Arquivos Economia - Página 121 De 397 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

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BRK amplia o uso de energia limpa

Desde 2019, a BRK, presente na Região Metropolitana do Recife (RMR) e Goiana através do Programa Cidade Saneada, utiliza energia renovável produzida em três usinas solares localizadas no interior do estado de Pernambuco. Em 2022, a equipe de manutenção da BRK RMR conseguiu ampliar o contrato de fornecimento de energia solar, gerando uma economia de 22 milhões nos próximos 20 anos para a empresa, além dos benefícios para o meio ambiente. Atualmente, 51 das 230 unidades operacionais em Pernambuco, entre estações elevatórias e de tratamento de esgoto, são abastecidas com esse tipo de energia. Após a construção da nova usina solar, o número passará para 150 unidades. Como signatária do Pacto Global, a BRK inclui os princípios universais e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em sua estratégia orientada para o ESG (sigla em inglês que representa a sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa) e assume compromissos relevantes para agenda de sustentabilidade, com foco na eficiência e na qualidade, estabelecendo metas corporativas conectadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e às principais demandas da sociedade brasileira. “Com a ampliação do uso de energia limpa,  vamos contribuir bastante com o meio ambiente. Isso ocorre porque a energia solar provém de um sistema que é totalmente sustentável e renovável, ou seja, não emite nenhum gás poluente na atmosfera, o que contribui significativamente para que a companhia atenda o compromisso de ter 70% do consumo total de energia elétrica suprido por fontes renováveis até 2030.  Além disso, haverá uma redução considerável da conta de energia elétrica, gerando um impacto financeiro positivo que fará a diferença para nosso resultado”, pontua Marco Aurélio, gerente da área de manutenção da BRK em Pernambuco.

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Eletrobras Chesf realiza evento sobre inovação em energia

Companhia busca alternativas tecnológicas para fomentar o empreendedorismo no setor de energia Com o objetivo de fomentar o empreendedorismo no setor de energia, o Hub de Inovação em Energia da Eletrobras Chesf (UmBUH) promove o evento “ UmBUH: Uma Solução de Inovação Aberta e Corporativa no Setor de Energia”, que visa apresentar estrutura e ações do UmBUH HUB para o público da Eletrobras Chesf e sua importância para o ecossistema de inovação no setor de energia do Nordeste. O evento acontece no próximo dia 26, às 14h, no Edifício Sede da Eletrobras Chesf – Espaço Led/Sala Xingó, no Recife. O público pode acompanhar através do link http://bit.ly/3IVo2ZZ Na ocasião ainda serão apresentados os resultados alcançados no ano de 2022 e as empresas selecionadas na 1ª Chamada de Inovação Aberta. Em agosto do ano passado, a 1ª Chamada de Inovação Aberta do UmBUH selecionou Startups e Empresas Inovadoras para o desenvolvimento de projetos que atendam aos desafios das seguintes áreas temáticas: Comercialização de Energia, Operação do Sistema Elétrico, Gestão de Ativos, Processos e Informação. O investimento final para esta chamada será de até 1 milhão de reais para atender aos desafios e as soluções mais promissoras receberão incentivos visando à obtenção de produtos finais para consumo da Chesf, assim como, posterior inserção no setor elétrico. Alternativas tecnológicas - A mudança na matriz energética no mundo vem transformando a visão estratégica de empresas e governos em buscar alternativas tecnológicas que auxiliem nesta transição. Enquanto o Brasil é referência mundial na geração de energia limpa - 45% do total, sendo 4 vezes maior que a média mundial - ainda fica muito atrás na geração de inovação e novos negócios.  Das 10 mil startups mapeadas em um estudo realizado pela PwC (PricewaterhouseCoopers) em 2021, apenas 201 maduras foram identificadas no setor de energia. Ainda é um número tímido para um setor que representa 15% do país. Programação do evento no dia 26/01 14h O papel da Eletrobras Chesf na Inovação Nacional (Diretor Roberto Pordeus) 14h15 O Papel do INSA / MCTI como parceiro estratégico (Dra Mônica Tejo) 14h30 Inovação e o Setor de Energético Nacional e Regional (Gerente de Departamento  José Bione) 15h UmHUB: O Canal de Inovação Aberta da Eletrobras Chesf (Prof. George/Filipe) - 10 minutos Mapeamento do Ecossistema - 10 minutos Gargalos e Desafios - 10 minutos Estruturação do HUB - 10 minutos Produtos e Serviços - 10 minutos 1ª Chamada de Inovação Aberta + Anúncio da Contratação das Startups  - 20 minutos Cronograma de Ações 2023 16h30 Encerramento/Coquetel

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Recife encerrou 2022 como a 5ª capital mais rápida do país na abertura de empresas

No Recife, o tempo necessário para a abertura de uma empresa ao final do terceiro quadrimestre de 2022 foi de 7 horas. Com esse resultado, a capital pernambucana foi a quinta mais ágil do país, atrás apenas de Aracaju (1 hora), Florianópolis (5 horas), Vitória (5 horas) e Curitiba (6 horas). Os dados fazem parte do Mapa de Empresas elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO). Apesar da boa colocação, houve aumento de 4 horas em relação ao final do segundo quadrimestre do ano, mas redução de 1 dia e 7 horas na comparação com o último quadrimestre de 2021. O Boletim do Mapa de Empresas atualizado, com informações relativas ao terceiro quadrimestre e dados consolidados de todo o ano de 2022, foi divulgado nesta sexta-feira (20/1), pelo Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (DREI). O órgão faz parte da estrutura do MDIC. No documento é possível verificar informações referentes a todas as capitais e a todos os estados do país.

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Grafico 1 Reproducao CNC

Endividamento avança nas famílias brasileiras e pernambucanas

De acordo com levantamento da Confederação Nacional do Comércio houve um forte avanço na proporção de endividados e inadimplentes brasileiros nos últimos anos. Esse fenômeno tem como consequência o achatamento do poder de compra dos consumidores e limita o próprio crescimento da economia. O último relatório do CNC relacionou a tendência ao endividamento e inadimplência como um refleco que vem desde o período mais grave da pandemia. A queda na renda do trabalho, a descontinuidade do auxílio emergencial, a maior busca por crédito, com um custo muito elevado, são alguns dos efeitos em cadeia desse processo. A proporção de famílias que se declaram endividadas no Brasil avançou pouco mais que 14 pontos percentuais de 2019 a 2022, saindo de 63,6% para 77,9%. Esse movimento reverteu uma tendência de queda que se observava desde 2013, quando era de 62,5%, chegando a 60,3% em 2018. No olhar sobre o desempenho desse indicador em Pernambuco, a Fecomércio-PE apontou uma trajetória foi semelhante. Houve uma queda entre 2014 e 2018 (de 73,0% para 64,6%), mas também um avanço mais acelerado que o observado na média nacional, chegando a 81% em 2022. INADIMPLÊNCIA A proporção de inadimplentes também avançou no Brasil no ano passado, alcançando a marca de aproximadamente três a cada dez se encontraram com algum pagamento ou compromisso financeiro atrasado. Em Pernambuco, a proporção alcançou efetivamente a marca de 3 em cada 10 famílias. A alta dos alimentos (+13,23% no ano) e bebidas (+11,45%), materiais de higiene (+16,69%) e limpeza (+19,49%) e produtos farmacêuticos (+13,52%) são alguns dos vilões desse avanço do endividameto.

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Parceria entre Suape e o Cesar promove mais segurança e agilidade nas operações portuárias

O Complexo de Suape e o Cesar anunciam a entrega da primeira solução que permitirá ao atracadouro pernambucano integração e mais agilidade nas operações de cargas. O TOS (Terminal Operating System ou Sistema de Operação de Terminal) coloca o porto como pioneiro em um cenário digital no setor. A parceria promove a digitalização dos processos do porto, permitindo uma conexão em tempo real dos agentes portuários envolvidos nas movimentações de Suape. Ao centro de estudos coube criar um sistema que unificasse toda a comunicação em um sistema semelhante ao que portos da Europa utilizam para agilizar as atividades dos navios, de operadores e demais agentes. “Além de melhorar e facilitar o trabalho e gerar benefícios para os atores envolvidos, a plataforma aumentará o faturamento com o maior volume de navios em operação. Os produtos gerados com o CESAR serão patenteados e a estatal será, além de referência em porto e complexo industrial, exemplo nacional em termos de inovação nesse modal marítimo de cargas", enfatiza o diretor-presidente de Suape, Francisco Martins. “Nosso objetivo é otimizar toda a complexidade que envolve a operação de Suape. Desde informações sobre quando e quantos navios de carga estão chegando, passando por entender os tipos de carga que transportam – líquida, sólida, contêiner ou outras – e que necessidades exigirão: alinhamento de atracação, programação de carga/descarga , bem como o próprio controle e monitoramento da operação e armazenamento”, explica Adriano Gomes, Gestor de Projetos do CESAR. “Será possível estar mais preparado para acelerar as operações e transações portuárias, o que se refletirá em mais agilidade. Ganha o porto em eficiência, com mais janelas para o uso do espaço, e os próprios operadores, pois atuarão com mais rapidez e eficiência”. 

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Pesquisa revela que gastos com automóvel é a segunda maior despesa anual dos brasileiros

(Da Serasa) Para mensurar o impacto dos automóveis dentro do orçamento familiar e oferecer soluções que ajudem a saúde financeira dos brasileiros, a Serasa encomendou uma pesquisa inédita que ajuda a decifrar o envolvimento peculiar entre a população e os carros. O levantamento reforça também como o pagamento parcelado do IPVA, um dos principais custos veiculares do ano, pode colaborar positivamente para aliviar o impacto no orçamento das famílias.  Realizado em parceria com o Instituto Opinion Box, o estudo A Relação do Brasileiro com o Automóvel revela que dois a cada 10 proprietários ainda não se planejaram para pagar o IPVA 2023, cujo calendário já está correndo desde dezembro.   Cobrado anualmente, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) corresponde ao valor que deve ser pago por todos os proprietários de veículos, como carros, motos, ônibus, caminhões e outros. O cálculo depende do modelo e do ano de fabricação do veículo, variando de acordo com o Estado em que o bem está registrado e com a Tabela FIPE. “Mesmo sendo uma despesa recorrente e sempre na mesma época do ano, o valor ainda pega os motoristas de surpresa”, observa Laís Gabriel, especialista da Serasa. “Nesse cenário, o planejamento financeiro é imprescindível para conseguir estimar os gastos e, quem sabe, investir no pagamento à vista no ano seguinte”, complementa Laís.  A partir da Carteira Digital Serasa, o consumidor pode pagar o IPVA com mais segurança, além de encontrar condições especiais. “Caso prefira quitar à vista, é possível contar com o desconto da Cota Única”, explica Laís. “Apenas pela plataforma da Serasa, é possível garantir esse desconto e parcelar em até 12 vezes, aliviando o orçamento”. A oportunidade deve-se à parceria entre a Serasa e a empresa Zapay, especializada no setor de automóveis, com propósito de ajudar milhares de brasileiros no pagamento de débitos veiculares.  Pesquisa: “A Relação do Brasileiro com o Automóvel”  O levantamento realizado com 2.067 entrevistados entre os dias 12 e 18 de dezembro de 2022 avalia os impactos dos veículos no bolso do motorista e da família, além de tentar decifrar as tendências de mercado e as relações comportamentais que envolvem o brasileiro e o carro. As principais constatações da pesquisa:  Em 63% dos lares, os custos com os veículos é a segunda maior despesa do orçamento, atrás de alimentação (72%) e à frente de despesas com contas básicas (57%).  O modelo de trabalho home office ou híbrido, gerado pela pandemia, alterou o uso do carro para pelo menos 48% dos brasileiros.  Entre as funções mais usuais do automóvel para os brasileiros, estão: passeios em fins de semana, compras e tarefas, diárias, locomoção para trabalho ou local de estudo.   A organização financeira ainda aparece como uma questão de conflito para os motoristas: 40% consideram complexo fazer os cálculos para manter um veículo e 32% admitem gastar mais que o planejado.   Entre os motivos para o incremento dos valores, considerando o momento de pandemia e os cenários enfrentados, encontra-se o aumento dos gastos com combustíveis, relatado por 48% dos entrevistados. Em contrapartida, para quem diminuiu o uso em relação ao período pré-pandêmico, os novos formatos de trabalho implementados, como o home office (26%) e o modelo híbrido (22%), aparecem como os principais fatores.  Em busca de saídas para amenizar impactos no orçamento, pelo menos 1 em cada 10 proprietários projeta se desfazer do veículo nos próximos 12 meses, abrindo mão do carro ainda em 2023.  E 23% dos motoristas passaram a usar o veículo, depois da pandemia, como forma de rendimento e ferramenta de trabalho, apostando em serviços de transporte via aplicativo, de entregas ou novas atividades.  Para ter mais detalhes sobre a pesquisa, clique aqui. 

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8 de janeiro: Entre a economia e as tensões políticas

O 8 de janeiro deixou um rastro de vidros quebrados, obras de arte violadas e centenas de pessoas presas. Mas, além dos impactos na vida política do País, esses atos podem gerar um efeito dominó também na economia. Alguns analistas apontam que a turbulência dos primeiros dias de 2023 tem a capacidade de adiar a esperada retomada após a sucessão de crises que o Brasil viveu nos últimos anos. Esse cenário de curto prazo, no entanto, ainda é nublado e só deve ter uma previsão mais clara com a volta das atividades do Congresso Nacional, em fevereiro. “Do ponto de vista econômico, embora os impactos diretos sejam de difícil mensuração, os atos ocorridos recentemente em Brasília tumultuam o ambiente político-institucional, reduzindo a previsibilidade sobre os rumos da economia brasileira e desestimulando investimentos que seriam fundamentais para alavancar o nível de atividade do País, após anos sucessivos de baixo crescimento”, considera o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/ Senac, Bernardo Peixoto. As previsões para o crescimento da economia brasileira feitas no quarto trimestre do ano passado já eram pífias. O último boletim Focus, do Banco Central, em dezembro, indicava apenas 0,75% de avanço do PIB, por exemplo. Em paralelo a isso, nas mãos do novo governo reside um conjunto de desafios, como a aprovação de uma reforma tributária, o estímulo à reindustrialização do País, com maior geração de empregos, e o socorro econômico às parcelas mais vulneráveis da população, com a reorganização dos programas de distribuição de renda. Bernardo Peixoto também avalia que haverá uma divisão de forças neste início do novo governo entre as pautas econômica e da defesa democrática. “As reformas esperadas para o ano de 2023 demandarão um nível elevado de entrosamento nas ações entre o Executivo Federal, governadores e o parlamento. Atos como os ocorridos no dia 8 de janeiro no Distrito Federal desviam o foco político e os esforços que deveriam ser canalizados para dar andamento a essas reformas. O recente anúncio de medidas econômicas pelo Ministério da Fazenda foi uma sinalização importante em prol da agenda econômica”. Em outras palavras, a atenção do poder executivo fica, portanto, dividida. De um lado, as urgentes pautas de estímulo econômico e, do outro, a vigilância e defesa da democracia. Há outros efeitos em cadeia contabilizados pelos economistas. “As consequências dos ataques, por uma multidão ensandecida e descontrolada, vão muito além do que apenas os prejuízos causados pelo quebra-quebra do patrimônio público. Respingam também efeitos colaterais econômicos, que ultrapassam as fronteiras nacionais, considerando a atual integração dos mercados”, avalia o economista Werson Kaval, professor do Unit-PE (Centro Universitário Tiradentes). Leia a reportagem completa na edição 202.3 da Algomais: assine.algomais.com

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Bernardo Peixoto

"Entre as reformas, a tributária está no centro da agenda econômica em 2023"

Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, foi um dos entrevistados da edição da Algomais que circula neste final de semana sobre os impactos do 8 de janeiro na agenda econômica de 2023. Ele considera que a reforma tributária deve ser a prioridade do primeiro ano de gestão do Governo Lula, mas avalia que é preciso criar um entrosamento entre os poderes para avançar nessa questão sensível ao desenvolvimento econômico do País. Que tipo de impactos os atos do último domingo podem afetar na retomada da economia em 2023? A instabilidade política pode criar efeitos indesejados, como aumento de juros e fuga de investimentos do País? Do ponto de vista econômico, embora os impactos diretos sejam de difícil mensuração, os atos ocorridos recentemente em Brasília tumultuam o ambiente político-institucional, reduzindo a previsibilidade sobre os rumos da economia brasileira e desestimulando investimentos que seriam fundamentais para alavancar o nível de atividade do País após anos sucessivos de baixo crescimento. A maior atenção do Governo Federal a esse fator mais extremo da política pode atrasar a aprovação de reformas, que são esperadas pelos atores econômicos, como a tributária? As reformas esperadas para o ano de 2023 demandarão um nível elevado de entrosamento nas ações entre o Executivo Federal, governadores e o parlamento. Atos como os ocorridos no dia 08 de janeiro no Distrito Federal desviam o foco político e os esforços que deveriam ser canalizados para dar andamento a essas reformas. O recente anúncio de medidas econômicas pelo Ministério da Fazenda foi uma sinalização importante em prol da agenda econômica. Que pautas devem ser prioridade na agenda econômica nacional e local em 2023?Entre as reformas, a tributária está no centro da agenda econômica, justamente por ser um grande entrave ao crescimento do Brasil. O desafio é construir uma reforma que não signifique um novo aumento de impostos, pois nenhum setor da economia suporta mais carga tributária. Seria importante aproveitar o ambiente de negociação típico do início dos mandatos em ambas as esferas de poder para tocar a reforma tributária concomitantemente à reforma administrativa. Diante do fim do teto de gastos, a discussão em torno de uma nova âncora fiscal será de igual importância, até mesmo para que haja alinhamento com o Banco Central na tarefa de conter a inflação. (Foto: Maker Mídia)

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Inflação de 2022 seria 9% sem cortes de impostos, diz Campos Neto

(Da Agência Brasil) A inflação teria fechado 2022 em 9% não fossem os cortes de impostos sobre combustíveis e energia elétrica, disse o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Em seminário promovido por uma universidade norte-americana, ele defendeu a autonomia do órgão, condenou os atos terroristas do último dia 8 e anunciou o interesse de outros países em adotar o Pix. De acordo com Campos Neto, parte da desinflação observada no segundo semestre decorreu dos cortes de impostos sobre combustíveis e energia elétrica. “A inflação [oficial pelo IPCA] estaria em 9%, e não em 5,8%, se não fosse essa redução de impostos”, afirmou. Em relação à taxa Selic (juros básicos da economia), que está em 13,75% ao ano, Campos Neto reconheceu que os juros estão altos, mas disse que um corte no curto prazo pouco ajudaria o país a atrair investimentos. “Entendemos que nossa taxa de juros está alta, mas não manejamos curva futura, só a meta da Selic. Não ajudaria em nada cortar o juro de curto prazo, porque os investimentos usam taxas de longo prazo”, explicou. Autonomia Em relação à autonomia do Banco Central, Campos Neto respondeu às críticas feitas ontem (18) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista a uma emissora de TV, Lula classificou de “bobagem” a autonomia do BC e perguntou por que a independência do órgão freou pouco a inflação. Campos Neto afirmou que, em algumas entrevistas, informações são retiradas de contexto e disse que as declarações deveriam ser vistas sob um olhar mais amplo, da necessidade de a independência existir sob a lei. “Se você olha a entrevista, de um lado, ele se orgulha por [Henrique] Meirelles [ex-presidente do BC] ter tido independência. De outro lado, o que acho que ele quis dizer foi ‘eu não acho que precisamos ter a independência na lei, pode ter a independência sem a lei e fazer as coisas funcionarem’”, disse. Mesmo assim, o presidente do BC, que tem mandato até o fim de 2024, defendeu a autonomia formal do órgão. “Quando você pensa no que está acontecendo no Brasil e quão difícil foi o processo da eleição no Brasil, acho que o mercado estaria bem mais volátil se o Banco Central não tivesse a autonomia na lei. Seria outro elemento de incerteza”, declarou. Durante a tarde, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou a intenção do governo de mudar o status do BC. Em postagem nas redes sociais, escreveu que “o presidente [Lula] não vai mudar de postura agora, ainda mais com uma lei que estabelece regras nesse sentido”. Atos terroristas O presidente do BC condenou a invasão de prédios dos Três Poderes ocorridas no dia 8 e reconheceu que os atos antidemocráticos impactam a credibilidade do Brasil no exterior. Segundo ele, a imagem do país perante o mercado externo é essencial para atrair investimentos e manter o ritmo de crescimento da economia. “O Brasil está passando por momentos difíceis ultimamente. Vimos o que aconteceu no dia 8. Nós condenamos fortemente, é inaceitável. Espero que sejamos capazes de investigar e punir as pessoas responsáveis por isso. Acho que é um dano para a credibilidade do país e precisamos de credibilidade agora para voltar a crescer em ritmo sustentável”, afirmou. Pix O presidente do BC também disse que o órgão abrirá o protocolo para a criação do Pix a bancos centrais que tenham interesse. Isso abriria a possibilidade de que o sistema de transferências instantâneas seja aplicado em outros países. Campos Neto disse ter tratado sobre o assunto com o Canadá, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Peru e Uruguai.

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Desemprego recua para 8,1% no trimestre encerrado em novembro

(Da Agência Brasil) A taxa de desocupação ficou em 8,1% no trimestre terminado em novembro. O percentual representa recuo de 0,9 ponto percentual (p.p.) na comparação com os três meses anteriores, quando atingiu 8,9%. É, ainda, o menor resultado desde o trimestre de fevereiro a abril de 2015. Com a queda para 8,7 milhões, o número de desempregados alcançou o menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2015. Ao todo, são 953 mil pessoas a menos em busca de emprego no país, ou recuo de 9,8%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada ontem (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme a pesquisa, há seis trimestres móveis consecutivos, que a taxa de desocupação vem caindo de forma significativa. Para a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, o motivo da retração no trimestre encerrado em novembro é o aumento de 0,7% na ocupação no período, que mais uma vez chegou ao maior nível da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. O percentual equivale a um acréscimo de 680 mil pessoas no mercado de trabalho. “Embora o aumento da população ocupada venha ocorrendo em um ritmo menor do que o verificado nos trimestres anteriores, ele é significativo e contribui para a queda na desocupação”, observou. Ainda segundo a coordenadora, as quedas sucessivas na taxa de desocupação foram também um reflexo do aumento no número de ocupados, durante a recuperação do mercado de trabalho que foi verificada desde 2021. “A partir desse momento, houve essa expansão da população ocupada, primeiramente dos trabalhadores informais e, depois, do emprego com carteira assinada nos mais diversos grupamentos de atividades, como comércio e indústria. Mais recentemente, também houve aumento nos serviços, que exercem um papel importante na recuperação da população ocupada no país”. Com carteira Com a ampliação do seu contingente em 2,3% ou 817 mil pessoas a mais, a categoria de empregados com carteira assinada no setor privado provocou o principal impacto para o aumento da ocupação no trimestre de agosto a novembro. Adriana Beringuy informou que desde o segundo semestre de 2021, se verifica o crescimento dessa categoria. “É um registro importante, uma vez que não apenas indica o aumento do número de trabalhadores, mas também sinaliza a redução na informalidade da população ocupada”. A pesquisa indica que, no ano, o contingente de trabalhadores com carteira no setor privado cresceu 7,5%, o que significa mais 2,6 milhões de pessoas. Sem carteira O número de empregados sem carteira no setor privado ficou estável em relação ao trimestre anterior. No trimestre até novembro, o contingente era equivalente a 13,3 milhões de pessoas. No entanto, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, houve avanço de 9,3% ou 1,1 milhão de pessoas. Também no mercado de trabalho informal, os empregadores sem CNPJ permaneceram estáveis frente ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2021. O número de trabalhadores por conta própria sem CNPJ teve movimento diferente e recuou 2,9% frente ao trimestre anterior e foram menos 563 mil pessoas e 4,1% em relação ao trimestre terminado em novembro de 2021 ou menos 796 mil. Informalidade De acordo com o IBGE, esses resultados provocaram impacto de 0,8 p.p. da taxa de informalidade, que chegou a 38,9%, sendo a menor desde o trimestre terminado em novembro de 2020 ou 38,7%. A proporção corresponde a um contingente de 38,8 milhões de trabalhadores informais. “Nesse período, houve uma expansão do emprego com carteira de trabalho e também uma retração do trabalhador por conta própria, que responde por parte significativa do trabalho informal. A queda nesse número acabou influenciando a taxa de informalidade”, disse a coordenadora. Na soma de trabalhadores formais e informais, a categoria ficou estável na comparação com os três meses anteriores, mas apresentou crescimento de 12% em relação ao mesmo período de 2021. O número sofreu impactos, principalmente, do crescimento de 12,5% no número de empregadores com CNPJ, o que equivale a 389 mil pessoas. A pesquisa mostrou também que a partir do aumento do número de trabalhadores, o nível da ocupação, o percentual de ocupados na população em idade de trabalhar, foi estimado em 57,4%. Isso representa uma variação de 0,3 p.p. se comparado ao trimestre anterior, quando ficou em 57,1%. Desalentados A população fora da força de trabalho cresceu 1% no trimestre. Com este percentual, são 660 mil pessoas sem emprego. No caso das pessoas que não estavam ocupadas nem procuravam uma vaga no mercado, mas tinham potencial para se transformarem em força de trabalho, ou que formam a força de trabalho potencial, foi registrado um recuo houve uma redução de 454 mil pessoas ou de 5,8%. A estimativa é que no mesmo período, os desalentados somam 4,1 milhões. Frente ao último trimestre, houve redução de 4,8% ou menos 203 mil pessoas. Entre os grupamentos de atividades analisados pela pesquisa, houve alta de 2,6%, ou mais 307 mil pessoas, no contingente de trabalhadores dos setores de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Já nas de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais a elevação ficou em 1,8%, ou mais 319 mil pessoas. Nesta categoria, os segmentos de saúde e educação se destacaram no avanço da ocupação. Embora o setor comercial, geralmente ofereça mais oportunidades de trabalho com a proximidade das festas de fim de ano, foi um dos que não avançaram significativamente na comparação com o trimestre anterior. “Além do comércio, os outros grupamentos de atividades pesquisados também ficaram estáveis no trimestre”, informou. Rendimento A Pnad Contínua estimou o rendimento médio real em R$ 2.787, o que representa um aumento de 3% em relação ao trimestre encerrado em agosto. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento ficou em 7,1%. Houve avanço também na massa de rendimento nas duas comparações e chegou a R$ 273 bilhões, atingindo mais uma vez um recorde na série histórica da pesquisa. Em relação ao trimestre anterior, a elevação ficou em 3,8%, ou

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