Arquivos Economia - Página 3 De 404 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Marilan celebra cinco anos em Pernambuco e anuncia expansão do portifólio

Com 400 colaboradores, fábrica lança panetone exclusivo e cracker adaptado ao paladar nordestino; produção deve crescer até 19% no segundo semestre A unidade do Grupo Marilan em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, completou cinco anos de operação consolidando seu papel estratégico na expansão da marca no mercado nordestino. Para marcar o aniversário, a empresa anunciou a produção de dois novos itens desenvolvidos com foco no consumidor regional: o Marilan Cream Cracker Nordeste e o Panettone Bello Forno, este último criado exclusivamente para o público da região. Expansão com geração de empregos Com um portfólio nacional de mais de 200 produtos, a companhia reafirma sua aposta na planta pernambucana como base de crescimento e inovação. “Para o futuro, nossa expectativa é manter um ritmo consistente de crescimento, com a expansão da área construída, explorando novos segmentos e categorias de produtos, além de fortalecer ainda mais nossa presença no mercado”, destacou o diretor-presidente Rodrigo Garla durante evento comemorativo, com presença de autoridades estaduais e representantes do setor industrial. Fábrica estratégica no Nordeste A fábrica de Igarassu já conta com quatro linhas de produção e emprega 400 pessoas diretamente. Durante o pico de vendas de panetones, no segundo semestre, o quadro deve crescer em até 19%, impulsionado pela produção da linha Bello Forno, voltada ao mercado nordestino. Outro destaque é o Cracker Nordeste, que apresenta sabor mais tostado e salgado, adaptado ao gosto local, sendo fabricado exclusivamente em Pernambuco. Capacidade produtiva e infraestrutura Inaugurada em 2020, a planta Iracema Fontana Garla abastece os mercados do Norte e Nordeste, com capacidade anual de 30 mil toneladas de biscoitos e 3 milhões de panetones e pascoattones. A unidade ocupa 30 mil m² de área construída em um terreno de 250 mil m² e tem sido essencial para ampliar a capilaridade do grupo na região. Com sede em Marília (SP), o Grupo Marilan está presente em mais de 70% dos lares brasileiros e exporta para mais de 30 países. A empresa, que completou R$ 3 bilhões de faturamento em 2024, conta hoje com cinco fábricas no Brasil e 4,5 mil colaboradores.

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Jeep comemora Goiana

Uma década do polo automotivo: empregos, exportações recordes e um novo ciclo de investimentos

Qualificação da mão de obra, aumento da arrecadação, do emprego formal e das exportações estão entre os resultados da instalação da Stellantis na região de Goiana. A montadora planeja ainda investir R$ 13 bilhões até 2030. A logística continua sendo um gargalo para a competitividade do polo. *Por Rafael Dantas No solo onde floresceram séculos de atividade canavieira, há uma década iniciou-se a produção de automóveis. Esse novo ciclo produtivo passou a integrar a economia tradicional de Goiana e das cidades vizinhas a uma cadeia global da indústria automotiva com a chegada da Stellantis. Entre equipamentos de ponta e engrenagens, brotaram desse empreendimento milhares de empregos formais e um novo horizonte para a indústria pernambucana. Com R$ 13 bilhões para o novo ciclo de investimentos, os próximos anos prometem o aprofundamento dessas transformações no território. A corporação emprega atualmente 4,3 mil pessoas. Esse número refere-se apenas aos empregos diretos. Nessa primeira década de operação, o crescimento da empregabilidade foi de 70,2% na fábrica. A maioria desse quadro é composto por mão de obra local. Um dos pernambucanos que aproveitou o surgimento do polo para desenvolver sua vida laboral foi Evson Júnior, 33 anos. Natural da cidade de Paulista, ele ingressou na empresa em dezembro de 2014 como auxiliar logístico. Ao longo desse período, percorreu uma jornada que une crescimento profissional, realização pessoal e formação acadêmica. “Hoje, ao olhar para minha trajetória – cheguei praticamente com zero formação e vindo de uma família muito simples – vejo como é gratificante ter conseguido chegar à coordenação de uma equipe com mais de 50 pessoas em uma das maiores montadoras do mundo”, afirma Evson.  Filho de um barbeiro e de uma funcionária de uma ótica, ele transformou esforço e dedicação em conquistas profissionais de destaque. Na Stellantis, Evson passou por cargos operacionais, tornou-se analista e hoje é coordenador de logística. Nesse percurso, formou-se em engenharia de produção, graças, em parte, aos incentivos de desenvolvimento da empresa. “Os treinamentos internos despertaram em mim o interesse pela engenharia. Fui treinado por engenheiros experientes, que me mostraram que o conhecimento técnico pode transformar vidas”. O desenvolvimento de pessoas da região é uma das prioridades da empresa no seu processo de consolidação local, segundo Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis para a América do Sul. “O desenvolvimento das pessoas é um dos pilares centrais da nossa estratégia de longo prazo. Valorizamos nossos talentos internos e promovemos a formação contínua dos colaboradores, com foco na qualificação técnica, no crescimento profissional e na construção de uma cultura forte e integrada ao território onde atuamos. No Polo Automotivo de Goiana, temos o compromisso de fortalecer a identidade regional do time”. Na prática, esse objetivo é concretizado com programas, como o Rocket (de aceleração de carreira para desenvolver futuros líderes), o Plural Mentoring (de mentoria interna para o compartilhamento de experiências e conhecimentos) e o Corporate Leadership Development Program (a iniciativa global de desenvolvimento de liderança do grupo).  Além da formação acadêmica e do desenvolvimento pessoal, Evson também construiu uma história de amor na montadora ao se casar com a colega de trabalho Betânia Rodrigues, natural de Goiana. Ele destaca que o emprego trouxe não só crescimento profissional mas, também, bem-estar, graças ao equilíbrio entre as responsabilidades da carreira e o tempo dedicado à família. Motivado pelas conquistas, ele ainda mantém planos de crescer dentro da empresa. Nascido em Paulista, Evson Júnior ingressou na Stellantis como auxiliar logístico, tornou-se analista e hoje é coordenador de logística. Na montadora também construiu uma história de amor ao se casar com a colega de trabalho Betânia Rodrigues. A história de Evson se soma à de milhares de outros trabalhadores diretos da Stellantis, mas o impacto do Polo Automotivo é bem mais amplo. Considerando toda a cadeia produtiva, incluindo os sistemistas, o complexo responde por 18,2 mil empregos – número superior ao da população de muitas cidades pernambucanas. O impacto do polo na economia local também pode ser medido pelos dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego. Em 2014, os empregos ligados diretamente ao Polo Automotivo representavam 12,9% dos postos formais em Goiana. Dez anos depois, esse percentual saltou para aproximadamente 43,8%, evidenciando a transformação profunda gerada pela cadeia automotiva na cidade. “Os números são bem expressivos e evidenciam como o Polo Automotivo de Goiana aumentou o dinamismo do mercado de trabalho formal, reduzindo o desemprego e a informalidade na composição da população economicamente ativa. Além disso, este impacto não ocorreu apenas no Polo Automotivo e entorno mas, também, nos demais municípios onde se instalaram os fornecedores e suas respectivas áreas de influência”, destacou o estudo publicado pela Ceplan, que teve a coordenação do economista Jorge Jatobá. Apenas entre os empregados da Stellantis, a pesquisa revelou que 19,5% residem em Goiana. A maioria das vagas, no entanto, é ocupada por pessoas vindas de cidades vizinhas, como Igarassu (15,9%) e Paulista (15,3%). Até mesmo localidades mais distantes contribuem com trabalhadores para a fábrica, como as capitais Recife (8%) e João Pessoa (4,2%), ambas situadas a cerca de 65 km. NOVO CICLO DE INVESTIMENTOS Se o impacto da fábrica já é expressivo, o novo ciclo de investimentos da Stellantis aponta para um futuro ainda mais promissor. Com os R$ 13 bilhões anunciados recentemente, a empresa inicia uma nova etapa estratégica, segundo Cappellano. Um momento que inclui a renovação do portfólio de produtos, o desenvolvimento de tecnologias nacionais e o fortalecimento da cadeia local de fornecedores. Esse movimento deve impulsionar ainda mais a geração de empregos e a inovação industrial. “Recentemente, durante a comemoração dos 10 anos do polo, foram confirmadas duas grandes novidades que integram esse novo ciclo: a chegada de uma nova marca ao portfólio da planta e o lançamento de seis novos modelos até 2030, incluindo o primeiro veículo equipado com a tecnologia Bio-Hybrid produzido em Goiana, a partir de 2026. Com isso, aceleramos rumo a um futuro promissor com novas marcas, produtos, e tecnologias híbridas”, afirmou o

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"Estamos entrando no mercado de franquias de seguros e iniciamos uma fusão"

Ao assumir a Usina do Seguro, o atual CEO da empresa, Ricardo Rodrigues, acreditava não ter aptidão para vendas, que é a principal atividade do setor. Ele investiu em conhecimento, consultorias e psicoterapia. Hoje a corretora apresenta um crescimento consistente, baseado numa gestão arrojada, que incorpora estratégias pouco usuais no mercado, como investir em franchising e iniciar um processo de fusão. Desde 2008, quando Ricardo Rodrigues passou a ser o CEO da corretora Usina do Seguro, a empresa familiar não para de crescer. Dois anos após assumir os negócios, o crescimento passou a ser de dois dígitos. Até 2018, esse percentual ficou entre 10 e 15% ao ano e, em 2020, 30%. No ano passado o faturamento alcançou os R$ 18 milhões, 8% a mais do que em 2023, performance que prevê repetir em 2025.  O número de clientes saltou de uma média de 500 para 3 mil e o de funcionários de 6 para 46. Antes a sede da empresa era alugada e hoje conta com duas unidades próprias. Para ampliar ainda mais o desempenho dos negócios, Ricardo Rodrigues resolveu inovar: entrou no mercado de franquias de seguro e iniciou uma fusão com outra corretora do mercado pernambucano. O mais surpreendente é ele afirmar que não tinha aptidão para vendas, uma atividade essencial no setor de seguros. “Comecei a estudar, a ler muitos livros sobre comportamento, empreendedorismo, gestão, pessoas. Contratei consultorias de RH. Entrei em psicoterapia. Por isso, viramos referência no mercado”, revela o empreendedor que, nesta entrevista a Cláudia Santos, aborda em detalhes a história dessa virada no comando da corretora.   Conte um pouco sobre trajetória da Usina do Seguro. Como surgiu a empresa? É uma longa história.  Nós temos 45 anos de história e resumidamente ela nasce lá em 1979 com minha mãe, Adeilda Júlia, vendendo plano de saúde. Nessa época eu tinha 2 anos. Entre os anos de 1983 e 1984, ela formaliza a empresa. Na época, chamava-se Nordeste Comercial e representava o plano de saúde Golden Cross. Então, ela e meu padrasto, Cícero, a quem chamo de pai, abrem a corretora e começam uma jornada para empreender de forma organizada, com CNPJ, contratando colaboradores, angariando vendedores.  Estudei administração de empresas, fiz cursos de pós-graduação e, em 2008, assumi a corretora. Em 2002, abri a corretora Usina do Seguro porque meu interesse era trabalhar com seguros de vida, de carro e residencial. Hoje, vendemos todos os tipos de seguro, mas os em que somos especialistas e estão entre os que mais vendemos são: plano de saúde, odontológico, seguro de automóvel, seguro residencial, seguro de vida e seguro de consórcio.  Em 2014, abri uma filial em Petrolina. Nossa empresa é familiar mas nenhum irmão quis tocar o negócio, então o processo de sucessão foi tranquilo, uma sucessão bem planejada. Hoje, o jurídico está a cargo do meu irmão. Nesse processo de sucessão, ele veio para dentro da empresa. Em relação à gestão, tenho uma tia que é supervisora de vendas, mas também já tivemos que desligar alguns familiares. Não é porque é uma empresa familiar que deixa de ser um negócio.  Na gestão da filial do Recife, meus pais não participam. Aqui e acolá, peço um conselho para eles, porque não vou desperdiçar essa sabedoria. Hoje eles comandam a filial de Petrolina desde 2018.  Em relação à gestão, quais competências o senhor teve que desenvolver para estar à frente da empresa?  A minha maior dificuldade é que minhas habilidades comportamentais eram muito voltadas para a parte financeira. Amo uma planilha, dados, e, de repente, fiquei à frente de uma corretora de seguros que tem que vender, uma empresa majoritariamente de venda. Precisei desenvolver outras habilidades comportamentais.  Em 2015 me foi sugerido procurar uma coach para desenvolvimento pessoal. Confesso que eu era resistente, mas fui. Fiz os testes e saiu o resultado de 72% inapto ao cargo de diretor de uma empresa de vendas. Fui um tanto quanto arrogante com a moça, confesso. Eu disse: “a empresa só vem crescendo, imagina se eu fosse apto”. Ela respondeu: “imagine, se você fosse apto, você poderia crescer e desperdiçaria menos energia, você poderia estar num patamar melhor”. Ela falou uns cinco minutos eu fiquei olhando e disse, “está contratada”.  Aí comecei um processo em novembro de 2015 que dura até hoje. Comecei a estudar diferente, a ler muitos livros, não mais sobre matemática, sobre física, mas sobre comportamento, empreendedorismo, gestão, sobre pessoas. Contratei consultorias de RH para a empresa, para desenvolver todas as pessoas, todas as lideranças. Com isso, comecei a dar uma virada em como me comportar como gestor. Entrei em psicoterapia e isso explodiu minha cabeça não só enquanto gestor, mas enquanto pessoa, cidadão, porque comecei a cuidar das pessoas de maneira natural.  Por isso, viramos referência no mercado e não planejei isso.  Hoje vários colegas e concorrentes me procuram para entender como transformei essa energia, esse clima da empresa e dou orientação sobre como eles também podem melhorar seus processos, suas relações humanas nas suas empresas. Acredito muito em pessoas, na educação, em Deus, acredito na fé.  Isso se reverte nos negócios? A empresa vem crescendo ao investir em gestão e cuidado com as pessoas?  Sim. O segredo do negócio é cuidar das pessoas, continuar estudando, buscando conhecimento e buscar Deus com todos os seus preceitos, valores e premissas. Quando assumi a empresa, em 2008, não estávamos num bom momento. O mercado estava bom, mas a corretora, não. Naquela época meu pai tinha uma operadora de saúde que estava faturando e a corretora passou a não ser mais o negócio principal da família, foi quando eu entrei. Ali, não vínhamos crescendo e, sim, diminuindo.  Dois anos após eu assumir, voltamos a crescer dois dígitos por ano. Até 2018, mantivemos um crescimento entre 10 e 15% ao ano. Em 2020, crescemos 30% ao ano. Em relação às pessoas, saímos de 6 funcionários, em 2008, e hoje estamos com 46. Tínhamos uma média de 400 novos clientes por mês, hoje essa média é de 3 mil novos clientes

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Pernambuco lidera crescimento nacional do setor de serviços em abril, aponta IBGE

Estado registrou alta de 5,3% no volume de serviços, o melhor desempenho entre todas as unidades da federação e um sinal de recuperação após queda no mês anterior Pernambuco teve o maior crescimento no volume de serviços do país em abril de 2025, com uma alta de 5,3% em relação a março, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo IBGE. O desempenho marca uma retomada significativa após a retração de 3% registrada no mês anterior e supera o resultado de abril de 2024, quando a variação foi de apenas 0,1%. Esse crescimento coloca o estado na sétima melhor posição de sua série histórica desde 2011 e o aproxima dos níveis anteriores à pandemia, ficando atrás apenas do patamar de agosto de 2018 (6,7%). O desempenho positivo foi puxado, principalmente, pelas atividades de transportes, setor que também influenciou o crescimento nacional, que foi mais modesto (0,2%). “Em abril, o resultado positivo do setor de serviços no Brasil se junta aos aumentos observados nos meses de fevereiro e março, acumulando alta de 1,5% nos últimos três meses. A trajetória recente do setor é impactada principalmente por uma melhora observada no setor de transportes, bem como um maior dinamismo dos serviços de tecnologia da informação e serviços técnico-profissionais”, destaca o analista da pesquisa, Luiz Almeida. Além de Pernambuco, outros estados como Roraima (3,7%), Amazonas (3%) e Mato Grosso (2,8%) também apresentaram crescimento expressivo. No entanto, estados como Rio de Janeiro (-3,2%), Bahia (-2,4%) e Goiás (-3,2%) tiveram quedas relevantes no período. No segmento turístico, Pernambuco também avançou 2,6%, consolidando a melhor variação mensal desde novembro de 2024. De acordo com o IBGE, o crescimento das atividades turísticas foi impulsionado pelo aumento no transporte aéreo e rodoviário de passageiros, refletindo positivamente em receitas de hotéis e empresas de reservas. A próxima divulgação da PMS, com os dados de maio de 2025, está prevista para o dia 11 de julho.

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Investimento em infraestrutura deve crescer 4,2% em 2025, aponta CNI

Mesmo com avanço nos aportes, participação no PIB deve cair para 2,21%, revelando desafios estruturais e necessidade de políticas mais eficazes no setor Os investimentos em infraestrutura no Brasil devem alcançar R$ 277,9 bilhões em 2025, de acordo com estimativa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O montante representa um crescimento de 4,2% em relação ao ano passado, sinalizando uma tendência de recuperação no setor. No entanto, em termos relativos, o percentual sobre o Produto Interno Bruto (PIB) cairá de 2,27% em 2024 para 2,21% neste ano. A CNI alerta que o país ainda investe abaixo do necessário para manter a qualidade dos serviços e a conservação dos ativos. “Em algumas atividades, o país investe menos do que o necessário para suprir a própria depreciação desses ativos. Isso se reflete, na prática, em estradas com conservação inadequada, instabilidade em termos de fornecimento de energia e serviços de telecomunicações, e, ainda, em precariedade no abastecimento de água e no tratamento de esgoto”, afirma o analista Ramon Cunha. Entre os setores que devem puxar o crescimento dos investimentos neste ano estão o saneamento básico e os transportes. A CNI também destaca que a maior parte dos aportes deve continuar vindo da iniciativa privada: 72,2% dos recursos projetados em 2025 serão de origem privada, mantendo o padrão observado desde 2019. Apesar dos avanços pontuais, o Brasil ainda enfrenta entraves significativos para consolidar uma infraestrutura moderna e eficiente. O estudo da CNI elenca desafios como insegurança jurídica, morosidade no licenciamento ambiental e regulação ineficaz. A entidade reforça que é preciso transformar o investimento em infraestrutura em uma política de Estado, com maior governança e critérios rigorosos para investimentos públicos e parcerias. Entre as recomendações estratégicas da CNI estão o fortalecimento do BNDES como estruturador de projetos sustentáveis, o aumento da participação do mercado de capitais no setor e a ampliação gradual dos aportes até atingir 4% do PIB. Segundo a entidade, esses pilares são fundamentais para melhorar a competitividade do Brasil no cenário global.

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Festas juninas impulsionam turismo e aquecem economia em Pernambuco

Comércio, serviços e turismo regional devem registrar crescimento expressivo durante o São João 2025, aponta pesquisa da Fecomércio-PE O São João de 2025 promete movimentar a economia pernambucana, com destaque para o turismo regional e o aumento da demanda por bens e serviços relacionados às celebrações juninas. Segundo levantamento da Fecomércio-PE, em parceria com o Sebrae, 27,4% dos consumidores planejam viajar no período, sendo que 86,4% optam por destinos dentro do estado. Caruaru aparece como o principal destino (31,9%), seguido por Gravatá (12,1%). Entre os que pretendem viajar para fora do estado, a Paraíba, com destaque para Campina Grande e João Pessoa, lidera as preferências. A pesquisa mostra que as festividades populares seguem como a principal atração: 64% dos entrevistados pretendem participar de eventos públicos, como shows gratuitos e concursos de quadrilhas. Já os eventos privados atraem um público menor (8,3%), enquanto bares e restaurantes devem receber 14,4% dos consumidores. As celebrações domiciliares continuam fortes, com 52,6% das pessoas planejando reunir familiares e amigos em casa. O setor hoteleiro também será impactado, com 5,4% dos consumidores indicando que pretendem se hospedar durante o período. O consumo de bens pessoais também tende a crescer. Mais da metade dos entrevistados (56,1%) pretende fazer compras para o São João, com foco em roupas (43%), calçados (21,5%) e acessórios (20,7%). O ticket médio estimado é de R$ 225 por pessoa. Em relação à alimentação fora do lar, o gasto previsto é de R$ 207 por consumidor. Nos pagamentos, o cartão de crédito lidera como forma preferida (46,4%), seguido pelo PIX (37,1%). O setor empresarial também se prepara para o aumento da demanda. A pesquisa aponta que 12,5% dos lojistas do varejo planejam contratar trabalhadores temporários para o período. No setor de alimentação, o número sobe para 15%, com destaque para os estabelecimentos tradicionais (18,8%). Já nos shopping centers, a expectativa de contratação é mais modesta, com apenas 5,4%. Para o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, “as festas juninas têm um papel essencial no fortalecimento do nosso setor de comércio, serviços e turismo”. Já o economista Rafael Lima destaca o papel estratégico do turismo regional: “A data se consolida não apenas pelo volume de consumo, mas também pela mobilidade dos consumidores dentro do estado”. A expectativa é de crescimento de 13,5% nas vendas do varejo e de 10,9% no setor de alimentação durante o São João 2025.

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Liderança feminina em tempos de cuidado: a hora das mulheres

*Por Luciana Almeida No mundo pós-pandemia, algo profundo mudou: o ato de cuidar passou a ocupar um lugar central nas discussões sociais, políticas e organizacionais. Essa transformação, longe de ser apenas simbólica, tem se refletido diretamente nas exigências do mundo do trabalho. O aumento expressivo dos índices de adoecimento mental e do afastamento por questões emocionais nas empresas brasileiras é apenas um dos muitos sinais de que o cuidado – com as pessoas, com os vínculos, com o ambiente – tornou-se uma necessidade estratégica. Foi diante desse cenário que a socióloga Débora Diniz afirmou: “Chegou a hora das mulheres.” Mas o que exatamente ela quis dizer com isso? Historicamente, às mulheres foi atribuído o papel social do cuidado. Desde muito cedo, meninas são educadas para assumir responsabilidades emocionais e práticas dentro da família: cuidar dos irmãos, da casa, dos idosos, dos sentimentos dos outros. Esse padrão se estende ao ambiente profissional onde, não raramente, as mulheres são associadas a funções de apoio, escuta, acolhimento, organização e articulação – habilidades muitas vezes invisibilizadas, mas essenciais para a saúde de qualquer ambiente de trabalho. Dados recentes reforçam essa realidade: entre meninas de 14 a 21 anos, 84% já assumem algum tipo de responsabilidade de cuidado dentro da família (dados da ONG Plan International Brasil, 2023). Essas experiências geram impactos profundos. Ao longo da vida, essas mulheres desenvolvem competências emocionais e sociais que hoje são cada vez mais valorizadas dentro das organizações: sensibilidade, empatia, flexibilidade, construção de vínculos. Pesquisas apontam que, comparadas aos homens, mulheres tendem a priorizar mais o coletivo e o bem-estar do outro, enquanto os homens são educados a pensar em performance individual e resolução racional de problemas. Essa diferenciação – ainda que atravessada por estereótipos de gênero – não pode ser ignorada quando falamos de inteligência emocional, uma das habilidades mais desejadas no mercado de trabalho contemporâneo. Hoje, falar em saúde mental nas empresas vai além de oferecer planos com psicólogos, gincanas corporativas ou ergonomia. Nada disso será eficaz se os relacionamentos dentro das equipes estiverem adoecidos. E é aqui que o cuidado – historicamente desprezado como “habilidade feminina” – se revela essencial para o futuro do trabalho. Saber cuidar passou a ser uma competência de liderança. E as mulheres, por sua trajetória e socialização, chegam neste momento com uma bagagem poderosa, forjada em desafios muitas vezes invisíveis. Reconhecer e valorizar essa presença feminina em cargos de liderança é mais do que uma questão de equidade de gênero: é uma resposta inteligente a um novo tempo, quando resultados e relações caminham juntos. Se antes cuidar era visto como algo secundário, hoje é, sem dúvida, estratégico. E talvez por isso, como disse Débora Diniz, esta seja mesmo a hora das mulheres. *Luciana Almeida é consultora e sócia da TGI

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BNB amplia crédito e lança novas soluções para o agronegócio

Anúncios foram feitos durante a Bahia Farm Show, com foco em ampliar acesso ao financiamento e modernizar o setor (Foto: Paulo Eduardo Oliveira) O Banco do Nordeste (BNB) anunciou nesta quarta-feira (11), durante a Bahia Farm Show, um pacote de ações estratégicas para impulsionar o agronegócio em sua área de atuação, que inclui os nove estados nordestinos, além de parte de Minas Gerais e do Espírito Santo. As medidas foram detalhadas pelo presidente da instituição, Paulo Câmara, no auditório da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em Luiz Eduardo Magalhães (BA). Entre as novidades, destaca-se o aumento do limite do Cartão BNB, que passa de R$ 10 milhões para R$ 30 milhões, além da criação de uma central de análise de crédito exclusiva para o setor agropecuário. “Estamos seguindo a orientação do presidente Lula que é de ampliar o apoio às atividades produtivas e o Agronegócio é um dos principais setores da nossa economia. Devemos financiar mais de R$ 11 bilhões para a agricultura empresarial no Plano Safra 25/26, 15% a mais do que no exercício anterior”, afirmou Paulo Câmara. O banco também lançou o Giro Flash Agro, linha de crédito com capital de giro e contratação simplificada, voltada especialmente para produtores do agronegócio, com crédito pré-aprovado. “O Giro Flash Agro é uma resposta a um setor que opera com alta tecnologia e precisa de crédito rápido, confiável e personalizado. Estamos reforçando nossa atuação com produtos sob medida para o agronegócio”, destacou Pedro Lima Neto, superintendente estadual do BNB na Bahia. Até o momento, o BNB já movimentou na edição atual da feira o mesmo volume de negócios registrado no evento do ano anterior, quando contratou R$ 280 milhões. A expectativa da instituição é alcançar até sábado um crescimento de 50% em relação a 2024, impulsionada pelas novas soluções apresentadas.

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Executivos brasileiros apontam cultura e liderança como entraves à alta performance

Pesquisa inédita da Amcham Brasil com 765 executivos revela urgência em repensar a preparação das lideranças empresariais A Amcham Brasil apresentou no Recife, durante o CEO Fórum, os resultados da pesquisa Panorama Lideranças 2025, desenvolvida em parceria com a consultoria Humanizadas. O estudo, que ouviu 765 executivos de todo o país — a maioria em cargos de alta liderança —, traz um diagnóstico aprofundado sobre os obstáculos enfrentados pelas empresas brasileiras para alcançar e sustentar alta performance em um cenário cada vez mais complexo e dinâmico. O levantamento revela que 82% das empresas ainda avaliam sua performance com base apenas em resultados financeiros, ignorando dimensões como inovação, clima organizacional e reputação. Para os líderes ouvidos, os principais fatores críticos para um desempenho superior são: liderança preparada (68%), foco estratégico (64%) e cultura organizacional alinhada (63%). A pesquisa aponta ainda que a falta de preparo das lideranças impacta diretamente os resultados: 72% dos entrevistados citam baixo engajamento das equipes, 68% apontam perda silenciosa de talentos e 61% destacam decisões estratégicas frágeis como efeitos colaterais. Nesse contexto, o desenvolvimento de líderes e equipes aparece como a prioridade número um, superando até mesmo a digitalização e a modernização tecnológica. Outro dado relevante é o descompasso entre o estilo de liderança atual e o desejado. Enquanto predomina um perfil operacional, centrado em metas, o ideal identificado é o de uma liderança mais humana, estratégica, inovadora e com domínio de dados — inclusive de inteligência artificial — capaz de gerar impacto positivo de longo prazo. Serviço📊 Acesse o conteúdo completo da pesquisa Panorama Lideranças 2025: https://lnkd.in/d9BVxg6R📎 Realização: Amcham Brasil e Humanizadas

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Caatinga e Inovação: soluções do semiárido brasileiro para o mundo

Pesquisas, tecnologias e saberes populares transformam o semiárido nordestino em referência de bioeconomia e regeneração ambiental. *Por Rafael Dantas O semiárido brasileiro, um dos mais populosos do mundo, guarda riquezas que vão muito além da resiliência de sua população. Pesquisas científicas e projetos voltados à tecnologia e ao empreendedorismo têm revelado o grande potencial da Caatinga, com destaque para produtos de alto valor agregado. Estão em desenvolvimento ferramentas que aumentam a produtividade e a resistência das atividades econômicas frente às altas temperaturas do Agreste e do Sertão – soluções que também podem beneficiar outras regiões semiáridas do planeta, igualmente impactadas pelas mudanças climáticas. As inovações que brotam do solo do semiárido têm origem em universidades, empresas e ONGs que, em articulação com as comunidades locais, vêm gerando renda, serviços ambientais regenerativos e produtos diversos – alimentares, agrícolas, cosméticos, entre outros. Instituições como a Embrapa, o Cetene, o ITCBio, o Sebrae e o Lab Bacia do São Francisco têm sido o berço ou estruturas de incentivo para os projetos que reconhecem os valores e os potenciais da Caatinga. “A Caatinga não é só um bioma a ser conservado. É também uma fonte de riqueza e de conhecimento tradicional que precisa ser valorizado”, afirmou Geraldo Eugênio, professor de agricultura e biodiversidade da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) em Serra Talhada. O docente destaca com frequência que as plantas da Caatinga, adaptadas à seca e ao calor, carregam genes valiosos para a agricultura global frente ao atual contexto das mudanças climáticas.  “A Caatinga não é só um bioma a ser conservado. É também uma fonte de riqueza e de conhecimento tradicional que precisa ser valorizado” - Geraldo Eugênio Geraldo Eugênio sugere que essa riqueza genética deveria ser base de uma política nacional de valorização da Caatinga, com benefícios diretos para as populações locais. Entre as iniciativas em andamento, ele destaca que há inovações consolidadas, como o desenvolvimento da fruticultura irrigada do Vale do São Francisco, o uso de tecnologias de captação e armazenamento de água, como as cisternas de 16 mil litros e 52 mil litros, além da organização de atividades como apicultura e meliponicultura.  “O mel produzido pelas abelhas nativas da Caatinga, por exemplo, tem um sabor e características únicas que podem agregar valor no mercado local e nacional. A meliponicultura é uma atividade tradicional que está ganhando espaço como uma alternativa sustentável para pequenos produtores, contribuindo para a geração de renda e preservação ambiental. Investir nesse segmento é também investir na bioeconomia da Caatinga, fortalecendo a economia local e incentivando o manejo responsável dos recursos naturais”, destacou Geraldo Eugenio. A produção de mel da Caatinga vem conquistando cada vez mais espaço na agenda da bioeconomia em Pernambuco. Em novembro, o Estado sediará a edição 2025 do Biomel PE (Encontro de Bioeconomia do Mel de Pernambuco), conduzido pelo ITCBio (Instituto Tecnológico das Cadeias Biossustentáveis). Com foco na qualificação da cadeia produtiva, o evento reunirá especialistas, apicultores e gestores públicos para fortalecer a apicultura no semiárido e ampliar o valor agregado do mel produzido na região. NOVAS FRENTES DA EMBRAPA "O inoculante Auras, desenvolvido a partir de uma bactéria isolada da raiz do mandacaru, é utilizado em culturas como milho e soja. Ele coloniza a superfície da raiz e produz um gel que protege contra a seca, além de estimular o crescimento das raízes, aumentando a absorção de água e nutrientes". - Carlos Gava Com uma vasta história na produção e no desenvolvimento da fruticultura irrigada, a Embrapa Semiárido tem ampliado sua atuação para novas áreas, explorando o potencial da biodiversidade local. O pesquisador Carlos Gava explica que a instituição tem desenvolvido tecnologias a partir de plantas e microrganismos nativos, com foco na inclusão produtiva de pequenos agricultores. “Trabalhamos com plantas adaptadas à seca, e nosso objetivo é agregar valor a elas, sem promover o extrativismo predatório”, destaca. Na área de recursos naturais, uma das principais linhas de pesquisa se concentra no uso sustentável da Caatinga e na criação de novos produtos. Um dos focos é a prospecção de fungos e bactérias com potencial para promover o crescimento vegetal ou atuar no controle biológico de pragas. Isso porque, além de abrigar plantas adaptadas às condições extremas, o semiárido também é rico em microrganismos capazes de favorecer o desenvolvimento das culturas. Bactérias e fungos que evoluíram nesse ambiente desafiador servem de base para inoculantes agrícolas – produtos que estimulam o crescimento das plantas e aumentam sua tolerância à seca.  Um exemplo é o inoculante Auras, desenvolvido a partir de uma bactéria isolada da raiz do mandacaru. “Ela coloniza a superfície da raiz e produz um gel que protege contra a seca, além de estimular o crescimento das raízes, aumentando a absorção de água e nutrientes”, explica Carlos Gava. Atualmente, esse produto é utilizado em culturas como milho e soja. Outra vertente promissora são os estudos com óleos essenciais extraídos de espécies da Caatinga, com aplicações potenciais com bioinsumos (na agropecuária) e nas indústrias farmacêutica e de cosméticos. As pesquisas com o alecrim-do-mato, lideradas pela pesquisadora Ana Valéria Vieira de Souza, apontam para a criação de produtos com alto valor agregado e há grandes empresas interessadas em parcerias para incorporar os extratos em seus produtos. A Embrapa atualmente já consegue domesticar essa planta, extrai o óleo das folhas e desenvolve pesquisas para comprovar esses potenciais. Os frutos nativos da Caatinga, como o umbu e o maracujá do mato, também são objeto de pesquisas que buscam agregar valor e diversificar os usos. Gava conta que a instituição desenvolveu a variedade BRS Sertão Forte de maracujá da Caatinga, além de quatro tipos de umbuzeiro – dois voltados para o processamento industrial e dois para o consumo in natura, como o umbu gigante, do tamanho de uma pequena maçã. Há ainda estudos que exploram o uso desses frutos em produtos inovadores, como vinhos e espumantes. COOPERATIVA DO OURICURI Uma organização de base social e popular, lançada nesta semana, foi a primeira cooperativa de mulheres quebradeiras de coco ouricuri do Vale do Catimbau. O licuri (que é mais

Caatinga e Inovação: soluções do semiárido brasileiro para o mundo Read More »