Arquivos Economia - Página 3 De 417 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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CECON investe R$ 2 milhões e projeta área para megaeventos com capacidade para até 100 mil pessoas

Centro de Convenções de Pernambuco aposta em modernização, mobilidade e novas articulações para fortalecer posição do estado no mercado nacional de eventos O Centro de Convenções de Pernambuco (CECON), localizado em Olinda, inicia uma nova fase de gestão com investimentos voltados à modernização e à ampliação de sua estrutura. Sob a liderança de Antônio Peçanha, a instituição destinará R$ 2 milhões para retrofit, climatização e comunicação visual, além de projetar uma área externa para megaeventos no antigo terreno do Parque Mirabilândia. A iniciativa busca consolidar o CECON como polo estratégico de negócios, cultura e entretenimento no Nordeste, em sintonia com um setor que movimenta cerca de R$ 936 bilhões por ano no Brasil, o equivalente a 13% do PIB nacional. A nova área, com 25 mil metros quadrados e capacidade para até 100 mil pessoas, deve atrair grandes shows e festivais, impulsionando a economia em setores como turismo, alimentação, hospedagem, transporte e serviços. “Essas articulações são fundamentais para construirmos uma agenda robusta, alinhada às demandas do setor e ao potencial que Pernambuco tem de atrair grandes produções”, afirma Peçanha. Entre as melhorias já em andamento estão a substituição de 250 lâmpadas por modelos de LED, que reduzirão custos energéticos e aumentarão a segurança, além da modernização do sistema de climatização. “Essa modernização não é apenas estética; ela impacta diretamente na eficiência do espaço e na experiência do visitante. Estamos cuidando de cada detalhe para garantir um ambiente mais confortável e seguro”, destaca Thiago Soares, diretor de operações do CECON. Outra novidade será o Espaço Gourmet, que contará com três restaurantes e uma cafeteria. A agenda segue aquecida: até dezembro de 2025, 64 eventos já estão confirmados, entre congressos, feiras, shows e encontros corporativos. “Nosso compromisso é transformar o CECON em um equipamento de referência não só em porte, mas em eficiência, inovação e qualidade da experiência”, afirma Gabriela Diaz, gerente comercial. Com esse pacote de investimentos, o CECON reforça sua posição como motor econômico de Pernambuco, atraindo negócios e fortalecendo o estado como destino estratégico no calendário nacional de eventos.

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ARA Resorts investe R$ 214 milhões no Samoa Villa Resort em Muro Alto

Novo empreendimento amplia a presença da rede hoteleira no litoral Sul de Pernambuco. Foto: Thiago Cavalcanti A ARA Resorts anunciou a abertura do Samoa Villa Resort, localizado à beira-mar de Muro Alto, no litoral Sul de Pernambuco. O novo equipamento hoteleiro recebeu investimento de R$ 214 milhões e oferece 166 quartos, reforçando a aposta da empresa pernambucana no potencial turístico da região. O Samoa Villa Resort é o segundo empreendimento da bandeira Samoa. O primeiro, o Samoa Beach Resort, iniciou as operações em 2018. Com a abertura, a rede passa a somar 331 quartos disponíveis. “A atual abertura é reflexo do sucesso de nossa bandeira nos mercados nacional e internacional. Tem sido uma trajetória de muito zelo pela qualidade, experiência do visitante, aprendizado, busca por aprimoramento e fortalecimento da economia local”, afirma Alexander Borges, diretor-executivo da ARA Resorts, destacando que mais de 80% da equipe contratada reside no entorno. Em seu primeiro mês de funcionamento, o Samoa Villa Resort já registra taxa de ocupação média de 30%, com expectativa de ultrapassar os 80% até o fim do ano. O resort trabalha nos formatos de meia-pensão e pensão completa, com diferentes categorias de hospedagem, incluindo unidades de três quartos, opções com varanda, vista para o mar e piscinas exclusivas. Entre os atrativos, estão 3,5 mil m² de lâmina d’água, piscinas com toboágua, aquaplay, quadras, jacuzzi, academia, salão de festas, rooftop gastronômico no restaurante Kora, além de mais de 70 opções de lazer para adultos e crianças. As operações fazem parte do projeto La Fleur Polinésia Villa Resort, que também integra unidades de segunda residência. São 160 apartamentos de três quartos disponíveis para moradia ou investimento, com possibilidade de rentabilidade via programa de locação de curta temporada. A gestão profissional é feita pela La Fleur Collection Vacation Homes, que oferece manutenção, administração e distribuição no modelo short term rental.

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CPRH libera licença para primeira fábrica de e-metanol do Brasil em Suape

Unidade da European Energy terá investimento de R$ 2 bilhões e previsão de produzir 100 mil toneladas por ano O Governo de Pernambuco, por meio da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), emitiu a Licença Prévia (LP) da primeira fábrica de e-metanol do Brasil, que será instalada no Complexo de Suape, no Cabo de Santo Agostinho. O documento tem validade de um ano, prorrogável por até cinco, e autoriza a instalação da unidade, considerada a segunda do mundo no segmento e a primeira das Américas. O investimento previsto é de R$ 2 bilhões, com geração de 1.500 empregos na fase de obras. CAPACIDADE DE PRODUÇÃO A indústria, denominada EE Metanol do Brasil Ltda, subsidiária da European Energy, terá capacidade de produzir 15 toneladas de metanol verde por hora, alcançando 100 mil toneladas por ano quando estiver em operação. O combustível será utilizado no setor naval, marcando um avanço na transição energética ao substituir derivados fósseis por alternativas limpas. “É uma nova etapa para Pernambuco, uma virada de chave no quesito ambiental, que traz mudança de paradigmas e tecnologias modernas para o desenvolvimento ambiental, atendendo o programa definido pela governadora Raquel Lyra”, afirma o diretor-presidente da CPRH, José de Anchieta Santos. A Licença Prévia é a primeira das três etapas do processo de licenciamento, que ainda inclui a Licença de Instalação e a Licença de Operação. Para obtê-la, a European Energy precisou apresentar projeto executivo, plano básico ambiental, inventário florestal e anuências do município e de Suape. A empresa deverá cumprir exigências adicionais em até 180 dias, entre elas projetos de energia elétrica, drenagem, tratamento de efluentes e viabilidade hídrica. “Com a licença, atestamos a viabilidade conceitual e locacional do empreendimento e seguimos para os estudos e projetos de engenharia”, explica Alexandre Groszmam, diretor de Relações Institucionais da EE Metanol do Brasil, que estima início das operações no segundo semestre de 2028. EMPREENDIMENTO É UM MARCO NA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA Para o diretor-presidente de Suape, Armando Monteiro Bisneto, a iniciativa fortalece o polo de transição energética do porto. “Passaremos a ofertar ao mercado marítimo combustíveis de fontes limpas, com efeitos bastante positivos no transporte de cargas por navios, consolidando o Porto de Suape como referência para o Brasil e para o mundo”, ressalta. A CPRH também enviou equipe técnica à sede da European Energy, em Copenhague, para conhecer as práticas ambientais e visitar a primeira fábrica mundial de e-metanol, inaugurada em maio de 2025 na cidade de Kasso. “A equipe de licenciamento sentiu a necessidade de conhecer a empresa em funcionamento, para dar mais segurança no processo de licenciamento em curso em Pernambuco e, também, para o monitoramento do empreendimento”, comentou Eduardo Elvino, diretor de Licenciamento Ambiental da CPRH.

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Advogado tributarista Felipe Athayde

Empresas podem perder bilhões com créditos de ICMS não aproveitados

Advogado tributarista Felipe Athayde alerta que companhias precisam acelerar estratégias de homologação e uso dos créditos de ICMS antes da transição para o novo sistema tributário A transição para o novo sistema tributário brasileiro acendeu um alerta no meio empresarial. Segundo o advogado tributarista Felipe Athayde, fundador do escritório Felipe Athayde Advogados Associados, companhias que acumulam créditos de ICMS podem sofrer perdas bilionárias caso não adotem estratégias rápidas de aproveitamento. Isso porque o atual imposto estadual será extinto até 2033, dando lugar ao Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e à Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Com a mudança, o prazo para devolução dos créditos passará dos atuais cinco anos para até 20 anos, comprometendo o fluxo de caixa das empresas. Um levantamento do Tax Group, rede que reúne mais de 250 escritórios contábeis, aponta que gigantes do agronegócio e do varejo podem acumular perdas de cerca de R$ 70 bilhões nesse processo. Athayde recomenda que as empresas se antecipem: homologuem créditos junto aos fiscos estaduais, considerem reestruturações societárias e explorem mecanismos como venda ou uso dos valores. “Essa extensão do prazo aumenta o risco de desvalorização e exige medidas imediatas”, alerta o especialista, que atua em 17 estados e tem escritórios em São Paulo e Maceió.

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Ponte Tech conecta empresas de tecnologia de Pernambuco a grandes mercados nacionais

Programa de R$ 1,6 milhão vai aproximar o ecossistema de inovação do Estado do Sudeste, fortalecendo Pernambuco como hub de inovação O Governo de Pernambuco, por meio da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), em parceria com o Porto Digital, lançou o Ponte Tech, novo programa que pretende acelerar a presença de empresas de tecnologia pernambucanas em todo o Brasil. Anunciada durante o Rolê Rec’n’Play Caruaru, a iniciativa conta com investimento de R$ 1,6 milhão e já está em fase de mapeamento e seleção de companhias que desejam expandir seus negócios. O objetivo central do Ponte Tech é aproximar o ecossistema de inovação de Pernambuco das demandas do mercado nacional, com foco estratégico no Sudeste, maior polo econômico do país. A proposta prevê a preparação das empresas para atuar em feiras setoriais e missões empresariais, ampliando oportunidades de captação de clientes, atração de investimentos e consolidando Pernambuco como referência em tecnologia e inovação. Segundo a diretora-presidente da Adepe, Ana Luiza Ferreira, o programa vai apoiar empresas já em fase de maturidade para que possam alcançar grandes clientes. “Com o Ponte Tech, Pernambuco reforça sua vocação como polo de inovação e sua capacidade de integrar tradição e tecnologia, ampliando as oportunidades de desenvolvimento econômico e social”, destacou. Na mesma direção, o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, afirmou que a iniciativa será uma ponte de negócios com os maiores centros econômicos do país: “Nosso papel é encurtar distâncias e acelerar a geração de receita para quem produz inovação aqui.” O programa se estrutura em três pilares estratégicos: a intermediação de negócios, conectando companhias nacionais e internacionais às soluções desenvolvidas em Pernambuco; a articulação no Sudeste, fortalecendo a presença local em instituições estratégicas de São Paulo e da região; e a participação em feiras setoriais, com estandes coletivos, missões empresariais e preparação das empresas para disputar espaço nos principais eventos de tecnologia do Brasil. O Ponte Tech é articulado também com outras instituições, como Facepe, Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE) e Secti, e já iniciou o processo de seleção de empresas interessadas. As companhias de tecnologia que desejam participar podem se inscrever pelo link: https://tinyurl.com/pontetech

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Usina União e Indústria vence leilão para construir hidrelétrica em Pernambuco

Empreendimento em Amaraji terá investimento de R$104 milhões e consultoria da Kroma Energia A Usina União e Indústria foi uma das vencedoras do Leilão A-5 promovido pelo governo federal e vai construir uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) em Amaraji, na Zona da Mata Sul de Pernambuco. Batizado de PCH Amaraji, o empreendimento terá capacidade instalada de 8,85 megawatts (MW), com início de operação previsto para 1º de janeiro de 2030. O contrato assegura a venda de energia por 20 anos, e o investimento será de R$104 milhões, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). As obras devem começar em 2027 e durar entre 12 e 18 meses, priorizando fornecedores locais. A viabilização do projeto contou com assessoria integral da Kroma Energia, primeira comercializadora de energia do Nordeste. A consultoria envolveu desde o processo de habilitação junto à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) — responsável pela definição da garantia física de energia — até o cadastramento da usina para participação no certame e o treinamento da equipe da União e Indústria no sistema da ANEEL. “Prestamos uma assessoria praticamente de ponta a ponta e seguimos acompanhando a etapa atual, que é de validação da documentação junto ao órgão regulador”, explica Tarcísio Lopes, gerente de gestão de energia da Kroma, ao lado de Júlia Moura, gestora de energia da empresa. Com sede em Primavera (PE), a União e Indústria tem mais de 130 anos de atuação no setor sucroenergético, processando cerca de 1 milhão de toneladas de cana-de-açúcar por safra e empregando, no período de moagem, aproximadamente 3,5 mil trabalhadores. Além disso, já opera duas Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs): Mariquita (Amaraji) e Pé de Serra (Escada), fortalecendo sua experiência no setor de geração de energia. O leilão A-5, realizado pelo governo federal, contratou 65 empreendimentos hidrelétricos em todo o país, somando R$5 bilhões em investimentos. Do total, 55 projetos são PCHs, oito são CGHs e duas são usinas hidrelétricas de maior porte, todas com previsão de entrada em operação até janeiro de 2030. No Nordeste, além da PCH Amaraji, apenas a PCH Santa Luzia, na Bahia, foi contemplada no certame, também com suporte da Kroma Energia em sua etapa final.

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Semana Têxtil Regional movimenta o setor no Recife

Evento reúne fornecedores e lojistas de todo o país entre 2 e 4 de setembro no Mar Hotel Convention Recife recebe, de 2 a 4 de setembro, a Semana Têxtil Regional (STR), feira voltada ao mercado de artigos para o lar que promete movimentar o setor na capital pernambucana. Realizado no Mar Hotel Convention, o evento é direcionado a lojistas e reunirá grandes marcas, apresentando novidades e tendências em cama, mesa e banho. A entrada é gratuita, mediante credenciamento online. A STR é reconhecida por aproximar fornecedores de lojistas e por servir como vitrine para lançamentos e coleções que ditam o ritmo do varejo têxtil. Para os expositores, o encontro é também uma oportunidade de gerar negócios e estreitar relações comerciais. Entre os expositores confirmados está a Appel Home, empresa que atua no segmento de produtos para cama, mesa e banho. A marca participa da STR Recife como parte de sua estratégia de expansão e relacionamento com o mercado. “Estar presente na STR todos os anos é uma decisão estratégica para a Appel Home. O evento nos permite lançar novidades, aproximar-nos ainda mais dos parceiros e reforçar nossa relevância no varejo têxtil brasileiro, ao lado dos principais nomes do setor”, afirma Jose Carlos Pereira, gerente nacional de vendas da corporação. Com programação intensa e ambiente de negócios direcionado, a Semana Têxtil Regional de Recife promete ser um dos principais encontros do segmento neste semestre, reunindo tendências, lançamentos e oportunidades para lojistas que buscam se atualizar e expandir sua atuação no mercado têxtil.

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Entre o esgotamento do modelo e as novas oportunidades globais para a economia de Pernambuco

Economistas apontam que Estado precisa repensar sua estratégia de desenvolvimento diante do fim dos incentivos fiscais, da precariedade da infraestrutura e das transformações climática, tecnológicas e geopolíticas *Por Rafael Dantas O mundo está em uma rápida transição movido pelas mudanças climáticas e pela crise do multilateralismo. O Brasil faz um esforço para se industrializar – se conectar à economia sustentável e de baixo carbono – e o Estado precisa de um novo projeto de desenvolvimento para se inserir nessas mudanças. Esse foi o recado dos economistas da Ceplan (Consultoria Econômica e Planejamento), Tânia Bacelar e Paulo Guimarães, no evento Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo, projeto promovido pela Rede Gestão e pela Revista Algomais. Entre os aspectos críticos a serem superados estão a infraestrutura precária e a perspectiva de médio prazo do fim dos incentivos fiscais para atração de novos empreendimentos. Duas ameaças que podem se tornar oportunidades para os atores locais. “As escolhas estratégicas que fizemos olharam muito mais para o Século 20; precisamos agora pensar o Século 21 com os pés no chão”, alertou Tânia Bacelar, sugerindo uma análise da herança da qual o Estado parte em 2025 para projetar o novo caminho para as próximas décadas. Francisco Cunha, sócio da TGI, analisa que o ciclo de desenvolvimento traçado na década de 1950 pelo padre Joseph Lebret se esgotou e que é necessário repensar o novo horizonte estratégico para o Estado. Após tantos empreendimentos terem se consolidado, como o Porto de Suape e a Refinaria Abreu e Lima, praticamente o único projeto estratégico que não vingou foi a Transnordestina, destacou o consultor. “O redesenho do modelo exige a articulação da sociedade, do governo e da academia. O desafio não é apenas superar a crise, mas construir um novo paradigma de desenvolvimento para as próximas décadas”, sentenciou Francisco Cunha. GRANDES TRANSFORMAÇÕES GLOBAIS A economista Tânia Bacelar destacou que o Brasil e Pernambuco precisam se adaptar a quatro grandes transformações globais que já moldam o presente e definirão o futuro: um novo padrão de relação com a natureza, diante da crise climática; a mudança nos padrões técnicos, marcada pelo avanço da era digital, da biotecnologia e da genética; a reconfiguração geopolítica, com a transição de um mundo unipolar para um cenário multipolar; e a mudança demográfica, expressa no envelhecimento da população e na queda da fecundidade. Diante desse cenário internacional, a economista ressalta que o Brasil enfrenta desafios centrais, como adequar seus padrões de produção e consumo a modelos de menor impacto ambiental, construir estratégias eficazes de interação entre múltiplos atores globais e adaptar negócios e políticas públicas às mudanças demográficas em curso. Além disso, o País precisa superar entraves estruturais como a elevada concentração de renda, a baixa produtividade, a polarização política e a dependência excessiva do crédito. Ao mesmo tempo, ela ressalta que as transformações abrem oportunidades para o Brasil se reposicionar no cenário mundial, aproveitando sua biodiversidade, sua matriz energética relativamente limpa, seu potencial agrícola e a força de seu mercado interno para construir um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo. Todas as lições e desafios que servem também para repensar o futuro de Pernambuco. “O Brasil é parte da solução da crise climática mundial; não podemos esquecer que somos o único país com o bioma Caatinga”, ressaltou Tânia Bacelar. Acerca do avanço dos empreendimentos em energias renováveis, que é uma das grandes transformações globais, Paulo Guimarães destacou que já existem investimentos fortes no Nordeste, que é o grande player do Brasil neste novo momento energético. “O Nordeste já instalou mais de três usinas de Itaipu em energia renovável e Pernambuco está nesse contexto.” CRITICIDADE DA INFRAESTRUTURA E OPORTUNIDADES Ao mesmo tempo que há todo esse potencial energético e da bioeconomia, o desenvolvimento de ambos demanda infraestruturas de distribuição – como as linhas de transmissão – e de logística, a exemplo de estradas e ferrovias. Dois fatores que se inscrevem como crônicos para o Estado. “Infraestrutura em Pernambuco é o nosso calcanhar de Aquiles. Fizemos um porto, mas a infraestrutura econômica de Pernambuco é muito ruim”, lamenta Paulo Guimarães. Além das conexões com o Sertão e o Agreste – que ainda não receberam a duplicação da BR-232 após São Caetano – e do déficit secular de ferrovias, mesmo os deslocamentos dentro da RMR (Região Metropolitana do Recife) e para o Litoral são críticos. Na palestra, Tânia Bacelar exemplificou a dificuldade de levar os turistas para Porto de Galinhas, que é um dos principais balneários do País. A ausência de infraestrutura hídrica limita o crescimento do polo de confecções no Agreste, a falta da ferrovia compromete o desenvolvimento do polo gesseiro no Araripe, reduz a competitividade do potente polo avícola e encarece toda a logística do Polo Automotivo de Goiana. São apenas alguns exemplos de como esse entrave, que está conectado às demandas do século passado, limita a conexão do Estado com as oportunidades do futuro. Ao mesmo tempo que se trata de um desafio, a possibilidade de atração de investimentos nas estradas, nas linhas de transmissão, na ferrovia e nas grandes obras hídricas são simultaneamente oportunidades. Esses empreendimentos além de serem estruturadores, ampliando a competitividade nos territórios beneficiados, geram empregos no curto prazo nas regiões com economia menos dinâmica do Estado. A atração desses investimentos seria fundamental para haver uma reversão no cenário do mercado de trabalho local. Pernambuco continua liderando o ranking nacional de desemprego, com taxa de 10,8% em 2024, quase o dobro da média brasileira, segundo dados do IBGE. Apesar disso, o Estado vem apresentando uma trajetória de queda: em 2023, o índice era de 13,4% e, em 2022, chegava a 15,9%. Ainda assim, a situação permanece distante de realidades como a de Santa Catarina, que registra apenas 2,2% de desocupação. “Pernambuco tem 5% da população e 2,5% do PIB. Então, está faltando PIB para botar a população [para trabalhar] também. Um dos grandes problemas de Pernambuco é a dinâmica do mercado de trabalho”, afirmou Tânia Bacelar. Além da redução de oportunidades, há uma concentração de empregos e do PIB no Litoral

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Miva FilhoSecom

Governo de Pernambuco inicia dragagem do canal interno do Porto de Suape

Obra de R$ 217 milhões vai ampliar capacidade operacional e reforçar competitividade internacional do porto A governadora Raquel Lyra autorizou, na última sexta-feira (29), o início da dragagem do canal interno do Porto de Suape, em cerimônia ao lado do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Com investimentos de R$ 217 milhões — sendo R$ 117 milhões do Governo de Pernambuco e R$ 100 milhões do Governo Federal, via PAC3 —, a obra terá duração de seis meses e prevê a remoção de 3,8 milhões de metros cúbicos de sedimentos, aprofundando o canal para 16,2 metros. “Com essa dragagem, estamos garantindo que o Porto de Suape tenha a capacidade de trazer navios de maior porte, assim, eles podem vir repletos com a sua real potência. Isso é um compromisso de Pernambuco há pelo menos 10 anos. Ano passado, a movimentação de cargas em Suape foi a segunda melhor da nossa história e a gente tem garantido, desde o início do nosso mandato, investimentos importantes para permitir que o porto continue a crescer. Concluímos a dragagem do canal externo, hoje damos ordem de serviço para a dragagem do canal interno, e além disso, existem investimentos privados. Estamos permitindo que Suape se coloque no jogo de melhor porto para investimentos no Brasil”, destacou a governadora Raquel Lyra. A primeira etapa da dragagem vai permitir a atracação de porta-contêineres de até 366 metros de comprimento, além de embarcações de classe mundial. Já a segunda etapa prevê o aprofundamento da bacia de evolução e dos Píeres de Granéis Líquidos 3A e 3B para 18,5 metros, garantindo ao porto o maior calado operacional para navios de contêineres entre os portos públicos do Brasil e o segundo maior para granéis líquidos. O material dragado será destinado a uma área de bota-fora licenciada pela CPRH. De acordo com o ministro Silvio Costa Filho, a intervenção vai inserir Pernambuco em uma nova rota de competitividade. “Com isso, vamos poder ampliar as exportações e importações no Estado, colocando Pernambuco, mais uma vez, na rota da competitividade internacional do escoamento da produção dos portos brasileiros. Hoje, o Porto de Suape é um dos que mais cresce no país”, afirmou. Já o secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, ressaltou que a obra aumentará em mais de 20% a capacidade operacional, permitindo que navios de grande porte entrem carregados em sua totalidade, reduzindo custos logísticos. Com localização estratégica e infraestrutura robusta, Suape atende a padrões internacionais de segurança e legislação ambiental, consolidando-se como um dos principais portos do país. Para Armando Monteiro Bisneto, gestor da estatal portuária, “Suape é um porto de águas abrigadas, tem localização estratégica e infraestrutura adequada para estimular a atração de novas rotas marítimas e atracação das maiores categorias de navios em operação com capacidade máxima de carga”.

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Famílias no vermelho: inadimplência no Brasil atinge maior índice em quase dois anos

Especialista em finanças dá dicas de como sair dessa O sufocamento financeiro e a ultrapassagem dos limites orçamentários das famílias estão cada vez mais preocupantes no país. Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a inadimplência do brasileiro atingiu 30,2% em julho. É o maior percentual dos últimos dois anos.   De acordo com dados divulgados pelo Seresa, o estado de Pernambuco teve uma taxa de inadimplência de 46,9% em janeiro de 2025, o que o colocou como o estado mais inadimplente da região Nordeste na época. Em junho de 2024, eram mais de 3,39 milhões de inadimplentes, com leve redução em comparação a maio. Para a coordenadora do Núcleo de Negócios da Wyden, Petra Fernanda, o principal vilão desse cenário é a falta de planejamento financeiro familiar, que pode trazer sérios prejuízos.   “É importante que toda a família conheça a situação financeira em que vive. Assim, todos podem contribuir em casa, ajudando a utilizar os recursos de forma mais racional, evitando o consumo excessivo, priorizando as necessidades e mudando hábitos que prejudiquem o orçamento”, alerta.  ESTRATÉGIAS  Para evitar o sufocamento financeiro, Petra aponta um ponto de atenção para evitar um hábito muito comum entre os brasileiros inadimplentes. “A maioria das pessoas recorrem aos créditos rotativos, que são grandes vilões e devem ser evitados, pois apresentam os maiores juros do mercado. Essa modalidade exige muito cuidado, já que rapidamente pode transformar dívidas pequenas em uma bola de neve e, consequentemente, tornar a pessoa inadimplente”, ressalta.   A preocupação da professora encontra respaldo nas estatísticas. Apenas em maio de 2025, a taxa média de juros do crédito rotativo no cartão de crédito registrou 449,9% ao ano, conforme o Banco Central do Brasil (BC), com aumento de 5,7 pontos percentuais sobre abril.  A coordenadora reforça que nunca é tarde para reorganizar os gastos e construir um caminho mais seguro e estável. “Saber exatamente o quanto se pode gastar é essencial para evitar o endividamento. Além disso, ter uma reserva de emergência é fundamental, pois grande parte da população não se preocupa com isso e acaba gastando todo o rendimento de uma só vez. O ideal é que se mantenha uma quantia equivalente a pelo menos três vezes a renda líquida da família para enfrentar imprevistos”, conclui. 

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