Arquivos Cultura E História - Página 264 De 375 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Tomaz Viana reúne trabalhos inéditos em exposição na Caixa Cultural Recife

Um dos principais nomes da arte urbana, Tomaz Viana, o Toz, criou, em 2010, o personagem que se tornaria um dos mais significativos entre suas obras: Insonia, uma entidade noturna e onipresente. Essa figura mítica, inspirada nas forças da natureza, ganha novos contornos e uma cultura própria na exposição individual TOZ - Cultura Insônia, que fica em cartaz na CAIXA Cultural Recife de 20 de dezembro de 2018 a 17 de fevereiro de 2019. A abertura da exposição contará com a presença do artista. Na ocasião se dará o lançamento do catálogo e visita guiada junto ao público. A mostra apresenta trabalhos – alguns deles inéditos – que revelam os integrantes dessa civilização imaginária, inaugurada por Insonia, e suas influências, o desenvolvimento de sua cultura, a relação com sua história, sua genealogia e o vínculo com novas raízes. O público poderá conferir quatro telas e 18 esculturas de materiais diversos, intervenções no espaço expográfico repleto de manequins com pinturas e figurinos especialmente criados pelo artista e sua equipe, além de duas instalações, sendo uma delas interativa. Para essa exposição no Recife, o artista criou, exclusivamente, um conjunto de esculturas que intitulou “Herança cósmica”. Inédita, esta série foi pensada com dois intuitos: demonstrar a resistência da Cultura Insonia e sua travessia no tempo, desde as primeiras civilizações, e homenagear a própria construção arquitetônica da Galeria 1 da Caixa Cultural, de estilo neoclássico e integrada a um sítio arqueológico, propondo um diálogo atemporal e um tributo à herança ancestral de todos os povos. “Meu objetivo com essa exposição é provocar reações. Acho que a arte tem que cumprir esse papel. Ela deve causar qualquer tipo de reação, seja de carinho, de amor, de raiva, e também propor uma reflexão”, afirma Toz. Na tentativa de construir um elo entre presente e passado, a mostra vai abordar questões atuais como tolerância, diversidade, desigualdade e, também, pertencimento, sincretismo, ressignificação, afetividade, memória e ancestralidade. Em exposições anteriores, o artista retratou as origens do personagem e do Povo Insonia, partindo do indivíduo para, então, explorar sua genealogia e a fundação das suas memórias. Nessa nova mostra, Toz retrata o processo natural de outras descobertas em torno da diversidade desse povo. Ele preenche suas obras com a história dessa civilização imaginária e a natureza que a cerca, ao passo que evidencia sua cultura e miscigenação, atravessadas pelas questões sobre territorialidade e ciclos migratórios. Serviço: Exposição Toz - Cultura Insônia Local: CAIXA Cultural Recife – Av. Alfredo Lisboa, 505, Praça do Marco Zero, Bairro do Recife Abertura: 20 de dezembro 2018 (quinta-feira), às 18h Visitação: 21 de dezembro de 2018 a 17 de fevereiro de 2019 Horário: terça-feira a sábado, das 10h às 20h | domingo, das 10h às 17h Entrada Franca Classificação indicativa: livre para todos os públicos Acesso para pessoas com deficiência Informações: (81) 3425-1915 Patrocínio: CAIXA e Governo Federal

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Professor e ex-preso político lança, nesta terça-feira (27), o livro Memórias da Resistência

O professor universitário, economista e pernambucano, Paulo Pontes, vai lançar, nesta terça-feira (27), às 18h, na Torre Malakof – Praça do Arsenal, o seu livro Memórias da Resistência, que conta trágicas histórias sobre o período da Ditadura Militar. Nascido em 1945, no município de São Caetano, no agreste de Pernambuco, Paulo vem com a família para o Recife, envolve-se e se destaca no movimento estudantil nas fileiras do PCB, como aluno do Colégio Estadual de Pernambuco e integrante do Clube Literário Monteiro Lobato. Preso, libertado por habeas-corpus e condenado a seis meses de prisão em 1968, recusa-se a cumprir a pena e entra na clandestinidade, deslocando-se para Natal, já então nas fileiras do PCBR, fruto de uma dissidência do PCB. Fugindo da repressão política, chega à Bahia, atuando na organização partidária e na frente armada. Em 1970, é preso na rua com Theodomiro Romeiro dos Santos, rio-grandense-do-norte e também militante do PCBR. Por ocasião da prisão, é morto um sargento da aeronáutica, gerando-se o primeiro processo no Brasil com enquadramento na pena de morte, segundo a Lei de Segurança Nacional imposta depois do Ato institucional Nº 5. Theodomiro é inicialmente condenado à morte e Paulo à prisão perpétua, além de mais cinco outros processos em Pernambuco e no Rio Grande do norte. O relato trata das lutas do movimento estudantil em 1968, da guerrilha urbana, das torturas, dos nove anos de prisão na Penitenciária Lemos de Brito, da estrutura do Coletivo de presos políticos, das reivindicações, das greves de fome, do assassinato sob tortura da sua esposa, Lourdes Wanderlei. E envolve o esforço para a reorganização da vida profissional e pessoal, com o exame vestibular, o início do curso de economia, o segundo casamento e a paternidade, ainda na condição de preso político. Libertado no processo de abertura política, Paulo Pontes integra-se à luta pela anistia e à construção do Partido dos Trabalhadores. Nos governos de Jaques Wagner e Rui Costa, ocupa cargos de direção junto à secretaria de Educação. Sempre atuando nas campanhas eleitorais e nos debates internos do PT, com a marca da crítica contundente ao afastamento das ideias fundadoras, defendendo a coerência programática, a democracia interna e a intransigência ética. Aposentando-se como professor aos 67 anos, em 2012, Paulo Pontes desliga-se da sua função na Secretaria de Educação da Bahia em 2016 para tratar de um câncer. Em 2017 começa a escrever suas memórias. DESTAQUES - Lançamento do livro Memórias da Resistência na Ditadura e Depois – Recife|Natal|Salvador, de Paulo Pontes. Terça-feira 27 de novembro, a partir das 18 hs, na Torre Malakof, Praça do Arsenal da Marinha, Recife Antigo - - Custo: R$ 40,00 - Contato: Paulo Pontes - 71 99957-3172 (WathsApp)

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Jornalista Wagner G. Barreira lança Lampião & Maria Bonita em Olinda

Em Lampião & Maria Bonita, Barreira apresenta a biografia de um dos casais mais emblemáticos da história do Brasil e informações detalhadas de cada um dos personagens. O autor realizou uma pesquisa minuciosa no nordeste, incluindo diversas entrevistas, entre elas uma com a neta do casal e com outros biógrafos de Lampião e Maria Bonita. O livro ainda traz curiosidades e reconstrói algumas das cenas mais simbólicas da época, como o assassinato do casal e membros do bando. Uma das principais entrevistas, publicada no jornal O Ceará, e realizada pelo médico Octacílio Macedo, descreve Lampião como “um homem calmo e decidido e que falava sem se perturbar, pesando as palavras”. Macedo afirma que, durante a conversa, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, atirava moedas pela janela para as crianças na rua e dizia que seu método era baseado em pedir dinheiro aos ricos e tomar à força dos que lhe negavam auxílio, mas que não era um homem de posses. O livro retrata os momentos mais importantes e lendários vividos pelo Rei do Cangaço e pelo casal. Wagner dedica dois capítulos do livro à história de Maria Bonita, incluindo impressões que coletou em suas pesquisas pelo nordeste e em relatos de outros jornalistas. A relação da companheira de Lampião com as outras cangaceiras e cangaceiros, sua personalidade única, versões distintas sobre a origem de seu apelido – que divide os pesquisadores do cangaço – são alguns dos temas explorados na obra. Considerada ficção coletiva, a saga de Lampião é contada há quase um século por autores e narradores que não raro moldam a História às suas necessidades, convicções e ambições. Há variações nos perfis retratados, “que vai do herói sertanejo que combateu as desigualdades, passa pelo homem de negócios que transformou o cangaço em meio de vida, e chega ao assassino sanguinário, ao bandido sem escrúpulos”. Todas estas maneiras justas e possíveis de falar da complexidade de um sujeito que foi tudo isso e muito mais.

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8 fotos antigas do Aeroporto do Recife

Um dos melhores avaliados do País em todas as pesquisas de satisfação dos passageiros, o Aeroporto dos Guararapes Gilberto Freyre tem uma longa história no transporte aéreo brasileiro. Selecionamos 8 imagens do antigo terminal, com destaque para algumas imagens com o ex-presidente Juscelino Kubitschek no final dos anos 50. Algumas imagens são do IBGE e a maioria é da própria Infraero. Em meados dos anos 20/30 do Século XX, a cidade do Recife era servida apenas por hidroaviões que pousavam entre a bacia do Pina (foz do rio Tejipió) e o Cais de Santa Rita. Contudo, não existe uma data precisa em que se construiu o aeroporto no bairro do Ibura. Durante a criação da Base Aérea do Recife (Barf) no ano de 1941, o aeroporto já estava funcionando na localidade, sob o nome de “Campo do Ibura”. O nome oficial foi dado em 02 de julho de 1948, quando o então presidente Eurico Gaspar Dutra assinou o decreto 25.170-A, transformando o Aeroporto de Recife, localizado no Campo de Ibura, em Aeroporto Guararapes. A nomenclatura do aeroporto foi novamente alterada em 27 de dezembro de 2001, pela Lei nº 10.361, que instituiu a denominação de Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre, em homenagem ao sociólogo, antropólogo, historiador, escritor e pintor pernambucano conhecido internacionalmente. Entre os acontecimentos que marcaram o terminal estão os desembarques do Papa João Paulo II, do grupo Menudo e da seleção Tetra Campeã Mundial de 1994 ao Recife. Foto do antigo terminal, sem data definida Duas imagens de Juscelino Kubitschek no terminal em 1958 Foto histórica do desembarque de passageiros no Recife Lado externo do Terminal de Passageiros, em 1958   Escada interna e acesso à área panorâmica do terminal Ampliação do Terminal em 1982 Imagem do antigo terminal

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O espetáculo infantojuvenil “A Gaiola” faz duas apresentações no Recife

Idealizado e dirigido por Duda Maia, diretora carioca que iniciou seus estudos em dança no Recife, onde viveu dos 4 aos 18 anos, o premiado espetáculo musical infantojuvenil “A Gaiola” faz duas apresentações no Teatro de Santa Isabel, localizado no centro do Recife, nos dias 24 e 25 de novembro (sábado e domingo), às 16h30, com ingressos acessíveis que custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada).  Sucesso de público e de crítica, “A Gaiola” é uma adaptação do livro homônimo escrito por Adriana Falcão e indicado ao Prêmio Jabuti em 2014. A dramaturgia do espetáculo foi criada pela própria autora em parceria com o ator e dramaturgo Eduardo Rios. A peça tem direção musical de Ricco Viana, assistência de direção de Fábio Enriquez, figurino de Flávio Souza e cenário do artista plástico João Modé. Encenada pelos atores-cantores, Carol Futuro e Pablo Áscoli, o espetáculo conta a história de amor, amizade e liberdade entre uma menina e um passarinho. No palco, as personagens iniciam uma história de amor quando o passarinho cai ferido na varanda da casa da garota, que se dedica a cuidar dele. À medida que vão convivendo, eles se apaixonam. O passarinho fica curado, mas, na hora da despedida, ele pede para que a menina o aprisione em uma gaiola. Um dia, a menina flagra o passarinho na gaiola, encantado com o mundo lá fora. A partir daí eles aprendem que a tentativa de prender o amor pode ser inútil. O musical “A Gaiola” deu início à trilogia “Três Histórias de Amor para Criança”, em 2016. No início deste ano, Duda Maia estreou o segundo espetáculo musical da trilogia, “Contos Partidos de Amor”. Entre 2016 e 2017, “A Gaiola” fez turnê por Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, além de apresentações São José da Barra e Uberlândia, em Minas Gerais. O espetáculo também fez turnê internacional na África e em Portugal. A peça foi a grande vencedora dos principais prêmios de teatro infantojuvenil de 2016: Prêmio de Teatro CBTIJ (sete categorias), 5º Prêmio Botequim Cultural (cinco categorias) e Prêmio Zilka Sallaberry (três categorias). Duda Maia – Formada pela Escola de Dança Angel Vianna, no Rio de Janeiro, a diretora trabalhou com Guel Arraes, Aderbal Freire-Filho, João Falcão, Daniel Herz, Paulo José entre outros diretores. Ganhou o prêmio Zilka Sallaberry, de melhor direção, em 2012, com o espetáculo infantil “Uma Peça Como Eu Gosto”. Em 2014, fez a direção do espetáculo “Fala Comigo Como a Chuva e me Deixa Ouvir”, que recebeu a indicação de melhor direção do prêmio Cesgranrio do ano. Em 2016, Duda ganhou os prêmios Botequim Cultural, Shell e o Cesgranrio pela direção do espetáculo musical “Auê”. Ganhou o prêmio de Melhor Direção por Contos Partidos de Amor, Prêmio Zilka Salaberry desse ano. Adriana Falcão – É escritora e roteirista carioca, mas morou no Recife desde que tinha 11 anos. Retornou ao Rio em 1995, onde criou roteiros para programas de TV como “A Comédia da Vida Privada” e “A Grande Família”. No cinema, assinou o roteiro dos filmes “O Auto da Compadecida”, “Fica Comigo Essa Noite”, “Mulher Invisível” e “Se Eu Fosse Você 1 e 2”. No teatro, é responsável pelos roteiros dos espetáculos “A Vida em Rosa”, “Tarja Preta” e “Ideia Fixa”. FURNAS -  Empresa   brasileira   que   apoia, patrocina   e   promove múltiplas  manifestações,  cujo  foco  contribua  para  construção da  identidade cultural   brasileira,   valorização   da   cultura   popular   e   inclusão   social, regionalização   e   interiorização   da   cultura,   através   do   reconhecimento   e   da valorização  da  cultura,  que    são  fundamentais  para  o  desenvolvimento  dos povos em um sentido amplo. Dessa forma, a cultura se junta aos temas sociais e ambientais   para   formar   pilares   básicos   e   dar   significado   mais   efetivo   e abrangente a uma nova noção de desenvolvimento e sustentabilidade.

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“O Grande Circo Místico”: Cacá Diegues decepciona em retorno ao cinema após hiato 12 anos

*Houldine Nascimento A fria recepção no Festival de Cannes, em maio deste ano, quando foi exibido fora de competição, já era um indicativo sobre o resultado de "O Grande Circo Místico", novo filme de Cacá Diegues, que retorna ao cinema após hiato de 12 anos. Para construir a produção escolhida pelo Brasil para lutar por uma vaga no Oscar em 2019, ele toma como ponto de partida o poema homônimo de seu conterrâneo, o alagoano Jorge de Lima. Os personagens do texto que lhe serviu de base estão ali. A trama perpassa por cinco gerações da família Knieps, dedicada ao circo. Cacá Diegues vai numa direção contrária do que se espera de um filme com o universo circense como fio condutor. A magia e o encantamento dão lugar à melancolia e à degradação do ser humano em diversos níveis. Não por acaso, o centenário circo que integra a história vai esvaziando com o passar do tempo e, na mesma proporção, o filme perde força. O desfecho sem propósito sacramenta o desapontamento causado pelas opções que a direção toma e abre espaço para suscitar acusações de machismo. Uma das cenas exibe por quase cinco minutos uma dupla feminina nua em diversos ângulos. É como se Cacá, tão – e merecidamente – festejado no audiovisual brasileiro, estivesse preso a ideias dos anos 1980, anacrônicas portanto. Se serve de consolo, os pontos altos estão na fotografia de Gustavo Habda e na música, esta assinada por Chico Buarque e Edu Lobo. A história, inclusive, já tinha sido musicada pela dupla em um balé bem sucedido de 1983. Vários temas acabam ganhando uma releitura neste longa, que, sem dúvida, é o melhor trabalho de Cacá quanto à estética. Também há alguns personagens que chamam atenção, como a Agnes/Beatriz de Bruna Linzmeyer e a sofrida Margarete de Mariana Ximenes. As duas atrizes entregam boas interpretações. Mas outros atores entram e saem sem deixar marcas, revelando deficiências do roteiro e da própria direção. A situação mais gritante é a do português Nuno Lopes, que mal tem uma fala. O elenco ainda reúne nomes como Juliano Cazarré, Antônio Fagundes e Jesuíta Barbosa, o qual encarna Celavi, figura-chave e responsável por conduzir a narrativa. O caso de Diegues é semelhante ao que acometeu Arnaldo Jabor em "A Suprema Felicidade" (2010), quando o diretor carioca de sucessos como "Toda Nudez será Castigada" e "Tudo Bem" voltou a realizar longas depois de parar por 24 anos. A extensa pausa contribuiu para que ambos "perdessem a mão". Uma pena porque "O Grande Circo Místico" era um dos projetos mais ambiciosos de Cacá. Com isso, o Brasil deve ficar (com justiça) mais um ano fora da disputa pelo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. *Houldine Nascimento é jornalista **Visto como cortesia no UCI Kinoplex Shopping Recife em 20 de novembro de 2018  

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Pátio de São Pedro recebe Terça Negra especial neste Dia da Consciência Negra (20)

Tradicionalmente realizada pelo Movimento Negro Unificado, com apoio da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura, da Fundação de Cultura Cidade do Recife e do Núcleo da Cultura Afro-brasileira, a Terça Negra está sendo realizada em quatro edições neste mês de novembro, e não apenas uma vez no mês como de costume. Amanhã (20), Dia da Consciência Negra, as celebrações no Pátio de São Pedro terão início ainda pela manhã e só serão encerradas a noite. Na programação: Feira Afroempreendedora, serviços de saúde, oficinas e shows. Promovendo um verdadeiro desfile de tradições e celebrações de matriz africana, a programação de amanhã será concebida com a participação das secretarias de Turismo, Esportes e Lazer e de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos. De manhã, a partir das 9h, o Pátio de São Pedro recebe a Feira Afroempreendedora, além de serviços de saúde, como distribuição de preservativos, aferição de pressão e glicemia, vacinação, teste rápido de sífilis, hepatite e HIV, Reiki e auriculoterapia. Às 9h e às 10h, vai ter oficina de dança afro e de contação de história. Das 11h20 às 12h e das 14h às 15h, o microfone estará aberto para o público presente. Às 15h, uma roda de diálogo sobre o papel do hip hop no fortalecimento da identidade da população negra reunirá Zé Brown e Jouse Barata. Na Casa do Carnaval, às 14h30, será ministrada a oficina Juventude Participa. Mais cedo, às 14h, haverá exibição de filmes no Memorial Chico Science. E, às 15h, no Núcleo Afro, serão ministradas oficinas sobre cuidados com cabelos cacheados e crespos e de maquiagem para peles negras. A tarde termina com a apresentação do Maracatu Linda Flor, às 17h. Mais tarde, às 19h, começa a Terça Negra propriamente dita, que abrirá, como de costume, com capoeira. Depois, subirão ao palco montado pela Prefeitura do Recife as bandas Tambor Falante, Lamento Negro e Lucas & Orquestra dos Prazeres. A celebração à cultura afro-brasileira só acaba na Terça Negra do dia 27, com capoeira e outros grandes shows de Massapê, Faces do Subúrbio e Marlevou. A festa a céu aberto, naquele importante cenário da história e da cultura pernambucana, é gratuita e aberta ao público. A primeira edição da Terça Negra do mês de novembro ocorreu no último dia 6, depois a festa seguiu no dia 13. Confira a programação completa: Dia 20 – Dia da Consciência Negra 9h às 18h - Feira Afroempreendedora e serviços de saúde (distribuição de preservativos, aferição de pressão e glicemia, vacinação, teste rápido de sífilis, hepatite e HIV, Reiki e auriculoterapia) 9h - Oficina de Dança Afro com Paulo Queiroz 10h – Contação de história – Roma Julia 10h – Olha! Recife – Bairro de Santo Antônio 11h20 às 12h – Microfone aberto 14h às 15h – Microfone aberto 15h – Roda de diálogo o sobre o Papel do Hip Hop no fortalecimento da identidade da população negra, com Zé Brown e Jouse Barata 17h – Maracatu Linda Flor Casa do Carnaval 14h30 - Oficina Juventude Participa Memorial Chico Sciense 14h – Exibição de filmes que abordam a questão racial – UNEGRO Núcleo da Cultura Afro-brasileira 15h - Oficina sobre cuidados com o Cabelo crespo e cacheado e maquiagem – Félix Oliveira Maquiagem para pele Negra com Gênesis Terça Negra 19h – Capoeira 20h – Tambor Falante 21h - Lamento Negro 22h – Lucas & a Orquestra dos Prazeres Dia 27 Terça Negra 19h – Capoeira 20h – Massapê 21h – Faces do Subúrbio 22h - Marlevou

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Se eu fosse eu

Martha Medeiros escreveu uma crônica, em 2000, fazendo menção a Clarice Lispector que também escreveu a respeito em 1968. A ideia original é de Clarice. Martha copiou. Clarice fez o perturbador e intrigante exercício de refletir sobre o que ela faria se fosse ela mesma. Martha também. Agora faço eu. Porque umas das coisas que eu faria se eu fosse eu mesmo, era copiar uma boa ideia sem ter vergonha de copiá-la. Sobretudo uma ideia genial. Então, neste momento, estou sendo eu mesmo. Se eu fosse eu, trabalharia apenas quatro dias da semana e dedicaria os outros três ao ócio. Não o ócio qualquer, mas o criativo, enaltecido na obra de Domenico De Masi. Usaria calça jeans e camiseta. Abandonaria terno e gravata. Assistiria mais a documentários do que a filmes. Nas reuniões, substituiria a xícara de café por uma taça de vinho. Uma para cada reunião. Mesmo nos dias com mais de cinco reuniões. Se eu fosse eu, elogiaria a beleza feminina, em alto e bom som, e não me preocuparia se iriam me interpretar como assediador. Acordaria somente quando o sono cessasse. Não abriria mão de sobremesas no almoço. Peidaria em qualquer ambiente. Moraria numa casa e não em apartamento. Criaria cachorros. Beijaria minha mãe todos os dias. Se eu fosse eu, não juntaria dinheiro e pararia de me preocupar com o futuro dos outros. Faria churrasco dia sim, dia não. Me dedicaria mais a escrever do que a advogar. Faria aula de canto. Diria na cara de quem não gosto que não gosto. Conversaria abertamente sobre todas as minhas fraquezas e defeitos, sem me preocupar com imagem, rótulos ou conceitos. Se eu fosse eu, viajaria sozinho quando bem entendesse. Não esconderia qualquer sentimento: raiva, paixão, ódio, amor, afeto. Opinaria sobre tudo nas redes sociais. Compraria uma vespa. Esmurraria políticos corruptos em encontros sociais, utilizando-me covardemente do elemento surpresa. Mandaria à merda meia dúzia de chatos. Tiraria um período sabático, por um ano, pensando no que deveria fazer na segunda metade da vida que me resta. Se eu fosse eu, dedicaria metade do dia ao meu filho, Joaquim, e desligaria o celular durante esse período. Faria turismo futebolístico pela Europa, durante três meses seguidos, somente assistindo a jogos e bebendo cerveja até cair. Diria a um ingrato o quanto ele foi ingrato comigo (sei que você está lendo isso, seu ingrato!). Mas lhe diria o quanto foi importante na minha vida. Estudaria psicanálise. Andaria a pé, por aí, sem destino. Eu só não sei se aguentaria ser eu mesmo o tempo todo. Minha vida seria um inferno, creio eu. E este ser que ora crer, sou eu mesmo. Porque toda crença vem de mim, inobstante se exteriorizar apenas aquele que, insistentemente, faz morada em mim, mas que no fundo não reflete quem verdadeiramente sou.

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10 fotos da Praça da República Antigamente

No dia em que comemoramos a Proclamação da República, a coluna Pernambuco Antigamente publica uma série de 10 fotos da Praça da República, no Recife. Selecionadas do acervo da Villa Digital, as imagens destacam a vegetação e a beleza dos prédios do entorno dessa praça histórica do Recife, como o Palácio do Campo das Princesas, o Teatro Santa Isabel e o Palácio da Justiça. Clique nas fotos para ampliar a imagem. Vista da Praça para o Teatro Santa Isabel em 1901 (segundo descrição do Acervo Josebias Bandeira) Vista da Praça da República em 1905, segundo o acervo Manoel Tondella Postal da Praça em 1908   Praça da República em 1920, com vista para o Prédio do Tesouro do Estado Destaque para arborização em frente ao Palácio do Campo das Princesas Estátua do Conde da Boa Vista Destaque para o Baobá, em 1940, na foto do Acervo Benício Dias   Destaque da Praça nas proximidades do Palácio da Justiça Fonte Luminosa Vista aérea da praça *Faça sugestões de posts ou mande suas fotos antigas da cidade para o e-mail: rafael@algomais.com

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Recife terá primeira feira de literatura infantil

Criança não deixa a literatura de lado nem na crise! O segmento infantojuvenil foi o único que não entrou na estatística da retração de 21% que o mercado editorial nacional sofreu ano passado. Por si só, essa já seria uma forte justificativa para uma feira voltada exclusivamente para o público infantil. De 22 a 25 de novembro será realizada a I Feira da Literatura Infantil (Flitin), na Academia Pernambucana de Letras (APL). O evento, realizado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) em parceria com APL e a Proa Cultural, será gratuito e voltado ao público de 3 a 12 anos. Na programação, além de lançamentos literários, oficinas, animações e mediação de leituras, haverá espaço para outras manifestações culturais como música e teatro. Serão cinco polos que ocuparão os oito mil metros quadrados com eventos simultâneos, além da feira permanente de livros com editoras e livrarias de todo País. A expectativa de público é de 30 mil pessoas. Haverá ônibus gratuitos para escolas de ensino fundamental. Em coletiva de imprensa ocorrida nesta quarta-feira, foi anunciado o tema da feira: “Era uma vez…Minha História”. Trata-se de uma referência a como se iniciam muitas histórias infantis, e ainda insere a criança como protagonista, tanto do evento como da própria vida que está sendo escrita. Na ocasião, o presidente da Cepe, Ricardo Leitão, falou do investimento da editora pública estadual no segmento infantojuvenil. “A Cepe é a editora que mais edita livros infantis em Pernambuco e no Nordeste. Além disso, temos um prêmio literário voltado apenas para esse público, o Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantojuvenil”, declara Leitão. O presidente ainda destacou como objetivo da feira discutir o conteúdo da literatura infantil na educação dos pequenos. O catálogo da editora pública voltado a esse segmento chega a 53 títulos, muitos deles premiados. Já Maria Chaves, da Proa Cultural, mencionou o potencial transformador que a leitura tem sobre as crianças, “gerando cidadãos críticos”, pontua a produtora. A presidente da APL, Margarida Cantarelli, falou da importância de aproximar o público infantil da academia. “É uma oportunidade de contato com a leitura, o que é papel da academia. No nosso museu teremos apresentação adequada ao público infantil”, declarou Margarida. Também parceira da feira, a Fundarpe, representada pelo coordenador de Literatura José Jaime, entrará com duas ações. Uma delas chama-se “Livros Livres”, que se propõe a ‘libertar livros’ desde 2011, uma vez por mês, em todos os cantos do Estado. “Deixaremos livros em lugares da feira para que as pessoas peguem, leiam e depois devolvam”, explica Jaime. Já o “Escambo de Livros” leva um estande e propõe a troca de livros em bom estado que não sejam nem didáticos, nem religiosos. I Feira da Literatura Infantil – Flitin Tema: Era Uma Vez...Minha História Quando: 22 a 25 de novembro Horário: 9h30 às 20h (quinta e sexta-feiras) e das 9h30 às 17h (sábado e domingo) Local: Academia Pernambucana de Letras (APL) Endereço: Avenida Rui Barbosa, 1.596, Graças Entrada franca PROGRAMAÇÃO QUINTA-FEIRA (22/11) - ANCESTRALIDADE 9h30 às 20h – Feira de Livros POLO LETRAS MIÚDAS 9h às 11h – Oficina Galeria Reciclada (oficina de pintura e montagem de peças feitas com papel reciclado) 14h às 15h - Oficina Galeria Reciclada SALA DE PROJEÇÃO 10h às 10h30 - Sessão de filme de animação 15h às 15h30 - Sessão de filme de animação AUDITÓRIO 11h - Cerimônia de abertura da Flitin 2018 - Apresentação do grupo Meninos do Batuque (Garanhuns) 16h - Apresentação teatral “O Pequeno Príncipe Preto” (Pé de Vento Produções -RJ) POLO OUTRAS PALAVRINHAS 14h30 às 15h30 - Mediação de Leitura - “Histórias do meu povo”, com Roma Júlia (Contação de histórias com livros de temática afro-brasileira e africana com o objetivo de valorizar autores e personagens negras) SEXTA-FEIRA (23/11) - SONHOS E IDEIAS TRANSFORMADORAS 9h30 às 20h – Feira de Livros POLO LETRAS MIÚDAS 9h30 às 10h30 – Oficina Galeria Reciclada (oficina de pintura e montagem de peças feitas com papel reciclado) 14h às 15h - Oficina Galeria Reciclada 16h às 17h - Oficina de Palhaçaria - “Ao amanhecer, brincar”, com Marcelo Oliveira SALA DE PROJEÇÃO 10h às 10h30 - Sessão de filme de animação 15h às 15h30 - Sessão de filme de animação POLO OUTRAS PALAVRINHAS 10h às 11h - Mediação de leitura - Livro Um Novo Abraço (Cepe Editora), com grupo Tapete Voador 14h30 às 15h30 - Bate-papo com Cleyton Cabral (O Menino da Gaiola - Funcultura) SÁBADO (24/11) - HERANÇAS E TRADIÇÕES 9h30 às 20h – Feira de Livros SALA DE PROJEÇÃO 10h às 10h30 - Sessão de filme de animação 15h às 15h30 - Sessão de filme de animação AUDITÓRIO 10h às 12h - Seminário Flitin: “A produção literária para a infância no Brasil” - participação de Sueli Cagneti (autora e crítica literária), Wellington de Melo (editor da Cepe) e Renata Penzani (Lançamento do livro A coisa brutamontes - Cepe Editora) 14h às 16h - Seminário Flitin: “A leitura como ferramenta de transformação social” POLO LETRAS MIÚDAS 11h - Apresentação teatral - “As aventuras de Mané Gostoso” (Cia. Meias Palavras - PE) 17h - Apresentação teatral - “Histórias da Caixola (Coletivo Tear - PE) POLO OUTRAS PALAVRINHAS 14h às 15h - Mediação de leitura - Livro Pequeninas histórias de gente pequenina (Cepe Editora), de Xico Bezerra-PE 15h às 16h - Mediação de leitura - Livro Dianimal (Cepe Editora), de Alexandre Revoredo 16h às 17h - Lançamento do livro Pedrinho e a chuteira da sorte (Cepe Editora), de Marcelo Cavalcante DOMINGO (25/11) - DESPRINCESAMENTO 9h30 às 17h – Feira de Livros POLO LETRAS MIÚDAS 9h30 às 11h - Oficina de Musicalização com Cacau da Mini Rock! POLO OUTRAS PALAVRINHAS 10h às 11h - Bate-papo com a autora Débora Seabra sobre o livro Débora conta histórias (Alfaguara) 11h às 12h - Mediação de leitura - Lançamento do livro Uma Festa na Floresta (Cepe Editora), com presença da autora, Lêda Selaro, e grupo Tapete Voador 14h às 16h - Oficina de Desprincesamento com a jornalista Cláudia Bettini (Rádio Matraquinha/ Corujices) SALA DE PROJEÇÃO 14h às 16h -

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