Arquivos Cultura E História - Página 278 De 379 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Mês do folclore com rodas de histórias e canções na Galeria Hora Center

Os sábados de agosto contarão com rodas de histórias e canções na Zepelim Brinquedos Educativos, que fica na Galeria Hora Center. A partir das 10h da manhã o evento “Outras Histórias e Canções do Folclore” é conduzido por Pochyua Andrade. Multiartista, autor de livros e canções infantis, Pochyua leva o público para passear no mundo da música, da literatura e das tradições populares; a apresentação será em comemoração ao mês do folclore, com canções, brincadeiras, lendas, confecção de dobraduras e muita interação. Em sua arte, Pochyua ressalta valores relacionados à afetividade e à delicadeza, embarcando num universo infantil sincero e cuidadoso, que não subestima a inteligência das crianças nem dos adultos. O espetáculo é intimista, mas é também uma grande roda para todas as idades, para as famílias se divertirem juntas. A contribuição é espontânea, no formato pague quanto puder. As apresentações integram a programação do “Agosto do Folclore na Zepelim Brinquedos Educativos” que fica na Galeria Hora Center, no Espinheiro. Serviço Agosto do Folclore na Zepelim Brinquedos Educativos Outras Histórias e Canções do Folclore – com Pochyua Andrade Nos Sábados, 18 e 25/agosto – a partir das 10h da manhã Na Galeria Hora Center (Rua da Hora, 345 - Espinheiro) Contribuição espontânea (pague quanto puder) Contato/Informações: 81 98777 1498

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“Troca de rainhas” mostra atuação determinante de crianças para pacificar os reinos da França e da Espanha no século 18

*Houldine Nascimento O filme “Troca de rainhas” (“L’échange de princesses”), que chega nesta quinta (16) ao circuito comercial brasileiro e antes exibido no Festival Varilux, oferece uma visão particular das tensões envolvendo dois estados até então monarcas. Crianças desenvolvem papel determinante para garantir a paz entre França e Espanha no início do século 18, quando a apreensão rondava os nobres dos dois países. O recorte apresentado pelo diretor Marc Dugain mostra a dinastia Bourbon ocupando as duas casas reais e um acordo para pacificar os conflitos existentes entre as duas nações. Com a morte de Luís XIV, o “rei sol”, na França e a ascensão de Filipe V (Lambert Wilson) ao trono espanhol, os franceses se sentiram ameaçados. O herdeiro do trono francês, Luís XV (Igor van Dessel), ainda era pequeno e o Duque Felipe de Orleans (Olivier Gourmet), seu tio-avô, conduz os destinos do país até que ele atinja a maioridade. Para evitar um ataque espanhol, uma troca de princesas é proposta pelo regente. Assim, sua filha Luísa Isabel (Anamaria Vartolomei), aos 12 anos, se casa com o herdeiro da coroa espanhola, Luís I (Kacey Mottet), de 15. Na mesma época, Mariana Vitória (Juliene Lepoureau), infante da Espanha com apenas quatro anos, é enviada à França para se unir ao rei Luís XV, com 12. A narrativa se concentra no comportamento dessas quatro crianças e toda a movimentação que as cerca. Doenças, conspirações e o medo da morte rondam os dois reinos. O modo insolente de Luísa Isabel, por exemplo, ameaça o acordo feito entre os dois países. Ao mesmo tempo, a pouca idade de Mariana é um entrave para que Luís XV tivesse um filho. O filme evidencia todas essas preocupações com propriedade, além de passar para o público aspectos íntimos dessas crianças, que tiveram a infância subtraída. Com a morte do Duque de Orleans, Luís XV assume o trono anos antes do tempo previsto e novas tensões surgem. É interessante que a trama apresentada, que toma como base um romance da co-roteirista Chantal Thomas, não se apega apenas à versão oficial dos fatos. Luísa Isabel entrou para a história como louca, mas “Troca de rainhas” mostra na verdade sua resistência ao casamento arranjado, a viver ao lado de um desconhecido para o resto da vida. Todo o elenco juvenil consegue dar conta da carga que foi imposta. A participação da pequena Juliene Lepoureau encanta pela inocência e segurança no papel. Por sua vez, elementos técnicos e artísticos, como figurino, fotografia e, especialmente, o design de produção – este assinado por Patrick Deschene e Alain-Pascal Housiaux –, ajudam a fazer uma rica reconstituição do período. São grandes acertos de um filme bem conduzido e que se mantém interessante na maior parte. *Houldine Nascimento é jornalista

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João Paulo Albertim faz apresentação gratuita no Conservatório

O cavaquinista João Paulo Albertim é a atração do projeto Sexta da Música que acontece na sexta-feira (24), às 19h30 no Conservatório Pernambucano de Música (CPM). No repertório, músicas do seu primeiro CD solo: João Paulo Albertim- Toca Pernambuco, composições que estarão no novo CD do artista e clássicos de diversos compositores como: Um Tom Pra Jobim de Sivuca e Osvaldinho do Acordeon, Bebê de Hermeto Pascoal e Galho Seco de Jacaré do Cavaquinho. “Será uma honra tocar nesta casa que sempre me recebeu tão bem. Minha apresentação será uma forma de retribuir tudo que aprendi durante os dez anos que estudei no Conservatório” afirma. A apresentação é gratuita e João Paulo dividirá o palco com Rubem França no violão de oito cordas, Fernando Moura no cavaquinho e Júlio Teles no Pandeiro. Além disso, o show terá a participação especial de Marco César no Bandolim e violão de sete cordas que foi seu professor durante o período que estudou no Conservatório. Uma das composições de João Paulo que se destaca no repertório é a Ozana Maracatu. “Trata-se do primeiro maracatu para ser tocado no cavaquinho de cinco cordas e integra uma série de dez peças que estou compondo para ser reproduzida neste instrumento” explica o músico. João Paulo é bastante reconhecido e elogiado pelas suas apresentações e participações em shows e discos. Seu trabalho pode ser ouvido nos discos do Sexteto Capibaribe, Orquestra Retratos, Antônio Carlos Nóbrega, Grupo Arabiando, entre outros. É presença constante em festivais nacionais e internacionais como: Mostra Internacional de Música de Olinda (Mimo), Porto Musical em Recife, Mel Chorinho e Cachaça em Viçosa, no Ceará, no Festival de Música Instrumental e Corais: Atmosfera Musical, produzido pelo Banco Santander. Já fora do Brasil, integrou a turnê francesa do cantor Herbert Lucena e se apresentou nos festivais de Gannat, Alençon, Issoire, Clermont Ferrant, Vichi, Le Donjon, Puy Guillaume e Echaussieres. Além disso, se apresentou na Embaixada do Brasil em Buenos Aires, representando Pernambuco com o Grupo Choro PE. E não para por aí, o CD Toca Pernambuco foi pré-selecionado no prêmio da Música Brasileira 2013. O Disco reúne músicas de autoria do próprio João Paulo, de grandes compositores e também de conterrâneos como: Adelmo Arcoverde, Marco César, Bozó Sete Cordas e Claudio Souza. Atualmente, o músico está em estúdio gravando o seu segundo CD. Serviço: João Paulo Albertim no Sextas da Música Data: Sexta-feira- 24 de agosto de 2018 Horário: 19h30 Local: Conservatório Pernambucano de Música Av. João de Barros, 594 - Santo Amaro. Valor: Gratuito

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Realizadoras do Brasil e do mundo terão seus filmes exibidos no II FINCAR

II Festival Internacional de Cinema de Realizadoras exibe mais de 70 produções audiovisuais em três cinemas públicos situados no Grande Recife, de 14 a 19 de agosto, com entrada a preços populares   Mais de 70 filmes dirigidos por mulheres serão projetados em três cinemas de rua durante o II FINCAR - Festival Internacional de Cinema de Realizadoras. De 14 a 19 de agosto, além das atividades formativas, a extensa programação contempla curtas, médias e longas-metragens de várias partes do mundo exibidos no Cinema São Luiz, no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (ambos no Recife) e no Cine Teatro Bianor Mendonça Monteiro em Camaragibe, na região metropolitana do Recife. Viabilizado através do 10° Edital do Programa de Fomento à Produção Audiovisual de Pernambuco - Funcultura / Fundarpe, da Secretaria de Cultura do Governo de Pernambuco, o FINCAR é uma produção da Orquestra Cinema Estúdios e Vilarejo Filmes. Em sua segunda edição, conta com a apoio da Fundação de Cultura de Camaragibe, Pajeú Filmes, Paço do Frevo, Portomídia e Porto Digital. O FINCAR tem como proposta ocupar os equipamentos culturais públicos da Grande Recife com uma programação provocativa, política e produzida por mulheres, com debates pós-sessões de cinema para investir na formação de público. Durante o mês que a convocatória esteve aberta 1168 filmes de realizadoras foram inscritos. O país que mais inscreveu filmes foi o Brasil, com 320 filmes submetidos à curadoria, estritamente formada por mulheres. Na primeira edição, em 2016, o país que mais inscreveu filmes foram os EUA. Realizadoras, artistas visuais, cineclubistas, comunicadoras populares, pesquisadoras acadêmicas, pesquisadoras livres, estudantes de cinema: cada curadora ao seu modo trouxe uma perspectiva sobre o cinema feito por mulheres. "A diversidade de vivências e experiências audiovisuais entre as curadoras é uma das potências políticas do festival. Os debates estabelecidos a partir dos filmes foram muito produtivos e a programação instigante a qual chegamos é resultado direto disso", afirma Maria Cardozo, idealizadora e diretora de programação do FINCAR. O que ainda ecoa dos debates curatoriais desta edição poderão ser encontrados no catálogo digital que será lançado no dia 14 de agosto no Cinema São Luiz e estará disponível online no site do FINCAR (www.fincar.com.br).     MÉDIAS E LONGAS acesse   A realizadora Patrícia Ferreira, a primeira diretora indígena a exibir filme no FINCAR, co-dirigiu o média-metragem Teko Haxy - Ser Imperfeita com Sophia Pinheiro. As duas realizadoras estarão presentes nas sessões do filme no Recife e em Camaragibe. Na programação de médias e longas encontra-se também o documentário O Caso do Homem Errado (RS - Brasil), de Camila de Moraes, que rompe o hiato de 34 anos sem longa de realizadora negra lançado em circuito comercial, vencedor do 9º Festival Internacional de Cine Latino, Uruguayo y Brasileiro; o documentárioMulheres Rurais em Movimento, direção coletiva do Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste / MMTR-NE e Héloïse Prévost, vencedor do prêmio do júri do 11º Seminário Fazendo o Gênero; Piripkura (Brasil), de Mariana Oliva, Renata Terra e Bruno Jorge, exibido no forumdoc.bh2018 e Festival do Rio 2018; Diários de Classe (BA - Brasil), dirigido por Maria Carolina da Silva e Igor Souza, exibido no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; Lírios não Nascem da Lei (MG - Brasil), realizado por Fabiana Leite, presente na Seleção oficial para o WomenCinemakers Biennial Edition 2018; Wild Relatives (França, Líbano e Noruega), dirigido por Jumana Manna e estreado mundialmente no 67º Festival Internacional de Cinema de Berlim - Berlinale 2018; Cuatreros(Argentina), dirigido por Albertina Carri, circulou pelo mundo em festivais, a exemplo do Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano (La Habana, Cuba) e Mar del Plata Inernational Film Festival (Mar del Plata, Argentina); e Dreamstates (EUA, França e Ruanda), realizado por Anisia Uzeyman, que estreou mundialmente no Los Angeles Film Festival. CURTAS-METRAGENS  acesse Ao todo 65 curtas serão exibidos no II FINCAR, com várias estreias em Pernambuco. Entre as primeiras exibições de filmes de realizadoras pernambucanas nas cidades do Recife e Camaragibe, temos duas diretoras negras e uma indígena: Anna Andrade com Entremarés, documentário que aborda a vida de mulheres pescadoras na Ilha de Deus (Recife); Ayla Oliveira comEntre Pernas, ficção de realismo fantástico sobre a Perna Cabeluda; e Graci Guarani comMensageiro do Futuro, documentário que fala sobre questões urgentes em uma das aldeias indígenas mais populosas do país. Dos 65 curtas que serão exibidos, 22 são de realizadoras negras e 6 de realizadoras indígenas.   CURADORAS Todo o processo de seleção dos filmes foi feito por uma equipe de curadoras mulheres, são elas: Ana Carvalho, Aurora Jamelo, Cíntia Lima, Elaine Una, Íris Regina Gomes, Maria Cardozo, Mariana Porto, Sabrina Luna, e as curadoras assistentes: Erlânia Nascimento,  Júlia Karam, Karla Fagundes, Mariana Souza e Rayanne Layssa. Algumas delas escreveram textos para o catálogo inspirados nos nomes das sessões de curtas: Dançando a revolução, Correntezas, Vivas nos queremos!, Recontando a história, É minha cada parte do meu corpo, Existir, ocupar!,  Noturnas, Corpos de terra e mar e Me chame pelo meu nome. INFÂNCIAS E ESCOLAS O cinema de animação realizado por mulheres em diversos países compõem a Sessão Infantil, novidade neste II FINCAR junto a Programação Escolar. Estes últimos terão como espectadores estudantes de escolas públicas nas duas cidades, resultado de uma intensa articulação institucional para viabilizar o transporte e a pauta letiva junto ao Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Secretaria de Educação, e da Prefeitura Municipal de Camaragibe, através da Fundação de Cultura. SÓCIAS E SOCIAIS Além das articulações via instituições públicas, estão sendo feitas mobilizações junto às comunidades ao redor dos cinemas para que estas pessoas possam conhecer mais estas e outras sessões do II FINCAR, bem como a proposta do festival como um todo. Já a sessão do médiaMulheres Rurais em Movimento contará com a presença das ativistas do Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste / MMTR-NE, mulheres que participaram da direção coletiva do filme. Elas virão de Caruaru e de outros estados do Brasil para participar da exibição e muitas entrarão pela primeira vez no Cinema São Luiz, em sessão que acontece na quinta (16) à noite. No domingo (19) à tarde o filme volta a ser exibido, mas desta vez no Cine Teatro

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Beto Figueiroa lança catálogo da exposição ExistenCidades no MAMAM

O fotógrafo Beto Figueiroa lança esta quinta-feira (9), às 19h, o catálogo da exposição ExisteCidades no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), no Recife. Na ocasião, também acontecerá uma visita guiada pela instalação com análise das 13 imagens expostas com o professor Afonso Jr., da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Mateus Sá e o músico Jr. Black, além de Beto. O projeto é realizado pela Jaraguá Produções com incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura – Funcultura. A exposição está em cartaz no museu desde o dia 2 de maio, numa estrutura que simula um ambiente quase urbano com recursos audiovisuais, composto de andaimes de construções vazados, utilizados como suporte para as fotografias. A assinatura da construção arquitetônica e identidade visual é de Luciana Calheiros e Aurélio Velho da Zolu Design. Para a ativação, Beto convidou Jr. Black, que criou textos inspirados em suas obras. No catálogo, as palavras do músico serão impressas ao lado das imagens. Nele também estarão reproduzidas as aplicações das imagens da própria exposição. Beto Figueiroa - Fotografia além da visão Beto Figueiroa passou parte da infância na histórica cidade de Goiana, Mata Norte de Pernambuco. Foi criado por uma mulher cega. Mãe Ná, sua avó, morreu em 2009, aos 106 anos e sempre foi uma referência não só na conduta de vida como na arte de enxergar. Para o menino Beto, o sentido da visão jamais foi parte essencial para a alegria. O jeito de ver as coisas se construiu de maneira diferenciada – bem provavelmente pela força dos ensinamentos de Mãe Ná, que jamais o viu, mas o acompanhou de perto, desde o início de sua carreira como fotógrafo. A afetiva história sobre o olhar especial de Beto Figueiroa, evidente em suas fotos, talvez seja a primeira explicação para o reconhecimento do seu trabalho. Lançou em 2014 a exposição "Morro de Fé", com curadoria de Mateus Sá e 25 fotografias coloridas e em preto e branco, impressas em grandes formatos, ocupando paredes, telhados com até 14 metros de largura. As imagens a céu aberto e em grandes proporções, foram fixadas nas fachadas e muros das casas no surpreendente suporte de pôster-bombs (lambe-lambe). Um ano após a intervenção no morro, o projeto ganhou o formato de livro, como um registro perene de uma intervenção efêmera, de 114 páginas. Com trabalho reconhecido pelas principais premiações do fotojornalismo nacional, como Vladimir Herzog, Beto participou de exposições individuais e coletivas, no Brasil e no exterior, além de inúmeras publicações em livros e revistas. Em 2007, esteve entre os dez brasileiros escolhidos pela Fototeca de Cuba e pelo Instituto de Mídia e Arte – Imea (SP) para representar a fotografia brasileira, sendo o mais jovem da seleção na mostra “Mirame – uma ventana da fotografia brasileña”, em Havana. Em 2016 lançou o livro “Banzo” pela editora Olhavê e o segundo da sua carreira.

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Fliporto de volta às origens em sua 12ª edição

A Feira Literária Internacional de Pernambuco - Fliporto, promove sua 12ª edição de 09 a 12 de agosto com duas novidades: o retorno para Porto de Galinhas, praia que recebeu a realização da primeira festa literária em 2005, e sediou o evento até 2009; e o espaço inédito da Fliporto Geek, que chega com uma programação voltada à cultura pop, trazendo universo geek e nerd, com as histórias em quadrinhos (HQs), oficinas, desfile e concurso de cosplays. Com o tema “Diálogos no Contemporâneo”, a feira traz uma programação plural, gratuita e conectada com os temas que estão sendo debatidos na atualidade. A curadoria da Fliporto é assinada pelo advogado e escritor Antônio Campos e pelo produtor cultural Eduardo Côrtes, com produção executiva da Promundo e realização da Editora Fliporto, Cia do Lazer, Grupo Nativo e Andelivros. A Prefeitura de Ipojuca é patrocinadora do evento. Após uma temporada na cidade de Olinda, a Fliporto volta ao seu lugar de origem, onde irá ocupar vários espaços no centro do balneário, dedicados aos polos do evento. O homenageado do Congresso Literário desta edição é o escritor Marcus Accioly, poeta e membro da Academia Pernambucana de Letras que faleceu no final de 2017, e que, por mais de uma vez, esteve na Fliporto, honrando o evento com a sua presença e vasto conhecimento literário. Nomes como a poeta portuguesa Maria João Cantinho, Raimundo Carrero, Nelson Motta e o cantor e poeta ipojucano Nando Cordel estarão presentes na feira. A expectativa para esta edição é de receber cerca de 10 mil visitantes durante os 4 dias de evento. Hotéis, pousadas, restaurantes, flats, casa alugadas, táxis, lojas, comércios nas praias e até vendedores ambulantes, devem somar movimentação financeira de até 5 milhões para o município. A Fliporto também conta com os patrocínios do Convention Bureau & Visitors de Porto de Galinhas, da Cerveja Sol, Real Hospital Português e da Associação de Hotéis de Porto de Galinhas. Juntamente aos principais eventos da feira, haverão programações paralelas nos polos da Fliporto Galerinha, Fliporto Cult, o novo polo Fliporto Geek, Tribuna Livre, Fliporto Musical, EcoFliporto, Fliporto Gastrô, Fliporto Artes Plásticas e a Feira do Livro.   PROGRAMAÇÃO Atrações fixas:    Projeto do “Livro de Coração” - (FUNDAJ) Distribuição de 1000 Livros.  Chuva de Livros: Distribuição de livros nas praças e polos do evento.  Performance itinerante “O Sonho de Quinzinho” - Francis de Souza (FUNDAJ). Dia 10 de agosto, sexta-feira  10:00   A força dos Quadrinhos na literatura de hoje. Com Felipe Folgosi (Ator, escritor, roteirista e apresentador) 11:00  Tereza Costa Rego - A biografia de uma mulher em três tempos. Palestra de Bruno Albertim. 14:00 Bate papo Ilustrado (Fliporto Geek) Com os ilustradores Sandro Marcelo e Helton Azevêdo, com mediação de Patrícia Guedes (Coordenadora do Polo Fliporto Geek). 15:00 A saga literária ao longo da história. Com Cássio Cavalcante e Maria de Lourdes Hortas. 16:00  Literatura e internet Bate papo com Natanael Lima, Ney Anderson e Frederico Spencer. 17:30  Abertura oficial com a prefeita Célia Sales 18:00  Meu Ipojuca querido Romero Sales, Arnaud Mattoso e Rui Ferreira; 19:00  Empoderamento feminino: O papel da mulher no mundo de hoje Com Jô Mazzarolo, Maria de Lourdes Hortas e Célia Sales. 20:00  Diálogos sobre o turismo em Pernambuco. Com Mário Pilar, Otaviano Maroja, Alberto Feitosa e Bráulio Moura. Dia 11 de agosto, sábado 9h30   Imprensa e mulheres pernambucanas Com Luzilá Gonçalves e Nelly Carvalho. 10h30 O mundo contemporâneo recomeça no Recife Palestra de Luciano Porto, debatedor Cássio Cavalcante. 11h30 Influências Africanas na Literatura Brasileira Com Paulo Roberto Corino e Carlos Santos. 14:00 Palestra sobre o filme Recife Assombrado (Fliporto Geek) Com  Bruno Antônio e Gustavo Correia. 15h00   Bate papo com ilustradora vencedora do prêmio Jabuti. Com Anabella López (Argentina). 16:00 Brasil e Portugal na poesia contemporânea Com a poeta Maria João Cantinho (Portuguesa), Maria de Lourdes Hortas e Cássio Cavalcante como moderador. 17:00  Um olhar sobre o contemporâneo Palestra de Antônio Campos. 18:00  Literatura, teatro e cinema. Com Maria Zilda, Claudia Alencar e Katia Mesel como moderadora. 19:00  Literatura e música Nelson Motta, provocações do jornalista AD Luna (JC) 20h00 Ficção em Pernambuco Bate papo com Raimundo Carrero e Luzilá Gonçalves. Dia 12 de agosto, domingo 10:00  Vida e obra de Marcus Accioly Palestra de Alvacir Raposo. 11:00  Talk show musical Nando Cordel entrevistado por José Teles (JC)   SERVIÇO Feira Literária Internacional de Pernambuco - Fliporto 2018 Data: 10 a 12 de agosto 2018 Local: Espaço Muru-Muru / Itaoca - Porto de Galinhas, Ipojuca-PE Tema: Diálogos do Contemporâneo Homenageado: Marcus Accioly   Confira a programação completa da Fliporto 2018.

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Livro traz retrospectiva do artista Ypiranga Filho

Ypiranga, publicado pela Cepe Editora e organizado por Lêda Régis, traz diversos textos curatoriais e vasto acervo fotográfico para traçar uma retrospectiva inédita sobre a obra do artista visual pernambucano Ypiranga Filho. O lançamento do livro, que acontece dia 9 de agosto, no Museu do Estado, às 19h, também contará com exposição de mais de 100 obras do artista Pelas mãos do artista pernambucano Ypiranga Filho, 82 anos, a dureza do ferro se fez flexível, ressignificando o material. O trabalho com o metal foi pioneiro em Pernambuco nos anos 1960 e 1970, auge do modernismo e da predominância do figurativismo tropicalista no Estado. Daí se percebe a relevância de Ypiranga, que nadou contra a corrente vigente, apostando no experimentalismo característico da arte contemporânea. Subverteu as linguagens tradicionais da escultura, gravura, desenho e pintura ao criar com a fotografia, o filme, a arte xérox e a arte postal. Sua obra é considerada patrimônio fundamental da arte de Pernambuco e do Brasil. Todas as faces do prolífico Ypiranga podem ser lidas e vistas no livro Ypiranga Filho, organizado por Lêda Régis e publicado pela Cepe Editora. O lançamento ocorre dia 9 de agosto, às 19h, no Museu do Estado, e conta ainda com exposição de mais de cem obras do artista, sob curadoria de Joana D’Arc Lima e Raul Córdula. Os dois assinam textos curatoriais presentes no livro de 292 páginas, ao lado de outros grandes nomes como Marcus Lontra, Adão Pinheiro e José Cláudio. Para o presidente da Cepe, Ricardo Leitão, que assina a apresentação do livro, os textos curatoriais “formam uma base teórica e antecedem a retrospectiva inédita da obra de Ypiranga Filho, que a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) tem a honra de agora publicar”, escreve Leitão. O livro ainda conta com cronologia biográfica, e elenca todas as exposições do artista, pouco conhecido nacionalmente, apesar da relevância de seu trabalho. “Ypiranga se formou na Escola de Belas Artes, em 1969, criando uma escultura feita com cabos de vassoura como se fossem móbiles. Um marco”, pontua a curadora. No prefácio de Raul Córdula revela-se o início da relação de Ypiranga com os artistas que trabalhavam com máquinas das fábricas, na Alemanha, onde morou na década de 1960. “Assim sua obra pendeu para a expressão que emana das formas e volumes contidos nas sobras da indústria e na manipulação daqueles materiais”, escreve o artista e crítico de arte. O também crítico e curador carioca Marcus Lontra ressalta a preocupação ética das esculturas de Ypiranga, que constrói e transforma paisagens sem deixar de se integrar à natureza. “Ypiranga reforça, com toques sutis de melancolia, a ideia de que o mundo sem ganância e sem exploração pode ser um terreno fértil para aflorar a criatividade e o talento humano”, define Lontra, para quem o estilo do artista dialoga com o cubismo, surrealismo, e, entre os brasileiros, com as obras de Maria Martins, de Frans Krajcberg, Mário Cravo Neto e Boaventura da Silva Filho, o Louco. Entre os trabalhos marcantes da carreira de Ypiranga, o também artista Adão Pinheiro recorda O Cangaceiro. “Eram ferros e jantes, com uma solda elétrica aparente, brutal”, descreve. Integrante de vários grupos artísticos importantes dos anos 1960 e 1970, fez parte da Cooperativa de Artes e Ofício da Ribeira, em 1964, com grande papel político e social naquele período de repressão. Socialista declarado, sempre defendeu a coautoria do artista e do artesão. “Um trabalhador das artes consciente de seu papel social”, escreve Joana. Exposição Na mostra expositiva, espelho tridimensional do livro, estarão presentes 11 esculturas, 22 desenhos, 14 pinturas e 53 gravuras, além das obras chamadas por Joana de Transbordamentos, que estarão impressas em um painel. Buscando transmitir uma ideia de extrapolação de fronteiras definidas que escapam às definições normativas, a curadora trata como transbordantes os fazeres artísticos que relacionaram arte e vida pública, “como no happening intitulado Brigada de Artilharia Leve, proposto pelo artista Daniel Santiago, 1987, na Brigada Portinari, 1982, Evoé Nelson Ferreira, Olinda Arte em Toda Parte (2001-2007), participação na organização da I Mostra de Art-Door do Recife (1983-1986), entre outros projetos coletivos e colaborativos durante os anos 1990 até 2016”, explica. Serviço Lançamento do livro Ypiranga Filho (Cepe Editora) e exposição de obras do artista Quando: 9 de agosto, às 19h Onde: Museu do Estado (Avenida Rui Barbosa, 960, Graças) Preço: R$ 90 (livro impresso) / R$ 25 (E-book)

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Tetralogia de Raimundo Carrero ganha lançamento no Recife

Depois do 28º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) e da 16ª Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), a tetratologia Condenados à Vida, de Raimundo Carrero, ganha lançamento no Recife no próximo sábado (04), a partir das 14h, no Cinema do Museu (Museu do Homem do Nordeste/Fundaj), quando também será exibido o filme Carrero, o áspero amável, da cineasta Luci Alcântara. Editado pela Cepe, a obra, que marca os 70 anos de vida do escritor (comemorados em dezembro) reúne em um só volume os romances Maçã Agreste (1989 e já esgotado), O amor não tem bons sentimentos (2007), Somos pedras que se consomem (1995) e Tangolomango (2013), cujos personagens transitam entre os livros. Foi a partir de Maçã Agreste que Carrero começou a narrar as histórias da família Cavalcanti do Rêgo - Dolores, Ernesto, Leonardo, Raquel, Guilhermina, Jeremias, Matheus, Ísis e Biba. Parentes que se relacionam e se destróem, tendo a cronologia da decadência da elite nordestina da cana de açúcar diante da industrialização como pano de fundo. Destaque para o prefácio inédito do também escritor, jornalista e crítico literário carioca José Castello, que anteriormente resenhou quase todos os livros dessa tetralogia, com exceção de Maçã Agreste, considerado por Carrero sua obra mais importante e, no entanto, menos conhecida. “A leitura desses quatro grandes romances de Carrero dilacera. Rasga a proteção íntima que costumamos usar para nos defender do mundo. A verdade é: eles nos atordoam. Enquanto relia os quatro livros, senti, muitas vezes, uma mistura desconfortável de espanto e horror”, descreve Castello em seu prefácio. Membro da Academia Pernambucana de Letras, Raimundo Carrero é um dos escritores mais premiados do País. Já ganhou o Prêmio Jabuti, mais importante prêmio literário do Brasil; dois troféus da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA); e dois prêmios Machado de Assis da Biblioteca Nacional. Em Pernambuco é vencedor dos prêmios José Condé e Lucilo Varejão. Seus livros já foram traduzidos para o francês, português, espanhol, romeno e búlgaro. Filme Escrito, produzido e dirigido por Luci Alcântara, o filme Carrero, o áspero amável, apresenta, em cerca de 25 minutos, o escritor em reflexões sobre o processo criativo (“a mim interessa investigar o homem e suas ansiedades”), a experiência de sua oficina de criação literária, os impactos provocados pelos AVCs (Acidente Vascular Cerebral), em uma narrativa audiovisual que conta com a participação do editor Tarcísio Pereira e do escritor Paulo Caldas. Trechos dos filmes Geração 65, aquela coisa toda (2008), a Minha alma é irma de Deus (2009), e da peça teatral O amor não tem bons sentimentos (2009) costuram a proposta, que contou com o apoio cultural da Companhia Editora de Pernambuco. Serviço Lançamento da tetralogia Condenados à vida, de Raimundo Carrero Data: 04.08.18, sábado Horário: 14h Local: Cinema do Museu (Museu do Homem do Nordeste) Endereço: Avenida Dezessete de Agosto, 2.187, Casa Forte Preço do livro: R$ 80,00 (impresso) e R$ 24, 00 (E-book)

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Fernando Torres divulga “Todo sonho novo é madrugada”: o mais novo lançamento da MPB pernambucana

O músico, cantor e compositor paulista radicado em Recife, Fernando Torres, lançou, no último dia 20 de julho, sua mais nova música autoral. Composta em parceria com o músico Rodrigo Carneiro, baixista da banda Palhaço Paranoide, “Todo sonho novo é madrugada” é uma canção com influências de vários nomes da MPB, a exemplo de Boca Livre, Milton Nascimento e Oswaldo Montenegro. “A inspiração vem de um caldeirão musical de trabalhos que acompanho há muito tempo. Sou fã da musicalidade dos compositores de Minas Gerais, desde o Clube da Esquina e tenho muita admiração por outros músicos como o João Alexandre e a dupla Sá e Guarabira”, conta o compositor. Amigos de longa data, Fernando e Rodrigo comphttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgam “Todo sonho novo é madrugada” em uma parceria respectiva de música e letra. A dupla, agora, repete a dose em mais uma bela composição. A música foi gravada em um formato acústico, tendência atual do compositor, e contou com o talento do pianista Kelsen Gomes e do violonista Rodrigo Leite. Presente em publicações de diferentes plataformas digitais (Facebook, Instagram, Youtube) o clipe de “Todo sonho novo é madrugada” soma 16.961 visualizações com dez dias de lançamento e vem atraindo mais admiradores. Os interessados podem conferir nos seguintes links: Fanpage Associação dos Professores do CEMO: 14 mil vews - https://bit.ly/2NRjowj Perfil pessoal do Face (Fernando TTorres): 2600 vews - https://bit.ly/2LVknLJ Instagram: 246 vews - https://bit.ly/2NOXvOg Youtube: 115 vews - https://bit.ly/2uQ72Ob FERNANDO TORRES - Doutorando em Musicologia/Etnomusicologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), é mestre em Musicologia/Etnomusicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Atualmente é professor efetivo do Centro de Educação Musical de Olinda (CEMO). Como pesquisador, escreveu o livro Bossa Nova fora do eixo: Uma história da Bossa Nova na capital pernambucana, lançado em 2015. No ano seguinte, apresentou, juntamente a Daniel Vilela, o trabalho Bossa Nova e Jequibau no XII Congresso da Asociación Internacional para el estudio de la música popular, rama América Latina em Havana, Cuba. Como cantor e compositor participou de grandes festivais de música, em todo o país, sendo premiado em alguns deles, como o Festival Nacional de Música. Dividiu palco com artistas como Oswaldo Montenegro e Guilherme Arantes. Participou do espetáculo O Baile do Menino Deus por três anos consecutivos. Gravou um DVD ao vivo, com composições autorais, no SESC de Casa Amarela, no Recife, em 2007 e possui um CD com composições autorais gravado em meados de 2004. Fez shows nos carnavais do Recife nos anos 2000 por três anos consecutivos. Participou do projeto “Música é Vida!” em parceria com o Conservatório Pernambucano de Música e a Secretaria Estadual de Saúde, levando música aos pacientes dos hospitais públicos do Estado de Pernambuco.  

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Últimos dias da exposição "O tempo dos sonhos" na Caixa Cultural Recife

Quem ainda não viu a exposição O Tempo Dos Sonhos: Arte Aborígene Contemporânea da Austrália tem até o domingo, 05 de agosto, para conferir as obras de arte na CAIXA Cultural Recife. Aberta para visitação no dia 13 de junho, a coleção reúne mais de 50 peças, entre pinturas, esculturas, litografias e bark paintings (pinturas em entrecasca de eucalipto), selecionadas por importância histórica. As obras que compõem o acervo são de nomes, como Rover Thomas, Tommy Watson e Emily Kame Kngwarray, que já tiveram os seus trabalhos expostos no MoMA e Metropolitan, de Nova Iorque, Bienais como a de Veneza, São Paulo e Sidney, entre outros eventos de prestígio internacional, como o Documenta, em Kassel, e Art Basel (Miami, Basel e Hong Kong). “Essa coleção é um presente à população brasileira. Em um acervo de mais de três mil obras, selecionamos aquelas mais significativas. Muitas já foram publicadas em inúmeros catálogos de arte, citadas em teses de doutorado e exibidas em várias instituições de prestígio na Austrália, Europa e América do Norte”, conta o curador brasileiro Clay D´Paula, que assina a curadoria com os australianos Adrian Newstead e Djon Mundine. Compõem o acervo obras da Coo-ee Art Gallery, a galeria mais antiga e respeitada em arte aborígene da Oceania. Peças de coleções privadas e instituições governamentais também atravessaram o oceano exclusivamente para esta exposição. Os trabalhos artísticos representam um período de 45 anos, desde o despertar da comercialização da arte aborígene contemporânea na década de 1970 até o presente. Além de circular pela América Latina e pelo Brasil pela primeira vez, a exposição também traz o primeiro catálogo publicado em português sobre a arte aborígene. Neste ramo movimenta-se cerca de 200 milhões de dólares por ano na Austrália. Estima-se que hoje mais de 7 mil artistas indígenas vivam de sua prática artística. “Nós, brasileiros, tivemos, até hoje, poucas oportunidades de conhecer todo esse universo da arte aborígene da Austrália, o que pode, inclusive, levar-nos a refletir sobre os povos indígenas de nosso país. O Brasil e a Austrália possuem muitas coisas em comum. Contribuir para aproximá-los e convidar ao diálogo é um dos objetivos dessa exposição”, justifica o curador Clay D´Paula. O Tempo dos Sonhos - Os artistas aborígenes pintam os seus sonhos (mas não a ideia Junguiana de sonhar e sua associação com o inconsciente). Para eles pintarem o seu “Sonhar” (dreaming, em inglês) implica recontar histórias que são atemporais a fim de mantê-las vivas e repassá-las a futuras gerações. Não se trata de algo religioso, mas ligado à sua própria sobrevivência. Essas pinturas contêm informações vitais, como, por exemplo, onde encontrar “água viva” permanente. Manter o “sonhar” vivo é a motivação fundamental para a prática da arte dos artistas indígenas da Austrália. Bark paintings - Os visitantes vão apreciar as bark paintings, pintura sobre entrecasca de eucalipto, típica do norte tropical da Austrália, região conhecida como Arnhem Land (A Terra de Arnhem). Essa é uma das formas de expressão artística mais antiga do mundo, com mais de 40 mil anos. Inicialmente, as bark paintings tinham uma pobreza estética muito grande porque não foram criadas para durar, mas sim para cerimônias ou decoração. Hoje, elas trazem uma execução primorosa, sendo consideradas como arte, não artefato, e estão em museus renomados, além de integrarem coleções particulares. Artistas participantes - A mostra reúne os artistas aborígenes de maior projeção internacional, com uma paleta refinada e luminosa, como a do celebrado artista Rover Thomas (1926-1998), com suas paisagens de cor ocre que mudaram, com sua visão, a percepção paisagística australiana. Suas pinturas podem ser apreciadas da mesma forma que as criadas pelos impressionistas no século XIX, mas sem horizontes. A estética desenvolvida pelos artistas lembra o minimalismo e o expressionismo. No entanto, as obras criadas por eles trazem uma linguagem visual única e de verdades eternas – lembrando que os artistas indígenas da Austrália, na sua grande maioria, não tiveram contato algum com a arte europeia. “A arte não é uma invenção dos europeus. Toda cultura tem a sua própria e singular forma de expressão: seja na música, na dança ou na pintura. Não existe diferença entre uma obra de arte criada no deserto e na cidade. Elas devem ser apreciadas e reconhecidas da mesma forma. Esta exposição vem descortinar tais pré-conceitos, reconhecendo as obras criadas pelos artistas indígenas de todo o mundo. A arte aborígene, por exemplo, não é uma cópia, nem uma réplica. Mas uma linguagem visual inovadora e revolucionária”, afirma o curador Clay D'Paula. A grande estrela da exposição é Emily Kame Kngwarray (1910-1996). Mulher, negra, que começou a pintar aos 79 anos de idade. Emily é considerada pela crítica uma das maiores pintoras expressionistas do século XX. Ela foi comparada a Pollock e Monet, entre outros expoentes que figuram nos livros da história da arte. Emily estará representada na mostra com a pintura “Sem título, 1992”. Emily tornou-se a artista mais querida da Austrália. Representou o país na Bienal de Veneza e em vários outros eventos de arte internacional. É importante ressaltar que Emily nunca teve acesso à arte ocidental, logo, enquadrar a sua pintura dentro de um movimento artístico europeu pode ser um equívoco. Ela que, sem falar uma palavra em inglês, já expôs lado a lado com Picasso, Kandinsky e Mondrian entre outros másters internacionais da arte. “Ou eles que exphttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgam com ela”, complementa Clay D´Paula. Serviço: Exposição: O Tempo dos Sonhos: Arte Aborígene Contemporânea da Austrália Local: CAIXA Cultural Recife Endereço: Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife, Recife - PE Visitação: Até 05 de agosto de 2018 Horário: terça-feira a sábado, das 10h às 20h | domingo, das 10h às 17h Classificação indicativa: Livre Entrada gratuita

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