Arquivos Cultura E História - Página 342 De 374 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Recife respira cinema (Por Wanderley Andrade)

Opções não faltam no Recife para aqueles que não dispensam um bom filme. Começou esta semana na cidade dois grandes eventos relacionados à sétima arte: o Festival Varilux de Cinema Francês e a Mostra Zezé Motta – 50 Anos de Cinema. A edição 2017 do Festival Varilux de Cinema Francês, que teve início no último dia 7, traz como ponto forte a diversidade em sua programação. Filmes autorais, comédias, filmes infantis: ao todo serão exibidas 19 produções, inéditas no Brasil, incluindo um documentário e um clássico. Grandes nomes do cinema francês serão vistos na tela grande, como Gérard Depardieu, Catherine Deneuve, Juliete Binoche e Marion Cotillard. Além de produções recentes como Rodin (filme exibido recentemente em Cannes, que conta a história do famoso escultor francês), será exibido o clássico Duas Garotas Românticas. A comédia-musical, indicada ao Oscar de melhor trilha sonora em 1969, chega em 2017 ao seu 50º aniversário. É dirigida por Jacques Demy e Agnès Vardia e traz no elenco a atriz Catherine Deneuve. O evento acontece em mais de 55 cidades do Brasil. Em Pernambuco, os seguintes cinemas recebem o festival: São Luiz, Cinema do Museu (Fundação Joaquim Nabuco), Moviemax Rosa e Silva, Cinemark Shopping RioMar, Cinépolis Guararapes e Cine Theatro Guarany, na cidade de Triunfo. A programação segue até o dia 21 de junho. A mostra Zezé Motta – 50 Anos de Cinema começou no último dia 6 na Caixa Cultural Recife. O evento faz uma mais que merecida homenagem a uma das grandes atrizes do cinema brasileiro. A mostra, idealizada pela filha de Zezé Motta, a produtora cultural Carla Barbosa, exibirá, ao todo, 20 importantes filmes da carreira da atriz, entre eles, Xica da Silva (1976), Para Viver Um Grande Amor (1983) e Bom Dia Eternidade (2010). Na programação paralela, o destaque fica para a palestra A Mulher Negra no Cinema Nacional, no dia 9, que trará uma importante e necessária reflexão sobre o papel da mulher negra no cinema brasileiro. Além da palestra, será realizado na terça (13) um debate que contará com a presença de Zezé Motta e do diretor Cacá Diegues. Programação Festival Varilux de Cinema Francês: http://variluxcinefrances.com/2017/programacao/ Mostra Zezé Motta - 50 Anos de Cinema: https://www.facebook.com/MostraZezeMotta50AnosDeCinema/

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Caminhada do Forró abre Ciclo Junino 2017 do Recife

Sob um céu claro e estrelado, foi aberta, na noite de ontem, a temporada de festejos juninos no Recife, com a 13ª edição da Caminhada do Forró. A partir das 17h, centenas de forrozeiros se concentraram na Rua da Moeda para sair em cortejo pelo Bairro do Recife, anunciando o São João. Animada pela Forrovioca, a caminhada encerrou na Praça do Arsenal da Marinha, por volta das 20h, onde 15 forrozeiros consagrados, como Irah Caldeira, Petrúcio Amorim, Terezinha do Acordeon e Nádia Maria colocaram todo mundo para arrastar pé num grandioso arraial a céu aberto. Na ocasião, os homenageados do São João 2017, Edmílson do Pífano e Cristina Amaral, foram saudados pelo público e receberam placas comemorativas das mãos do secretário executivo de Cultura, Williams Santana, e do presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha. “Depois de 45 anos de carreira, receber essa homenagem da Prefeitura do Recife é motivo de muita alegria”, disse Edmílson. Cristina Amaral também se declarou muito feliz com o reconhecimento ao seu trabalho e fez questão de estender a homenagem a todos os recifenses. “Compartilho essa felicidade com todos que são forrozeiros e fazem conosco essa festa linda que é o São João do Recife.” O forró mal começou na cidade e a animação do público já era grande. “Espero o ano todo pelo São João. Começo a festa na Caminhada do Forró, vou para o Baile dos Namorados, depois para o Sítio Trindade. Não perco nem um dia de programação. Essa é a verdadeira celebração do Nordeste e da nossa identidade”, disse, emocionada, a médica Isabel Rodrigues Alves, devidamente quadriculada para festejar bem muito os santos juninos. A técnica de enfermagem Jaqueline Ferreira, 50 anos, também faz questão de dar os primeiros passos de seu longo itinerário junino na Caminhada do Forró. “Venho todo ano, desde a primeira edição. Perco nada! Aliás, não perco nenhuma oportunidade de dançar forró”, disse, debaixo de um enfeitado chapéu de couro. As amigas Solange Ribeiro e Teresinha Moraes, ambas com 50 anos, e Eulina Lima, 78 anos, também eram só alegria na estreia do Ciclo Junino recifense. “A festa já começa muito animada”, celebrou Solange. Mas Eulina celebrou mais alto. “Onde tem forró eu vou. Adoro”, gritou, anunciando que ainda vai caminhar muito neste São João. “Só paro em Campinha Grande”, brincou. A mais emocionada do trio,Teresinha estava completamente à vontade na noite de ontem. “Sou sertaneja, mas moro na capital. No São João, me sinto em casa.” Já a família da professora e pesquisadora de turismo Yona da Silva, 41 anos, natural de Joinvile, Santa Catarina, fez questão de aproveitar a festa bem longe de casa. “Estamos achando fantástico. Uma emoção única. Estamos vivendo e sentindo a cultura”, disse a professora, que veio com o marido e os dois filhos conhecer o Recife e o São João recifense. “Como pesquisadora e como turista, acredito que essas legítimas manifestações populares têm que ser mantidas muito vivas, precisam mesmo ser celebradas.” BAILE DOS NAMORADOS - O calendário junino preparado pela Prefeitura do Recife segue com muito forró e animação até o próximo dia 1°, com mais de 20 dias de festa em 35 arraiais espalhados pela cidade. O próximo compromisso dos recifenses com o balancê junino é o Baile dos Namorados, na noite de hoje. Em sua 19ª edição, o baile vai colocar os recifenses para dançar de rostinho colado ao som de atrações como Elba Ramalho, Santanna, Eliane, além do Trio de Mala e Cuia. O baile é também uma celebração à solidariedade. O valor arrecadado com a venda de ingressos será revertido para a Casa do Amor e a Novo Caminhar, instituições de caridade. A festa começa às 21h, no Arcádia do Paço Alfândega, Bairro do Recife. Os ingressos estão à venda no Ticket Folia e em pontos de venda montados nos principais shoppings da cidade.

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Conheça os homenageados do São João do Recife 2017

O São João do Recife 2017 conheceu seus homenageados na tarde desta quarta-feira (7). A cantora Cristina Amaral e o músico Edmilson do Pífano receberam a notícia do prefeito Geraldo Julio, que estava acompanhado da primeira-dama, Cristina Mello, da secretária de Cultura, Leda Alves e do presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha. Os dois prometeram muita animação durante os festejos juninos da capital pernambucana. O prefeito Geraldo Julio lembrou que a escolha é uma homenagem do povo do Recife. “Vamos ter um belíssimo São João no Recife este ano, apesar das dificuldades que o Brasil está passando. E a escolha desses dois homenageados é muito justa. Cristina Amaral representa as mulheres, o forró e a música nordestina, e Edmilson do Pífano, representa a cultura popular, que é tão ligada ao nosso São João. Vamos fazer um São João valorizando os nossos artistas, a nossa cultura, e dando oportunidades para os recifenses”, destacou o gestor. Os dois artistas receberam a notícia com muita alegria e prometeram retribuir a felicidade para os recifenses e turistas que vão curtir a festa. “Estou muito emocionado e realmente eu não esperava por isso. Vamos fazer muito forró e muita coisa bonita para as pessoas que vierem aproveitar o São João do Recife, que é uma festa maravilhosa”, disse Edmilson do Pífano. O mesmo sentimento foi mostrado por Cristina Amaral, que afirmou que a ficha ainda “não caiu”. “A alegria é muito grande. Eu não consigo esconder o meu amor pela música e ser homenageada no São João do Recife é uma emoção enorme. Me sinto muito bem em tocar aqui, em tocar para as pessoas desta cidade. E as pessoas podem esperar muita música boa e alegria este ano”, acrescentou Cristina. EDMÍLSON DO PÍFANO - Nascido em Lajedo e morador de Caruaru, é um dos maiores tocadores de pífano do Nordeste brasileiro. Sua intimidade com o instrumento é tanta e tão antiga, que virou sobrenome de família: Edmílson é do pífano desde que se entende por gente, assim como muitos de seus familiares também foram um dia. O avô, Antônio Félix, era pifeiro requisitado na região. O pai, José Félix, os irmãos, além de muitos outros parentes, também são devotados ao instrumento. Com quase 50 anos de carreira e mais de 20 discos gravados, nunca chegou a cursar uma escola de música. Toca e compõe por intuição. E encontra inspiração nas coisas mais corriqueiras da vida. Poeta que é, gosta de dizer que quando anda de ônibus, vê as músicas “passando na janela”. CRISTINA AMARAL - Natural de Sertânia, Cristina Amaral cantou pela primeira vez em um grupo de jovens da Igreja Católica. De missa em missa, acabou sendo convidada para cantar na Orquestra Marajoara e depois passou a dividir o palco com Flávio José, no grupo Os Tropicais. A carreira solo começou em 1990, quando venceu o Festival Recifrevo. Do disco Arisca, lançado um ano depois, veio seu primeiro grande sucesso: a música Eu Sou o Forró, que celebrizou a cantora como intérprete do gênero. Além de uma dezena de CDs que consagraram sua carreira, gravou também os CDs Recifrevoé I e II e Forró Brasil, com artistas como Chico Buarque, Lenine, Gilberto Gil e Dominguinhos. Por diversas vezes representou Pernambuco em palcos europeus, tendo se apresentado na Holanda, Áustria, Suíça, Portugal e França. Só do Festival de Montreux, participou duas vezes. Embora se defina como uma artista eclética, seu nome é sinônimo de forró no dicionário da música brasileira. (PCR)

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CAM - Cidades Algomais acontecerá em Caruaru

A Revista Algomais lança na próxima terça-feira (13/06) o CAM - Cidades Algomais. O projeto compreende uma série de eventos que tem o intuito de debater questões da vida urbana sob a ótica de práticas bem-sucedidas. O workshop de inauguração acontecerá em Caruaru, no Teatro Empresarial Difusora, a partir das 8h30. Os palestrantes serão o consultor e sócio da TGI, Francisco Cunha, o fundador da Colab, Gustavo Maia, e a prefeita de Caruaru Raquel Lyra. "O primeiro evento do CAM será um debate sobre inovações na gestão de cidades e como a iniciativa privada pode contribuir com os gestores públicos", afirma o diretor executivo da Algomais Ricardo de Almeida. As inscrições para o evento serão gratuitas. Os interessados em participar deverão fazer seu cadastro enviando o nome completo pelo email: ingresso@cidadesalgomais.com.br     CAM. O Cidades Algomais é uma das novidades da Revista Algomais em 2017, numa proposta criada em parceria com a Agência Mova – Live Marketing, que pertence ao Grupo Duca. “Buscamos referências de ideias e iniciativas que estão revolucionando a forma como pensamos o mundo. São casos locais e globais, que vão estimular nossos gestores e cidadãos a otimizar a experiência nas cidades”, contextualiza Luiz Pessoa de Mello, diretor da Mova. “Acreditamos no poder transformador da inspiração e que exemplos positivos contagiam”, reforça.  

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Programação especial do Recife Antigo de Coração durante todo o mês

O Recife Antigo de Coração, projeto que mobiliza o Bairro do Recife sempre no último domingo do mês, se estende agora para todos os domingos. A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, promoverá uma apresentação artística itinerante para dar ainda mais vida ao bairro e envolver recifenses e turistas. As atrações se juntam à outras ações que já são tradicionais do bairro aos domingos: o fechamento das ruas para carros, privilegiando pedestres e ciclistas, a Ciclofaixa de Turismo e Lazer e as feirinhas do Bom Jesus e do Prodarte, abertas ao público. Os grupos culturais vão circular sempre das 16h às 17h30, pelo Marco Zero, Armazéns do Porto e a Rua do Bom Jesus. Já nos domingos seguintes, que antecedem as festas de São João, o bairro vai se transformar em um verdadeiro arraial junino. A Quadrilha Origem Nordestina, se apresenta no dia 11/05 e um trio pé de serra, acompanhado por um casal de dançarinos, fazem a festa no dia 18/05. Quadrilha - A “Origem Nordestina” é a primeira quadrilha do Morro da Conceição. Foi fundada em 1994 e em 23 anos de história, nunca deixou de participar dos Ciclos Juninos de Pernambuco. O grupo difunde a cultura popular e mantém viva a tradição das festas de São João através da fé e da dedicação de seus componentes. São seis títulos de campeã em vários concursos, além ter sido vice-campeã por quatro vezes no Concurso de Quadrilhas da Rede Globo Nordeste. Maracatu - Grupo percussivo formado por jovens com surdez total ou parcial, o Batuqueiros do Silêncio reúne jovens de 15 e 29 anos, de vários bairros do Recife e Região Metropolitana. O núcleo Batmacumba Inclusiva, do grupo de maracatu Batmacumba, criou o projeto em 2009 e é pioneiro na cidade. O atividade musical permite que os integrantes sintam de perto as sensações da prática de um instrumento de percussão. Uma parceria com o atelier Casa do Tambor também permitiu que a experiência ficasse ainda mais acessível. Hoje, além do campo sensorial, também é possível trabalhar com os participantes o campo visual, através de luzes e sensores que foram a adaptados aos instrumentos. Serviço: Hora: das 16h às 17h30   Dia: 11/06 Atração: Origem Nordestina Dia: 18/06 Atração: Trio pé de serra (PCR)

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Espetáculo Cão Sem Plumas faz estreia internacional no Recife

A coreógrafa e bailarina Deborah Colker faz em Cão sem plumas, baseado no poema homônimo de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), seu primeiro espetáculo de temática explicitamente brasileira. A estreia internacional acontece neste sábado (03) de junho, no Teatro Guararapes, em Recife. A Cia. Deborah Colker conta com o patrocínio da Petrobras desde 1995. Publicado em 1950, o poema acompanha o percurso do rio Capibaribe, que corta boa parte do estado de Pernambuco. Mostra a pobreza da população ribeirinha, o descaso das elites, a vida no mangue, de “força invencível e anônima”. A imagem do “cão sem plumas” serve para o rio e para as pessoas que vivem no seu entorno. “O espetáculo é sobre coisas inconcebíveis, que não deveriam ser permitidas. É contra a ignorância humana. Destruir a natureza, as crianças, o que é cheio de vida”, diz Deborah. A dança se mistura com o cinema. Cenas de um filme realizado por Deborah e pelo pernambucano Cláudio Assis – diretor de longas-metragens como Amarelo Manga, Febre do Rato e Big Jato – são projetadas no fundo do palco e dialogam com os corpos dos 13 bailarinos. As imagens foram registradas em novembro de 2016, quando coreógrafa, cineasta e toda a companhia viajaram durante 24 dias do limite entre sertão e agreste até Recife. A jornada também foi documentada pelo fotógrafo Cafi, nascido em Pernambuco. Na trilha sonora original estão mais dois pernambucanos: Jorge Dü Peixe, da banda Nação Zumbi e um dos expoentes do movimento mangue beat, e Lirinha (ex-cantor do Cordel do Fogo Encantado, poeta e ator), além do carioca Berna Ceppas, que acompanha Deborah desde o trabalho de estreia, Vulcão (1994). Outros antigos parceiros estão em cenografia e direção de arte (Gringo Cardia) e na iluminação (Jorginho de Carvalho). Os figurinos são de Claudia Kopke. A direção executiva é de João Elias, fundador da companhia. Os bailarinos se cobrem de lama, alusão às paisagens que o poema descreve, e seus passos evocam os caranguejos. O animal que vive no mangue está nas ideias do geógrafo Josué de Castro (1908-1973), autor de Geografia da fome e Homens e caranguejos, e do cantor e compositor Chico Science (1966-1997), principal nome do mangue beat. O movimento mesclava regional e universal, tradição e tecnologia. Como Deborah faz. Para construir um bicho-homem, conceito que é base de toda a coreografia, a artista não se baseou apenas em manifestações que são fortes em Pernambuco, como maracatu e coco. Também se valeu de samba, jongo, kuduro e outras danças populares. “Minha história é uma história de misturas”, afirma ela. Tendo a Petrobras como mantenedora desde 1995, seu grupo se firmou como fenômeno pop em Velox (1995), Rota (1997) e Casa (1999). Os espetáculos Nó (2005), Cruel (2008), Tatyana (2011) e Belle (2014) trataram de temas existenciais, como os afetos. Em Cão sem plumas, Deborah reúne aspectos de toda a sua carreira. “Cabem a elegância do clássico, a lama das raízes e o olhar contemporâneo. O nome disso é João Cabral”, diz ela.   Serviço: Cão Sem Plumas Data: 03 (21h) - 04 (20h) de junho Local: Teatro Guararapes Classificação: Livre  

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Bairro do Recife é tema dos passeios do Olha!Recife deste fim de semana

Em mais uma semana de roteiros históricos e passeios gratuitos, o Olha!Recife, projeto da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Recife, oferece duas opções para recifenses e turistas. Nesta semana, no domingo (4) e na quarta-feira (7), os passeios terão como pano de fundo o Recife Antigo. As inscrições acontecem por meio do site do projeto www.olharecife.com.br. No fim de semana, as pedras portuguesas das calçadas do Bairro do Recife serão o ponto de partida que contarão a história do local. No roteiro, os participantes poderão entender como se deu a evolução e as transformações do bairro, por meio da beleza dos mosaicos que decoram os passeios públicos. Também estão no roteiro duas paradas estratégicas no Museu a Céu Aberto, que teve seu painel recuperado pela PCR, e na exposição de mapas "Recife Através dos Tempos", de Terciano Torres, na Caixa Cultural. Os passeantes ainda participarão de um sorteio do livro "Caminhos de Pedra: calçadas do Bairro do Recife", de Raul Córdula Filho, para levar para casa toda a história vivenciada na excursão. Já na quarta-feira (7), o Recife Antigo será visto pelo ângulo dos monumentos e espaços culturais. Os visitantes vão conhecer o Paço do Frevo, passarão pelo Museu a Céu Aberto, e a terão a oportunidade mergulhar na história da primeira sinagoga das Américas, a Kahal Zur Israel. Depois, no Marco Zero, todos vão descobrir as características arquitetônicas e artistas do local que foi e é palco de vários eventos históricos da cidade. O passeio será finalizado na Caixa Cultural. Para o domingo, as vagas são abertas na sexta-feira (2). Já para o passeio da quarta-feira, as inscrições ficam disponíveis na segunda (5). São 50 vagas para cada roteiro, saindo sempre do Centro de Atendimento ao Turista (CAT), em frente a Praça do Arsenal. No fim de semana a saída está programada para às 9h e durante a semana, às 14h. É importante que ao se inscrever, o participante se programe para levar no dia do passeio, um quilo de alimento não-perecível. Desta vez, tudo que for arrecadado será encaminhado às famílias das cidades do interior do estado que sofreram com as enchentes dos últimos dias. Serviço: Olha!Recife a Pé Dia: 04/06 Tema: Caminhos de Pedra Hora: 09h Dia: 07/06 Hora: 14h Tema: Monumentos e espaços artísticos do Recife Antigo (PCR)

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Galeria Janete Costa estreia hoje (31) exposição de Renato Valle

A Galeria Janete Costa, equipamento da Prefeitura do Recife, localizada no Parque Dona Lindu, inaugura hoje (dia 31 de maio) a exposição Religiosidade e Política na Obra de Renato Valle. A mostra do artista plástico recifense pretende discutir a relação entre arte, religiosidade e política, tema que vem aprofundando em sua produção desde 2002. Com curadoria de Valquíria Farias, a exposição contará ao todo com 30 obras, entre desenhos, objetos e instalações, do acervo do MAMAM e de coleções particulares, que serão distribuídas pelo salão principal e mezanino da galeria. Sua concepção parte, inicialmente, da série de cinco mil desenhos produzida por Renato Valle entre 2003 e 2005, intitulada Diários de Votos e Ex-votos. Marcando um momento crucial da produção do artista, os desenhos dessa série foram exaustivamente elaborados como um exercício existencial de busca de liberdade. "Ao mesmo tempo em que enfatizam a espiritualidade dele, os desenhos são com uma escritura leve de pequenas engrenagens, ligando partes do corpo humano, minuciosamente construídas em cima de certos valores religiosos que incomodam Renato", pontua a curadora da mostra, Valquíria Farias. O emblemático álbum de gravuras Cristos Anônimos, que ajudou Renato Valle a retomar e, de certa maneira, esgotar o tema da religiosidade que ele iniciou com os Diários de Votos e Ex-votos, é outro conjunto de obras que orienta a concepção da exposição. Composta por nove impressões digitais do mais conhecido símbolo cristão, a série redesenha, reproduz e resignifica a cruz, na visão inquietante do artista e tendo como referência milhares de brasileiros anônimos, que Renato Valle define como pequenos cristos anônimos depositários de alguma esperança. “Gosto de usar a imagem de Cristo fora da cruz, livre do sofrimento, porque prefiro pensar na religião como comunhão. A essência do cristianismo não é a penitência, mas a fraternidade. É muito urgente que a humanidade pare para pensar na convivência pacífica como uma ação política coletiva”, disse o artista. A partir da subjetividade contida nesses dois conjuntos de trabalhos, a curadoria relaciona as outras obras da exposição, enfatizando-as como construções mais realistas do sentido de religiosidade. Citem-se os desenhos em grafite sobre lona, de grandes formatos, alguns produzidos a quatro mãos, que são resultado de diálogos estéticos experimentados pelo artista em residências artísticas. Há também os objetos e instalações de parede feitos em resina, durante uma residência no CAC (Centro de Artes e Comunicação) da UFPE, que são discutidos e apresentados na exposição como obras que trazem novos questionamentos à poética de Renato Valle. Na galeria, a disposição espacial das obras não é pautada pela cronologia, mas pela relação e identidade que os trabalhados carregam entre si. A expografia e coordenação de montagem é assinada por Diogo Todë. A produção da mostra ficou a cargo de Carol Chaves Madureira. BIOGRAFIA - Nascido no Recife, em 1958, Renato Valle começou como autodidata em 1976 e em 1979 passou a se dedicar exclusivamente às artes visuais. Participou de cursos de desenho, pintura, gravura e história da arte; com Andrea Moreira, Flávio Gadelha, Gil Vicente e Laura Buarque, fundou o jornal mensal Edição de Arte (1988-1990); foi diretor técnico da Oficina Guaianases de Gravura (1993 -1995). Realizou várias exposições individuais e coletivas em museus, institutos e galerias de arte; foi contemplado em salões e editais de artes visuais com premiações, projetos de exposições, oficinas, residências artísticas, pesquisas e publicações, por instituições e programas como o Funcultura (Fundo estadual de cultura), SIC (Sistema de Incentivo à Cultura), Programa BNB de Cultura, Funarte, SPA das Artes e CCSP (Centro Cultural São Paulo). SERVIÇO Exposição Religiosidade e Política na Obra de Renato Valle Abertura: 31 de maio, às 19h Local: Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu Visitação: 1º de junho a 23 de julho Horário de visitação: Quarta a sexta, das 12h às 20h, e sábados e domingos, das 14h às 20h Entrada gratuita Informações: 3355-9825

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Banda Sinfônica do Recife homenageia Teatro de Santa Isabel

Nesta quarta-feira (31), às 20h, a Banda Sinfônica do Recife realizará seu terceiro concerto oficial de 2017. A apresentação gratuita e aberta ao público, oferecida pela Prefeitura do Recife, será ainda mais especial, pois será comemorativa aos 167 anos do Teatro de Santa Isabel. Os interessados devem retirar seus ingressos na bilheteria do teatro uma hora antes do concerto. O Teatro de Santa Isabel completou 167 anos no último dia 18. Inaugurado em homenagem à Princesa Isabel, atravessou séculos de história, formando muitas gerações de plateias. Desde sua inauguração, o teatro monumento, tombado pelo Iphan desde 1949, já recebeu muitas visitas ilustres, como Dom Pedro II, Castro Alves, Tobias Barreto, Carlos Gomes, a bailarina russa Ana Pavllowa e Procópio Ferreira. Pensando em agradar a diferentes estilos musicais, a Banda Sinfônica do Recife, sob a regência do maestro Nenéu Liberalquino começará a homenagem com a música Marche Slave, do compositor romântico russo Pyotr Tchaikovsky. Esta peça foi feita em 1876, quando a Sérvia encontrava-se em guerra, para auxiliar os sérvios feridos por meio de um concerto beneficente. A segunda e terceira canções escolhidas pela banda prometem animar a plateia. São elas: Maria-Maria, do compositor brasileiro reconhecido mundialmente Milton Nascimento, e Ponteio, do cantor, compositor, arranjador e instrumentista brasileiro Edu Lobo. Os apaixonados pelos clássicos da televisão e do cinema ficarão entusiasmados com a quarta peça escolhida pelo maestro para integrar o programa: o clássico do jazz instrumental Harlem Nocturne, usado como tema para Mickey Spillane’s Mike Harlem, do compositor americano Earle Hagen. Já a quinta interpretação será a música Hallelujah, do filme Shrek, do cantor, compositor, poeta e escritor canadense Leonard Cohen. A sexta canção tocada será King Kong Soundtrack Highlights, do compositor, maestro, produtor musical e músico estadunidense James Newton Howard. Para encerrar a noite comemorativa, a Banda Sinfônica do Recife termina com a composição Funk Attack, do compositor e maestro austríaco Otto Schawarz. SOBRE A BANDA - Fundada em 1958, a Banda Sinfônica do Recife é composta por 85 músicos, entre quadro técnico, administrativo e produção. Desde julho de 2002, tem como regente titular e diretor artístico o maestro Nenéu Liberalquino. Serviço III Concerto da Temporada 2017 da Banda Sinfônica do Recife Quando: Quarta-feira, 31 de maio Horário: 20h Local: Teatro de Santa Isabel, Praça da República, s/n, Bairro de Santo Antônio Ingressos gratuitos na bilheteria do teatro, a partir das 19h Informações: 3355-3322

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Nada de fórmulas, autoria é tudo

*Por Cláudia Zoraya Questões concernentes à produção textual exigida pelo ENEM têm motivado reflexões e debates pedagógicos, sobretudo nos espaços educacionais que realizam um trabalho voltado ao desenvolvimento de competentes produtores de textos. O consenso é de que já não é mais possível desconsiderar propostas que ressignifiquem o ato de escrever, haja vista que em meio a tantos avanços tecnológicos, convive-se paralelamente com um grande número de pessoas que pouco têm se apropriado da arte de escrever. É incontestável que só se aprende a escrever, escrevendo. A hipótese de que existe uma fórmula a seguir, a qual garantirá a feitura de um bom texto, é um ledo engano; e por que não dizer uma estratégia, muitas vezes, mercadológica que se apropria da fragilidade linguística dos usuários. É, então, cada vez mais imperativo compreender os mecanismos que envolvem a estruturação de um texto, no caso, dissertativo-argumentativo, a fim de atender aos critérios avaliativos. A necessidade de mudança de postura do discente, no que diz respeito à construção de seu texto escrito para o ENEM, tem sido foco de muitas discussões. Para fomentá-las, deve-se considerar que, no contexto atual, a produção de texto está a serviço de um processo seletivo, cujo objetivo é decidir a aprovação ou reprovação no exame, ou melhor, a porta de entrada para uma universidade pública. Ademais, o preconceito em relação à prática da escrita é evidenciado por meio de uma série de afirmações que já fazem parte da imagem negativa que o aluno tem de si, enquanto escritor. Eis algumas afirmações falaciosas: “Sou péssimo em redação!”; “Eu sei falar, mas não consigo escrever”.; “Redigir é difícil!”; ”Não sou criativo”.; “Mas eu estou sem ideias!”... Tais afirmações têm dado sustentação à ideia de que a competência para a escrita é resultado do repasse de um saber pronto. Para ilustrar, vale a pena citar Costa(2001): Se você é o tipo que coça a cabeça, olha para os lados, sente vazio na boca do estômago quando tem que fazer uma redação ou um relatório, pense que suas chances de se dar bem podem ser um pouco menores. Mas não se acanhe. Hércules sentiu uma coisa parecida quando cumpria cada um dos seus doze trabalhos e Teseu teve a mesma sensação quando buscava uma saída do labirinto, com o Minotauro fungando no cangote. Isso se justifica. Quando escreve, você está simplesmente recriando o momento crucial da civilização, você está ousando repetir o ato mais revolucionário já produzido pela humanidade: a linguagem escrita. Exageros à parte, essa é a realidade de muitos alunos perante a atividade de produção textual. O que deveria ser um ato espontâneo, prazeroso e rotineiro, acaba por tornar-se um fardo que gera estresse e tensão; além de levá-los a ceder às falsas promessas de produção de um texto nota 1000. Não obstante, em diversas versões do ENEM, a fórmula utilizada garanta a tão almejada nota. É imprescindível lembrar que um texto sempre se refere a um determinado contexto, no caso do ENEM, a um problema no âmbito social que deve ser refletido e, sobretudo, objeto de intervenção. Para tanto, o agente textual necessita considerar que o texto é uma sequência lógica de ideias, e todos os seus elementos devem refletir mutuamente, identificando uma totalidade (coesão). No texto, deve ser percebido que o significado das frases não é autônomo e elas só têm sentido na relação que mantêm entre si (coerência), com o conjunto do texto e com o contexto em que se encontram inseridas. Então, o ensino de produção textual para o ENEM deve estar relacionado ao ponto de vista filosófico, e não ao ponto de vista tecnicista, minimalista, pois, escrever implica uma reflexão crítica, supõe exercício permanente. Em suma, é primordial que o aluno reflita sobre o seu ponto de vista, se existem conhecimentos suficientes para sustentar a argumentação ou se está simplesmente repetindo ideias prontas, formuladas. Por tudo isso, o aluno deve protagonizar sua escrita e considerar a possibilidade de imortalizar-se mediante as palavras. Por todas essas razões, o trabalho com a produção de texto deve priorizar a formação de produtores autônomos, criativos e autorais, ou seja, competentes. Metaforicamente, o trabalho com o texto deve ter o mesmo caráter, o mesmo valor que tem o trabalho de um cientista, quando esse está para fazer uma nova descoberta; pois ele observa, faz diversas tentativas, experimenta, disseca todas as partes que envolvem o seu objeto de estudo e, ao término de sua análise, ao expor os resultados, sente uma estranha satisfação de cumprimento do dever.     A palavra é um instante do pensamento e da auto-expressão. É através dela que damos sentido funcional ao ensino de redação, cuja finalidade básica é a comunicação. (Noam Chomsky) Consoante às afirmações de Chomsky, deve ser preocupação precípua de o docente contribuir para que os alunos utilizem o recurso da expressividade que, uma vez incorporada ao texto, aumentará sensivelmente sua capacidade de elaborar textos interessantes e sugestivos, que fujam ao lugar comum, que, enfim, permitam-lhes expressar a sua individualidade e não um arcabouço de fórmulas. *Cláudia Zoraya é professora de Língua Portuguesa do Colégio Fazer Crescer Todas as segundas-feiras estamos publicando artigos sobre tendências da educação. LEIA TAMBÉM Reflexões sobre educação na contemporaneidade (por Henrique Nelson – Colégio Patrícia Costa) Educação Cidadã (por Eduardo Carvalho – ABA Global Education) Ensino x Aprendizagem (por Armando Vasconcelos – Colégio Equipe) Navegar é preciso, produzir também (por Jaime Cavalcanti – Colégio Boa Viagem) Algomais, a Revista de Pernambuco comprometida com a educação       

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