Arquivos Cultura E História - Página 274 De 379 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

O legado de Paulo Freire

No dia 19 de setembro, o educador Paulo Freire completaria 97 anos. O pedagogo é pedra fundamental no reconhecimento da educação enquanto agente político de transformação social e seus fundamentos fazem parte de Política Municipal de Ensino do Recife, adotada em 2015, e que promove a existência de uma escola inclusiva, democrática e justa, com respeito à autonomia e dignidade do ser humano. O legado freiriano é vivenciado, sobretudo na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), que contempla pessoas com idade superior a 15 anos e que, por quaisquer motivos – normalmente de ordem social – não puderam gozar de seu direito constitucional à educação no período regular previsto. Nos últimos cinco anos, a rede municipal de ensino acolheu quase trinta mil alunos na modalidade EJA (27,8 mil) e, destes, mais da metade (15.511) eram referentes a estudantes em processo de letramento (alfabetização) e Anos Iniciais (1º ao 5º anos). É nestas salas de aula, que funcionam à noite, que se encontram exemplos redivivos de que o processo de educação é a pavimentação de um futuro concreto para o exercício da cidadania plena: seja para conseguir postos de trabalho formal, obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e até tarefas mais simples do cotidiano, como apanhar um ônibus e, assim, garantir o direito de ir e vir. Para Janaína Cabral, professora da EJA há 12 anos e que atualmente também trabalha na alfabetização de 15 profissionais da limpeza urbana do Recife na sede da Vital Engenharia desde junho, em Dois Irmãos, Paulo Freire é mais do que uma metodologia aplicada em sala de aula. “A educação garante respeito a estes homens e mulheres, nós aproveitamos a experiência de vida, realidade e o universo dos estudantes, o seu mundo de trabalho, para trazer exemplos mais próximos que facilitem seu processo de aprendizagem”, pontua ela. Agnaldo Dias da Silva, de 48 anos e que trabalha com materiais recicláveis na limpeza urbana do Recife foi um dos que se animou para voltar às aulas na sede da Vital Engenharia, que disponibiliza duas salas de aula para EJA em parceria com a Secretaria de Educação do Recife. “Eu vou recomeçar porque nunca é tarde. Eu tenho o sonho de terminar meus estudos. Quero crescer aqui na empresa, quero dar o meu melhor. Todos na minha casa comemoraram a notícia e só saio daqui com o diploma na mão”, comentou emocionado o gari. Mestre é fundador da rede municipal de ensino do Recife  O Recife se orgulha de ter contado com a presença atuante do mestre nas trincheiras da formação de uma embrionária rede municipal de ensino, quando de sua atuação junto ao Movimento de Cultura Popular (MCP). Àquela época, gestão de Miguel Arraes à frente da Prefeitura, o MCP constituiu 201 escolas que atendiam pouco mais de 19 mil alunos durante a década de 1960. São fundamentos freirianos que permeiam a Política de Ensino do Recife, instituída em 2015, a existência de uma escola inclusiva, democrática e justa, com respeito à autonomia e dignidade do ser humano, com valorização a seus saberes, provocando uma educação voltada para a cidadania.

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Grupo Sopros de PE é atração de setembro do projeto Temporada no Pátio

O quarteto de clarinetas Sopros de PE é o convidado para a edição de setembro do projeto Temporada no Pátio, do Conservatório Pernambucano de Música. A partir das 19h30 desta quinta-feira (20), o grupo apresentará, na Igreja de São Pedro dos Clérigos (Pátio de São Pedro), um repertório diversificado, composto por música de concerto e música popular brasileira, com ênfase na música pernambucana.    Formado pelos músicos Isaías Rafael, Jônatas Zacarias, Gueber Santos e Crisóstomo Santos, o Sopros de PE tem no currículo participações em importantes eventos musicais do País, a exemplo do I Simpósio de Clarinetistas da Universidade de São Paulo, realizado na cidade de São Paulo (SP), e o 11º Encontro Brasileiro de Clarinetistas, que aconteceu em Poços de Caldas, em Minas Gerais.    Para o concerto do Temporada no Pátio, o grupo preparou um programa especial. “Serão dois momentos. O primeiro, com músicas do repertório internacional e um segundo, com músicas dos compositores pernambucanos Severino Araújo e Dimas Sedícias”, detalha Jônatas Zacarias. The Terminal – The tale of Viktor Navorski (de John Williams), Tango Virtuoso (Thierry Escaich ), Ilusão, de Dimas Sedícias, e Espinha de Bacalhau, de Severino Araújo, são algumas das escolhidas.   O PROJETO    O Temporada no Pátio nasceu com a intenção de movimentar a Concatedral de São Pedro dos Clérigos, localizada em um dos cartões-postais do Recife, o Pátio de São Pedro. Com projeto de Manuel Ferreira Jácome, o templo exibe pinturas de João de Deus Sepúlveda e Manuel de Jesus Pinto, com detalhes do mestre-dourador Inácio Melo Albuquerque.    Parceria entre o Conservatório Pernambucano de Música, Arquidiocese de Olinda e Recife e Instituto Dom da Paz, o projeto marca a entrega da edificação religiosa aos recifenses após ter passado um período fechado para reformas no ano passado.    Para auxiliar os que pretendem ir de carro à apresentação, será disponibilizado o Pátio do Livramento, no bairro de São José, para estacionamento. O local contará com policiamento para garantir a segurança e conforto do público.    SERVIÇO:  Temporada no Pátio – Com o quarteto de clarinetas Sopros de PE. Quinta-feira (20/9), às 19h30, na Concatedral de São Pedro dos Clérigos (Pátio de São Pedro). Gratuito. Informações: 3183.3400 e conservatorio.pe.gov.br.

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Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto pela primeira vez na sua terra de origem e inspiração

“Valencianas” apresenta um recorte na biografia musical de Alceu Valença. Em 2012, ao completar 40 anos de carreira, o pernambucano teve, pela primeira vez, suas canções adaptadas para a música de concerto. O feito se deu pela Orquestra Ouro Preto, regida e dirigida pelo maestro Rodrigo Toffolo. Idealizado há oito anos, “Valencianas” chega à terra que inspirou o projeto, após passar por Belo Horizonte, Ouro Preto, Rio de Janeiro, São Paulo e Portugal. Será no Teatro Guararapes, 29 de setembro. O espetáculo tem arranjos assinados pelo violinista da OOP, Mateus Freire, paraibano que teve o cuidado de preservar e não descaracterizar a essência da obra do compositor, com seu compromisso permanente com a cultura popular brasileira. “Valencianas” começou a ser preparado em 2010, quando o maestro e o cantor foram apresentados, em Ouro Preto, por um amigo em comum, depois produtor do espetáculo, Paulo Rogério Lage - há tempos, ele acalentava proporcionar contornos orquestrais ao cancioneiro de Alceu. No verão de 2012, o maestro Toffolo, Mateus Freire e Paulo Rogério foram ao encontro do compositor, desta vez em Olinda, e voltaram na bagagem com mais de 40 músicas sugeridas por Alceu. Foram escolhidas 13 para o espetáculo. O público terá a oportunidade de conferir a versão orquestral cantada por Alceu de sucessos como “Anunciação”, “Tropicana”, “Girassol”, “Coração Bobo”, “La Belle Du Jour” e “Sete Desejos”, mas também de canções menos conhecidas como “Junho”, “Porto da Saudade”, “Acende a Luz”, “Sino de Ouro” e “Ladeiras”. Esta última representando o eixo central do espetáculo, a ponte que une artisticamente as ladeiras de Olinda e Ouro Preto. Mais que propor o diálogo entre a música erudita e a canção popular, “Valencianas” procura demonstrar a universalidade artística de Alceu e a diversidade de sua obra. De acordo com o maestro Rodrigo Toffolo, o “desafio é respeitar aquilo que torna a obra de Alceu Valença única. O espetáculo é grandioso e busca evidenciar a maestria do cantor e a nordestinidade inerente à sua obra, capítulo fundamental na história da música de nosso país, que contribuiu, inclusive, para a ideia de música popular brasileira que temos hoje”, afirma. Para Alceu Valença, “num mundo dominado pela indústria do entretenimento, onde tudo é dinheiro e há pouco sentimento, a música de concerto é uma forma de transcendência. Este projeto representa uma nova vertente na minha carreira”, celebra. Já para Paulo Rogério Lage, diretor de cena, que também assina o cenário e iluminação, “Valencianas” mostra que além do cuidado no repertório houve a preocupação de na cena se juntar os mundos de Alceu e da Orquestra - os balões das festas juninas nordestinas a se confundirem com os balões do pintor Guignard, numa poética Ouro Preto em noite de São João – tudo a deixar transparecer a força das composições e da voz de Alceu, agora associada à maestria dos músicos de uma orquestra, que cada vez mais se afirma nacionalmente. Gravado em CD e DVD, “Valencianas” foi consagrado em 2015 com o Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Álbum da Música Popular Brasileira. ORQUESTRA OURO PRETO Uma das mais prestigiadas formações orquestrais do País, a Orquestra Ouro Preto tem como diretor artístico e regente titular o maestro Rodrigo Toffolo. Premiado nacionalmente, o grupo jovem vem se apresentando nas principais salas de concerto do Brasil e do mundo. A orquestra foi criada em 2000 e seu trabalho é marcado pelo experimentalismo e ineditismo. Doutorando em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa, mestre em Musicologia pelo Departamento de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rodrigo Toffolo é membro fundador e diretor artístico da Orquestra Ouro Preto, assumindo, em 2007, a regência titular do grupo. SERVIÇO Valencianas Dia 29 de setembro (sábado), às 21h Teatro Guararapes - Centro de Convenções de Pernambuco Informações: (81) 3182.8020 Ingressos: Plateia: R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia) Balcão: R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia) * À venda na bilheteria do teatro (segunda a sábado, das 9h às 17h), lojas Ticketfolia e www.eventim.com.br

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Orquestra Sinfônica do Recife oferece agenda gratuita de apresentações, nas próximas terça (18) e quarta (19)

Beethoven e Alberto Nepomuceno estão na programação do sétimo concerto oficial da temporada 2018 da Orquestra Sinfônica do Recife. A apresentação gratuita e aberta ao público ocorrerá na próxima quarta-feira, a partir das 20h, no Teatro de Santa Isabel. Como de costume, na manhã do dia anterior, às 10h, os músicos e o maestro Marlos Nobre realizarão uma aula-espetáculo para jovens de diversas instituições no mesmo teatro monumento. Para compor o programa, o maestro Nobre escolheu a Sinfonia nº 5 em Do Menor, Opus 67, do célebre Ludwig Van Beethoven (1770-1827). De acordo com ele, “o gênio da música erudita” trabalhou por muito tempo na elaboração desta peça, apesar de ela ser uma das mais curtas de sua carreira: “A obra foi concluída na primavera de 1808. No entanto,  esboços desta sinfonia datam de 1804, o que demonstra o trabalho minucioso e laborioso do compositor”, diz o maestro, para quem a novidade e a originalidade desta 5ª sinfonia já se revelam logo no primeiro movimento Allegro com brio. “Beethoven constrói um grande movimento sinfônico a partir de uma única célula musical, rítmica e melódica: o famoso motivo de quatro notas que abre a obra.” Quem também estará na programação da Orquestra Sinfônica do Recife é Alberto Nepomuceno, que passou a infância no Recife e, aos 18 anos, foi estudar na Itália, na Academia Santa Cecília, em Roma. Dele, será executada a percussiva peça Batuque para Orquestra. “Seguramente, sua vivência no Recife foi de extremo relevo para que o compositor escrevesse, em sua temporada na Europa, obras tão significativamente rítmicas e ligadas às batidas feéricas do Maracatu”, destaca Nobre. Para assistir ao concerto da próxima quarta-feira, basta chegar uma hora antes do espetáculo para retirar o convite na bilheteria no teatro. Já a aula-espetáculo da terça-feira, parte do projeto Concertos para a Juventude, exige inscrição prévia pelo telefone: 3355-3323.   Serviço Concertos para Juventude Data: Terça-feira, 18 de setembro Horário: 10h Local: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, Bairro de Santo Antônio) Inscrições: 3355-3323 Sétimo Concerto Oficial da Temporada 2018 da Orquestra Sinfônica do Recife Data: Quarta-feira, 19 de setembro Horário: 20h Local: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, Bairro de Santo Antônio) Entrada franca. Ingressos distribuídos na bilheteria do teatro, uma hora antes da apresentação Informações: 3355-3322

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Seminário gratuito discute práticas e políticas culturais para museus

Partilhando as encruzilhadas e os caminhos das políticas culturais aplicadas a museus e espaços expositivos de arte, será realizado, entre os próximos dias 17 e 19 de setembro, no auditório do Museu da Abolição, o Seminário de Educação Museal: das incertezas, os futuros. Idealizado por equipamentos mantidos pela Prefeitura do Recife, como o Paço do Frevo e o Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães (MAMAM), além do Museu da Abolição e da Remic-PE (Rede de Educadores de Museus e Instituições Culturais-Pernambuco), o evento reunirá estudantes, profissionais e público em geral para prospectar futuro e fôlego para esses espaços de preservação da memória e da identidade cultural do Brasil. Entre as perguntas que o evento pretende responder estão: Como provocar experiências que transcendam a visualidade dos objetos? Como atuar em museus diante das instabilidades econômicas e políticas? Como atrair públicos e atender às suas especificidades? Como fortalecer as práticas educativas em museus e os profissionais que neles atuam? Como despertar em museus e seus públicos olhares empáticos sobre o outro? Para tanto, a programação contará com oficinas, performances, rodas de conversa e painéis criativos. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site do Paço do Frevo. Informações: 3355-9527. Confira a programação: SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO MUSEAL: DAS INCERTEZAS, OS FUTUROS No auditório do Museu da Abolição SEGUNDA-FEIRA (17/09) 14h – Oficina de Aplicabilidade da Política Nacional de Educação Museal (PNEM) – Rafaela Gueiros (IBRAM/MinC): O processo de desenvolvimento da PNEM e o caderno da PNEM 16h – Cafezinho colaborativo 16h30 às 19h – A PNEM na prática TERÇA-FEIRA (18/09) 14h – Performance como educação: atividade performática 14h30 – RodAtiva: Experiências de Educação Museal em Pernambuco (2000/2010) 16h – Cafezinho colaborativo 16h30 – RodAtiva: Experiências de Educação Museal em Pernambuco (2010/2018) 18h – Fórum de trocas: debate aberto sobre a RodAtiva QUARTA-FEIRA (19/09) 14h – Performance como educação: atividade performática 14h30 – Futuros presentes: proposições diversas a partir de vivências educativas contemporâneas, com protagonismo de educadores e estagiários em atuação na atualidade 16h – Cafezinho colaborativo 16h30 – Rearticulação da REMIC: que futuros construiremos juntos? 18h30 – Painel de inspirações: construção coletiva de um moodboard sobre os futuros da educação em museus

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Premiado filme baiano, “Café com Canela” estreia em Recife

Um dos mais festejados longas-metragens da atualidade do cinema da Bahia, “Café com Canela” estreou em Recife, onde está em cartaz no Cinema da Fundação, completando uma lista de 14 cidades de 12 estados em exibição. Com direção de Glenda Nicácio e Ary Rosa, a obra vem de uma muito bem-sucedida trajetória em festivais de cinema do Brasil e do exterior, tendo feito parte da seleção oficial do International Film Festival Rotterdam, além de ter vencido como Melhor Filme pelo Júri Popular no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em 2017, o que lhe rendeu o Prêmio Petrobras de Cinema e a consequente distribuição que agora se executa. Filmado e realizado no interior da Bahia, especificamente no simbólico Recôncavo Baiano, “Café com Canela” é uma produção de representatividades. Um elenco negro, um cenário de estéticas da negritude, referências às religiões afro-brasileiras, o cotidiano popular interiorano e a força da mulher são potências que constroem uma narrativa de sutilezas. A partir do reencontro das personagens Margarida e Violeta, um processo de transformação se desdobra para ambas – a primeira, isolada pela dor da perda do filho; a segunda, entre as adversidades do dia a dia e traumas do passado – e para a visão de quem poderá se reconhecer naquelas identidades. “Café com Canela” é um filme de afeto e aconchego. A elogiada atuação de Valdinéia Soriano, premiada como Melhor Atriz também no Festival de Brasília, compartilha espaço com os atores e atrizes Aline Brune, Dona Dalva Damiana, Babu Santana, Arlete Dias, Guilherme Silva, Aldri Anunciação e Antônio Fábio. A trilha original é de Mateus Aleluia, remanescente do conjunto Os Tincoãs, ícone da música brasileira. O longa foi ainda escolhido para abrir a 21ª Mostra Tiradentes, integrou a 41ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, foi premiado no XIII Panorama Internacional Coisa de Cinema e na 9ª Semana dos Realizadores. “Fala-se muito em ‘afeto’, mas, como acontece com frequência, fala-se muito daquilo que não se encontra de verdade em nossa sociedade pós-industrial. ‘Café com Canela’ é, de fato, um ‘filme de afeto’, uma espécie de doce rapsódia baiana ambientada no Recôncavo.” Luiz Zanin (Estadão) “O filme tem como trunfo as excelentes performances do elenco. Aline Brune e Valdinéia Soriano brilham tanto no desempenho de gestos cotidianos e ritualísticos, quanto nos bem construídos diálogos, por vezes de sonoridade literária. Outro ponto forte são as ousadas rupturas com o registro realista.” Lúcia Moreno (Folha de S.Paulo) PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO Apresentado pela Petrobras, “Café com Canela” foi produzido pela Rosza Filmes, produtora independente fundada em 2011 pelos próprios diretores do filme, como resultado de seleção no Edital de Arranjos Financeiros Estaduais e Regionais, realizado em conjunto pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (IRDEB). Residentes do Recôncavo da Bahia, Glenda Nicácio e Ary Rosa encontram na cultura popular local a pulsação para o cinema, desenvolvendo filmes onde o processo de produção, a narrativa e a estética são elementos pautados nas dinâmicas do interior. A distribuição em salas de cinema é assinada pela Arco Audiovisual, também da Bahia, que se compromete a contribuir para a difusão de obras audiovisuais independentes brasileiras, principalmente as fora do eixo. Tendo como pontos de recorte o potencial artístico, social e de comunicabilidade das obras, a distribuidora compõe seu catálogo com “filmes com questão”. SINOPSE Recôncavo da Bahia. Margarida vive em São Félix, isolada pela dor da perda do filho. Violeta segue a vida em Cachoeira, entre adversidades do dia a dia e traumas do passado. Quando Violeta reencontra Margarida, inicia-se um processo de transformação, marcado por visitas, faxinas e cafés com canela, capazes de despertar novos amigos e antigos amores. CAFÉ COM CANELA. Direção: Glenda Nicácio e Ary Rosa. Brasil, 2017. Longa-metragem de ficção. 103 min. Classificação indicativa: 14 anos.

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IRB recebe mais uma edição da Primavera dos Museus

Neste ano de 2018 são celebrados os 200 anos da criação do primeiro museu do Brasil e os 60 anos do primeiro documento que tratou do papel educativo dos museus. E é com foco no papel educativo desses equipamentos culturais, que o Instituto Ricardo Brennand participa mais uma vez da Primavera dos Museus, entre os dias 18 e 23 de setembro. Em sua 12ª edição, a temática será “Celebrando a Educação em Museus” e contará com uma programação especial que incluirá ações educativas, curso de gestão de acervos musicais históricos, encontro literário, apresentação musical e muito mais. A ideia é fazer com que o público perceba o dinamismo de um museu e participe, não apenas como visitantes. O Instituto Ricardo Brennand funciona de terça a domingo, das 13h às 17h e o ingresso custa R$ 30,00 (inteiro) e R$ 15,00 (meio). Informações pelo (81) 2121.0352/ 036. Confira a programação: De 18 a 23/09 - das 13h às 17h Ações educativas por meio de textos explicativos, sons, objetos e experiências sensoriais a partir do acervo do Instituto Ricardo Brennand. De 18 a 22/09 - das 8h30 às 12h30 Curso Gestão de Acervos Musicais Históricos, com o musicólogo Paulo Castagna. O curso visa ao estudo de acervos musical a partir de princípios da teoria arquivista geral. Inscrições pelo site: www.institutoricardobrennand.org.br De 18 a 20/09 - das 13h00 às 17h00 Tramas da Educação, exposição de fotos retratando as atividades realizadas durante os 16 anos da Ação Educativa do IRB. O intuito é promover reflexões sobre a educação em espaços museológicos. 19/09 - das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30 Formação de docentes de EJAI sobre Educação Patrimonial, Identidade e Pluralidade Étnica, através dos temas Coleção e Colecionismo e Cultura Indígena e Afro-brasileira. 20/09 - das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30 Formação de docentes de Artes e Bibliotecários sobre Educação Patrimonial, Identidade e Pluralidade Étnica, através dos temas Coleção e Colecionismo e Cultura Indígena e Afro-brasileira. 21/09 - das 14h00 às 17h00 Encontro Literário sobre a renomada obra “O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de la Mancha”, do escritor castelhano Miguel de Cervantes. 22/09 - das 14h30 às 17h00 118ª edição do Peça a Peça. Atividade realizada de forma transdisciplinar, a partir do diálogo entre a Educação Patrimonial e a sobre o período da ocupação holandesa. 23/09 - das 15h00 às 17h30 Performance do Duo Aracê, que apresentará composições de autores pernambucanos, editadas pelo músico e pesquisador Jardel Souza a partir de manuscritos do Acervo Pe. Jaime Diniz do acervo do IRB.

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6 fotos antigas do Recife Barroco

O Recife guarda um dos grandes conjuntos arquitetônicos barrocos do País. Igrejas como a Matriz de Santo Antônio e a Basílica do Carmo são algumas das mais conhecidas da cidade. Recuperamos algumas imagens antigas desses templos religiosos dos acervos do IBGE e da Fundaj. Confira nas imagens abaixo um pouco da luxuosidade do período barroco. 1. Matriz de Santo Antônio (Acervo do IBGE)     2. Capela Dourada (Acervo da Fundaj)     3. Basílica do Carmo (Acervo do IBGE)     4. Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares (Acervo da Fundaj)     5. Pátio do Terço (Acervo da Fundaj)     6. Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (disponível no Wikipedia)   *No próximo sábado acontecerá uma caminhada pelo roteiro das Igrejas Barrocas do Recife. O ponto de encontro será a Rua Barão de Itamaracá, 293, no Espinheiro (sede da TGI). A saída será às 8h. Confira detalhes no link: http://revista.algomais.com/exclusivas/caminhada-fara-roteiro-do-recife-no-estilo-barroco   VEJA TAMBÉM http://revista.algomais.com/exclusivas/caminhada-fara-roteiro-do-recife-no-estilo-barroco   http://revista.algomais.com/cultura/15-fotos-de-vendedores-de-rua-de-antigamente   http://revista.algomais.com/videos/monumentos-de-pernambuco-antigamente

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Ciclo de Debates Agreste Telúrico discute o barro e suas subjetividades

Entre os dias 13 e 15 de setembro, o Museu do Barro de Caruaru vai sediar o projeto Agreste Telúrico, idealizado pelo artista Carlos Mélo, com apoio do Funcultura. A proposta é realizar um ciclo de palestras e performances que possam ampliar as discussões levantadas na primeira Bienal do Barro do Brasil, “Água mole, pedra dura”, realizada em 2014, e também a importância da mostra para a região e suas repercussões. A proposta é ir além do debate da Bienal do Barro enquanto projeto, se constituindo como um espaço de reflexões sobre as relações do barro, da tradição, da memória, da história com a arte contemporânea, sobre o lugar dos artesãos e sobre o cenário cultural do agreste pernambucano. A intenção é problematizar as questões conceituais e simbólicas levantadas pela Bienal, assim como da região, cuja tradição cultural vem dessa matéria-prima, o barro, que possibilitou a fama de ícones como os mestres Vitalino e Galdino. A primeira Bienal do Barro foi motivada pelo interesse de levar a arte contemporânea até uma região onde a tradição e a matéria são os constituintes principais da produção artística. “Quando comecei a pensar a bienal, lá atrás, existia uma dúvida se chamaria o evento realmente de bienal, devido ao desgaste da palavra. Mas como era a primeira, optei por manter esse nome, numa espécie de contravenção. Criei essa mostra que pretendia discutir a questão do barro, indo além da cerâmica. Agora, voltamos a falar sobre a necessidade e a finalidade de uma bienal e o porquê de ter uma em que o barro seja o ponto central de reflexão”, pontua Carlos Mélo. O ciclo de debates também aposta, assim como a bienal, na descentralização, invertendo o fluxo. As bienais acontecem geralmente nas capitais, aqui ela foi deslocada para o interior e é no seu local de realização que ela também será debatida e pensada. “Uma vez que a bienal só faz sentido se estiver em total conexão com os interesses da comunidade, e possa assim criar condições, não só para o resgate da tradição, mas também para propor em sua continuidade a ampliação e produção de novos sentidos”, defende Mélo. No primeiro dia do evento, o mote da discussão será “Por que uma Bienal?”, com a participação de Raphael Fonseca (RJ), que foi o curador da primeira edição da mostra, e de Marcus Lontra (SP), outro nome de destaque na cena curatorial brasileira. Para tornar o diálogo mais profícuo, a mesa será composta por três mediadores de Pernambuco, o diretora do Museu do Barro de Caruaru, Maria Amélia, e pelos artistas Sonia Costa e Abel Carvalho (PE). Sonia Costa aproveitará o espaço do evento para fazer um instalação com cabaças, ainda sem título, e apresentará a performance Sopro. A artista vai aproveitar a passagem por Caruaru para realizar também um vídeo performance. O pernambucano Abel Carvalho tamb&eacute ;m vai apresentar trabalhos que refletem sobre memória, pertencimento e história. No segundo encontro, dia 14, o anagrama Agreste/Resgate, trabalhado recorrentemente por Carlos Mélo em suas obras, vai suscitar questões relativas ao lugar, sua história, memória e tradição, e contará com a participação de Mélo, dos artistas José Rufino (PB), Sonia Costa e Abel Carvalho (PE), e da professora e fotógrafa Juliana Leitão. Fechando o ciclo, a pergunta que norteará os debates do terceiro dia será: “Por que uma Bienal do Barro?”. A proposta é que os artistas Sonia Costa, Carlos Mélo, Abel Carvalho e Marcelo Cidade (SP), junto com o jornalista e pesquisador Paulo Carvalho, discutam a simbologia do barro e o que ele representa como contribuição para a contemporaneidade. A ideia é que o artista Marcelo Cidade proponha um projeto para a próxima edição da Bienal do Barro do Brasil, cuja data ainda não está definida. No dia 14, após a conversa, Mélo vai apresentar uma performance, que usará o anagrama Agreste/Resgate como eixo conceitual do projeto da Bienal do Barro. Curiosamente, a proposta da bienal se formou através de experiências com a palavra, no poema ‘ocorpobarroco’, outra instalação do artista, que foi fracionado em “o corpo, o barro e o oco”, como espécie de tripé poético. O barro virou uma bienal, o corpo e o oco são plataformas conceituais do trabalho do artista. A proposta da performance é compartilhar essa experiência, realizando uma reflexão sobre a arte hoje, como uma obra pode ser um projeto cultural, algo além do objeto artístico. Entre a zona da mata e o sertão esse entre-lugar, que é o agreste. O “resgaste” proposto por Mélo é uma reconstrução da subjetividade de uma comunidade de artesãos e de uma região cuja fonte cultural é o barro. Com leituras de textos, exibição de vídeos e de obras, a performance acontecerá em vivo contato com as pessoas presentes. “Resgatar, não e trazer de volta, uma imagem ou um estereótipo ou um artístico. Nossa proposta é transcultural, ela pretende trazer diálogos cruzamentos, atualização de linguagem, um olhar contemporâneo sobre a cultura popular”, diz. O projeto contará com ações de inclusão para p ortadores de deficiência. Haverá intérprete de Libras para as palestras e mesas. O evento é gratuito e aberto ao público. PROGRAMAÇÃO Ciclo de Debates Agreste Telúrico Local: Museu do Barro de Caruaru Endereço: Praça Cel. José de Vasconcelos, 100, Centro – Caruaru Telefone: (81) 3727.7839 | 3721.2545

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Projeto Acorda leva dança popular para cidades de Pernambuco

Depois de viajar por todo o Estado e perceber a carência de grupos de dança popular que preservem a história nordestina, os bailarinos e pesquisadores Christianne Galdino, Pedro Pernambuco e Carmem Queiroz, ao lado da produtora cultural Carla Navarro, desenvolveram o Acorda – Ações Coordenadas em Dança. A iniciativa, que estreia neste fim de semana no município de Água Preta, na Zona da Mata Sul, busca capacitar e fortalecer a dança popular em Pernambuco por meio de oficinas gratuitas em três cidades. O projeto conta com o incentivo do Funcultura. Além de Água Preta, a primeira temporada do Acorda passará pelas cidades de Nazaré da Mata e Recife. “Esse projeto nasce do desejo de divulgar a dança popular e temos a intenção de ampliar o nosso trabalho para outras cidades. Como todos os coordenadores do curso passaram pelo Balé Popular do Recife, a nossa ideia tem fortes raízes no grupo de dança”, explica Christianne, que também conta que a metodologia utilizada nas aulas é a Brasílica, instituída pelo Balé Popular do Recife. A dança Brasílica, metodologia usada pelo Acorda e que preserva a formação cultural e a história do Nordeste, se baseia nas manifestações populares, a exemplo do caboclinho, maracatu, frevo, reisado, além de outros ritmos de origens africana, indígenas e europeias. Para elaborar a metodologia, o Balé Popular se inspirou em ícones da cultura nordestina, como Mestre Salustiano, Capitão Antônio Pereira, o Pastoril do Velho Faceta e o Caboclinhos Sete Flechas, entre outros. A metodologia é dividida em quatro ciclos, o carnavalesco, junino, afro-ameríndio e natalino, que vão ser trabalhados na escola de formação. “Vamos apresentar noções básicas e regras de criação e danças de cada um desses ciclos. Cada turma vai escolher duas coreografias de acordo com suas histórias para apresentação no último módulo, pois a ideia é resgatar a cultura e a memória das danças populares nas cidades por onde passarmos”, destaca Christianne. A capacitação em Água Preta será de 15 a 30 de setembro. As aulas serão na Usina de Arte Santa Terezinha, das 9h às 12h e das 13h às 16h. Em paralelo, uma turma do projeto será formada no Recife e as aulas começarão no dia 17 de setembro, no Espaço Vila, em Santo Amaro, das 19h às 22h. Esta turma segue até o dia 17 de outubro, quando acontece no Teatro Barreto Júnior a mostra coreográfica, integrada ao espetáculo MAGNA. Cada turma contará com 20 participantes, entre adolescentes, a partir dos 14 anos, e adultos interessados em dança, sem restrição de idade. Os grupos estão sendo formados por articuladores presentes em cada cidade que receberá o Acorda. A proposta é reunir jovens com algum interesse em dança ou que tenham presença importante na vida cultural das comunidades. “A ideia é acordar as pessoas para a cultura popular. Lembrá-las do valor cultural que a região em que elas vivem possui, aproximando os jovens dos valores e ritmos autênticos do nosso Estado”, destaca a produtora cultural Carla Navarro. Logo depois das oficinas em Água Preta, a capacitação seguirá para o município de Nazaré da Mata, Zona da Mata Norte, nos dias 10 a 25 de novembro. O Acorda de Nazaré acontecerá no Colégio Santa Cristina, das 9h às 12h e das 13h às 16h. Em dezembro, de 1 a 16, as Ações Coordenadas em Dança retornam para o Recife. As aulas serão ministradas no Espaço Vila, das 9h às 12h e das 13h às 16h.   PROGRAMAÇÃO ÁGUA PRETA LOCAL:  Usina de Arte Santa Terezinha DATAS: 15, 16, 22, 23, 29 e 30 de setembro de 2018 HORÁRIO: das 9h às 12h, das 13h às 16h   NAZARÉ DA MATA LOCAL: Colégio Santa Cristina (R. Conselheiro João Alfredo, 149, Telefone: (81) 3633-1237) DATAS: 10, 11, 17, 18, 24, 25 de novembro de 2018 HORÁRIO: das 9h às 12h, das 13h às 16h   RECIFE TURMA 1 LOCAL: Espaço Vila (Rua Radialista Amarílio Nicéas, 76, Santo amaro) DATAS: 17, 19, 21, 24, 26 e 28 de setembro e 1, 3, 5, 8, 10 e 17 de outubro de 2018 HORÁRIO: 19h às 22h   TURMA 1 – visitas externas + mostra coreográfica LOCAL: TEATRO BARRETO JÚNIOR DATAS: 3 e 10 de outubro/ 17 de outubro (mostra) HORÁRIO: das 19h às 22h/ 20h   TURMA 2 LOCAL: Espaço Vila (Rua Radialista Amarílio Nicéas, 76, Santo amaro) DATAS: 1, 2, 8, 9, 15 e 16 de dezembro de 2018 HORÁRIO: das 9h às 12h, das 13h às 16h

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