Arquivos Cultura E História - Página 253 De 380 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Desfile das Bandeiras celebra as tradições juninas nesta sexta (28)

Nesta sexta (28), as bandeiras tomam conta das ruas do centro da cidade para o tradicional Desfile das Bandeiras Juninas, tradição das mais bonitas da liturgia de São João, que faz homenagem aos santos e brinquedos populares que compõem o ciclo festivo mais nordestino do ano. A iniciativa é da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife. Participam desta edição do desfile 12 bandeiras de agremiações e grupos culturais do Recife e de toda a Região Metropolitana do Recife. A concentração das bandeiras começa às 16h, ao lado da Igreja Madre de Deus. O cortejo, embalado pela Associação Musical 19 de Fevereiro, Mendes e sua Banda e Som Brasil Banda Show, seguirá, a partir das 17h, pela Rua da Moeda, Mariz e Barros e Rua do Apolo até chegar na Praça do Arsenal, onde as bandeiras serão recebidas pela Banda Junina Veneno. Encerrando a programação, o espetáculo Forró de PE transforma o desfile em arrasta pé. Origem – O desfile das Bandeiras Juninas foi criado em 1993, para manter vivas as manifestações populares típicas do ciclo junino. A inspiração vem principalmente do Acorda Povo, um desfile realizado em bairros do Grande Recife e adjacências que costumava acontecer na madrugada do dia 23 para o dia 24 de junho e tinha o intuito de acordar a população para brincar o São João. Forró de PE – A partir das 19h, forrozeiros de todas as regiões do estado se encontram na Praça do Arsenal, no espetáculo Forró de PE, para celebrar o forró em todos os seus sotaques. O espetáculo começa pela Região Metropolitana, que será representada pela Bandinha Junina Veneno e por Toinho do Baião, que perpetua o legado musical e até imagético de Luiz Gonzaga. Depois deles, a Mata Sul será celebrada pelo sanfoneiro do Cabo de Santo Agostinho Zequinha dos Oito Baixos, que soma quase 40 anos de pé de serra. A tradição forrozeira da Mata Norte subirá ao palco com o Forró de Matulão. O Agreste será cantado pelo Trio Lagoa Grande, do Sítio Mocotó, localizado na cidade de Surubim. Do Sertão e da fartura e fertilidade cultural daquele povo resiliente, Joquinha Gonzaga, sobrinho e também descendente artístico do Velho Lua, será o representante. Cada um desses artistas fará uma apresentação de 40 minutos, levando litoral e Sertão para se encontrar e arrastar pé no bairro portuário.

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Livro escala 11 artigos para discutir a relação entre as mulheres e o futebol

O ano é de Copa do Mundo de Futebol Feminino e no Brasil, dito “país do futebol”, ainda são inúmeras as lacunas quando o assunto é a mulher e o esporte de paixão nacional. Para contribuir com as reflexões sobre esse tema é que o e-book Elas e o futebol foi editado. A obra composta por 11 artigos, escritos por 17 mulheres de diferentes regiões do país, propõe um debate sobre o processo de rupturas e conquistas das mulheres no futebol. Organizada pelas professoras da Universidade Federal de Pernambuco, Cecília Almeida Rodrigues Lima e Soraya Barreto Januário e pela diretora de comunicação da ONG love.fútbol, Larissa Brainer, a publicação tem textos que falam sobre a cobertura da mídia, a história da mulher no futebol brasileiro, o perfil das torcedoras e ainda relatos de experiências escritos por jornalistas, pesquisadoras, jogadoras, torcedoras e dirigentes de ONGs que trabalham a temática. “Tratar desse tema é uma forma de contribuir para dar maior visibilidade à presença da mulher no esporte mais popular do Brasil. No dito país do futebol, as mulheres ainda carecem de mais possibilidades de acesso ao esporte, de mais valorização, de reconhecimento histórico, de representatividade, e de espaços físicos e simbólicos seguros, sem machismo”, destaca a professora da UFPE e uma das organizadoras do livro, Cecília Almeida Rodrigues Lima. As contribuições inseridas em Elas e o futebol foram divididas em duas seções. A primeira parte, recebe nome de “Defesa” e reúne pesquisas sobre a presença de mulheres no futebol e artigos que discutem o papel da mulher no futebol, como atleta ou torcedora. A segunda parte, o “Ataque”, traz os relatos de experiência de mulheres que de algum modo atuam na área esportiva, contribuindo ativamente para fomentar o debate sobre as desigualdades de gênero no esporte. A importância do tema pautado pelo e-book é evidente quando observamos que a oitava edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino, realizada este ano na França, será apenas a primeira a ter seus jogos transmitidos em televisão aberta no Brasil. Mesmo a Seleção Brasileira de Futebol Feminino sendo a melhor da América do Sul, e tendo Marta, nossa camisa 10, eleita por seis vezes a melhor jogadora do mundo e a jogadora com o maior número de gols em todas as edições desse torneio mundial. A jornalista, diretora da ONG love.fútbol e uma das organizadoras do e-book Elas e o futebol, Larissa Brainer enfatiza que “é fundamental questionar as razões das desigualdades históricas, analisar criticamente, e mostrar a importância de iniciativas e canais alternativos que fortalecem a presença feminina no futebol. Esperamos que abrindo mais frentes de valorização do trabalho de atletas, pesquisadoras, jornalistas e torcedoras, possamos avançar no diálogo com a sociedade para tornar o esporte preferido do Brasil mais inclusivo”. Distribuição gratuita – O e-book Elas e o futebol é editado pela Editora Xeroca! e tem Licença Creative Commons, que permite a distribuição gratuita de uma obra protegida por direitos autorais. A Editora Xeroca! foge da lógica do lucro, tendo como prioridade a circulação, o acesso e compromisso de publicar livros que possam promover o debate crítico sobre a sociedade, cultura, educação e comunicação, estimulando à leitura e à produção. Serviço – Elas e o futebol está disponível no site da editora: www.editoraxeroca.com.br . Perfil das organizadoras Cecília Almeida Rodrigues Lima – Professora do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco. Doutora em Comunicação Social. Pesquisa temas relacionados às áreas de mídias digitais, televisão, transmidiação e, mais recentemente, tem se interessado pelo estudo acadêmico dos esportes, uma paixão pessoal. Larissa Brainer – Diretora de Comunicação da ONG love.fútbol, onde coordena a ação de visibilidade para mulheres no futebol #JogaPraElas. É jornalista especializada em Jornalismo Digital e profissional de Comunicação com foco em organizações e projetos sociais. Soraya Barreto Januário – Doutora em Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, Portugal. Publicitária e professora do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da UFPE e do Departamento de Comunicação Social da UFPE. Pesquisadora em temáticas ligadas aos Estudos de Gênero e Mídia. Coordenadora do GT Comunicação e Gênero da Redor (Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher e Relações Gênero). Coordenadora do OBMÍDIA UFPE. Perfil da Editora: A Editora Xeroca! é fruto do coletivo COMjunto de comunicadores Sociais. Carrega consigo a principal bandeira levantada pelo coletivo: a Democratização da Comunicação. Possibilitando o compartilhamento de ideias, de pesquisas e de diversos pontos de vista através de publicações impressas e virtuais, com a linha editorial voltada para a desconstrução das relações opressoras da sociedade. Foge da lógica do lucro, tendo como prioridade a circulação e o acesso. A editora tem como missão publicar livros que possam promover o debate crítico sobre a sociedade, a cultura, a educação e a comunicação.

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Projeto Tengo Lengo Tengo promove Domingueira Sertaneja no Cais do Sertão

O projeto Tengo Lengo Tengo, que homenageia os 30 anos da morte de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, e do padre João Câncio, fundadores da Missa do Vaqueiro de Serrita, promove a primeira Domingueira Sertaneja, neste domingo (30). Iniciando às 16h, no Museu Cais do Sertão, com entrada gratuita, o evento inclui uma apresentação de Ronaldo Aboiador, figura permanente na celebração de Serrita que se tornou conhecido por seu aboio de fé. O artista possui um álbum dedicado ao aboio religioso, com faixas como “Terço dos Homens”, “Obrigado, Meu Senhor” e “Ofertório”. No domingo, das 18h às 19h, também acontece uma mesa de glosas, sessão de poesia oral feita de improviso, bastante tradicional e cultivada no Sertão. A glosa é exercida no dia a dia pelos poetas glosadores, de maneira informal, como uma brincadeira de roda com versos metrificados. Para essa brincadeira no Cais, foram convocados os poetas Adiel Luna, Allan Sales, Clécio Rimas, Edmilson Ferreira, João Filho e Maciel Correia. A apresentação promete divertir e emocionar o público, com motes que passam por temas como saudade, natureza, política e amor, mas que são mantidos em segredo, já que o improviso é a alma do negócio. A apresentação e coordenação da glosa fica a cargo de Marcos Passos, poeta declamador, apresentador, escritor e produtor cultural. “Costumo dizer que a mesa de glosa é uma cantoria de viola, sem a viola. Não há o compromisso da competição. Só a poesia. É lindo de ver o público vibrando a cada verso bem feito”, diz Marcos Passos. O projeto Tengo Lengo Tengo é uma promoção do Governo do Estado de Pernambuco, através da Empetur, Cais do Sertão e Cepe, com apoio da Janela Gestão de Projetos e da Fundação Padre João Câncio. Ainda dentro da programação, que acontece até o dia 27 de agosto, serão realizadas mesas-redondas com temas como “O Sertão pelas Lentes dos Fotógrafos”; “O Armorial e as Pedras do Reino” e “O Cangaço e Gênero”. Oficinas de zabumba, de costura do couro (incluindo uma versão para crianças), apresentações culturais sertanejas e leituras dramáticas também fazem parte do programa. Outro ponto de destaque do projeto é a realização da Cavalhada de São José do Belmonte no Recife, no dia 25 de agosto. Mais sobre os poetas Allan Sales – Natural do Crato, no Ceará, mas radicado no Recife, o músico, compositor e poeta se dedica ao cordel desde 1997, sendo autor de mais de 700 títulos sobre os mais variados assuntos, sendo os temas políticos e os de humor os seus preferidos. Atualmente apresenta no Recife o espetáculo “Interlocuções Poéticas e Musicais” em parceria com o poeta declamador Marlos Guedes. Adiel Luna – Poeta repentista, mestre de Baque Solto e coquista de roda. Em 2014, Adiel apresentou o programa Causos & Cantos, da Rede Globo. Na bagagem, a gravação dos CDs “Camará” e “Baionada”, além da conquista de vários prêmios, entre eles, o Internacional de Cultura Popular. Integrou ainda projetos como o Sonora Brasil e A Matinada. Fora do Brasil, também se apresentou no Karneval Kulturen, passando por palcos da Alemanha, Espanha e França. Clécio Rimas – Poeta, produtor musical e arte-educador, Rimas assina diversos trabalhos na área da poesia popular, mesas de glosas, oficinas de cordel, embolada, rap e música eletrônica. Em suas apresentações, oficinas, palestras e workshops, o poeta costuma se apropriar de elementos culturais metropolitanos ao mesmo tempo que reivindica sua origem interiorana do Sertão do Pajeú pernambucano para versos com uma mistura única. João Filho – Natural de São José do Egito, terra conhecida por respirar poesia, o poeta é sobrinho de um dos grandes repentistas da região, Zezé Lulu, por quem foi bastante influenciado poeticamente. Várias de suas poesias já foram publicadas em obras de outros poetas. Fez parte da comissão julgadora de diversos congressos de cantadores de viola, tendo participado de mesas de glosas em Olinda, Recife e São José do Egito. Marcos Passos – Poeta declamador, apresentador, escritor e produtor cultural, é natural de São José do Egito, filho de poeta e poetisa. É coautor e organizador de livros como “Nos Passos da Poesia”, “Nuances D’Alma”, “Amores Perfeitos na Beira do Mar”, “Zé Marcolino – Conversas Sem Protocolo”, entre outros. Tem também um CD de poesias declamadas intitulado “Marcos Passos nos Passos do Sertão”. Atualmente, mantém o projeto itinerante Cantos e Versos e um programa, de mesmo nome, na TV Universitária em parceria com o apresentador Tony Oliveira. Maciel Correia – Teve o interesse pela poesia popular, especificamente pela cantoria de viola, despertado ainda quando criança, enquanto assistia desafios travados por Ismael Pereira e Zé Feitosa, seus ídolos de infância. Integrou várias comissões julgadoras em Festivais de Cantadores, como o Congresso de Cantadores do Recife. Tem participação em obras de outros poetas, como no livro “Antologia Poética Retratos do Sertão”. Edmilson Ferreira – Repentista profissional, tem publicações suas em livros e revistas acadêmicas. No currículo, aproximadamente 300 primeiros lugares em festivais de repentistas por todo o Brasil e 30 CDs e 18 DVDs no mercado. Ferreira se apresentou no lançamento da novela Cordel Encantado, da Rede Globo, além de participar com apresentações de poesias de movimentos sociais, via sindicatos, ONGs e associações Em 2005 fez uma turnê francesa para a gravação de um documentário sobre suas apresentações e uma pesquisa sobre a relação da arte dos Trovadores da Península Ibérica e dos cantadores do Nordeste do Brasil. Serviço – Domingueira Sertaneja Onde: Centro Cultural Cais do Sertão (Armazém 10, Av. Alfredo Lisboa, s/n – Recife) Quando: Domingo, 30 de junho Horário: A partir das 16h Atrações: Ronaldo Aboiador e banda e mesa de glosa com Adiel Luna, Allan Sales, Clécio Rimas, Edmilson Ferreira, João Filho e Maciel Correia Entrada gratuita

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MAMAM recebe exposição da artista Adriana Varejão

“Adriana Varejão – Por uma retórica canibal” é o título da exposição que o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) recebe a partir desta sexta (28), com evento de abertura às 19h. A mostra tem curadoria de Luisa Duarte e reúne 25 obras dos mais de 30 anos de trajetória da artista visual carioca. A visitação aberta e gratuita ao público começa neste sábado (29) e vai até 8 de setembro. O título da exposição faz referência ao vínculo da obra de Adriana Varejão com a tradição barroca. A retórica é uma estratégia recorrente do barroco, sendo um procedimento que busca a persuasão. Se o método rendeu obras e discursos suntuosos e exuberantes, a favor da narrativa cristã e do projeto de colonização europeu, a retórica canibal, ao contrário, se apresenta como um contraprograma, uma contracatequese, uma contraconquista. Trata-se de uma ruptura com as formas ocidentais modernas de pensamento e ação, em busca dos saberes locais, como o legado da antropofagia. Saem de cena o ouro e os anjos (tão presentes em igrejas barrocas no Recife e em Salvador), entram em cena a carne e toda uma cultura marcada por uma miscigenação por vezes violenta. Influência pernambucana “Desde os anos 1980, quando comecei a pintar e pesquisar sobre o barroco, tomei como referência várias igrejas do Recife. Algumas imagens sempre permaneceram dentro de mim e as carrego até hoje, como o altar da Basílica de Nossa Senhora do Carmo, a azulejaria do Convento de Santo Antônio, ou mesmo o teto da Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares. Todo esse repertório me ajudou a moldar minha linguagem”, revela Adriana Varejão. De acordo com ela, outra lembrança marcante da passagem por Pernambuco foi uma visita à Feira de Caruaru. “Lá me deparei com as carnes de charque dobradas e cortadas em nacos, com sua superfície marmoreada. A partir daí, iniciei a série das Ruínas de Charque, que tenho desenvolvido até hoje. Esses e outros exemplos reiteram a minha emoção de estar realizando esta primeira individual no Recife, tão perto de algumas importantes referências”, conta a artista. A exposição “Adriana Varejão – Por uma retórica canibal” faz parte de um projeto que pretende descentralizar o acesso à criação da artista, realizada entre 1992 e 2018. Trata-se de um conjunto significativo de sua produção, que inclui trabalhos seminais como Mapa de Lopo Homem II (1992-2004), Quadro Ferido (1992) e Proposta para uma Catequese, em suas Partes I e II (1993). A mostra vai ocupar todas as salas do MAMAM, equipamento cultural mantido pela Prefeitura do Recife. No andar térreo, o público poderá ver a instalação em vídeo Transbarroco (2014). Nos demais andares, as outras obras serão dispostas junto com um conjunto de textos curtos, que descrevem e contextualizam cada uma delas, funcionando como ferramenta de mediação com o visitante. SERVIÇO Adriana Varejão – Por uma retórica canibal Abertura: 28 de junho de 2019 (sexta-feira), 19h às 22h. Visitação: 29 de junho a 8 de setembro de 2019. Terça a sexta, 12 às 18h. Sábados e domingos, 13 às 17h Onde: Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães / MAMAM Rua da Aurora, 265. Informações: (81) 3355-6870 Quanto: Gratuito Classificação indicativa: Livre

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Curso sobre etnoarte africana na Galeria Arte Plural

A Galeria Arte Plural promove o curso “A Estética do Sagrado: etnoarte de matriz africana”, ministrada pelo antropólogo Raul Lody, especialista em culturas africanas e de matriz africana no Brasil, e com larga experiência em pesquisas dos povos africanos; autor de vasta publicação na área; e, curador de várias exposições sobre o tema. A estética, na sua dimensão sagrada, pode ser entendida de diferentes maneiras integradas à memória ancestral e na interpretação da natureza por meio de representações simbólicas, que aproximam as pessoas dos seus deuses e mitos. O curso “A Estética do Sagrado” apresenta a diversidade de manifestações artesanais e artísticas que fazem parte da produção material afrodescendente no Brasil, e como seu consumo está integrado à vida do brasileiro. Ainda, apresenta as muitas expressões visuais que fazem parte desse rico acervo patrimonial das matrizes africanas em repertórios exemplificados nas máscaras, nas comidas, nas esculturas, nos instrumentos musicais; nas indumentárias; nos adornos corporais, nos utensílios, entre outras manifestações de usos episódico e cotidiano.

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7 jardins do Recife antigamente

Entrando no clima de férias, a coluna hoje faz um passeio por antigos jardins do Recife. Desde os maiores (Jardim Botânico do Recife e do Jardim Botânico do Horto de Dois Irmãos) até outros menores e hoje quase inexistentes na cidade. O jardim da Rua do Hospício e do Espírito Santo são quase que irreconhecíveis. Clique nas fotos para ampliar. . Jardim Botânico do Recife (Biblioteca do IBGE) O Jardim Botânico do Recife (JBR) foi criado no ano de 1960, a partir da reformulação do Parque Zoobotânico do Curado, que fazia parte da Mata do antigo Instituto de Pesquisa Agropecuária do Nordeste (Ipeane). . Jardim do Derby (Acervo Josebias Bandeira/Villa Digital) . Jardim do Palácio do Campo das Princesas . Jardim do Parque Treze de Maio (Acervo Josebias Bandeira/Villa Digital) . Jardim Botânico do Horto de Dois Irmãos (Biblioteca do IBGE) . Jardim do Espírito Santo (Acervo Josebias Bandeira/Villa Digital) . Jardim da Rua do Hospício . *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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Caminhada do Forró e Festa do Fogo na programação junina desta quinta-feira (27)

A quinta-feira (27) será de celebração às tradições juninas de matriz africana e de muito forró no Recife. Adiada em função das chuvas, a Caminhada do Forró fará uma celebração volante e muito animada ao ritmo que é candidato a Patrimônio Imaterial Cultural do Brasil pelas ruas do Recife Antigo, com destino à Praça do Arsenal. No Pátio de São Pedro, a festa será para o orixá Xangô. Em sua 15ª edição, a Caminhada do Forró vai homenagear a figura do sanfoneiro – ícone da música nordestina. A concentração começa às 17h, na Rua da Moeda, com muita música para ir esquentando os corações forrozeiros. Às 19h, o grupo de sanfoneiros inicia o cortejo. A famosa Frevioca – uma das marcas do Carnaval do Recife – muda a fantasia, transforma-se em Forrovioca e segue tocando grandes clássicos dos mestres Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Dominguinhos, nossa tradição junina, com o auxílio vocal do cantor Ed Carlos. A Caminhada do Forró passeia pelas ruas Mariz de Barros, Rio Branco, Bom Jesus até chegar à Praça do Arsenal. No palco, às 20h, haverá um sexteto sanfônico formado por Cezzinha, Terezinha do Acordeon, Luizinho de Serra, Nenén Oliveira, Zé Bicudo e Derico Alves. Os instrumentistas interpretam juntos as músicas “Escadaria”, “Feira de Mangaio”, “Milonga” e “Vida de Viajante”, celebrando a figura icônica do sanfoneiro. O forró continua com apresentações de Petrúcio Amorim, Josildo Sá, André Macambira, Rogério Rangel, Nadia Maia, Andreza Formiga, Irah Caldeira, Pecinho Amorim e Edi Carlos. Também voltam ao palco em apresentação solo: Cezzinha, Luizinho de Serra, Terezinha do Acordeon, Derico Alves e Zé Bicudo. A Caminhada do Forró é uma realização da Acontecer Projetos Culturais e tem patrocínio da Prefeitura do Recife e do Governo de Pernambuco. Festa do Fogo – No Pátio de São Pedro, a festa começa a partir das 19h. Grande celebração ao Orixá Xangô, divindade do Trovão e da Justiça, que corresponde a São João no sincretismo religioso do Nordeste, a Festa do Fogo integra o Ciclo Junino do Recife. É realizada pela Caminhada dos Terreiros de Pernambuco, com o apoio da Prefeitura do Recife. O fogo, elemento principal de Xangô, é reverenciado na festa. Como parte da cerimônia, os devotos dançam ao redor de uma grande fogueira, exaltando seu o rei com cânticos. Participam também da cerimônia os afoxés Alafin Oyó e Omó Obá Dê. A programação contará ainda com a Feira Quilombar, de arte negra. A festa, que, assim como a 13ª Exposição da Culinária Afro-Brasileira, realizada no último dia 20, no Sítio Trindade, promove o respeito e a solidariedade entre devotos e brincantes das mais variadas tradições, de diferentes matrizes, é aberta ao público. Confira a programação desta quinta (27): Festa do Fogo 2019 18h – Concentração 19h – Início do ṢIRÈ 21h – Roda de ṢÀNGÓ 22h – Encerramento do ṢIRÈ 22h10 – Chegada do Cortejo do Afoxé Alafin Oyó, padrinho dos Afoxés Ọmọ Obá Dê e Obá Ìrókò. 23h – Encerramento da FESTA DO FOGO 2019 Caminhada do Forró Concentração Rua da Moeda – 17h Saída para Praça do Arsenal – 19h (Forrovioca/sanfoneiros) Início shows Palco Praça do Arsenal – 20h

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Em “Divino Amor”, Gabriel Mascaro constrói um Brasil futurista

Houldine Nascimento A carreira do diretor pernambucano Gabriel Mascaro é bastante prolífica: com apenas 35 anos, já assinou nove filmes, entre curtas e longas documentais e ficcionais. Seu mais novo trabalho, “Divino Amor”, chega ao circuito comercial nesta quinta-feira (27). No começo deste ano, a coprodução entre o Brasil e mais cinco países passou por festivais importantes, como Sundance e Berlim, e arrancou elogios da imprensa internacional. Com elementos de ficção científica, Mascaro realiza um exercício de imaginação sobre o Brasil. A trama se passa em 2027 e o país, ainda descrito como laico, é dominado pela visão de mundo evangélica. Joana (Dira Paes) é escrivã de cartório. Muito apegada à sua fé cristã, enquanto recebe casais em litígio, tenta dissuadi-los da ideia e atua para a reconciliação de vários deles, convidando-os para um culto. Casada com o florista Danilo (Julio Machado), Joana busca de diversas formas ter um filho e, assim, fortalecer seu casamento. Para isso, utiliza expedientes que ajudam na sua fertilidade e na do companheiro. Um deles é a troca de experiências com outros casais em crise, com base em rituais religiosos e carnais. Essa tentativa inicialmente fracassada provoca dilemas sobre a sua crença. Ao agir para a manutenção de casamentos e não ser “recompensada” com a dádiva de maternidade, a protagonista passa a questionar a relação com Deus. Em determinadas cenas, Mascaro aposta na sensualidade dos personagens, embora o sexo seja visto como algo sublime. Essa construção feita pelo diretor, imbuída de erotismo ao retratar um segmento religioso com hábitos conservadores, salta aos olhos do espectador e promete suscitar fortes reações a respeito. Os caminhos adotados pela narrativa, no entanto, condizem com o cinema de Gabriel, notabilizado pela audácia. Nesses momentos há um balé de corpos em consonância com o que já foi visto em seus outros trabalhos ficcionais, “Ventos de Agosto” e “Boi Neon”. É interessante observar os detalhes empregados pelo realizador na trama. É um futuro extremamente informatizado, com situações curiosas, como a presença de um drive-thru de oração, ao qual a protagonista recorre com frequência, e de raves cristãs, aqui chamadas de “festa do amor supremo”. A burocracia também é observada sob essa perspectiva não convencional. A história é guiada por uma narração em off que se justifica ao final. Para construir este universo peculiar, Gabriel Mascaro repete a parceria com o diretor de fotografia mexicano Diego Garcia e aposta novamente num tom neon, além da prevalência de uma trilha sonora eletrônica. Ele usa um famoso episódio bíblico e traça um paralelo com a crença protestante no retorno de Jesus Cristo, visto como o Messias. Apesar de “Divino Amor” ser anunciado como um filme futurista, o enredo conserva semelhanças com o momento por que passa o Brasil. O protestantismo é a religião que mais cresce no país, conforme Mascaro aponta através de suas lentes, em razão da grande organização política dentro dessa denominação. A ascensão contínua dos evangélicos, que representam mais de 22% da população brasileira, de acordo com o último censo, realizado em 2010 (um número hoje maior, a ser detectado no próximo levantamento), está atrelada a isso e à forte presença desse segmento em áreas em que o Estado está ausente, caso notório das periferias. Nesse sentido, é muito pertinente que o audiovisual lance um olhar mais agudo sobre o protestantismo, como “Divino Amor” se propõe, mesmo ao fazê-lo de maneira fantasiosa. Assim, destoa de produções anteriores, que chegaram a abordar essa religião sem a profundidade merecida.

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André Rio anima o São Pedro do Taca Mais Música nesta quinta-feira 27 de junho

A animação dos festejos juninos no Recife ainda não acabou. Nesta quinta-feira (27 de junho), quase véspera de São Pedro, o cantor André Rio faz um grande show no rooftop do Shopping Tacaruna, encerrando a programação junina do projeto Taca Mais Música. O artista vai apresentar as músicas do disco “Forró na Estrada”, gravado há dez anos, e disponibilizado, recentemente, nas plataformas digitais. O repertório traz canções de grandes artistas como Dominguinhos, Zé Dantas, Luiz Gonzaga, Gilberto Gil e Alceu Valença. O Taca Mais Música é um projeto que oferece shows gratuitos todas as quintas-feiras, às 19 horas, no rooftop do Shopping Tacaruna. Serviço: André Rio no Shopping Tacaruna Nesta quinta-feira (27 de junho), às 19h Rooftop do Tacaruna Entrada gratuita

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Banda Sinfônica do Recife celebra centenário de Jackson do Pandeiro

Ele nasceu no dia 31 de agosto de 1919, em Alagoa Grande (PB). Por conta de sua notável destreza vocal no trato com divisões rítmicas de xotes, cocos, emboladas, baiãos, sambas e outros sons, ganhou o título de “rei do ritmo”. Os 100 anos de Jackson do Pandeiro recebem homenagem da Banda Sinfônica do Recife, nesta quarta (26), às 20h, no Teatro de Santa Isabel, centenária casa de espetáculos mantida pela Prefeitura do Recife. O medley em celebração ao artista nordestino tem participação especial do cantor Josildo Sá. O espetáculo é gratuito, com distribuição de ingressos iniciada uma hora antes, na bilheteria do teatro. “Para mim, Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga são os dois maiores ícones da música nordestina. Como era um grande percussionista, Jackson trouxe para o canto uma habilidade com a divisão rítmica, realmente, muito original. Essa maneira de cantar, de dividir, nenhum cantor fez ou faz como ele”, exalta Nenéu Liberalquino, regente da Banda Sinfônica. Além da “Homenagem a Jackson do Pandeiro”, o programa preparado pelo maestro Nenéu contempla outros clássicos da música brasileira e internacional. O concerto abre com a intensa e dramática “Galop”, do russo Dmitri Shostakovich, para em seguida enveredar pela beleza da “Ária das Bachianas Brasileiras n. 5”, de Heitor Villa-Lobos. Criada pelo pianista e compositor paraibano Geraldo Medeiros, a obra “Côco ta-ra-ta-tá” prepara o clima para celebração à memória de José Gomes Filho, o Jackson do Pandeiro. O medley arranjado por Nilson Lopes é composto pelas músicas “O canto da ema”, “Sebastiana”, “Cabeça feita” e na “Base da chinela”. Com mais de 20 anos de carreira e tarimbado na arte do canto em ritmos quebrados – como o samba de latada – o cantor Josildo Sá sobe ao palco do Santa Isabel e se integra ao conjunto musical nessa homenagem a Jackson. Para encerrar a noite, a Banda Sinfônica do Recife interpreta “Tarantella”, grande clássico da cultura italiana, e “Pilatus: Mountain Of Dragons”, de Steve Reineke – composição carregada de momentos climáticos, que lembra grandes trilhas sonoras de filmes.

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