Arquivos Economia - Página 14 De 405 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

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O marco regulatório das criptomoedas no Brasil

*Wallace Fabrício Paiva Souza A sociedade contemporânea passa por transformações constantes, impulsionadas pela acelerada modernização tecnológica. Embora a revolução das telecomunicações seja relativamente recente, o chamado espaço virtual já possibilita a realização de diversos atos, incluindo muitos de natureza jurídica. E, nesse contexto de evolução, surgiu, em 2008, a tecnologia blockchain, criada por um desconhecido com o pseudônimo Satoshi Nakamoto. O objetivo era ter uma solução para conter eventuais arbítrios da soberania estatal, que controla a indústria financeira. Com a tecnologia blockchain, surgiu a criptomoeda Bitcoin, cuja primeira transação ocorreu em 2009. Ao contrário das moedas tradicionais, como o Real, o Dólar e o Euro, criou-se uma moeda descentralizada, abrindo o sistema financeiro tradicional. Embora a tecnologia blockchain tenha diversas aplicações, as criptomoedas foram seu principal destaque. As moedas em si não são novidades para a humanidade, uma vez que, desde os primórdios da humanidade, já havia bens utilizados como meio de troca. Um ponto principal das moedas hoje em dia é a confiança que elas possuem. Ora, por qual razão alguém trocaria um carro por uma determinada quantidade de moeda? Isso só se justifica pela confiança que ele tem nela. E o Bitcoin, como todas as criptomoedas existentes, que são inúmeras, altera a forma de se obter essa confiança. Não há um Estado garantindo a confiança nos criptoativos, o que, para seus defensores, é uma grande vantagem, pois nenhuma autoridade central sozinha tem o poder de controlar ou desestabilizar. Com o avanço dessa temática, tornou-se necessária uma normatização. Contudo, os Projetos de Lei que tramitaram inicialmente não trouxeram regras adequadas e, em diversos momentos, confundiram os institutos, tratando criptomoedas como programas de milhas aéreas, por exemplo. Além disso, a principal preocupação foi o âmbito criminal, o que mostra que ainda há uma associação dos criptoativos à prática de crimes. Somente em 21 de dezembro de 2022, foi promulgada a Lei n. 14.478, que ficou conhecida como Marco Legal das Criptomoedas, cuja vigência se iniciou em 2023, e teve como objetivo regulamentar as criptomoedas no Brasil e dispor sobre as diretrizes para as Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais. A expectativa é proporcionar maior segurança jurídica ao setor, incentivando novos investimentos, uma vez que, até então, não havia uma legislação específica. Foi um começo, exigindo mais documentos de quem atua no mercado, mas muito aquém do necessário para de fato trazer uma segurança jurídica relevante, ainda mantendo a associação dos criptoativos com a prática de crimes. Essa associação dos criptoativos a práticas criminosas pode ser comparada a responsabilizar o dinheiro pelos assaltos a bancos. Com a nova legislação, quem presta serviços relacionados a criptoativos passa a ser submetido a exigências mais rigorosas de conformidade, incluindo a obrigação de manter registros detalhados de todas as transações e das partes envolvidas, para que as operações sejam realizadas dentro de um ambiente seguro e supervisionado. Outro aspecto relevante do Marco Legal dos Criptoativos é a imposição de um dever de comunicação às prestadoras de serviço sempre que houver indícios de irregularidades. Caso sejam identificadas operações suspeitas, essas precisam ser reportadas imediatamente às autoridades competentes, como forma de colaborar com a fiscalização e repressão de ilícitos financeiros. Essa obrigatoriedade reforça o compromisso do setor com boas práticas de governança e alinhamento às diretrizes internacionais de compliance. Dessa forma, a legislação visa contribuir para a credibilidade do mercado de ativos virtuais no Brasil, estimulando sua adoção pelos agentes do mercado, embora tenha sido tímida. O importante, então, é acompanhar as novidades no Legislativo, Executivo e Judiciário, verificando os rumos da atuação estatal nessa realidade econômica que é muito promissora. Debater a existência dos criptoativos é algo inútil, uma vez que já estão acontecendo e alterando a estrutura do mercado. A economia digital não conhece fronteiras, então que sejam feitas as mudanças necessárias para garantir um tratamento e segurança jurídica adequada. *Wallace Fabrício Paiva Souza é doutor em Direito com tese em criptoativos e professor da Wyden

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Gente & Negócios: Páscoa aquece a economia informal e o varejo no Centro do Recife

Com a proximidade da Páscoa, o comércio do Centro do Recife já sente os efeitos da movimentação sazonal. Empreendedores e pequenas empresas do ramo alimentício aproveitam o momento para economizar e gerar renda, abastecendo-se de insumos, embalagens e produtos prontos. A busca inclui desde chocolates e forminhas até itens de decoração e utensílios para refeições, impulsionando a atividade de lojas especializadas e o setor informal. A tradição de presentear com ovos de chocolate e realizar trocas no “amigo ovo” também estimula o consumo. Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife), o período representa uma importante injeção de recursos para o comércio local. “A Páscoa impacta diretamente o setor gastronômico e o varejo, especialmente no Centro do Recife”, afirma o presidente da entidade, Fred Leal. Além de ser uma oportunidade de geração de renda extra para quem produz em casa, o período ainda aquece o setor de decoração com famílias buscando ambientações temáticas para celebrar a data. PÃES E DELÍCIAS COMEMORA 2025 E APOSTA NA CEIA DA SEMANA SANTA Com 33 anos de atividades, a Pães e Delícias, de Caruaru, comemora o desempenho da sua unidade no bairro Maurício de Nassau. Após quatro anos de inauguração, a loja superou pela primeira vez a sua tradicional matriz no mês de março. “Desde que inauguramos, a unidade Maurício de Nassau cresceu de forma constante. Essa foi a primeira vez que ela ultrapassou a nossa loja do Centro que, também, não perdeu público. São novos clientes que chegaram”, afirmou o empresário Eli James Laureano. A rede registra em média 1,6 mil clientes por dia. A marca vem agregando novos produtos, antenados com os pedidos do público. Em 2025, a novidade do ano foi a inclusão do gelato no cardápio, com alta procura pelo pistache. No ano passado, foram as pizzas que passaram a ser servidas no local. Nesse período de Páscoa, um produto procurado pela clientela tradicional Pães e Delícias é o Colomba Pascoal, um brioche enriquecido de chocolate desenvolvido e fabricado na padaria. Além disso, a procura das encomendas para a ceia da sexta-feira na Santa Santa é outra aposta da empresa familiar para atender a clientela, com itens como Bacalhau e Bobó de Camarão. DECORAÇÃO DE PÁSCOA GANHA FORÇA NO VAREJO E AUMENTA VENDAS EM 30% NA FERREIRA COSTA Com a proximidade da Páscoa, o varejo já sente o impacto da data nas prateleiras. No Home Center Ferreira Costa, a procura por itens decorativos cresceu 30% no último ano, impulsionada pela tendência de transformar a casa em um ambiente acolhedor e festivo. Coelhos, ovos, flores permanentes e até "árvores de Páscoa" entraram na lista de compras dos consumidores que buscam dar um charme extra à celebração. A combinação de tradição e criatividade tem levado os brasileiros a antecipar as compras, aproveitando a versatilidade dos produtos também para outras ocasiões. BRASILEIROS TROCAM OVOS POR BOMBONS E REDUZEM GASTOS NA PÁSCOA DE 2025 Com preços elevados e orçamento apertado, os brasileiros estão repensando o consumo de chocolate nesta Páscoa. Segundo pesquisa da Hibou, 10% afirmam que não vão comprar nenhum tipo de chocolate, enquanto a preferência recai sobre alternativas mais acessíveis, como caixas de bombom (43%) e barras avulsas (42%). Apenas 34% ainda optam pelos tradicionais ovos, considerados caros por 87% dos entrevistados.

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Financiamentos do BNB geram mais de 580 mil empregos em 2024

Créditos do banco movimentam a economia e impulsionam geração de renda em todo o Nordeste, com destaque para Pernambuco O Banco do Nordeste (BNB) alcançou resultados expressivos em 2024 com seus financiamentos, que impactaram diretamente mais de 580 mil postos de trabalho, formais e informais, em sua área de atuação. A cifra é fruto dos R$ 61,3 bilhões contratados no período, segundo levantamento do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene). O crédito também impulsionou outros indicadores econômicos, com um acréscimo de R$ 19,7 bilhões no valor adicionado à economia e mais de R$ 2 bilhões em arrecadação tributária. A atuação do BNB está alinhada ao seu papel como banco de desenvolvimento, promovendo crédito produtivo com forte impacto social e econômico. “Como banco de desenvolvimento, cada recurso aplicado por nós em um projeto é vinculado à produção de algum bem ou serviço. Por isso, os postos de trabalho surgem da construção ao funcionamento de empresa, por exemplo. E cada emprego se reflete de forma positiva na vida de uma família inteira”, afirma Paulo Câmara, presidente do BNB. “Estamos seguindo a determinação do presidente Lula em criar oportunidades que vão se desdobrar na economia por causa dos salários que circulam no comércio e nos serviços”. Do total contratado, R$ 44,8 bilhões foram provenientes do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Em Pernambuco, os investimentos do banco somaram R$ 6,2 bilhões, com geração ou manutenção de cerca de 56 mil empregos e um impacto de R$ 941 milhões na massa salarial do estado. Os recursos também representaram uma arrecadação de R$ 218 milhões em impostos e uma movimentação econômica total de R$ 2,1 bilhões. As atividades de comércio e serviços lideraram os resultados no estado, com papel fundamental das micro e pequenas empresas e do programa de microcrédito urbano Crediamigo. “As atividades de comércio e serviço geraram muitas oportunidades, ano passado. Entre as micro e pequenas empresas e no microcrédito urbano pelo Crediamigo, foram impactados 14,7 mil postos de trabalho”, destaca Hugo Luiz de Queiroz, superintendente do BNB em Pernambuco. Esses dados reforçam o papel estratégico do BNB no estímulo à economia regional, especialmente em setores com forte capilaridade e geração de renda, como comércio e serviços, fortalecendo o desenvolvimento econômico e social no Nordeste.

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Segundo leilão do Finor injeta R$ 816 milhões no FDNE para impulsionar obras no Nordeste

Recompra de cotas pelo Banco do Nordeste fortalece financiamento de infraestrutura, energia e inovação na região. Na imagem, o diretor de Ativos de Terceiros do BNB, Antônio Jorge (Foto: Fernando Cavalcante) O Banco do Nordeste (BNB) concluiu o segundo leilão de recompra das cotas escriturais do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor), com um desembolso total de R$ 996 milhões. Realizada na B3 S/A, a operação resultou na recompra de mais de 939 bilhões de cotas, ao preço de R$ 1,06 por lote de mil unidades. Como resultado, cerca de R$ 816 milhões foram destinados ao Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), fortalecendo a capacidade de investimento em projetos estruturantes na região. De acordo com o diretor de Ativos de Terceiros do BNB, Antônio Jorge Pontes Guimarães Junior, o valor transferido ao FDNE representa a diferença entre o valor patrimonial das cotas e o preço pago no leilão. O recurso será usado em iniciativas voltadas à infraestrutura, energia renovável, inovação tecnológica e desenvolvimento urbano, com foco na geração de empregos e sustentabilidade regional. A recompra atendeu a 85,4% do volume total ofertado, superando as expectativas do banco e garantindo liquidez para os investidores interessados na liquidação de suas cotas. “Esta operação reforça a eficiência do Banco do Nordeste na gestão de incentivos fiscais e o nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável da região. O repasse ao FDNE vai permitir a continuidade de projetos estratégicos e a dinamização da economia nordestina”, afirmou o diretor.

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Feriadão de abril anima bares e restaurantes de PE, que esperam aumento nas vendas

Com otimismo renovado, setor projeta recuperação no faturamento durante a Páscoa de 2025, apesar de desafios financeiros persistentes O setor de alimentação fora do lar em Pernambuco entra no feriadão de abril com boas expectativas. Segundo pesquisa da Abrasel em Pernambuco, 47% dos bares e restaurantes do estado preveem aumento no faturamento em relação à Semana Santa de 2024. A projeção é vista como sinal de fôlego para a recuperação financeira de um dos setores mais afetados por oscilações econômicas recentes. Entre os otimistas, 14% esperam um crescimento de até 5% nas vendas; 17%, entre 6% e 10%; 12% estimam avanço de 11% a 20%; e 4% projetam aumentos acima de 21%. Já 34% dos entrevistados esperam faturamento igual ao do ano passado, enquanto 19% acreditam em queda. “Os números revelam que o setor continua acreditando no seu potencial de retomada, especialmente diante de datas com forte apelo comercial, como a Páscoa. Tivemos um fevereiro desafiador, mas o cenário aponta para a recuperação”, afirma Tony Sousa, presidente da Abrasel em Pernambuco. Apesar do otimismo, a pesquisa também aponta entraves. Em fevereiro, 21% dos estabelecimentos registraram prejuízo, enquanto 46% operaram em estabilidade e 32% lucraram. O levantamento ainda destaca que 23% dos empresários não conseguiram reajustar seus preços nos últimos 12 meses, mesmo com a alta dos custos operacionais. Além disso, 33% relataram dívidas em atraso, principalmente com impostos e bancos.

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Produção recorde de milho pode ajudar a conter inflação no Brasil, aponta ETENE

Safra 2025 registra alta na produtividade e impulsiona otimismo no Nordeste, com impacto positivo na cadeia de alimentos e no controle dos preços ao consumidor O Brasil caminha para colher a segunda maior safra de milho da sua história, com uma produção estimada em 122,76 milhões de toneladas — crescimento de 6,10% em relação à safra anterior, segundo relatório divulgado pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE), do Banco do Nordeste. O aumento na oferta do grão, essencial para a produção de ração animal, pode contribuir para a desaceleração da inflação alimentar no país. “A produtividade do milho deve alcançar 5.806 kg/ha, um aumento de 5,64%. Esse avanço é resultado de melhorias nas técnicas de cultivo e na gestão agrícola, além de condições climáticas favoráveis em algumas regiões", afirma Jackson Coelho, autor do estudo. "Com uma maior oferta interna, esperamos que os preços do milho se estabilizem, o que pode ajudar a conter a inflação dos alimentos.” Segundo o economista-chefe do ETENE, Rogério Sobreira, a maior produção deve beneficiar toda a cadeia produtiva, especialmente a de proteínas animais. “Com preços internos mais estáveis, as margens da produção de carne devem melhorar, resultando em preços mais baixos para carnes e derivados. Isso é crucial para a redução da inflação alimentar, que é um componente significativo do índice geral de preços ao consumidor.” No Nordeste, o cenário também é promissor. A produção regional deve alcançar 9,69 milhões de toneladas, puxada por estados como o Piauí. Houve aumento de 2,35% na área plantada e de 1,72% na produtividade. O Valor Bruto da Produção (VBP) do milho na região deve subir para R$ 9,9 bilhões — alta de 14%, mesmo com a tendência de redução nas exportações devido ao consumo interno mais aquecido.

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Atividade econômica brasileira avança 0,4% em fevereiro e mantém ritmo de crescimento

No acumulado de 12 meses, alta chega a 3,8%; resultado reforça aquecimento da economia, apesar do controle monetário via Selic A atividade econômica brasileira manteve o fôlego positivo em fevereiro, com alta de 0,4% em relação a janeiro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Banco Central. O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do PIB, atingiu 108,8 pontos no mês, consolidando o segundo avanço consecutivo em 2025. Na comparação com fevereiro de 2024, o crescimento foi ainda mais expressivo: 4,1%. No acumulado de 12 meses, o indicador registrou alta de 3,8%, sinalizando uma tendência consistente de expansão, mesmo diante do cenário de juros altos. Atualmente, a taxa Selic está em 14,25% ao ano, patamar elevado mantido pelo Banco Central como resposta ao aumento da inflação. Apesar do aperto monetário, o Copom reconheceu em comunicado que a economia segue aquecida, embora com sinais de moderação. A continuidade dos aumentos da Selic deverá ocorrer de forma mais branda, segundo o BC, que monitora os efeitos do crédito mais caro sobre o consumo e a produção. INFLAÇÃO A inflação oficial desacelerou em março, fechando o mês com alta de 0,56%, abaixo do índice de 1,31% registrado em fevereiro. Apesar da desaceleração, o aumento no preço dos alimentos continua sendo o principal vilão no bolso do consumidor. Segundo o IBGE, o grupo alimentação e bebidas teve alta de 1,17%, com destaque para o tomate (22,55%), café moído (8,14%) e ovos (13,13%). Esses três itens, sozinhos, responderam por 25% da inflação no mês. No acumulado de 12 meses, o IPCA chega a 5,48%, acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%. Além dos alimentos, o grupo transportes também teve peso relevante, com avanço de 0,46%, puxado pela alta das passagens aéreas (6,91%). Já os preços monitorados, como combustíveis e energia, cresceram apenas 0,18%, após avanço expressivo em fevereiro. A inflação de serviços subiu 0,62%, reflexo da maior massa salarial e do consumo aquecido, o que mantém o Banco Central em alerta. Com a Selic em 14,25% ao ano, o Copom avalia os efeitos do aperto monetário sobre o controle da inflação, especialmente no setor de serviços, que segue pressionado.

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Diferença entre salários de homens e mulheres recua em Pernambuco, mas aumenta no Brasil

Relatório nacional mostra avanços locais na igualdade salarial e destaca desafios de raça e gênero no mercado de trabalho. Imagem: Freepik Pernambuco apresentou uma redução na diferença salarial entre homens e mulheres, segundo o 3º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios divulgado pelo Governo Federal. A defasagem caiu 0,79% desde a última pesquisa, em setembro de 2024. Atualmente, os homens recebem em média 9,14% a mais que as mulheres no estado — antes, essa diferença era de 9,93%. A média salarial das mulheres em Pernambuco é de R$ 2.862,60, enquanto a dos homens chega a R$ 3.150,68. No cenário nacional, no entanto, a disparidade salarial aumentou 0,18%, atingindo 20,87%. A desigualdade se acentua quando se considera o fator racial: mulheres negras recebem, em média, R$ 2.864,39 no país, contra R$ 4.661,06 das mulheres não negras — uma diferença de 38%. Em Pernambuco, a diferença é de 28%: R$ 2.560,50 contra R$ 3.554,79, respectivamente. Apesar dos desafios, o relatório aponta avanços. A participação das mulheres negras no mercado de trabalho cresceu 18,2%, passando de 3,2 milhões para 3,8 milhões de empregadas. Houve também uma redução no número de estabelecimentos com menos de 10% de mulheres negras, que caiu de 21.680 em 2023 para 20.452 em 2024. O levantamento também mostra que a remuneração das mulheres continua inferior, mesmo com sua crescente presença no mercado. Entre 2015 e 2024, a massa total de rendimentos do trabalho feminino subiu apenas de 35,7% para 37,4%. Nesse período, o número de mulheres ocupadas passou de 38,8 milhões para 44,8 milhões, enquanto o de homens subiu de 53,5 milhões para 59 milhões. Os dados também revelam disparidades salariais por tipo de ocupação. Mulheres em cargos de direção e gerência recebem 73,2% do salário de seus colegas homens; as de nível superior, 68,5%; e as que atuam em serviços administrativos, 79,8%. Pernambuco está entre os estados com menor desigualdade salarial entre homens e mulheres, ao lado de Acre, Distrito Federal, Piauí, Ceará e Alagoas. Na contramão, Paraná, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio de Janeiro lideram com as maiores diferenças. Durante o lançamento do relatório, o Governo Federal também apresentou o Guia para Negociação Coletiva da Lei de Igualdade Salarial e o Movimento pela Igualdade no Trabalho, que reúne empresas e entidades comprometidas com a equidade. O documento, disponível online, traz orientações sobre negociação coletiva e ferramentas para promover igualdade no ambiente profissional. A iniciativa faz parte das ações da Lei nº 14.611/2023, que exige transparência salarial e práticas inclusivas para empresas com mais de 100 funcionários. Em abril, foi publicada a portaria que institui o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral, com ações previstas até 2027 envolvendo onze ministérios.

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Suape aposta em transformação digital com novo app para empresas do complexo

Lançamento do aplicativo Suape Conecta fortalece comunicação e impulsiona inovação entre mais de 80 corporações instaladas no território portuário Com foco na modernização da gestão e no fortalecimento da relação com as empresas que integram seu ecossistema, o Complexo Industrial Portuário de Suape lançou o aplicativo Suape Conecta. A nova ferramenta digital foi apresentada durante o evento Suape Conecta 2025.1, realizado nesta quinta-feira (10), e chega para promover uma comunicação mais ágil e eficaz entre a administração da estatal e as mais de 80 empresas instaladas na região. Voltado exclusivamente para executivos das corporações que operam no território, o aplicativo oferece funcionalidades como chat interativo, divulgação de eventos e um canal direto com a gestão de Suape. Além de facilitar a troca de informações, a plataforma também visa estreitar laços institucionais e apoiar estratégias de desenvolvimento sustentável e inovação tecnológica. Durante o encontro, também foram apresentados os principais resultados do censo empresarial, que contou com participação de 93% das empresas locais. “Mostramos os dados mais relevantes coletados no censo, com devolutivas e proposição de ações para aumentar a confiança dos empresários e promover a valorização dos polos industriais. Com o Suape Conecta, reafirmamos nosso compromisso com a modernização e a sustentabilidade, gerando valor para as empresas que já estão em Suape e criando mais um diferencial para aquelas que buscam se instalar no território”, destacou o diretor-presidente da estatal, Marcio Guiot. O evento contou ainda com painéis sobre inovação, com participação de especialistas como Fellipe Sabat (Porto Digital) e Rafael Pelli (Cemig), e anunciou a edição 2025 do Hackaton Porto de Suape, previsto para julho. A iniciativa reunirá profissionais da tecnologia em uma maratona criativa voltada à criação de soluções inovadoras aplicáveis ao complexo.

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Gente & Negócios: Pernambuco recebe R$ 340 milhões em investimentos e gera 871 novos empregos

O Governo de Pernambuco anunciou a aprovação de 59 projetos para incentivos fiscais por meio dos programas Prodepe e Proind, totalizando quase R$ 340 milhões em investimentos. Os empreendimentos, que envolvem indústrias, importadores atacadistas e centrais de distribuição, devem gerar 871 novos empregos, sendo 683 no interior do Estado e 188 na Região Metropolitana do Recife. Entre os destaques estão a Arcelormittal, que investirá R$ 31,8 milhões em Petrolina, e a Ativa Mineração, com R$ 186,3 milhões em Escada. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, celebrou o crescimento do Estado e a atração de investimentos para o interior. NOVO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS CIDADES INTELIGENTES, TECNOLÓGICAS E INOVADORAS É DO RECIFE A escolha de Bernardo D’Almeida, presidente da Emprel (Empresa Municipal de Informática do Recife), para liderar a Anciti (Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras) reforça a importância da inovação na gestão pública. Com foco na transformação digital, sua gestão promete impulsionar o uso de inteligência artificial, internet das coisas (IoT) e análise de dados para tornar os serviços públicos mais eficientes e acessíveis. A ampliação de parcerias estratégicas com o setor privado e acadêmico também está no radar, garantindo que a tecnologia seja um pilar essencial para melhorar a qualidade de vida nas cidades brasileiras. TAMBAÚ ALIMENTOS RENOVA PARCERIA COM A PAIXÃO DE CRISTO DE NOVA JERUSALÉM Reforçando seu compromisso com a tradição e a cultura nordestina, a Tambaú Alimentos patrocina pelo terceiro ano consecutivo a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. O espetáculo, o maior teatro ao ar livre do mundo, acontece de 12 a 20 de abril no Brejo da Madre de Deus e deve atrair cerca de 70 mil espectadores. Além do patrocínio, a marca promoverá uma ativação especial no evento, com um estande interativo onde os visitantes poderão conhecer os produtos da Tambaú, participar de brincadeiras e levar brindes para casa. “A Páscoa é um momento de celebração e união, e queremos estar presentes nas mesas das famílias, tornando esses momentos ainda mais especiais”, destaca Hugo Gonçalves, presidente da Tambaú. PALMARES TRAÇA ROTA PARA FORTALECER O TURISMO LOCAL A cidade de Palmares, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, dá um passo estratégico para impulsionar sua economia com o lançamento do primeiro Plano Municipal de Turismo. Elaborado pela gestão municipal em parceria com o Sebrae Pernambuco, o documento estabelece diretrizes para estruturar e potencializar o setor, integrando ações voltadas ao desenvolvimento sustentável da região. A iniciativa faz parte do programa LIDER, que busca fomentar o crescimento econômico e fortalecer a identidade cultural da região. Com um rico patrimônio histórico e atrações como festivais culturais, turismo rural e cachoeiras, Palmares pretende se posicionar como um destino competitivo no cenário turístico. O plano também visa capacitar empreendedores locais, gerar empregos e estimular investimentos. AMARANTE INVESTE R$ 2 MILHÕES EM ESCRITÓRIO NO RECIFE A Amarante inaugurou um novo espaço corporativo no Recife, investindo quase R$ 2 milhões em um ambiente moderno para seus colaboradores. O projeto, assinado pela arquiteta Marcela Luiza Ferreira, combina design sofisticado, referências aos resorts do grupo e áreas de convivência confortáveis, incluindo salas temáticas, obras de arte e vistas para o mar e o mangue. Com essa expansão, a administradora do Salinas Maragogi, Salinas Maceió e Japaratinga Lounge Resort passa a contar com o escritório corporativo no empresarial Italo Brasil Renda, em Boa Viagem. A área repaginada possui 411m² com capacidade para 49 posições de trabalho e 46 lugares em salas de reuniões e 32 vagas no coworking. “Com o aumento no quadro, os escritórios atuais já não supriam uma quantidade razoável de pessoas colaboradoras. Essa necessidade de crescimento vem associada a alguns dos valores que fazem a cultura da Amarante, como respiramos excelência e amamos gente”, afirma a arquiteta.

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