Arquivos Economia - Página 16 De 408 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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“Diante das tarifas aplicadas pelos EUA, produtos pernambucanos deverão buscar novos mercados consumidores.”

Os impactos do tarifaço provocado por Donald Trump são analisados pelo vice-presidente do Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia, João Canto. Ele avalia as oportunidades e ameaças que a crise apresenta a países como China e Brasil, aponta os setores mais afetados em Pernambuco e a necessidade de o Estado encontrar novos parceiros comerciais. Ao analisar a intrincada guerra tarifária desencadeada pelo Governo Donald Trump, João Canto, vice-presidente do Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia), aponta para a perspectiva de o Brasil ser considerado como um destino interessante para algumas cadeias produtivas. Entretanto, caso a crise comercial se intensifique, o País pode ser prejudicado, segundo Canto, porque o comércio mundial perderá dinamismo, o que afetaria a demanda por commodities brasileiras. “A balança comercial brasileira sofreria alto impacto pois a China é o maior parceiro do Brasil; haveria fuga de dólar e desvalorização do real; aumento do custo de produção de muitos setores industriais brasileiros; entrada massiva de produtos chineses mais baratos no País; maior dificuldade para a indústria brasileira competir”, adverte o vice-presidente do Iperid. Na verdade, nesse xadrez de aumento tarifário, é difícil saber quem perde e quem ganha. Profissional de Comércio Internacional com mais de 15 anos de experiência, Canto afirma que a China aposta num jogo de paciência. “Quanto mais os EUA intensificam a retórica protecionista, mais se isolam de aliados e perdem competitividade global, abrindo espaço para Pequim se apresentar como alternativa estável e racional”. Mas salienta que a guerra comercial traz impactos para as duas maiores economias do mundo, que são as que mais importam e exportam. “O custo de conversão para empresas exportadoras chinesas e importadoras americanas é alto, e não há muitas saídas a curtíssimo prazo: ou absorvem o custo da tarifação (reduzindo rentabilidade), ou repassarão no preço (risco de redução no consumo). Isso desencadeia desaceleração econômica e pressão sobre outros parceiros econômicos das duas potências”.  De qualquer forma, para o analista, a alternativa para o Brasil e Pernambuco é buscar novos mercados exportadores para mitigar os impactos tarifários.  E acrescenta que exportadores pernambucanos têm ainda a possibilidade de se voltar para o mercado doméstico. Qual sua análise sobre o enfrentamento da China aos sucessivos anúncios de aumento de tarifas feitos por Trump? Especialistas afirmam que o Gigante Asiático já se preparava para esta situação e tem investido no seu mercado interno para não ficar à mercê das exportações.  A China tem adotado uma estratégia cuidadosamente calibrada que mescla firmeza diplomática, resiliência e planejamento de longo prazo, e tem respondido aos aumentos tarifários de forma equivalente ou até mais rigorosa, como ocorreu recentemente com a elevação de taxas para produtos norte-americanos de 84% para 125%. É um recado de que Pequim não cederá à pressão, nem aceitará acordos desvantajosos, preservando sua imagem tanto interna, quanto externa.  A China vem diversificando suas cadeias de suprimentos, incentiva a inovação tecnológica, para semicondutores, IA, entre outros, como forma de independência estratégica, e vem investindo no consumo interno para depender cada vez menos de exportações. Uma diretriz clara desde o plano “dupla circulação” anunciado por Xi Jinping. Entretanto, ainda que a China tenha poder de reação, a guerra comercial com os EUA traz impactos para os dois lados, pois são as duas economias que mais importam e exportam, sempre estão no topo e dependem uma da outra.  A função de pivotar grandes cadeias de suprimentos estabelecidas para países intensivos em comércio internacional, como China e EUA, tem um custo alto. O custo de conversão (ou também de não fazer nada) para empresas exportadoras chinesas e importadoras americanas é alto, e não há muitas saídas a curtíssimo prazo: ou absorvem o custo da tarifação (reduzindo rentabilidade), ou repassarão no preço (risco de redução no consumo). Isso desencadeia desaceleração econômica e pressão sobre outros parceiros econômicos das duas potências.  Segundo especialistas, a China aposta num jogo de paciência: quanto mais os EUA intensificam a retórica protecionista, mais se isolam de aliados e perdem competitividade global, abrindo espaço para Pequim se apresentar como alternativa estável e racional. Isso também é importante domesticamente para a China, onde o governo precisa mostrar à população e ao próprio Partido Comunista que não se dobra às provocações estrangeiras, especialmente de um rival estratégico como os EUA.  Todo esse embate tarifário não está apenas no comércio de bens e serviços, há conexão com o tema da dívida pública americana. A China é um dos maiores detentores de títulos da dívida americana, e, há anos, exportava produtos para os EUA e reinvestia os dólares recebidos comprando títulos dessa dívida. Isso ajudava a financiar gastos do governo americano a juros baixos, a manter o dólar forte e o yuan relativamente desvalorizado, favorecendo suas exportações. Com a guerra comercial imposta, a tendência é que a China venda menos, tenha menos dólares e, portanto, compre menos títulos da dívida.  Atualmente, a dívida pública dos EUA ultrapassa US$ 34 trilhões, e o país precisa vender mais títulos para pagar juros e financiar seus programas. Se a China e outros países compradores (como Japão) se retraem economicamente, os EUA precisariam aumentar o juro da dívida para atrair outros investidores e, caso o FED (Federal Reserve, banco central norte-americano) recompre, terá efeitos inflacionários, agravando a situação.  A China, claro, evita fazer isso de forma agressiva porque também seria prejudicada. Mas o simples fato de ter esse poder é uma alavanca estratégica importante no contexto. É curioso o comportamento da China, que tem uma economia socialista de mercado, criticar e desestimular tarifas no comércio internacional e, ao mesmo tempo, o descompasso teórico ou ideológico de Washington que, nesse tema, renunciou ao liberalismo da Escola de Chicago para defender sua economia sob o protecionismo tarifário. Quais os prejuízos da economia brasileira, especialmente o setor industrial, provocados pela guerra tarifária? Há risco de o mercado do Brasil ser invadido por produtos chineses mais baratos? Sim. Já estamos sendo invadidos por produtos chineses há muito tempo e seriámos ainda mais. A China é uma economia em que a

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Adepe busca atrair novos investimentos para Pernambuco nas feiras Intermodal e Automec em São Paulo

Agência participa de eventos estratégicos para fortalecer cadeias logísticas e automotiva com foco em inovação e sustentabilidade. Na foto, Bruno Lira e Brena Castela Branco na edição 2024 da Intermodal South América A Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (Adepe) participa esta semana de dois dos maiores eventos econômicos do país: a Intermodal South America e a Automec, realizados simultaneamente em São Paulo. A presença nas feiras reforça o compromisso do estado em atrair investimentos estratégicos, expandir cadeias produtivas e fomentar uma economia mais sustentável e inovadora. Na Intermodal, o estande do Complexo Industrial e Portuário de Suape destaca os projetos de expansão e infraestrutura com foco em tecnologia e sustentabilidade. Considerada a principal feira de logística e comércio exterior da América Latina, o evento reúne mais de 550 expositores e é uma vitrine internacional para negócios do setor. Já na Automec, que ocorre até o dia 26, a Adepe promove conexões com empresas do setor automotivo. Pernambuco tem se consolidado como um polo estratégico com incentivos como o Prodeauto e o Fundo Inovar PE. O estado abriga o parque industrial da Stellantis, com 38 fornecedores, além da tradicional fábrica da Moura, em Belo Jardim, fortalecendo a desconcentração da indústria automotiva brasileira. De acordo com Brena Castelo Branco, diretora-geral de Atração de Investimentos da Adepe, a meta é impulsionar o desenvolvimento tecnológico e ampliar a cadeia de fornecedores. “Participar dessas feiras é uma forma de mostrar o potencial do nosso estado e estimular uma economia mais verde, por meio de políticas públicas e apoio à inovação”, afirma. A comitiva da Adepe conta ainda com Bruno Lira, diretor-executivo de Incentivos Fiscais e Financeiros; Andréa de Paula, gerente-geral de Atração de Investimentos; e Tony Kuo, head do escritório da agência em São Paulo. Desde o início de 2024, a Adepe já realizou mais de 20 missões em diferentes estados do Brasil para promover o potencial econômico de Pernambuco.

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Superintendente SebraePE Murilo Guerra Deputada Debora Almeida Credito da imagem Matheus Augusto

Alepe instala Frente Parlamentar para fortalecer micro e pequenas empresas em Pernambuco

Nova fase será coordenada pela deputada Débora Almeida e conta com apoio do Sebrae/PE na construção de políticas públicas para o setor. Foto: Matheus Augusto Com o objetivo de impulsionar o empreendedorismo e ampliar a competitividade dos pequenos negócios em Pernambuco, será instalada nesta quarta-feira (23), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a nova fase da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa. Coordenada pela deputada estadual Débora Almeida (PSDB), a Frente conta com o incentivo do Sebrae/PE, que atua como parceiro estratégico na definição da agenda de trabalho voltada para o fortalecimento do setor. Segundo a Receita Federal, micro e pequenas empresas representam cerca de 94% dos empreendimentos no estado, ultrapassando 595 mil negócios ativos. Só em 2024, esse segmento foi responsável pela geração de mais de 50 mil empregos formais, o equivalente a 81,15% do saldo total de postos com carteira assinada. A reativação da Frente busca consolidar políticas públicas que tornem o ambiente de negócios mais favorável ao crescimento sustentável dessas empresas. “A retomada dos trabalhos tem total sinergia com o desenvolvimento do nosso Estado”, afirmou Débora Almeida. Já o superintendente do Sebrae/PE, Murilo Guerra, reforçou a importância de manter os pequenos negócios no centro das decisões políticas. Entre as pautas prioritárias da Frente estão o Projeto de Lei do Licenciamento Ambiental, a regulamentação da produção de queijo artesanal, a criação do SUSAF/PE e a atualização do decreto de classificação de risco das atividades econômicas. ServiçoO quê: Instalação da Frente Parlamentar da Micro e Pequena EmpresaQuando: Quarta-feira, 23 de abril, às 9hOnde: Auditório Ênio Guerra – Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe)Mais informações: www.alepe.pe.gov.br

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Suape destaca inovação e transição energética na maior feira de logística da América Latina

Porto pernambucano apresenta nova fase de expansão e sustentabilidade na Intermodal South America 2025 O Porto de Suape marca presença de forma estratégica na 29ª Intermodal South America, maior feira de logística, transporte de cargas e comércio exterior da América Latina, realizada entre os dias 22 e 24 de abril, no Distrito Anhembi, em São Paulo. Com mais de 550 marcas expositoras, o evento reforça o papel central do setor no cenário econômico nacional — e Suape chega com foco em inovação, transição energética e grandes investimentos em infraestrutura. Com um estande de 120 m², o complexo industrial portuário apresenta ao público sua estrutura de ponta e os projetos que o colocam na vanguarda da logística sustentável no Brasil. Um dos destaques é a experiência imersiva com óculos 3D, que leva os visitantes a uma viagem virtual pelas instalações do sexto porto público mais movimentado do país. Suape também exibe painéis de LED com imagens de alta definição do complexo, onde 59% dos 17,3 mil hectares estão em área de preservação ecológica (ZPEC). A participação do porto na feira conta com a presença de um time de peso do Governo de Pernambuco, incluindo o novo presidente de Suape, Armando Monteiro Bisneto, que fará sua estreia oficial no cargo. "Temos o melhor porto do Nordeste e um dos mais importantes do Brasil. Vamos reforçar isso com muita força aos investidores", afirmou. Entre os destaques de investimento, Suape leva à feira o chamamento público de uma área de 10 hectares para instalação da segunda planta de e-metanol no país, com valor mínimo contratual de R$ 14,6 milhões. A primeira, da dinamarquesa European Energy, prevê aporte de R$ 2 bilhões e produção anual de 100 mil toneladas de combustível limpo. Os novos cais 6 e 7, propostos ao PAC 3, devem receber R$ 580 milhões para abrigar terminais de grãos e combustíveis renováveis. Serviço📍 Intermodal South America 2025🗓️ 22 a 24 de abril de 2025📍 Distrito Anhembi – São Paulo/SP📌 Estande do Porto de Suape: Rua G – nº 030

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Abate de bovinos cresce quase 50% em Pernambuco no fim de 2024

Produção de ovos também dispara e estado se destaca como líder regional no setor de proteína animal A produção de proteína animal em Pernambuco teve um avanço expressivo no último trimestre de 2024. Segundo dados do IBGE analisados pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), foram abatidas 84.400 cabeças de gado entre outubro e dezembro, número 48% superior ao registrado no mesmo período de 2023. O estado respondeu por 9,4% de todo o abate bovino do Nordeste, que totalizou 894.528 cabeças. No acumulado do ano, o número de bovinos abatidos em Pernambuco ultrapassou 264 mil, o que representa uma alta de 18,8% em relação ao ano anterior. A performance reforça a consolidação do estado como um polo emergente na pecuária regional. Outro destaque do setor foi a produção de ovos, que chegou a quase 80 milhões de dúzias no quarto trimestre de 2024 — um crescimento de 34% na comparação com o mesmo período do ano anterior. No ano inteiro, o volume produzido chegou a quase 300 milhões de dúzias, um aumento de 30% em relação a 2023. Pernambuco é responsável por cerca de 36% de toda a produção de ovos do Nordeste. O bom desempenho é impulsionado, em parte, pela expansão do crédito rural. Em 2024, o Banco do Nordeste (BNB) destinou R$ 1,2 bilhão para a pecuária pernambucana — 41% a mais que no ano anterior. Segundo o superintendente do BNB no estado, Hugo Luiz de Queiroz, as contratações para o setor crescem entre 10% e 40% ao ano desde 2019, acumulando uma alta de 200%. “Tanto o Banco está olhando com atenção para a pecuária quanto os empresários estão aproveitando essa vocação que Pernambuco possui”, destaca Queiroz. O cenário favorável indica uma tendência de fortalecimento do setor agropecuário no estado, com impactos positivos na geração de renda, emprego e abastecimento alimentar na região.

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Inflação desacelera, mas alimentos pressionam famílias de baixa renda

Queda nos preços da energia e do transporte urbano alivia orçamento das camadas mais pobres, mas itens da cesta básica ainda pesam A inflação desacelerou para todas as faixas de renda em março, de acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O maior alívio foi registrado entre as famílias de renda muito baixa, cuja taxa caiu de 1,59% para 0,56% no mês. Para os mais ricos, a inflação também recuou, de 0,9% para 0,6%. O principal fator para a melhora nos indicadores foi a estabilidade das tarifas de energia elétrica e a redução nos preços das passagens de ônibus (-1,1%) e metrô (-1,7%). Apesar do alívio geral, o encarecimento dos alimentos continua sendo um desafio especialmente para as famílias de menor renda. Em março, subiram os preços dos ovos (13,1%), café (8,1%), leite (3,3%) e tomate (22,6%), pressionando o custo da alimentação no domicílio. Por outro lado, houve queda em produtos como arroz (-1,8%), feijão-preto (-3,9%), carnes (-1,6%) e óleo de soja (-2,0%). Já no caso das famílias de renda alta, o que mais pesou foram os gastos com transporte e lazer, como as passagens aéreas (+6,9%) e os serviços recreativos (+1,2%). A desaceleração da inflação nesse grupo foi puxada, principalmente, pelo arrefecimento dos reajustes em mensalidades escolares, que haviam ocorrido com mais força em fevereiro. No acumulado de 12 meses, a inflação segue mais intensa para as faixas de renda alta (5,61%), enquanto a renda muito baixa acumula alta de 5,24%. Os grupos que mais pressionaram a inflação nesse período foram alimentos e bebidas, transportes e saúde e cuidados pessoais, com destaque para os aumentos de café (77,8%), óleo de soja (24,4%) e planos de saúde (7,3%). Com a inflação cedendo no curto prazo, o cenário favorece uma retomada mais equilibrada do poder de compra — principalmente se a tendência de queda nos preços dos alimentos essenciais se mantiver nos próximos meses.

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Nordeste deve colher 54,4 milhões de toneladas de cana em 2025, aponta Conab

Apesar de queda na produtividade, região segue como importante polo da produção nacional de açúcar e etanol Mesmo diante das adversidades climáticas, como a restrição hídrica enfrentada ao longo do ciclo 2024/2025, o Nordeste brasileiro deverá colher 54,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O número representa uma queda de 3,7% em relação à safra anterior, reflexo direto da redução na produtividade média das lavouras. Por outro lado, a área plantada cresceu 1,6%, chegando a 897,5 mil hectares, o que reforça o empenho dos produtores em manter a competitividade da região. A produção nacional também sentiu os efeitos da seca e das altas temperaturas, principalmente na Região Centro-Sul, que responde por mais de 90% da safra brasileira. Ainda assim, o país deve colher 676,9 milhões de toneladas, a segunda maior safra de cana da história, apesar de uma retração de 5,1% frente ao ciclo recorde anterior. Com a queda na colheita, a produção de açúcar recuou 3,4%, ficando em 44,1 milhões de toneladas. Ainda assim, a Conab destaca que este é o segundo maior volume da série histórica, impulsionado por um mercado internacional favorável. “Apesar da redução em relação à última safra, a temporada que se encerra apresenta a segunda maior produção do adoçante na série histórica da Conab. Esse bom resultado é reflexo do mercado favorável ao produto, que fez com que boa parte da matéria-prima fosse destinada para a fabricação de açúcar”, explicou a estatal. No setor de biocombustíveis, o etanol apresentou desempenho positivo, com alta de 4,4% na produção total, alcançando 37,2 bilhões de litros. Mesmo com a leve queda na produção a partir da cana, o avanço expressivo do etanol de milho, que cresceu 32,4% e somou 7,84 bilhões de litros, compensou a perda e ampliou a oferta nacional.

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Renato Mascarenhas

Nordeste lidera quedas no preço da gasolina e do diesel

Região teve as maiores reduções nos preços médios do país, segundo o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL) Os motoristas nordestinos sentiram um alívio no bolso na primeira quinzena de abril, com a queda no preço médio de todos os combustíveis comercializados na região. Segundo o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), que monitora dados de 21 mil postos credenciados em todo o Brasil, o Nordeste registrou as maiores quedas do país nos preços da gasolina (-1,21%) e do diesel comum (-1,83%) no período. O levantamento aponta que a gasolina foi vendida a R$ 6,54 na média regional, enquanto o diesel comum ficou em R$ 6,44 e o S-10 em R$ 6,47, com reduções também significativas no tipo S-10 (-1,82%). O etanol, mesmo com queda mais tímida de 0,40%, foi comercializado a R$ 4,98. Segundo a Edenred, a queda mais acentuada nos preços do diesel está diretamente relacionada ao reajuste da Petrobras, em vigor desde 1º de abril. “Depois de alguns meses de alta no preço do diesel, os preços médios para ambos os tipos do combustível voltaram a apresentar queda no Nordeste ainda em março. Porém, a mudança mais significativa foi observada nessa primeira quinzena de abril.”, afirma Renato Mascarenhas, Diretor de Redes, Operações e Transformação de Negócios na Edenred Mobilidade. Ele também destaca a relevância do etanol na busca por uma mobilidade mais sustentável, por ser uma fonte renovável com menor impacto ambiental. Apesar da vantagem econômica da gasolina, recomendada em praticamente todo o Nordeste, a exceção ficou por conta da Paraíba, onde o etanol se mostrou mais competitivo.

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Endividamento recua no Recife, mas inadimplência segue alta entre famílias de baixa renda

PEIC aponta redução no total de lares com dívidas e alerta para impacto do crédito consignado no orçamento das famílias A mais recente edição da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com recorte local feito pela Fecomércio-PE, revela que o endividamento das famílias recifenses caiu para 81,2% em março de 2025 — uma retração de 2,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Por outro lado, a inadimplência registrou leve alta, atingindo 27,1% das famílias, 0,1 ponto percentual acima do observado em fevereiro. Entre os destaques da pesquisa, chama atenção a desigualdade no impacto financeiro entre as faixas de renda: entre os lares com rendimento de até 10 salários mínimos, o índice de inadimplência chega a 35,7%. Já nas famílias com renda acima desse patamar, a taxa é bem menor, de 8,9%. Em uma sinalização positiva, o percentual de famílias que declararam não ter condições de quitar suas dívidas no mês seguinte recuou para 12,2%, indicando um avanço na organização orçamentária. A pesquisa também mostra que o cartão de crédito, principal fonte de endividamento das famílias, apresentou redução na participação: de 94,4% em março de 2024 para 88% este ano. O presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, ressalta que o cenário sinaliza recuperação, impulsionada pela geração de empregos formais. “O fortalecimento do mercado de trabalho, com saldo positivo de 7.588 novos postos em fevereiro segundo o Caged, contribui para a melhora dos indicadores. Mas ainda há desafios significativos, especialmente para os grupos de menor renda”, afirma. Para o economista Rafael Lima, da Fecomércio-PE, é necessário cautela com o avanço do crédito consignado ao trabalhador. “Apesar de facilitar o acesso ao crédito, essa modalidade pode comprometer uma parcela significativa da renda familiar, elevando os riscos de inadimplência no médio prazo”, alerta.

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Novo Goiana

Novo Atacarejo se torna o 2º maior grupo atacadista do Nordeste, aponta Ranking Abras 2025

Com 35 lojas e quase 9 mil empregos, rede nordestina cresce em faturamento e amplia presença entre as gigantes do varejo nacional Em apenas cinco anos de operação, o Novo Atacarejo se firmou como um dos principais players do varejo alimentar no país. A rede nordestina subiu de posição no Ranking Abras 2025, divulgado esta semana pela Associação Brasileira de Supermercados, e já ocupa o posto de 2º maior grupo atacadista do Nordeste. A empresa também figura entre as 10 maiores em faturamento do país e está entre as 30 maiores do varejo alimentar nacional. Com 35 lojas distribuídas entre Pernambuco e Paraíba, o Novo Atacarejo está presente em 27 cidades e gera cerca de 8,7 mil empregos diretos. Apenas em 2024, a rede inaugurou sete novas unidades, incluindo a expansão para Porto de Galinhas, com uma loja no modelo "express". A ascensão também se refletiu no ranking da Associação Brasileira dos Atacarejos (Abaas), que colocou a marca como 12ª maior em faturamento no Brasil. O CEO da rede, Daniel Costa, atribui os bons resultados à força das parcerias com fornecedores e ao foco no cliente. “Trabalhamos para entregar preços baixos não só às famílias, mas também a pequenos negócios e empreendedores que transformam alimentos em renda”, afirma. Fundado em 2019 na cidade de Carpina, no interior de Pernambuco, o Novo Atacarejo foi idealizado por Daniel Costa e Victor Bretas, empresários com experiência no varejo mineiro. A chegada à capital ocorreu em 2020, consolidando o plano de expansão acelerado.

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