando do Estado das mãos do PSB do governador Miguel Arraes, e ainda montar uma estratégia que garantisse a longevidade no poder. Antes de mais nada, era preciso oferecer uma justificativa plausível para essa guinada política ao eleitor pernambucano, testemunha de duríssimos embates entre os dois lados, e acostumado a tomar partido de um deles. O argumento da aliança baseada no desenvolvimentismo caiu como uma luva, em um Estado carente em diversas áreas, mas, acima de tudo, na economia. Consolidavam-se ali as bases da União por Pernambuco, brindando os ex-rivais com mais de uma década de poder. O período em que governaram juntos e afinados, sob a liderança inabalável do peemedebista Jarbas Vasconcelos, só seria interrompido em 2006 pelo neto de Arraes, Eduardo Campos, que “cobrou a fatura” ao derrotar os aliados e eleger-se governador. Como repórter da editoria de política do Jornal do Commercio, Sérgio Montenegro acompanhou o processo de costuras da aliança desde o início, relatando o primeiro encontro público entre o então governador Joaquim Francisco, líder maior do PFL, e o prefeito do Recife à época, Jarbas Vasconcelos, chefe do PMDB. “Quando recebi a informação sobre o acordo em curso, duvidei imediatamente. Acostumado a cobrir intermináveis confrontos entre PFL e PMDB, jamais teria imaginado a possibilidade. Eram a esquerda e a direita, óleo e água. Ainda por cima em Pernambuco, onde acirramento político é regra. Mas a fonte da informação era sólida, e decidi investigar”, conta Sérgio Montenegro, acrescentando que foi preciso vencer antes o ceticismo dos editores e colegas de redação diante daquela “pauta improvável”. Algumas semanas depois, de fato, o repórter testemunhava pessoalmente o almoço promovido pelo então deputado federal pefelista José Mendonça, em sua fazenda na cidade de Belo Jardim, em torno dos dois caciques partidários. Estava deflagrado o processo da inacreditável aliança e, de quebra, garantido um histórico furo de reportagem para o JC. “Pouco tempo depois, pefelistas e peemedebistas já dividiam o mesmo palanque e o mesmo discurso, sobre a necessidade de conquistar o poder no Estado para soerguê-lo economicamente. O que terminaria acontecendo em poucos anos”, acrescenta o autor. Prefaciado pelo cientista político Túlio Velho Barreto, da Fundação Joaquim Nabuco, e apresentado pelo ex-diretor de redação do Jornal do Commercio, Ivanildo Sampaio, o livro Queridos Rivais registra os bastidores dessa história, 25 anos depois do seu pontapé inicial. E analisa a trajetória dos seus personagens sob a maturidade que só o tempo concede. Sobre o autor: Sérgio Montenegro é jornalista e consultor de estratégias em comunicação, pós-graduado em História Política e mestrando em Comunicação Política. Atua no jornalismo de batente há mais de três décadas, tendo exercido os cargos de repórter, colunista, articulista e editor, a maior parte no Jornal do Commercio, com passagens também pelo Diario de Pernambuco e Rádio CBN. É autor do livro Um político da cidade antiga, e coautor dos livros Na Trilha do Golpe – 1964 revisitado e A Nova República, visões da redemocratização. Sobre o livro: Queridos Rivais foi produzido com apoio cultural da Companhia Editora de Pernambuco (CEPE), a partir da pesquisa realizada pelo autor durante a pós-graduação em História e Jornalismo, na Unicap. A obra está à venda nas livrarias de Pernambuco e também pelo site da Amazon (amazon.com.br)

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Sesc Pernambuco abre inscrições para cursos de cultura

Algumas medidas de isolamento ainda necessárias por conta da pandemia do novo coronavírus não impedem os amantes da arte de manterem contato com as diversas linguagens existentes. Por isso, o Sesc Pernambuco resolveu adaptar alguns dos seus cursos de cultura, que estão com inscrições abertas, para esse novo momento. Em Santo Amaro, todas as aulas (exceto Criações Musicais a partir dos Ritmos Nordestinos, totalmente online) acontecem inicialmente de forma virtual, mas irão se tornar presenciais posteriormente, dependendo das decisões do Governo Estadual. No Sesc Piedade, todos os cursos são online, exceto Dança de Salão e Violino, que são híbridos. Já na unidade de Goiana, as aulas são presenciais, mas podem acontecer de forma virtual se necessário. Confira os cursos que estão recebendo inscrições: ARTES PLÁSTICAS No Sesc Santo Amaro há o curso de Estamparia Artesanal. Podem se matricular alunos a partir dos 14 anos. A mensalidade é R$ 15 para trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e R$ 30 para o público geral. DANÇA O Sesc Piedade está disponibilizando três opções de cursos: a primeira é Dança de Salão e Dança Contemporânea, ambos para pessoas a partir dos 14 anos, e Balé para Crianças voltado para alunos dos 7 aos 11 anos. Todos têm investimento de R$ 45 para comerciários e dependentes e R$ 90, usuários. Já o Sesc Goiana abriu vagas para os seguintes cursos: Dança Contemporânea (14 aos 38 anos), Iniciação à Dança para Crianças (7 aos 13 anos) e Iniciação à Dança para Jovens e Adultos (14 aos 35 anos). Investimento é R$ 20 para trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e R$ 40 para o público geral. MÚSICA A unidade de Santo Amaro está com opções de aulas de Violão, Canto e Criações Musicais a partir de Ritmos Nordestinos. O primeiro é dividido em módulos I e II. Já para as aulas de Canto, há opções de Módulos I e II com duas turmas cada, denominadas A e B. Todos são voltados para alunos a partir dos 14 anos. O investimento é R$ 30 para comerciários e seus dependentes e R$ 60 para usuários. Criações Musicais a partir de Ritmos Nordestinos podem ser frequentadas por alunos dos 12 anos em diante. O investimento para os cursos da unidade é R$ 15 para trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e dependentes e R$ 30 para o público geral. Em Piedade tem violino para alunos a partir dos 14 anos, cujo investimento é R$ 60 para comerciários e seus dependentes e R$ 120, usuários. E o Sesc Goiana abriu vagas para Iniciação ao Violão para Crianças para alunos dos 10 aos 15 anos, com mensalidade de R$ 20 para comerciários e dependentes e R$ 40 para usuários. TEATRO Em Santo Amaro está com curso de Teatro, que é dividido em dois níveis, Inicial e Avançado. Em ambos, podem pessoas a partir dos 14 anos. O investimento para qualquer um dos cursos é R$ 30 para trabalhadores comércio de bens, serviços e turismo e R$ 60 para o público geral. Já no Sesc Piedade o Curso de Introdução à Interpretação Realista e o de Construção Cênica a partir de objetos Inanimados são voltados para alunos de 14 anos em diante. Ambos têm o investimento de R$ 45 comerciários e dependente e R$ 90 usuários. Por último, na unidade de Goiana dispõe de Teatro para Crianças dos 9 aos 13 anos. Investimento R$ 20 para trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e R$ 40 para o público geral. Exceto os cursos do Sesc Goiana, cujas inscrições devem ser feitas presencialmente no Ponto de Atendimento, as unidades dão a opção de matrícula com preenchimento do formulário de maneira presencial ou virtual. Em Piedade, as pessoas interessadas nos cursos de Dança de Salão e Violino só podem se inscrever presencialmente. Além dessas unidades, a do Sesc Casa Amarela também está oferecendo cursos culturais. Teatro, Dança, Música e Artes Visuais possuem turmas em horários variados e voltadas para diferentes idades. O investimento é a partir de R$ 15 para trabalhadores do comércio de bens, turismo e consumo e dependentes e R$ 30 para o público em geral. Os formulários podem ser preenchidos virtualmente no site www.sescpe.org.br ou no Ponto de Atendimento da unidade. Sesc – O Serviço Social do Comércio, seguindo as orientações de isolamento social determinadas pelo Governo de Pernambuco, em razão da pandemia do novo coronavírus, está realizando seus trabalhos em regime home office. Ações das cinco áreas fins da instituição (Educação, Cultura, Lazer, Assistência e Saúde) estão sendo realizadas com o auxílio de plataformas digitais, que contribuem para que a interação não seja interrompida. Aulas gratuitas de Pré-Enem e cultura, além do conteúdo da Educação Infantil e Ensino Fundamental estão sendo transmitidos à distância, assim como dicas de leitura, atividades físicas, brincadeiras e jogos. Profissionais da saúde estão repassando informações educativas de prevenção e combate ao Covid-19 para o público infantil, jovem, adulto e idoso. Ao mesmo tempo, o Banco de Alimentos da instituição está em campanha, em todo o estado, para arrecadar cestas básicas, alimentos não-perecíveis e produtos de limpeza e itens de higiene. Para conhecer mais sobre o Sesc e saber de novas decisões e determinações neste período de quarentena, acesse www.sescpe.org.br. Serviço –Curso de cultura do Sesc Santo Amaro, Piedade e Goiana Linguagens artísticas: Artes Plásticas, Dança, Música e Teatro Valor: a partir de R$ 15 para comércio de bens, serviços e turismo e R$ 30 para o público geral Formulários de inscrição: Santo Amaro Iniciação ao Teatro: https://cutt.ly/8fT9gbR Teatro Avançado: https://cutt.ly/ofT9avQ Violão Modulo I: https://cutt.ly/CfT9zhS Violão Módulo II: https://cutt.ly/OfT9Jiy Canto Módulo I-A: https://cutt.ly/GfT9MWt Canto Módulo I-B: https://cutt.ly/4fT7i4Y Canto Módulo II-A: https://cutt.ly/ifT7pMy Canto Módulo II-B: https://cutt.ly/0fT7sTi Criações Musicais a partir de Ritmos Nordestinos: https://cutt.ly/VfT9tmh Estamparia Artesanal: https://cutt.ly/6fT9ila Sesc Piedade Balé para Crianças: https://forms.gle/zim64WEesHsCwThS8 Dança Contemporânea: https://forms.gle/hG4N8ywLdKYE7UVD7 Dança de Salão: https://forms.gle/4aPd3u6dEMwFCe7e9 Introdução a Interpretação Realista: https://forms.gle/qET2qRognoZmj81q7 Construção Cênica a partir de Objetos Inanimados: https://forms.gle/HA2dDoYcLFqy8TfG7 Cursos Híbridos (com 50% da carga horária presencial e 50% online): Iniciação ao Violino e Dança de Salão: Inscrições na Central de Atendimentos do Sesc Piedade

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Museus da Fundaj abrem portas virtuais ao público na 14ª Primavera dos Museus

Corredores percorridos com o deslizar de um mouse e obras vistas de perto. Com o isolamento social e as portas dos equipamentos culturais fechadas, as formas de visitação aos museus de todo o mundo foram reinventadas. Transformações essas que entram na agenda de discussão da 14ª Semana dos Museus, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), por meio de sua Diretoria de Memória, Educação Cultura e Arte (Dimeca), participa da ação nacional, de hoje (21) até o dia 27 de setembro, com transmissão pela sua conta oficial no YouTube. “Neste ano, a Fundaj inovou no planejamento de suas atividades para a Primavera de Museus. A proposta é entrar na casa do público e fazer com que desenvolvam uma relação diferente de aprendizagem sobre o patrimônio do Museu do Homem do Nordeste e do Engenho Massangana, a história da região Nordeste e a programação interativa nas redes sociais”, destaca o presidente da Fundaj, Antônio Campos. As atividades serão desenvolvidas pela Coordenação de Ações Educativas do Museu do Homem do Nordeste, em Casa Forte, na Zona Norte do Recife, e o Engenho Massangana, no município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. As ações começarão às 9h da segunda-feira (21). “É importante que mantenhamos nossas funções de promover o patrimônio cultural, o nosso acervo e os temas abordados junto ao público virtalmente. É nossa responsabilidade repassar o conhecimento e educar mostrando o homem do Nordeste”, reflete o coordenador geral do Muhne, Frederico Almeida. Com o tema “Mundo Digital: Museus em Transformação”, essa edição da Primavera dos Museus na Fundaj preparou quatro atividades: o Museu Vai à Escola, o Conheça o Museu com uma peça, o Ligeiro no Muhne e o Papo de Cozinha. Dentre as quais, a coordenadora do Educativo do Muhne, Edna Silva, destaca a ação integrada às escolas e associações de bairro. “Estamos restabelecendo o contato com as escolas por meio de um agendamento que inspira atenção às formas de interação que as instituições, professores e alunos estão mantendo”, conta. As oficinas serão gravadas nos ambientes dos museus, seguindo as recomendações de higiene e distanciamento. Cuidados presentes, também, no preparo dos kits que serão enviados às escolas. “O momento agora é de apresentar aos professores estratégias de atuação em sala de aula. Estamos possibilitando o acesso a essa ação dentro da temática trazida na edição. O universo museal, que envolve as ações de museus como um todo, passa permanentemente por essas transformações”, aponta Edna Silva. Para efetivar os objetivos da iniciativa, todas as plataformas oficiais da Fundaj estarão dedicadas exclusivamente à Semana. No YouTube, o público assistirá às conversas promovidas pelo Papo de Cozinha, que trabalha de forma continuada as reflexões abordadas no livro Nordeste: Identidade Comestível (Editora Massangana, 2020), fruto da pesquisa realizada pelo Muhne e escrito pelo jornalista Bruno Albertim. Também haverá atividades interativas pelo Instagram do Muhne e do Engenho Massangana, como o Quiz Virtual. Há oito anos, o educador do Muhne Alisson Henrique atua na Primavera dos Museus. Neste ano, em que a programação é majoritariamente virtual, ele apoia a organização das atividades educativas de ambos os equipamentos culturais da Fundaj. “Estamos nos debruçando sobre estratégias que deem conta das nossas demandas habituais, que desta vez serão atendidas no ambiente virtual. O Museu, que já atuava além de seus muros, agora adentra virtualmente as residências e salas de aula.” Conheça as ações Museu Vai à Escola: uma síntese geral da proposta será enviada, por carta, a instituições educacionais e organizações coletivas. O objetivo é iniciar um diálogo com esses espaços, apresentando o Muhne e o Engenho Massangana, trocando informações e construindo coletivamente atividades e temáticas que serão apresentadas em parceria. Com a ação, a expectativa é de acolher demandas da sociedade, que deverão ser incorporadas ainda mais aos equipamentos. Visitas, aulas, debates e atividades educativas serão promovidas virtualmente. Com a retomada das aulas presenciais, o projeto será realizado no espaço físico das escolas. Papo de Cozinha: conceitos de identidade, memória e afetividade estarão presentes na abordagem multidisciplinar da ação. Tendo como base o livro Nordeste: Identidade Comestível, fruto de pesquisa do Muhne, serão promovidos conversas e debates sobre os embates, confraternizações e tradição próprios às cozinhas nordestinas. Disponibilizados em vídeos, os momentos serão acompanhados do desenvolver de receitas regionais e um bate-papo em torno das receitas e do fazer gastronômico. Serão convidados a participar os profissionais e responsáveis pelo livro e produtores e comerciantes de alimentos. Ligeiro no Muhne: trailers descontraídos, curtos e de fácil compreensão. Os equipamentos culturais da Fundaj ocuparão as redes sociais em vídeos de até 1 minuto. As produções multimídia contarão com a presença dos educadores do Museu estreitando o diálogo com o público, apresentando peças dos acervos museológicos e imagens da Villa Digital, do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira Rodrigo Mello Franco de Andrade (Cehibra), da Fundaj. Além de ampliar o repertório iconográfico e cultural do público, a ação espera aguçar a curiosidade dos futuros visitantes aos espaços no pós-pandemia.

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Documentário sobre Amaro Freitas no In-Edit Brasil

O pianista pernambucano Amaro Freitas é o protagonista de documentário que estreou, esta semana, no Festival In-Edit. "Amaro Freitas - O Piano como extensão da alma" é um dos dois representantes de PE na categoria de curtas do evento cinematográfico internacional que, no Brasil, acontece na cidade de São Paulo. Por causa da pandemia, a edição de 2020 será online. A direção e produção do filme é da jornalista pernambucana Suzanna Borba. O trabalho é resultado do projeto experimental de conclusão do curso de Jornalismo de Suzanna, em 2019. “Eu queria fazer um trabalho sobre música e sabia que o formato seria vídeo. Amaro é um amigo querido e eu quis levar a história dele para a academia. Principalmente por ele ser da periferia e fazer um estilo de música que não é comum nessa região”, afirma a jornalista. Com o filme, ela venceu o Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo 2020 na categoria vídeo (estudante). A gravação do documentário foi feita em parceria com IMG Plural, uma produtora de vídeo pernambucana. O curta-metragem é a primeira obra cinematográfica a contar a história de Amaro. Suzanna reuniu depoimentos de parentes, amigos, parceiros de banda, críticos de música e de admiradores famosos que o pernambucano tem. “Eu vi uma alma linda. O piano é só uma projeção da alma dele” - é o que diz o cantor Lenine num trecho do filme. Lenine conta que conheceu Amaro porque queria ouvi-lo tocar o piano. A frase acabou inspirando o título do documentário: Amaro Freitas - o piano como extensão da alma. O filme tem 22 minutos de duração e ficará disponível para exibição no site do In-Edit. Para acessar a programação, basta visitar a página do festival na internet - https://br.in-edit.tv/film/54 AMARO FREITAS Amaro Freitas é conhecido na crítica musical como o renovador do jazz brasileiro e tem sido apontado como uma dos maiores revelações da música instrumental. Já fez shows em dez países com apresentações em grandes clubs de jazz ao redor do mundo, a exemplo do Lincoln Center Dizzy’s Club, em Nova Iorque (EUA).. Criado em Nova Descoberta, na Zona Norte do Recife, Amaro teve uma infância comum a milhares de recifenses. O pai, Jeremias, era pedreiro e a mãe, Rosilda, cuidava da casa e dos filhos: Amaro e Natália. A conexão com a música chegou cedo à vida da família. Seu Jeremias tocava teclado na igreja perto de casa. Logo os filhos começaram a se inspirar. Natália gostava de cantar e Amaro utilizava os baldes para montar uma bateria. Aos poucos, foi se aproximando do teclado do pai e começou a estudar música. Amaro chegou a trabalhar num call center para conseguir pagar a graduação em Produção Fonográfica e lançar o primeiro disco. O jovem músico, com apenas 29 anos, lançou o segundo álbum com o selo da Far Out Recordings, gravadora britânica especializada em música brasileira. O trabalho mais recente é uma faixa do EP ‘Existe amor’ em que Amaro toca ao lado de Milton Nascimento e Criolo - “Não existe amor em SP”. Amaro também está trabalhando na produção do terceiro álbum de estúdio, que ainda não tem data de lançamento. Ele compõe um trio de músicos, ao lado de Hugo Medeiros (bateria) e de Jean Elton (contra-baixo). Juntos são Amaro Freitas Trio. SINOPSE DO FILME Amaro Freitas é um pianista e compositor recifense que está rodando o mundo com seu trio de jazz. Apaixonado por música instrumental, começou a ter contato com esse universo tocando em baldes velhos na casa onde morava na infância, numa comunidade da capital pernambucana. Hoje se apresenta nos maiores clubes de jazz do planeta. Através de depoimentos de parentes, amigos e parceiros profissionais como Lenine, o filme mostra por que Amaro tem ganhado tamanho reconhecimento dentro e, principalmente, fora do Brasil. A entrevista emocionante com o protagonista - fielmente ao lado do piano - demonstra a grandeza desse artista que é representatividade pura. Ele fala de comunidade, de pobreza, de negritude e de como a música instrumental transforma vidas. Amaro é prova viva disso.

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Fundaj e APL firmam parceria para difundir a literatura e a cultura

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), por meio de sua Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), firmou parceria com a Academia Pernambucana de Letras (APL) para a produção e realização conjunta de cursos, conferências, visitas comentadas e apresentações musicais. Nesta primeira ação em conjunto serão realizadas oito palestras pelo YouTube da Fundaj. As atividades serão ministradas por acadêmicos da APL de 23 de setembro a 18 de novembro, sempre às 17h e nas quartas-feiras. Na pauta, grandes escritores como Clarice Lispector e João Cabral de Melo Neto, o sociólogo Gilberto Freyre, os poetas Joaquim cardozo e Carlos Pena Filho e o músico Capiba. “Estamos nos unindo em favor da difusão das letras e cultura pátrias. A septuagenária Fundaj contempla vários pontos semelhantes a centenária APL, no que diz respeito a valorização dos povos e conhecimentos do nosso país. Dessa forma, essa parceria agrega e fortalece ainda mais o trabalho das duas instituições que permanecem vivas e contemporâneas”, afirmou o presidente da Fundaj e também acadêmico da APL, Antônio Campos. Além de serem oferecidas para o público geral, as atividades educativas visam o alcance de estudantes das redes pública e particular de ensino do Estado. No campo cultural, a ideia é promover concertos musicais acompanhados de aulas sobre o universo apresentado. “As duas instituições têm, na sociedade, um papel de mantenedoras da memória cultural e incentivadoras da renovação no campo das Letras e das Artes. O convênio entre ambas consolida a ponte entre nossas Casas”, destacou o presidente da Academia, Lúcio Varejão Neto. Devido ao período de isolamento social em combate à Covid-19, tem se exigido uma transformação na forma de se comunicar saberes. Por isso esta primeira ação em conjuntor entre as instituições será virtual. “Como se pode comprovar na agenda proposta, trata-se de um conjunto multidisciplinar que, tendo a literatura como ponto de partida e chegada, alcança também a música, as ciências sociais, a história. Consoante o propósito da Diretoria, externado no seu próprio nome, decidiu-se por comum acordo verbalizado, batizar-se esses encontros de Celebrações da Memória”, destacou o diretor da Dimeca da Fundaj, Mario Helio. Serviço: Celebrações da Memória Programação: 23 de setembro Carlos Pena Filho Palestra proferida pelo acadêmico Ângelo Monteiro. 30 de setembro Clarice Lispector Palestra proferida pela acadêmica Luzilá Gonçalves Ferreira. 7 de outubro A poesia de Joaquim Cardozo Palestra proferida pelo acadêmico José Mário Rodrigues. 21 de outubro João Cabral de Melo Neto, centenário de nascimento Palestra proferida pelo acadêmico Alvacir Raposo. Dia 28: Narrativas da memória Palestra proferida pelos acadêmicos José Luis da Motta Menezes e Lucilo Varejão. 4 de novembro Gilberto Freyre. Gastronomia Palestra proferida pela acadêmica Lectícia Cavalcanti. 11 de novembro Três homens chamados João e os 90 anos da Revolução de 30 Palestra proferida pela acadêmica Ana Maria César. 18 de novembro Lourenço Barbosa – Capiba Palestra/recital proferida pela acadêmica Elyana Caldas Silveira. Hora: 17h Plataforma: canal da Fundaj no YouTube

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Carrero acende a Luz Severa

*Por Paulo Caldas Oficina de Criação Literária Raimundo Carrero (trinta anos de atuação no Recife) é referência quando o tema se reporta à arte do bem escrever. Além do clima de harmonia que permeia entre os amantes das letras, a condução dos estudos é do próprio Raimundo Carrero, escritor de renome nacional e que guarda consigo a virtude de pesquisar nos escaninhos secretos as técnicas usadas por nomes consagrados da literatura mundial e ensiná-las com absoluto desvelo aos seus oficineiros. Conosco assim aconteceu. Durante dez anos consecutivos, guiados por Carrero, percorremos esses labirintos descobrindo nuances a cada passo. Neste momento, nos chega a chance de divulgar para a Algomais o lançamento de mais uma antologia da sua oficina, “Luz Severa (Contos de Oficina)”, obra composta por dezesseis escritores empenhados na aplicação das técnicas, das mais simples às sofisticadas da ficção, sintonizadas às tramas e enredos. Recomendar a leitura de livros com tal pedigree, gratifica quem os aprecia. Para o Mestre Carrero, cada edição da antologia de sua oficina de criação literária, “revela ou consolida alguns nomes que, seguramente, serão consagrados na literatura pernambucana, pela qualidade dos textos, destacando o empenho em criar personagens que dão vida às histórias e histórias não menos empolgantes”. Lançada em fevereiro último, a obra foi impressa com o selo da Editora Bagaço e pode ser adquirida no Centro Cultural Raimundo Carrero, na Avenida João de Barros, 1.468, sala 108, Espinheiro, Recife. *Paulo Caldas é escritor

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