Arquivos Cultura E História - Página 271 De 375 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

15 fotos de vendedores de rua de Antigamente

O Recife é uma cidade fortemente comercial. O varejo, desde o tempo dos mascates, é uma das atividades econômicas de grande destaque na capital pernambucana, como de algumas cidades do interior de Pernambuco, a exemplo de Garanhuns. Fizemos uma seleção de fotografias dos vendedores de rua que trabalhavam na cidade décadas atrás. As imagens são do acervo da Fundaj. Confira as imagens abaixo. Clique nelas para ampliar. Vendedor de livros e revistas no Recife, em 1940 (Acervo Benício Dias)   Vendedora de vassoura de agave em Garanhuns, em 1942 (Acervo Benício Dias)   Vendedor de panelas, em 1904 (Acervo Josebias Bandeira)     Vendedora de tapioca, em 1942, no município de Garanhuns (Acervo Benício Dias) Vendedor de Caldo de Cana no Recife, em 1905 (Acervo Manoel Tondella) Vendedora de ovos, em Garanhuns, em 1942 (Acervo Benício Dias) Vendedora de bonecas de pano, pãe, bolochas doces, em Garanhuns, em 1942 (Acervo Benício Dias)    Venda de coco verde. Sem registro de data e local (Acervo Benício Dias)   Vendedora de tomates, em Garanhuns, em 1942 (Acervo Benício Dias) Vendedores de fumo de rolo   Venda de rapadura, em Garanhuns, em 1942 (Acervo Benício Dias) Vendedor de Urupema, no Recife, em 1905 (Acervo Manoel Tondella) Vendedora de Peixe, em 1940 (Acervo Benício Dias) A imagem entrou no filme de Silvio Tendler – Josué de Castro   Vendedora de Bebidas, em Garanhuns (Acervo Benício Dias)   VEJA TAMBÉM  

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Conservatório Pernambucano de Música recebe o bandolinista Rafael Marques

Será das cordas do bandolim de Rafael Marques o protagonismo da próxima edição do Projeto Palco para Todos, do Conservatório Pernambucano de Música. O instrumentista e compositor recifense fará um concerto especial nesta quinta-feira (6), no Auditório Cussy de Almeida, com entrada franca. Ao longo do repertório, Rafael passará pelas músicas de seu mais recente álbum, Pelas Ruas, lançado em agosto de 2017. Nele, estão composições como Lúdica, Fulô de Lídia, Citronela, Amorosa e Estiagem. Composições mais novas, guardadas para o próximo trabalho, serão antecipadas. Rafael Marques e seus convidados tocarão, ainda, obras de renomados compositores pernambucanos, tais como Capiba, Rossine Ferreira e Luperce Miranda, abrindo espaço também para outros, contemporâneos, dentre eles, Jonanthan Malaquias e Alexandre Rodrigues, além do carioca Alfredo Del Penho. A apresentação terá início às 19h30. O Auditório Cussy de Almeida do Conservatório Pernambucano de Música fica na Avenida João de Barros, 594, bairro de Santo Amaro. SERVIÇO: Projeto Palco Para Todos recebe Rafael Marques e Convidados – Quinta-feira (6/9), às 19h30, no Auditório Cussy de Almeida (Av. João de Barros, 594, Santo Amaro). Gratuito. Informações: (81) 3183-3400 e conservatorio.pe.gov.br.

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Museus em busca da sustentabilidade

*Por Rafael Dantas Há duas décadas, alguns dos museus mais relevantes de Pernambuco nem sequer existiam. Os mais tradicionais, mesmo com acervos importantes, contavam com poucas tecnologias embarcadas e público reduzido. Também não havia formação específica de profissionais para a área. Um cenário que mudou bastante. A abertura do Instituto Ricardo Brennand (IRB), que já recebeu quase 2,7 milhões de pessoas, dos inovadores Cais do Sertão e Paço do Frevo e a criação do bacharelado em museologia da UFPE são algumas das estruturas que fizeram a diferença e contribuíram para qualificar o setor. Apesar dos avanços, os especialistas ressaltam que os desafios para atrair visitantes, para usar ferramentas digitais e obter sustentabilidade financeira ainda estão longe de ser superados. Num cadastro realizado pelo Ibra (Instituto Brasileiro de Museus) em 2015 foram mapeadas 117 instituições em Pernambuco. De acordo com a museóloga e mestre em antropologia Regina Batista, a maioria está localizada na Região Metropolitana do Recife ou na Zona da Mata. “O cenário museológico de Pernambuco cresceu muito em número de instituições, em quadro de profissionais qualificados e em visitação. Hoje estamos bem-dotados de acervos históricos, mas ainda há muita coisa para, de fato, mostrar a representatividade de Pernambuco”, analisa Regina. A museóloga atua em dois novos projetos: a implantação de um museu em Triunfo, que contará a história e costumes da cidade, e a elaboração de estudos para um espaço museológico comunitário na Ilha de Deus, no Recife. Há que se considerar também os conjuntos arquitetônicos do Recife Antigo e de Igarassu. “São verdadeiros museus a céu aberto que possuem material suficiente para um dia inteiro de visitação”, destaca Gilberto Freyre Neto, coordenador de projetos da Fundação Gilberto Freyre e membro do conselho curador do Museu do Estado (Mepe). Ele aponta ainda acervos ricos, mas pouco conhecidos do público em espaços tradicionais como o próprio Mepe. Instituições menores, como o Cícero Dias, em Escada, que guarda parte das obras do artista plástico, estão ainda mais distantes do olhar dos pernambucanos. Embora tenha crescido o número de visitantes, o patamar ainda não é o ideal na maioria das instituições. Segundo Regina Batista, os indicadores de público em Pernambuco não se comparam aos da Europa e dos Estados Unidos. E aponta fortalecimento do setor como um dos pilares para o crescimento do turismo local. “O Estado tem um litoral lindo. Mas praia e água de coco não mostram a identidade de um povo. Os turistas sentem a necessidade de um mergulho na história, cultura e costumes locais. E os museus são os espaços que cumprem esse papel no suporte ao turismo e ao entretenimento”, afirma a consultora. Poucos museus pernambucanos, segundo Freyre Neto, conseguem cumprir com eficiência seus três papéis básicos. “O primeiro é a preservação do acervo. O segundo é educação e o terceiro está relacionado à pesquisa das suas coleções. A primeira razão de sua existência é guardar, a segunda é transformar em conhecimento e a terceira é descobrir porque as coisas estão daquele jeito”. A falta de recursos, problema enfrentado por instituições em todo o mundo, faz com que os dirigentes desses espaços escolham apenas um dos focos. E vários deles optam pelo educativo. Daí, a presença de tantos estudantes circulando diariamente nos museus pernambucanos. Além da iniciativa dos docentes, de montarem os grupos de alunos e mobilizarem os pais para financiarem a aula-passeio, as próprias instituições se esforçam para receber o público estudantil (veja em nosso site conteúdo sobre essas iniciativas: mais.pe/escolasnomuseu). Especialistas acreditam serem as crianças as principais mobilizadoras para que seus familiares visitem as exposições nos finais de semana. Maria Soledade, professora de história do EREM João Cavalcanti Petribú, em Carpina, trouxe em junho um grupo com 52 alunos do ensino médio para o IRB. Em anos anteriores já havia levado os estudantes para o Palácio do Governo e para o Museu de Arqueologia da Unicap. “Nessas visitas eles veem muita coisa do que apenas sistematizamos em sala de aula. Perguntam bastante. Além do aprendizado direto, nosso objetivo é fazer com que eles sintam prazer em frequentar esses lugares de cultura”, explica. PROFISSIONAIS A ausência de um corpo técnico é outra causa que impede o desenvolvimento dos três eixos apontados por Freyre Neto. A equipe que atua num museu é multidisciplinar, composta por museólogos, especialistas em restauro, em conservação, designers, educadores, entre outros. E para manter esse quadro, os gestores de museus, mais uma vez, esbarram na escassez de financiamento. “A falta de recursos impõe ainda restrições nos horários de funcionamento (muitos museus não abrem no fim de semana). Também impede a contratação de equipes para executar ação educativa e inviabiliza campanhas de comunicação para fazer o marketing das exposições e eventos. Essas ações são cortadas para a instituição continuar existindo”, lamenta o especialista. Para Freyre Neto, dois grandes modelos de financiamento do setor são o francês, que é custeado integralmente pelo poder público, e o norte-americano, que depende dos aportes e da gestão da iniciativa privada. O Brasil não tem tradição da presença forte do Estado na promoção da cultura nem da figura do mecenas particular que faça investimentos, salvo raras exceções. Para superar esse impasse, o especialista sugere a construção de um sistema híbrido. “Um modelo misto, com o poder público e a iniciativa privada dividindo responsabilidades no financiamento e na gestão desses espaços”, propõe Freyre. Além de buscar um modelo adequado de custeio, museus do mundo inteiro passam pelo desafio de inserir recursos tecnológicos para atrair visitantes aos seus acervos. Com crianças e adolescentes nativos digitais, a formação do público mais jovem passa também pelas novas linguagens mais interativas proporcionadas pela tecnologia. No Recife, o Cais do Sertão é um dos destaques nessa área. Projeção, totens interativos e cabines para ouvir − e até cantar ou tocar − o melhor da música de Luiz Gonzaga são algumas das atrações oferecidas ao público. O espaço, inclusive, está levando uma experiência inovadora para a periferia: a intervenção Cubo Sertanejo permite a moradores fazer uma visita ao museu por meio do uso de óculos

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Museu do Estado recebe projeto Solo&Cia

O Museu do Estado de Pernambuco abres suas portas todas as quintas-feiras do mês de setembro, às 20h, para receber o projeto Solo&Cia. Trata-se de uma série de concertos com solistas brasileiros tendo nesta primeira versão o premiado violonista pernambucano Caio Cezar. De volta aos palcos recifenses 8 anos após o último concerto, quando lançou o CD “Saudades de Princesa” dedicado a Canhoto da Paraíba, Cézar retorna à cidade para inaugurar o projeto e apresentar as músicas do seu próximo CD. “É uma honra retornar à minha cidade para lançar esse projeto inédito e apresentar um pouco do meu novo disco” afirma. Na primeira parte do concerto Caio traz um repertório solo de obras gravadas em seus discos, além de arranjos e composições inéditas. Já na segunda, apresenta algumas músicas do seu próximo trabalho “Bach para violão e viola caipira”. “Nosso objetivo e trazer para o universo nordestino os Prelúdios, Fugas e Invenções de Johann Sebastian Bach” explica o músico que dividirá o palco com o violeiro pernambucano Pita Cavalcanti. Semanalmente, Cezar receberá um convidado. No dia 6 de setembro sobe ao palco o bandolinista e maestro pernambucano Marco César que executará obras de sua autoria. No dia 13 de setembro é a vez do cavaquinista pernambucano João Paulo Albertim apresentar composições de Jacaré do Cavaquinho e de sua autoria. Já no dia 20 de setembro, Cezar fará um duo com o violonista e violinista Sérgio Ferraz. Eles apresentarão um repertório armorial unido ao nordestino lúdico inspirado nas cantorias, repentes e emboladas. Finalizando a programação do projeto, sobe ao palco o violoncelista Fabiano Menezes, da Orquestra Sinfônica do Recife, com quem Cezar apresentará um repertório erudito, brasileiro e universal com Beethoven e Egberto Gismonti. Os ingressos custam R$ 40 e serão vendidos no local antes das apresentações. Serviço Projeto Solo&Cia Data: 06, 13, 20 e 27 de setembro de 2018 Horário: 20h Local: Museu do Estado de Pernambuco Av. Rui Barbosa, 960 - Graças, Recife - PE Valor: R$ 40

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Domingo Alegre no Circo comemora os 22 anos da Escola Pernambucana de Circo

Ele voltou! O Domingo Alegre vem chegando com muitas atrações e celebrando uma data especial: os 22 anos da Escola Pernambucana de Circo. Será no próximo domingo (2), às 15h. Trata-se de um projeto caracterizado por atividades culturais e variadas que acontecem na sede da Escola, bairro da Macaxeira, com entrada gratuita, aberta ao público. Há, também, tradicionalmente, a realização de bingo e sorteio de brindes.  Desta vez, a programação está extensa com performances dos artistas da Trupe Circus apresentando número de pirâmides. Haverá, ainda, convidados muito especiais trazendo dança, números de pirofagia, palhaçaria e, claro, o tradicional bingo. A pirofagia ficará a cargo do Coletivo Bartira; As palhaças Bruníssima e Crécia apresentarão o esquete O Caçador; os palhaços Sem Nome e Carambola divertirão o público apresentando O Apito e O Vidente. A integrante da Trupe Circus, Amanda Portela, apresentará  um número de Dança do Ventre Fusion.  Ela traz os convidados Alê Carvalho, com Dança Tribunal Fusion, e Jadson Gomes, com Dança do Ventre. Sobre a EPC A Escola Pernambucana de Circo (EPC) surgiu no ano de 1996 com a missão de promover a inclusão de crianças, adolescentes e jovens das classes populares por meio das artes, especificamente o circo, fortalecendo a identidade cultural, o vínculo social e os valores da cidadania. A Escola existe há 22 anos e possui um trabalho consolidado de atendimento a mais de 100 crianças, adolescentes e jovens.   Serviço Domingo Alegre no Circo Domingo, 02 de setembro, 15h Entrada Gratuita Sede da EPC: Av. José Américo de Almeida, N. 05, Macaxeira - CEP: 52090-320 Fone: (81) 3266.0050 / 3034.3127

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8 monumentos em fotos de antigamente

Registramos hoje na coluna Pernambuco Antigamente uma série de fotos dos monumentos e estátuas erguidos no Estado, em fotos antigas. Quem anda pelas ruas não é incomum se deparar com a imagem de um dos grandes heróis da história pernambucana ou brasileira. As sete primeiras imagens são o acervo da Villa Digital, da Fundaj. E a última do site Recife Esquecido. Confira as fotos abaixo! 1. Praça Dezessete, Monumento aos Aviadores Portugueses (Acervo Josebias Bandeira) 2. Monumento na Praça Artur Oscar, a Praça do Arsenal (Acervo Josebias Bandeira) 3. Monumento da Liberdade na Praça Dezessete (Acervo Josebias Bandeira) 4. Monumento na Praça Joaquim Nabuco (Acervo Josebias Bandeira) 5. Monumento Monumento Cristo Tropical, em Itambé (Acervo Benício Dias) 6. Monumento de Wandercohr, Rua do Hospício (Acervo Josebias Bandeira) 7. Monumento Barão do Rio Branco (Acervo Josebias Bandeira)   8. Cruz do Patrão (site Recife Esquecido) *Mande sugestões e fotos antigas para o e-mail: rafael@algomais.com   VEJA TAMBÉM   http://revista.algomais.com/cultura/pernambuco-antigamente/8-fotos-de-casa-amarela-antigamente   http://revista.algomais.com/cultura/pernambuco-antigamente/9-fotos-da-ponte-da-boa-vista-antigamente  

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“Ferrugem” lança interessante olhar sobre a juventude

Por Houldine Nascimento          “Ferrugem” chega ao circuito comercial brasileiro nesta quinta (30) com a chancela de ter sido eleito o Melhor Filme do Festival de Gramado dias atrás. Em seu novo longa, o diretor Aly Muritiba se debruça sobre o universo dos adolescentes. A história se desenvolve inicialmente em torno de Tati (Tiffanny Dopke), uma adolescente que, assim como boa parte de sua geração, divide momentos felizes de sua vida em redes sociais como Facebook e Instagram. Frustrada com o antigo namorado, a garota se envolve com Renet (Giovanni di Lorenzi), um colega de turma. A vida de Tati vira do avesso quando um vídeo íntimo vaza num grupo de WhatsApp do colégio. A situação, naturalmente, toma grandes proporções. A angústia passa a tomar conta de Tati devido à superexposição a que se submete. Com isso, sofre perseguição de vários colegas com constantes comentários maldosos. Um efeito dominó surge diante desse acontecimento, que mexe com diversos personagens. Na segunda parte, o foco é em cima de Renet e de seus dilemas, que incluem a presença superprotetora do pai (Enrique Diaz) e o ressentimento com a mãe (Clarissa Kiste). Aly nunca perde o controle dos fatos. Pelo contrário, maneja tudo com muita segurança, mantendo o interesse do público em saber o desdobramento da história. Tudo é bem amarrado pelo roteiro que escreveu junto com Jessica Chandal. A discussão a que o filme se propõe também é muito relevante por sintetizar de forma precisa o mundo dos jovens e tratar de temas atuais comocyberbullying e os riscos a se submetem. Nessa seara, cria cenas de grande impacto. Assim como em seu primeiro longa de ficção, "Para minha amada morta", o diretor volta a construir as ações a partir de um vídeo secreto. No entanto, Muritiba apresenta ao espectador uma obra mais atraente, revelando maturidade neste que possivelmente é o melhor filme brasileiro em 2018. “Ferrugem” iniciou sua trajetória no Festival de Sundance, em janeiro, passou por vários festivais e trata de temas universais com originalidade. Estas razões o fazem sair na frente na corrida para ser o representante do nosso País na luta por uma vaga no Oscar em 2019. Isto é, se a comissão responsável pela escolha não fizer nenhuma bobagem.

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Banda Sinfônica do CEMO lança CD com participações dos maestros Forró e Spok

Com 22 anos de história, a Banda Sinfônica do Centro de Educação Musical de Olinda (CEMO) acaba de gravar seu primeiro CD intitulado “Banda Sinfônica do Cemo - Mestres Pernambucanos”. O álbum traz sete canções de mestres como Maestro Forró, Spok, Cláudio Moura, Nilson Lopes e Marcos FM, gravadas e mixadas no estúdio Carranca. O registro fonográfico, que envolveu 32 músicos na gravação, será lançado no próximo dia 30 de agosto, às 15h, no próprio CEMO, em evento gratuito. A ideia de gravar um CD da Banda Sinfônica do CEMO era um sonho antigo do maestro Nilson Lopes, responsável pela regência do grupo a oito anos. “A proposta do álbum é tornar acessível um repertório de compositores instrumentais pernambucanos, de modo a valorizar e difundir a criação artística do Estado, bem como promover e incentivar atitudes e transformações afetivas direcionadas à nossa identidade cultural”, explica o maestro. Todas as obras presentes no CD são de compositores pernambucanos. Fundado em 1983, O Centro de Educação Musical de Olinda é uma referência no Estado. Além de concertos para o público em geral, a Banda Sinfônica do CEMO promove inclusão social através da música, com apresentações em diversas comunidades, despertando em crianças e adolescentes a vontade de estudar música na perspectiva da profissionalização. Os concertos-aula oferecidos pelo CEMO na rede escolar de Olinda e Região Metropolitana também são destaque. A sinfônica participa ainda de solenidades cívicas, festas religiosas, eventos esportivos, entre outros. No repertório, diversos estilos musicais que transitam entre o popular e o erudito, incluindo também jazz e temas de filmes. Atualmente, o CEMO recebe uma média de 600 estudantes matriculados por semestre. Possui um corpo docente de 55 professores efetivos, nas mais diversas áreas de atuação da música em sua maioria licenciados, alguns também são especialistas, mestres, mestrandos e doutorandos Sobre a real situação das Bandas Sinfônicas de Pernambuco, o maestro Nilson desabafa: “as Bandas Sinfônicas aqui em nosso Estado funcionam de maneira precária. Em geral, os músicos também exercem outras profissões para sobreviver. Não há incentivo para manter a cultura da Banda de Música outrora tão importante”, lamenta. Para o lançamento do CD “Banda Sinfônica do Cemo - Mestres Pernambucanos”, no próximo dia 30 de agosto, a Banda Sinfônica do CEMO recebe as participações ilustres dos maestros Spok e Forró, que também participaram da gravação do álbum. O evento é gratuito e aberto ao público.   SERVIÇO LANÇAMENTO DO CD BANDA SINFÔNICA DO CEMO - MESTRES PERNAMBUCANOS 30 de agosto – 15h Local: Centro de Educação Musical de Olinda (Av. Pan Nordestina, s/n - Salgadinho, Olinda - PE) Informações: (81) 3241-5065 ENTRADA GRATUITA

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A mensagem do punk rock hardcore

A banda Devotos, formada por Cannibal, Neilton e Cello, conseguiu fazer a classe média subir o Alto José do Pinho, berço do grupo e de uma cena punk que surgiu no final dos anos 1980. Em 30 anos, o som instigante do punk rock hardcore foi pano de fundo para letras que deram voz aos problemas da comunidade. E ainda ajudaram a quebrar o estigma da violência das periferias. Devotos e outras bandas viraram matéria de jornais do Sudeste, que compararam a cena do Alto José do Pinho com o punk rock surgido em Londres em 1977. Só que a potência da voz, guitarra, bateria e baixo do Devotos nem sempre permitiram que as letras escritas por Cannibal fossem compreendidas por todo mundo. Daí a ideia de escrever  Música para o povo que não ouve, publicação editada pela Cepe a ser lançada no dia 1º de setembro, a partir das 16h, no Alto José do Pinho, com direito a show pós-lançamento. Editado como um fanzine, o livro de 196 páginas traz cerca de 90 letras e muitas fotografias dessas três décadas de estrada da banda, cartazes de shows, além de diversas matérias de jornal, e da história da formação e ascensão do grupo, contada por Cannibal e pelo diagramador do livro e produtor Marcus AsBarr. Este último define a produção de Cannibal não apenas como letras de música, mas também “manifestos e gritos de revolta”, em um misto entre “crônicas cotidianas e densas poesias”, descreve AsBarr. E pensar que Cannibal nem músico queria ser. “Quando conheci o movimento punk, aos 17 anos, não queria fazer música, queria panfletar, participar de passeatas, fazer parte das organizações dos shows, mas tocar não!”, revela o músico, que por conta disso sentia necessidade de mostrar ao público o que ele estava cantando. Na publicação, o leitor vai encontrar também letras que só foram executadas no início da carreira da banda, e que nem sequer foram gravadas.   Meu País   Vivo tão feliz Esse é o meu país E todos que o amam Sabem a sua fama De país do Carnaval Da selva mundial Do Rei do Futebol Do extermínio de menor Sabemos do presente Qual será nosso futuro? Os menores estão morrendo Que país inseguro Eu já disse isso a você Não adianta esquecer Eu vou sempre te lembrar Só me deixe expressar Não canto só pra mim Canto pra você Igualdade e consciência É o que nós devemos ter O futuro é inseguro E o caminho obscuro Mas tem solução Vamos todos dar...as mãos O país do Carnaval Da selva mundial Do Rei do Futebol Do extermínio de menor Mas já disse isso a você Não adianta esquecer Eu vou sempre te lembrar Só me deixe expressar O futuro é inseguro O caminho é obscuro Mas tem solução Vamos todos dar as mãos   SERVIÇO Lançamento do livro Música para o povo que não ouve (Cepe Editora), de Cannibal Quando: 1º de setembro, a partir das 16h Onde: Alto José do Pinho

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A beleza da arte vista por Carlos Ranulpho

Houve uma época, nos anos 1970, que exposição de arte visual era algo inédito no Recife. Afinal, para quê produzir vernissages se não existiam compradores? Naquele tempo, as famílias ricas não decoravam suas paredes com obras de arte. Foi o marchand Carlos Ranulpho, 90 anos, que começou a introduzir na capital pernambucana o hábito de apreciar e adquirir quadros, em mostras memoráveis, que revelaram ao resto do Brasil o singular modernismo local. Nas páginas do livro Carlos Ranulpho, o mercador de beleza, assinado pelo jornalista Marcelo Pereira e editado pela Cepe, foi traçado não apenas o perfil biográfico de um dos marchands mais renomados do Brasil e há mais de 50 anos no mercado, mas também a apresenta a história de grandes nomes da arte nacional: Vicente do Rego Monteiro, Lula Cardoso Ayres, Cícero Dias, Wellington Virgolino, João Câmara, Aldemir Martins, Iberê Camargo, Maria Carmem, Portinari, Volpi, Mário Nunes, Teruz, Brennand, José Cláudio, Reynaldo Fonseca, José de Moura, Delano, Aloísio Magalhães, Guita Charifker… O 15º título da coleção Memória será lançada no dia 30 de agosto, às 19h, na Galeria Ranulpho, no Bairro do Recife. Desde criança, Carlos aprendeu a gostar de arte com o pai, o desenhista e caricaturista José Ranulpho. Essa sensibilidade fez com que Carlos apurasse o olhar para a beleza. A começar pelas joias, seus primeiros objetos de valor a serem comercializados. “Eu até que tinha jeito para desenho, mas como eu via meu pai com dificuldades financeiras, e ele nunca teve bons resultados com suas obras, eu não me estimulava, porque sempre pensava em alguma atividade que tivesse rendimento financeiro”, diz Carlos em trecho do livro. Após o sucesso com a venda de joias, não demorou para atentar para o valor das obras de arte. Fechou parceria com artistas e fez grandes amizades. “Carlos Ranulpho tem um admirável olho para a arte, pois ao longo de tantas décadas passaram por suas mãos hábeis muitos dos melhores artistas brasileiros. E, felizmente para a nossa arte, ele ama negociar. É um líder forte, determinado, empreendedor. E amoroso. O que explica a quantidade de amigos dedicados e carinhosos. Eu me incluo entre estes”, disse o editor, curador e crítico de artes visuais Jacob Klintowitz, que assina texto de apresentação. Muito ligado aos trabalhos de temática regionalista e conotação popular, Ranulpho acabou relacionado a uma estética tradicionalista também na linguagem - pintura, gravura e escultura. “Mesmo resistindo às inovações, a Galeria Ranulpho, nesses mais de cinquenta anos de existência, é responsável pelo lançamento e profissionalização de excelentes artistas, não apenas de Pernambuco como também de vários outros estados do Brasil”, diz a professora do Departamento de Teoria da Arte da UFPE, Ana Elisabete de Gouveia, no prefácio da obra. O xilogravurista J.Borges deve a Ranulpho parte de seu prestígio nacional e internacional. “Ranulpho procurou o dramaturgo e escritor Ariano Suassuna para lhe mostrar as matrizes de gravuras que adquirira de J. Borges. Ariano ficou surpreso, pois não conhecia, e com o maior entusiasmo declarou que, depois de Samico, ele era o maior gravador do Brasil”, revela Pereira. Naquela época, meados dos anos 1970, a elite artística e intelectual não via com bons olhos a aproximação de Ranulpho com artistas populares. “Eles preferiam que os artistas vivessem na miséria do que ganhar dinheiro com o seu trabalho”.   SERVIÇO Lançamento do livro Carlos Ranulpho, o mercador de beleza, de Marcelo Pereira (Cepe Editora) Quando: 30 de agosto, às 19h Onde: Galeria Ranulpho (Rua do Bom Jesus, 125, Bairro do Recife) Preço: R$ 80

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