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Cultura e história

Orquestra Sinfônica do Recife estreia hoje (21) temporada 2018 de concertos gratuitos

A Orquestra Sinfônica do Recife abre a temporada 2018 de concertos oficiais gratuitos nesta quarta-feira (21), às 20h, no Teatro de Santa Isabel. Para participar das apresentações mensais, oferecidas pela Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura Cidade do Recife, basta chegar com uma hora de antecedência e garantir o ingresso na bilheteria do teatro. Para o primeiro concerto do ano, o diretor e regente da Orquestra, maestro Marlos Nobre, escolheu a Sinfonia nº 8, do compositor checo da Era Romântica Antonín Dvorák. Segundo o regente, a sinfonia tem 4 movimentos, oscilando da explosão sonora marcada pela percussão, ao típico solo de violino de Dvorák, seguido de uma graciosa dança no compasso de valsa, para culminar numa dramática turbulência. A segunda e última peça da noite será Mourão, do compositor, arranjador e estudioso da música brasileira Cesar Guerra-Peixe. O autor, que devotou boa parte de sua produção, estudos e esforços à música popular nordestina, sobretudo ao Maracatu e ao Frevo, flertou com o Movimento Armorial, liderado por Ariano Suassuna, ao qual deu grandiosa contribuição. Embaixador do Turismo- Nesta quarta-feira (21), enquanto estiver regendo o concerto da Orquestra Sinfônica do Recife, o maestro Marlos Nobre, pernambucano do bairro de São José, será representado pela esposa na premiação que irá lhe conferir a comenda de Embaixador do Turismo, outorgada pela Associação dos Embaixadores de Turismo do Rio de Janeiro. Será o 30º prêmio, entre nacionais e internacionais, recebido ao longo de seus 78 anos. Serviço Primeiro Concerto Oficial da Orquestra Sinfônica do Recife em 2018 Data: Quarta-feira, 21 de março Horário: 20h Local: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, Bairro de Santo Antônio) Entrada franca Informações: 3355-3322

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Tempo de pensar nas possibilidades

A Arte Plural Galeria (APG) promove exposição coletiva com artistas do seu casting e convidados que possuem um diálogo com o espaço. A mostra Possibilidades, com curadoria da jornalista Olívia Mindêlo, reúne trabalhos de 12 artistas locais e do coletivo Vacilante, com obras em pintura, fotografia e objeto. São 35 peças que representam um pequeno panorama da produção artística atual. A abertura para convidados será na terça-feira, dia 20, às 19h. A partir da quarta-feira (21.3), o público poderá conferir a mostra das 13h às 19h, com acesso gratuito. A exposição ser vista até 12 de maio. Participam da mostra: Antônio Mendes, Álvaro Caldas, Bruno Alheiros, Roberto Ploeg, David Alfonso, Roberto Lúcio, Pragana, e do Coletivo Vacilante (todas pinturas); Erick Gomes, Iezu Kaeru, Leandro Pereira e Pri Buhr (fotografia), além de Dani Acioli. Possibilidades – A exposição não tem um único tema comum a todos. Trafega por possibilidades criativas que ora convergem, ora divergem, pautando-se pela diversidade das questões abordadas e dos suportes utilizados. “Gosto de repetir uma frase do crítico Mário Pedrosa, que em tempos de crise, é preciso estar com os artistas. São eles que nos livram do perigo da verdade única e nos apontam possíveis aberturas de perspectiva que outras áreas de conhecimento geralmente não nos proporcionam. A exposição é um convite, portanto, aos possíveis olhares em torno da realidade e um ponto de reflexão no contexto de hoje”, define a curadora Olívia Mindêlo. O título da mostra, além de remeter a um poema homônimo da poeta polonesa Wislawa Szymborska, também fala sobre o próprio fazer curatorial, que lida com as possibilidades de escolha em tempos de crise e no contexto de uma galeria Múltiplos – A maior parte dos trabalhos é bidimensional. A exceção é Dani Acioli, que, conhecida por desenhar mulheres, manifesta suas inquietações feministas, desta vez, em múltiplos feitos para a exposição. Esses objetos traduzem as diferentes formas de dominação e opressão ao sexo feminino. Vaginas em madeira surgem pintadas de vermelho, com desenhos da artista e a inserção de outros elementos, como faca, pregos, arames farpados, corrente, cadeado, geralmente dispostos em forma de santuários/relicários. O artista plástico Roberto Lúcio e o coletivo Vacilante trazem interpretações do cenário urbano em pinturas que dialogam com a linguagem do pop, do grafite, da street art. Enquanto isso, os pintores Antônio Mendes, Álvaro Caldas, Bruno Alheiros, David Alfonso, Pragana e Roberto Ploeg exploram entre telas e papéis, cores e preto, as possibilidades da linguagem abstrata e figurativa, por vezes atuando no limiar das duas. Imagens – A fotógrafa Priscilla Buhr apresenta trabalhos das séries Erro 99 e Lento e de um conjunto recente, ainda em processo. São imagens subjetivas que atuam no território do sensível, trabalhando signos da memória, do feminino, da dor, da maternidade, do renascimento, do descaminho, da solidão. Iezu Kaeru também aposta na fotografia conceitual, refazendo paisagens naturais com seu gesto artístico. São variações de uma pesquisa fotográfica que já vem desenvolvendo há um tempo. Já Eric Gomes e Leandro Pereira trabalham a fotografia sob um viés mais crítico. O primeiro, por meio de um trabalho documental que é parte de seu envolvimento em movimentos sociais de luta por acesso a terra no contexto urbano e rural, abordando tanto a memória do Ocupe Estelita, quanto as manifestações indígenas pelo direito de existir (no caso, em Brasília). Já Leandro Pereira coloca em perspectiva a paisagem urbana através de uma poética que experimenta reinserir edifícios através do recorte de imagens e dos recursos da fotografia digital. A Arte Plural – Comprometida em levar cultura ao público, a Arte Plural Galeria é um espaço múltiplo. Instalada no histórico bairro do Recife Antigo desde 2005, já realizou mais de 60 exposições e é reconhecida por incentivar no cenário cultural Pernambuco, a arte em todas as suas formas. SERVIÇO: Exposição “Possibilidades”, com curadoria de Olívia Mindêlo Vernissage dia 20 de março, às 19h Aberto ao público de 21 de março a 12 maio | Entrada franca. Local: Arte Plural Galeria – Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife – Recife/ PE Informações: (81) 3424.4431

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O Tirinete de Geraldo Freire

Lançado durante a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, em outubro passado, o livro O que eu disse e o que me disseram: a improvável vida de Geraldo Freire, escrito a quatro mãos pelo próprio Geraldo Freire e Eugenio Jerônimo, alcançou sucesso absoluto de público.Lançado durante a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, em outubro passado, o livro O que eu disse e o que me disseram: a improvável vida de Geraldo Freire, escrito a quatro mãos pelo próprio Geraldo Freire e Eugenio Jerônimo, alcançou sucesso absoluto de público. Quem se debruça sobre a leitura encontra uma narrativa líquida, que escorre solta, qual riacho em chuvarada esquiva-se da monotonia e mantém o clima perene, agradável, mas que, no entanto, nem sempre obedece as recomendações da bula quanto as técnicas literárias. Contudo há cuidados visíveis na composição dos cenários, notadamente nos primeiros capítulos, artifício que convida o leitor a participar das cenas.  Existem nesses momentos os apelos dos chamados detalhes certificadores, quando descrevem a então moradia do biografado ainda na infância. Noutro trecho, a fidelidade ao cenário se afirma na preparação da fuga do menino Geraldo para o Recife, cena bem urdida que prende o leitor nos momentos que detalha, inclusive, os trajes do garoto. A leitura ganha contornos dinâmicos quando aborda o cotidiano do Geraldo Freire adulto, o profissional bem-sucedido, de “tiradas” argutas nas incursões jornalísticas revestidas de coragem e mantem o ritmo nos instantes em que os refletores estão voltados para o seu trabalho, lazer e amigos. O mesmo não é possível afirmar dos capítulos que mostram “causos” e historietas de domínio público. É certo que o volume do livro (quase 500 páginas), corresponde à importância de Geraldo Freire no universo em que gravita, todavia e não obstante uma ou outra informação repetida ou frases de consequências óbvias poderia ceder espaço à concisão e com certeza não traria prejuízo ao conteúdo da obra. O livro tem apresentação do poeta Xico Sá, “orelha” do poeta Jessier Quirino, um interessante acervo de imagens e cuidadoso projeto gráfico de Simone Freire, com edição e impressão da Companhia Editora de Pernambuco – Cepe. Por Paulo Caldas, escritor.

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Orquestra Sinfônica do Recife dá aula gratuita de música erudita nesta terça-feira (20)

A Orquestra Sinfônica do Recife inicia, nesta terça-feira (20), no Teatro de Santa Isabel, o calendário 2018 de aulas-espetáculos do Projeto Concertos para Juventude. A partir das 10h, crianças e adolescentes previamente inscritos serão convidados a passear pelo universo da música erudita, completamente desconhecido para muitos deles. O projeto é uma iniciativa do maestro Marlos Nobre, com realização da Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura Cidade do Recife. Esta primeira edição do Projeto Concertos para Juventude faz parte da programação da 2ª Semana da Juventude do Recife, que começa nesta terça-feira (20) e vai até o próximo dia 28m, numa articulação com a Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos da Prefeitura do Recife. A primeira aula do ano será dedicada a dois compositores, contemplados no primeiro concerto da temporada oficial da Orquestra Sinfônica do Recife, a ser realizado na noite desta quarta-feira (21): o checo da era romântica Antonín Dvorák e Cesar Guerra-Peixe, arranjador e estudioso da música brasileira. Deles, serão executadas a Sinfonia nº 8 e Mourão. Entre uma peça e outra, o público poderá aprender sobre a sonoridade de cada instrumento que compõe uma orquestra e também sobre o contexto histórico em que viveu e trabalhou cada compositor erudito. Além de música, a apresentação gratuita oferece aos pequenos espectadores a possibilidade de entrar, alguns pela primeira vez, num dos mais antigos e bonitos teatros do país, há 167 emoldurando a cultura brasileira. O Projeto Concertos para Juventude tem periodicidade mensal, antecedendo sempre em um dia o concerto oficial da Orquestra, no mesmo Teatro de Santa Isabel. As inscrições para escolas e grupos interessados em participar dos Concertos para Juventude devem ser feitas antecipadamente, pelo telefone: 3355-3323. CONCERTO OFICIAL ­– No dia 21, às 20h, a Orquestra Sinfônica do Recife, a mais antiga em atividade ininterrupta do país, volta a subir ao palco do Santa Isabel para realizar o primeiro concerto oficial da temporada de 2018. A apresentação é gratuita e aberta ao público. O repertório será o mesmo tocado para os estudantes. Para assistir, basta retirar o ingresso no teatro uma hora antes da apresentação. Serviço Concertos para Juventude Data: Terça-feira, 20 de março Horário: 10h Local: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, Bairro de Santo Antônio) Inscrições: 3355-3323

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Em duas semanas, dois anos

O que impele um empresário bem-sucedido a reduzir deliberadamente a importância dos seus negócios e deixar o Brasil para viver em outro país? A insegurança? A corrupção? A impunidade? Não responda agora. Antes, considere que nestes dias em que o progresso tornou o mundo pequeno, é corriqueiro deixar para trás os parentes, os amigos, a pátria, abandonar tudo, enfim. Nos anos 1700, entretanto, era uma desmedida ousadia. Havia muito tempo, Antônio Gonçalves da Cruz Cabugá planejava seguir o caminho do mundo, e até já se desfizera da maior parte dos seus bens, inclusive o sobrado onde morava. Com a chegada do dia 6 de março de 1817, porém, ele adiou a partida por duas semanas, tempo em que assumiu a presidência do Erário, cargo equivalente, hoje, ao de ministro da Fazenda, para realizar, em curtíssimo prazo, históricas intervenções na economia pernambucana. Assim foi feito. Ele estabeleceu ampla liberdade de comércio com todas as nações; isentou de taxas os produtos de primeira necessidade; democratizou o sistema de concessão de alvarás, instrumento com que os portugueses mantinham os brasileiros fora do mundo dos negócios; revogou os impostos sobre pequenas lojas, embarcações e canoas; e passou a comprar alimentos e revendê-los à população, a preço de custo. Foi um golpe contundente no monopólio dos mascates lusos, que compravam em grosso, estocavam, esperavam a fome crescer e depois revendiam aos retalheiros, hoje por cinco, amanhã por 10, depois por 15... Foram medidas de grande impacto, tomadas em apenas duas semanas, após o que ele embarcou para os Estados Unidos na condição de primeiro embaixador do Brasil junto a uma nação estrangeira. Do seu trabalho naquele país dependia o futuro do regime democrático que se buscava implantar no Brasil, a partir de Pernambuco, a capitania mais próspera do País, conquanto suas classes populares vivessem quase na miséria. Pensando bem, como gigantesca exportadora de açúcar e algodão, a capitania pernambucana, líder econômica regional, poderia progredir ainda mais, se os produtores agrícolas não fossem compelidos a um embate constante com os monopólios comerciais, os juros escorchantes e a enorme carga tributária imposta pelo governo de D. João. Nos Estados Unidos, a missão do diplomata pernambucano era obter do governo o reconhecimento da República brasileira e advogar por ela junto à Inglaterra, oferecendo em troca 20 anos de isenção de impostos para os produtos norte-americanos. Outra busca urgente era adquirir navios de guerra, armas e instrutores para equipar e treinar as tropas pernambucanas. Ele cumpriu fielmente todos os encargos. Adquiriu 10 mil fuzis e trouxe como instrutores militares franceses exilados na América do Norte após a derrota de Napoleão em Waterloo. Mas não ficou só nisso. Também fez um bom trabalho junto à imprensa. Quando algumas vozes anônimas tentaram negar o valor do movimento pernambucano, nos jornais de lá, alegando tratar-se de rebeldia de uma região isolada, diferentemente da América Espanhola, que se levantara de norte a sul, a resposta foi rápida e certeira: Boston, com uma população ainda menor que a do Recife, também começara a revolução norte-americana solitária... Ademais, o próprio Thomas Jefferson, um dos fundadores dos Estados Unidos, chegou a escrever ao francês Lafayette, herói das revoluções norte-americana e francesa, sugerindo que Lisboa perdera uma grande província, e não seria de admirar se todo o Brasil se levantasse e mandasse a família real de volta para Portugal. Quanto à segunda parte, acertou em cheio. A República foi proclamada. Mulato, pouco mais de 40 anos, rico, solteiro, farrista, aplicado praticante dos prazeres da vida, ele era abominado pelos portugueses e ferrenho defensor dos ideais franceses calcados em liberdade, igualdade e fraternidade. Um dos mais importantes vultos da Revolução de 1817, Cruz Cabugá continua presente em nosso cotidiano. Na memória de cada pernambucano e na avenida que tem seu nome ligando Recife e Olinda. *Por Marcelo Alcoforado

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Clube das Pás celebra 130 de fundação com programação especial

O Clube Carnavalesco Misto das Pás completa 130 anos hoje (19), e para marcar a data, a agremiação prepara uma série de atividades comemorativas. Na sede do Clube das Pás, em Campo Grande, na Zona Norte do Recife as comemorações começam a partir das 17h com uma celebração ecumênica em Ação de Graças pela data. Em seguida, a partir das 19h, se apresentam no palco principal do clube a Orquestra das Pás e a Escola de Frevo do Clube que leva o estandarte do bloco carnavalesco do Clube Pás, o mais premiado do carnaval do Recife. Às 20h30 o discurso do presidente do Clube Rinaldo Lima abre a cerimônia comemorativa que homenageia 30 personalidades pernambucanas entre autoridades e aristas com uma medalha comemorativa aos 130 anos do Clube, entre os homenageados o cantor Glaudionor Germano recebe a honraria pela vida dedicada o frevo. Às 21h, teremos um dos momentos mais especiais da festa com o corte do bolo e uma belíssima queima de fogos. O clube promove ainda um coquetel para os convidados e em seguida, um show do cantor Elymar Santos, a partir das 22h. Fundado em 1988, dois meses antes da Abolição da Escravatura no Brasil, o Clube das Pás, como é popularmente conhecido, é o Clube de Frevo mais antigo do Brasil. Em 2018 a agremiação se consagrou bicampeã do grupo especial da categoria, com um enredo em homenagem a Carmen Miranda. Apesar da origem e da tradição carnavalesca, o Clube das Pás também é referência quando o assunto é música romântica. Grandes artistas nacionais já passaram pela casa, entre eles Elymar Santos, Roberta Miranda, Arlindo Cruz, The Fevers, Reginaldo Rossi, Beto Barbosa, Trio Irakitan, Agnaldo Timóteo, Fernando Mendes, Gilliard, Adilson Ramos e muitos outros. Todos os fins de semana a casa é o endereço certo para aqueles que buscam o melhor da música romântica. Hoje, o espaço se tornou o reduto romântico da cidade do Recife. 130 anos de História Fundado no dia 19 de março de 1888, dois meses antes da Abolição da Escravatura no Brasil. O Recife fervia de alegria no carnaval, enquanto um navio cargueiro atracado no Porto do Recife precisava ser abastecido de carvão, às pressas, para seguir viagem. Como não tinha trabalhador interessado naquela tarefa, em plena folia, uma empresa encarregada do abastecimento do cargueiro, ofereceu pagamento dobrado aos estivadores. Daí, o comerciante português Antônio Rodrigues reuniu um grupo de homens dispostos a deixar a folia de lado e tratar de fazer o trabalho por uma remuneração maior. Depois do serviço concluído e com muito dinheiro no bolso, o grupo de foliões, formado por Francisco Ricardo Borges, Manoel Ricardo Borges, João da Cruz Ferreira e João dos Santos, botou as pás de carvão nas costas e foi comemorar no Clube dos Caiadores. Enquanto brincavam o carnaval, eles tiveram a ideia de fundar um clube carnavalesco. Começaram a discutir os nomes: Clube das Pás de Carvão, Clube das Douradinhas e Anjos da Boa Vista. No final, foi escolhido Bloco das Pás de Carvão. Nos primeiros anos, a agremiação funcionou na Boa Vista. Depois, para erguer a sede do Clube, o grupo de foliões comprou na Rua das Hortas, por seis mil cruzeiros, um terreno de propriedade do Recolhimento de Nossa Senhora da Glória do Recife, Conceição de Olinda e Sagrado Coração de Jesus de Igarassu. Até que, muito tempo depois, a Associação Carnavalesca de Pernambuco comprou um terreno localizado na Rua Odorico Mendes, em Campo Grande, e o doou ao Clube das Pás. Meses depois, a senhora Maria do Carmo, que era sócia das Pás, arcou com as despesas de legalização do terreno junto à Prefeitura do Recife. Àquela época, na Rua Odorico Mendes só havia casas muito simples. Assim, foi erguida uma palhoça, até ser construída uma sede maior em alvenaria. Depois de duas grandes reformas, o espaço ganhou um primeiro andar e recebeu o nome de Universidade do Frevo Reitor Josabat Emiliano, em homenagem a um de seus ex-presidentes, falecido no domingo, 21 de agosto de 2016, aos 98 anos. O Bloco das Pás de Carvão desfilou nos carnavais de 1888, 1889 e 1890 e em março do último ano mudou o seu nome para Clube Carnavalesco Misto das Pás. A primeira notícia impressa sobre as Pás foi publicada no dia 4 de março de 1905, no jornal Diario de Pernambuco. A cada 13 de Maio - dia da Abolição da Escravatura - o clube realizava uma passeata pelo Recife, em homenagem ao pernambucano e abolicionista Joaquim Nabuco. Alguns clubes carnavalescos criados na época eram oriundos de corporações de operários urbanos e impregnados de elementos presentes nas procissões religiosas, que foram proibidos pelas autoridades eclesiásticas. Alguns dos elementos transplantados se encontravam em cordões de lanceiros, mascarados, diabos, balizas, bobos, morcegos e damas de frente. No final do século XIX e início do XX, surgiram no Recife, além do Clube das Pás, os clubes de carnaval Vassourinhas (1889), Lenhadores (1889), Toureiros de Santo Antônio (1914), Pão Duro (1916) e Pavão Misterioso (1919), entre outros. O Misto do nome das Pás é porque nesta agremiação podiam brincar homens e mulheres. O clube, que representa o mais tradicional espaço de gafieira de Pernambuco, possui o estandarte mais antigo, datado no início do século XX, possivelmente nos idos de 1910. O responsável pelo desenho foi Manoel de Matos, onde estavam evidenciadas folhas de acanto e outros elementos barrocos, o monograma do Clube, franjas e pingentes dourados, duas máscaras e uma boneca fabricada em porcelana francesa, trazida pelo antigo porta-estandarte, o alfaiate Manuel das Chagas. A confecção, que foi em veludo, acolchoado de algodão, forrado com cetim e bordado com fios de ouro, ficou a cargo das monjas beneditinas do Convento do Monte de Olinda. O atual estandarte das Pás foi confeccionado por Maria do Monte, uma antiga aluna e bordadeira do mesmo convento de Olinda, em 1980. O desenho tem a figura de um anjo, representada por uma boneca trazida de Portugal. O estandarte traz, ainda, os dizeres “Amor e Ordem”, bordados sobre

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Espetáculo “Começar outra vez” aborda importância de doar órgãos

O ano de 2017 foi de boas notícias para a área de transplantes de órgãos e tecidos em Pernambuco. Segundo balanço da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), divulgado neste mês de março, o Estado ficou, em 2017, em primeiro lugar do Norte e Nordeste no número de procedimentos de coração, rim, pâncreas, córnea e medula óssea. Pernambuco ainda figura na segunda colocação do Brasil no caso do coração. Além de ações na área de saúde, a mobilização social também é essencial para divulgar a importância do ato de doar. O espetáculo “Começar outra vez”, que será apresentado no Recife no próximo dia 23.03, às 20h, no Teatro Santa Isabel, confirma o valor de também unir a cultura nessa luta pela vida. A peça foi criada a partir da vivência do ator Northon Nascimento, conhecido por papéis em novelas e séries globais, como Fera Ferida, A Próxima Vítima e Chiquinha Gonzaga; e filmes, como Carlota Joaquina. Em 2003, ele precisou de um transplante de coração. Após quatro dias na fila de espera, conseguiu o órgão e o procedimento foi realizado com sucesso. Em 2007, poucos meses após iniciar os trabalhos em “Começar outra vez”, o ator faleceu vítima da hepatite C, outro assunto que passou a fazer parte do espetáculo, que tem no palco a atriz e esposa de Northon, Kely Nascimento, e o ator Robson Vellado. Com linguagem leve, a peça apresenta a história do casal Adão (Robson Vellado) e Eva (Kely Nascimento), que, mesmo diante das personalidades diferentes e dos problemas do relacionamento, conseguem se manter juntos por meio da doação e do amor. "Mesmo com brigas, confusões e terapias, eles descobrem que o ato de doar pode solucionar os problemas da relação. Doação de amor, de paciência, de abrir mão pelo outro. E que dar uma chance ao próximo e começar outra vez são ações possíveis. Por meio dessa história toda, queremos reforçar com o público a importância de ser doador de órgãos e tecidos", afirma a atriz Kely Nascimento, que, ao final da encenação, interpreta um texto poético sobre seus dias ao lado de um transplantado. No Brasil, a doação de órgãos e tecidos só ocorre com a autorização de um parente de até segundo grau do doador. O espetáculo ainda aborda a conscientização e importância do diagnóstico precoce da hepatite C, doença tratável que, sem a assistência devida, pode levar o paciente a fila de espera por um fígado. No Estado, a peça “Começar outra vez” tem o apoio do Governo de Pernambuco, por meio da Central de Transplantes (CT-PE) e das secretarias estaduais de Saúde, Cultura e Turismo, Esporte e Lazer, além da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), universidades, hospitais e instituições ligadas à doação de órgãos e tecidos e apoio aos pacientes. Toda a bilheteria arrecadada da peça, já vista por mais de 100 mil espectadores, será doada para a Associação Pernambucana de Apoio aos Doentes de Fígado (Apaf) e para a Casa de Apoio do Transplante de Medula Óssea. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Serviço Começar outra vez Dia: 23.03 Horário: 20h Onde: Teatro Santa Isabel (Praça da República, 233, bairro de Santo Antônio – Recife/PE) Classificação etária: 12 anos Ingressos: no Teatro Santa Isabel (81 3355.3323) e na sede da Apaf (R. Arnóbio Marques, 310, Santo Amaro – Recife/PE – 81 3184.1244) DADOS DE TRANSPLANTES – Durante todo o ano de 2017, Pernambuco concretizou 1.790 transplantes. O quantitativo é 22,27% maior do que o mesmo período de 2016, com 1.464 procedimentos. O maior crescimento foi nos transplantes de coração, com 54 em 2017 e 38 em 2016 (aumento de 42%). Em seguida, vem rim: 404 em 2017 e 286 em 2016 (aumento de 41%). Ainda foram realizados 225 procedimentos de medula óssea (187 em 2016 – crescimento de 20%), 968 de córnea (827 em 2016 – ampliação de 17%), 129 de fígado (112 em 2016 – aumento de 15%). Também foram feitos 6 transplantes de rim/pâncreas, 2 de fígado/rim e 2 de válvula cardíaca. “O trabalho de conscientização da população e de mobilização dos profissionais de saúde para doações e transplantes de órgãos e tecidos é constante e diário. Estamos permanentemente sensibilizando os familiares dos potenciais doadores sobre esse ato de solidariedade. Também estamos focando nas capacitações dos profissionais de saúde para otimizar tanto o trabalhão de acolhimento das famílias quanto nas ações de manutenção do potencial doador e de todas as etapas para concretizar o transplante”, afirma a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes. FILA DE ESPERA – Atualmente, 966 pessoas estão em fila de espera por um órgão ou tecido em Pernambuco. O maior quantitativo aguarda por um rim (768), seguido de fígado (93), córnea (62), medula óssea (25), coração (16) e rim/pâncreas (2). (Governo do Estado de Pernambuco)

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Atividades de Educação Ambiental movimentarão a Semana da Água

Encenações teatrais e contação de histórias, teatro ambiental, exibição de vídeo, aula prática em uma Unidade de Conservação, soltura de animais silvestres, oficina para produção de mudas, jogos e atividades de Educação Ambiental (EA), aula-passeio com estudantes no Catamarã e uma trilha nas margens do Rio Una. Estas são algumas das atividades que serão realizadas nesta semana, de segunda (19) a sábado (24), no Recife e mais quatro municípios da Região Metropolitana, além de Barreiros, na Mata Sul, dentro de uma programação dedicada à Semana da Água. Para o secretário Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Carlos Cavalcanti, “as ações de sensibilização envolvendo estudantes, gestores públicos, ONGs e a sociedade em geral ressaltam o compromisso do Governo do Estado em cuidar do recurso natural mais precioso que temos no planeta: a água. Um exemplo disto é a construção da nossa Política Estadual de Educação Ambiental, que está sendo elaborada de forma participativa, envolvendo todas as regiões de desenvolvimento, do litoral ao sertão”, ressaltou. A programação será desenvolvida em conjunto pela Semas, Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e Parque Estadual Dois Irmãos (PEDI). Focadas no uso responsável dos recursos ambientais, as atividades serão realizadas em parceria com prefeituras municipais, por meio das redes de ensino. “Os eventos são diversificados para atender a diferentes públicos. Buscamos promover espaços de diálogos e de promoção de informações, inclusive sobre nossas ações de fiscalização, monitoramento e licenciamento na área de recursos hídricos”, destacou o presidente da CPRH, Eduardo Elvino. Este ano, a Semana da Água também marcará o lançamento do livro “Quem vai salvar o rio?”, da CPRH, e dos projetos Chuá – com ações de Educação Ambiental no município de Moreno, viabilizado por meio de um Termo de Compromisso assinado pela Ondunorte com a CPRH –, e O Sertão Vai Virar Mar, com produção de material audiovisual que resgata tradições culturais e folclóricas de regiões por onde passa o Rio São Francisco. Haverá, ainda, um seminário para a construção da Política de Educação Ambiental de Pernambuco e o início da nova edição do projeto Água no Meu Caminho, voltado para a comunidade escolar e que terá seu fechamento em junho, no Mês do Meio Ambiente. SEMANA DA ÁGUA – PROGRAMAÇÃO SEGUNDA (19/03) 8h30 – Seminário para construção da Política de Educação Ambiental de Pernambuco (PEAPE) Local – Fundação Joaquim Nabuco – Avenida 17 de Agosto, 2187 – Casa Forte, Recife 14h30 – Lançamento do Projeto Chuá, com lançamento do livro “Água! E eu com isso?”; narração da história “Quem vai salvar o rio?” e a atividade Pescaria Pesque e Pense (jogo de Educação Ambiental) Local – Auditório da Escola Estadual Dom Jaime - Moreno TERÇA (20/03) 9h30 – Projeto Chuá - “Quem vai salvar o rio?” e Pescaria Pesque e Pense Local – Escola Municipal Jornalista Édson Régis – Moreno 14h30 – Projeto Chuá - “Quem vai salvar o rio?” e Pescaria Pesque e Pense Local – Escola Estadual Sofrônio Portela – Moreno QUARTA (21/03) 9h – Reunião do Conselho Gestor da Esec Caetés e plantio de mudas da Mata Atlântica Local – Fábrica Frisabor – Av. Doutor Rinaldo de Pinho Alves, 60 – Paratibe - Paulista 9h30 – Projeto Chuá - “Quem vai salvar o rio?” e Pescaria Pesque e Pense Local – Colégio Municipal Baltazar Moreno – Moreno 10h30 e 16h30 – Preservar para não ficar só na memória: jogo com temática sobre água (atividade com alunos) Local – Colégio Estadual Dom Bosco – Casa Amarela - Recife 13h – V Conferência Infantojuvenil de Meio Ambiente, da EREM Professor Arnaldo Carneiro Leão – Palestrantes: Andreza Félix (CPRH), Francisco Machado, Amélia Tavares, Mozart Machado, Roberto Cavalcanti (EREM) e Severino Ramos (líder comunitário). Local – Faculdade Joaquim Nabuco (Bloco B) – Paulista 14h - Projeto Chuá - “Quem vai salvar o rio?” e soltura de animais silvestres Local – Escola Municipal Engenho Jardim – Moreno QUINTA (22/03) 9h30 – Projeto Chuá - “Água! E eu com isso?” Local – Escola Estadual Artur Mendonça - Moreno 10h – Projeto Chuá – “Quem vai salvar o rio?” - Água e pontes do rio Capibaribe – aula-passeio no Catamarã, com adolescentes atendidos pela Organização do Auxílio Fraterno (OAF) – Recife 10h – Lançamentos da mostra Água no Meu Caminho e do projeto O Sertão Vai Virar Mar – exposição fotográfica e mostra cultural Local – Espaço Cultural SinsPire – Rua da Guia, nº 234 – Praça do Arsenal – Recife 10h – Aula-prática – Aprendendo sobre Recursos Hídricos em uma Unidade de Conservação – com alunos do 4º Ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Maria Augusta Dutra, de Jaboatão dos Guararapes. Local: Sede do Refúgio de Vida Silvestre Matas do Gurjaú, no Cabo de Santo Agostinho 15h – Oficina de mudas Local - Espaço Cultural SinsPire – Rua da Guia, nº 234 – Praça do Arsenal – Recife 16h - Exibição do Curta O Sertão Vai Virar Mar * Local - Espaço Cultural SinsPire – Rua da Guia, nº 234 – Praça do Arsenal – Recife (* de 22 a 31 de março) SEXTA (23/03) 9h às 12h – Preservar para não ficar só na memória: jogo com temática sobre água Local: Espaço Ciência – Olinda 10h – Projeto Chuá – Palestra sobre rios de Pernambuco – monitoramento, fiscalização e licenciamento – Palestrantes: Sonali Pereira, Graça Cruz, Rodrigo Martins – Diretoria de Controle de Fontes Poluidoras/CPRH Local – Moreno SÁBADO (24/03) 14h – Preservar para não ficar só na memória: jogo com temática sobre água e trilha nas margens do Rio Una, nas imediações da Reserva Eduardo Campos, em Barreiros. (Governo do Estado de Pernambuco)

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Sítio Trindade recebe Projeto Ação Social neste sábado (17)

Neste sábado (17), em comemoração ao mês da mulher, o Sítio Trindade, em Casa Amarela, realiza a primeira edição do projeto Ação Social de 2018, numa articulação entre a Fundação de Cultura Cidade do Recife e as Secretarias da Mulher e de Saúde do Recife. Das 9h ao meio dia, será oferecida, num dos mais importantes equipamentos públicos geridos pela Prefeitura do Recife, programação gratuita para toda a família, com serviços de saúde, cidadania e lazer. A programação começa cedinho, com a tradicional feira orgânica, realizada todos os sábados no parque, comercializando frutas e verduras sem agrotóxicos. Depois, para quem quiser sair do sedentarismo, a Secretaria de Saúde realizará avaliação antropométrica, aferição da pressão arterial e teste de glicemia. Além disso, serão oferecidas orientações sobre a prática de atividades físicas e haverá distribuição de hipoclorito, para combate a mosquitos transmissores de doenças. A Secretaria da Mulher promoverá uma conversa sobre violência contra a mulher e prestará esclarecimentos sobre os espaços de acolhimento de mulheres em situação de violência mantidos pela Prefeitura do Recife, os centros Sony Santos, Wilma Lessa e Clarice Lispector. O público também poderá cuidar da beleza, com corte de cabelo gratuito e brechós de acessórios e bijuterias. Para exercitar o corpo e a mente, será realizada uma aula de zumba com a professora Josy Zorak Zin. As crianças terão vez na programação, podendo apreciar boas leituras oferecidas pela Geladeira Cultural. Para assegurar um planeta melhor para os pequenos leitores no futuro, haverá coleta seletiva de óleo. Serviço Ação Social no Sítio Trindade Data: Sábado, 17 de março Hora: 9h às 12h Local: Sítio Trindade, Estrada do Arraial, 3259, Casa Amarela, Recife Informações: 3355.3411 Entrada franca

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MAMAM realiza Sarau das Lobas neste sábado (17)

Seres conectados com a natureza e seus instintos, que se guiam pela lua e se fortalecem junto à sua alcateia, as lobas representam um sagrado feminino que será celebrado neste sábado (17), no Museu Aloísio Magalhães (MAMAM), equipamento gerido pela Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura Cidade do Recife. Por todas as Marias e Marielles, por voz, por respeito e, mais urgente, pelo direito à vida, o Mamam convida as mulheres recifenses a ocuparem seus lugares de fala e a debaterem a presença feminina no cenário artístico do Recife. A tarde de reflexão, resistência e poesia é aberta ao público e tem entrada franca. O MAMAM fica na Rua da Aurora, 265, Boa Vista. Serviço Sarau das Lobas Sábado (17), às 15h Informações: 3355-6871

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