Arquivos Economia - Página 32 De 391 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

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Raquel Lyra visita obras em Serra Talhada e anuncia ampliação do Aeroporto de Caruaru

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, visitou as obras do Aeroporto Santa Magalhães em Serra Talhada, onde a primeira etapa da requalificação, com investimento de R$ 17 milhões, já foi concluída. As melhorias incluem a ampliação da capacidade do terminal para receber aviões com até 120 passageiros, reforçando a conectividade do Sertão do Pajeú com o Recife e outras regiões do Brasil. A segunda etapa das obras, em andamento, prevê a ampliação da pista de táxi e pátio das aeronaves, com conclusão prevista para seis meses. Além disso, Raquel Lyra anunciou a conclusão do projeto para a ampliação do Aeroporto Oscar Laranjeiras em Caruaru, no Agreste, que inclui um novo terminal de 6 mil m², ampliação da pista de pouso para 2.250 metros e novas pistas de taxiamento. Com investimento estimado em R$ 140 milhões, a obra, atualmente sob análise da Secretaria Nacional da Aviação Civil, deverá ser entregue em 24 meses e visa fortalecer a infraestrutura aeroportuária da região, impulsionando o desenvolvimento econômico local. “Atualmente, o aeroporto de Serra Talhada tem recebido voos da Azul com porte para doze passageiros. Com a requalificação, o terminal terá capacidade para receber aviões com até cento e vinte passageiros. Essa ampliação garante uma maior escala não só para o Recife, mas para todo o Brasil. Essa é uma região que cresce muito e este equipamento será uma alternativa para o aeroporto de Petrolina, que atende a toda a região. Com relação à obra do aeroporto de Caruaru, o projeto já está com a Secretaria Nacional da Aviação Civil e, em breve, poderemos dar início a mais essa iniciativa que irá impulsionar o crescimento econômico de todo o Agreste”, afirmou Raquel Lyra.

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Desemprego cai para 6,9%, menor taxa trimestral desde 2014, diz IBGE

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,9% no trimestre encerrado em junho de 2024, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (31). Este é o menor índice registrado para um trimestre desde janeiro de 2015, quando a taxa também ficou em 6,9%. Considerando especificamente o período de três meses até junho, é o melhor resultado desde 2014. O resultado representa uma significativa melhora em relação ao trimestre móvel anterior, encerrado em março, quando a taxa de desemprego estava em 7,9%. Em comparação ao segundo trimestre de 2023, quando o índice era de 8%, a queda é ainda mais acentuada. A taxa atual também é menos da metade do pico da série histórica do IBGE, registrado em março de 2021, durante o auge da pandemia de covid-19, quando o desemprego chegou a 14,9%. A pesquisa também revela que o número de pessoas em busca de emprego caiu para 7,5 milhões, o menor patamar desde fevereiro de 2015. A população ocupada atingiu um novo recorde, com 101,8 milhões de pessoas empregadas, um aumento de 1,6% em relação ao trimestre anterior e de 3% em comparação ao mesmo período do ano passado. O setor privado também bateu recordes, com 52,2 milhões de empregados, impulsionado por altos níveis de contratação tanto de trabalhadores com carteira assinada quanto sem carteira.

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Pernambuco e o Recife comemoram avanço na geração de empregos

Em junho, Pernambuco demonstrou mais uma vez um sinal do reaquecimento econômico ao gerar 8 mil novos empregos formais, posicionando-se como o segundo maior empregador do Nordeste, conforme os dados do Novo Caged. No acumulado de 2024, o estado já soma 17.508 postos de trabalho criados, um aumento significativo em comparação ao primeiro semestre do ano anterior. A governadora Raquel Lyra comemorou que nesses 18 meses de gestão, o estado registrou a criação de 68,9 mil novas vagas. A capital pernambucana registrou no mês 1,4 mil postos de trabalho. Por setorEm termos setoriais, o saldo positivo em junho foi impulsionado principalmente pelos setores de Serviços, Comércio e Indústria, com destaque para o crescimento expressivo na Indústria, que dobrou sua contribuição em relação ao mês anterior. O setor Agropecuário também reverteu um saldo negativo, impulsionado pelo cultivo de uvas e mangas. O setor de Serviços liderou, especialmente nas áreas de informação, comunicação e atividades financeiras, evidenciando um dinamismo econômico que se traduz em oportunidades para trabalhadores em todo o estado. Raquel Lyra "Estamos empenhados em devolver a Pernambuco sua liderança no Nordeste. Estamos investindo pesado na infraestrutura do Estado para que ele se torne um ambiente favorável para a instalação de indústrias e negócios, gerando mais oportunidades de emprego e renda", destacou a governadora Raquel Lyra. Recife também celebra desempenho dos empregos Segundo dados do Caged, o Recife registrou um crescimento acentuado na criação de empregos formais, com 1.397 novas vagas em junho. No acumulado de janeiro a junho de 2024, o saldo positivo alcançou 12.457 postos de trabalho, um aumento de 88% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram gerados 6.631 empregos. Esse desempenho levou a cidade a superar a marca histórica de 90 mil empregos formais desde janeiro de 2021, com um total de 552.492 empregos ativos. Joana Portela Florêncio, secretária de Desenvolvimento Econômico do Recife "O fechamento do semestre nos oferece um panorama claro para avaliar o impacto das políticas públicas de desenvolvimento econômico e geração de empregos. Esse crescimento contínuo nos orienta a intensificar projetos que impulsionem os serviços na cidade e atraiam o setor privado para participar ativamente da economia local." Usina Capacita: evento promove aperfeiçoamento profissional para Corretores de Seguros Na manhã de 06 de agosto, o Restaurante Dona Sandra, na Boa Vista, será palco da 6ª edição do Usina Capacita, um evento mensal promovido pela Usina do Seguro, liderada por seu CEO, Ricardo Rodrigues. Voltado exclusivamente para corretores e escritórios de seguros, o encontro busca aprimorar as habilidades de venda dos profissionais do setor, oferecendo treinamento teórico e prático com foco na capacitação contínua. Com vagas limitadas a 40 participantes, o evento promete um ambiente intimista e produtivo, garantindo uma experiência de aprendizado mais próxima e efetiva. A Usina do Seguro, com 45 anos de experiência no mercado de seguros e planos de saúde, continua a investir no desenvolvimento de seus colaboradores e a ampliar suas operações com o lançamento de um sistema de franquias que já se destaca no mercado. "Nosso compromisso é fornecer conhecimento especializado e atualizado para que os corretores possam melhorar suas técnicas de venda e, assim, alcançar resultados mais expressivos," afirma Ricardo Rodrigues, CEO da Usina do Seguro. Otimista com Negócios, Mioche Lança Campanha "O Legado que Veste Histórias" para o Dia dos Pais A Mioche, rede de lojas de moda masculina, está otimista com as vendas para o Dia dos Pais, a quarta data mais importante para o varejo brasileiro, e lançou uma campanha especial focada na importância do legado de pai para filho. A campanha, intitulada "O Legado que Veste Histórias," contará com o ator Dudu Azevedo como estrela principal e buscará destacar os valores e ensinamentos passados de geração em geração. Com início marcado para 01 de agosto e duração até o dia 11, a ação ocorrerá nas 19 lojas próprias da marca no Nordeste, além de mais de mil pontos de venda em lojas multimarcas espalhadas pelo Brasil. A expectativa do setor, conforme estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), é de um incremento de R$7,7 bilhões nas vendas em todo o país, representando um crescimento de 4,7% em relação ao ano passado. Rennan Penaforte, diretor financeiro da Mioche, destacou que a data vai além do apelo comercial, remetendo ao afeto e à admiração por essa figura essencial na vida dos filhos. O diretor comercial, Rhuan Penaforte, explicou que a escolha de Dudu Azevedo como protagonista da campanha se alinha perfeitamente aos valores da marca, que busca promover uma influência positiva dos pais sobre as futuras gerações. Promoção de Dia dos Pais O Dia dos Pais está chegando e o Shopping Guararapes oferece promoção para a compra do presente especial. Entre os dias 2 e 11 de agosto, o Shopping lança a campanha compre-ganhe. A partir de R$350 reais em compras, o cliente poderá receber um par de sandálias Havaianas Track Waves. O brinde é limitado a 1 por CPF e a promoção é válida enquanto durarem os estoques. Além disso, escolas localizadas no entorno do Shopping farão suas apresentações em homenagem aos pais, de 5 a 9 de agosto, em palco montado na Praça de Alimentação.

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Caminhos para o desenvolvimento da indústria em Pernambuco

Em palestra do projeto Pernambuco em Perspectiva, Armando Monteiro Neto aponta como o Estado pode aproveitar as oportunidades da política industrial do País. *Por Rafael Dantas | Fotos: Tom Cabral | Imagem de abertura produzida pelo Bing Image Creator A indústria mundial está em um ciclo forte de transição. Investimentos em descarbonização, avanços no processo de digitalização e os esforços em desconcentrar a produção mundial na China podem abrir espaço para o setor no Brasil e no Estado. O ex-ministro e ex-senador Armando Monteiro Neto analisou esse cenário e apontou caminhos para uma retomada industrial no projeto Pernambuco em Perspectiva – Planejamento de Longo Prazo. Realizado pela Revista Algomais e pela Rede Gestão, o evento trata a cada mês questões estratégicas para a construção das diretrizes de um novo modelo de desenvolvimento para o Estado. Para um auditório repleto de empresários, acadêmicos e gestores públicos, Armando Monteiro Neto defendeu a atuação conjunta do poder público com a iniciativa privada para aumentar a competitividade da indústria. Em sua palestra, Armando ressaltou o papel do Estado na indução do setor em diferentes momentos da história da economia brasileira. “O Brasil é um país de industrialização tardia. Mas, no início do Século 20, experimentou durante quase 50 anos um processo extraordinário de crescimento. É fundamental destacar que isso se deu pelo papel do estado brasileiro, que edificou as bases de uma indústria que terminou por dar suporte a um ciclo de substituição das importações”, analisou Armando, lembrando grandes empresas, como a Companhia Siderúrgica Nacional. “O Brasil construiu a mais importante plataforma manufatureira do hemisfério sul. Infelizmente, a partir dos anos 80, a indústria brasileira foi perdendo impulso”. Ele analisou que a queda tem origens multifatoriais. No entanto, entre os motivos principais estão a instabilidade macroeconômica, a hiperinflação, a apreciação do câmbio e as taxas de juros reais, apontadas pelo ex-senador como alguns dos vilões que levaram o setor a uma inflexão dramática. O resultado disso, na opinião do ex-ministro, é que o País da industrialização tardia viveu uma “desindustrialização precoce”. “A indústria da transformação, que é a manufatura verdadeira- mente, que chegou a representar 28% do PIB brasileiro, hoje apresenta pouco mais de 11%”, comparou. Se a memória desse passado recente é um tanto traumática, o futuro pode ser bem promissor na análise de Armando Monteiro Neto. A conjuntura pós-pandêmica e a pressão internacional, inclusive dos consumidores, por um modelo econômico mais sustentável estão trazendo grandes transformações para as cadeias industriais globais. É nessa transição que estão as saídas da estagnação. “Desafio que temos é relançar a indústria brasileira num cenário que está nos oferecendo novas oportunidades. Eu diria que é o último trem que está passando para a indústria brasileira aproveitar. A crise da pandemia, o agravamento das tensões geopolíticas, o acirramento das tensões comerciais China-EUA, o desafio da descarbonização, da chamada manufatura verde: tudo isso está proporcionando um processo de reconfiguração das cadeias econômicas globais industriais”, apontou Armando. Como um Estado inserido numa região de abundante energia renovável instalada e em potencial e com players conectados à agenda da descarbonização, há oportunidades para Pernambuco neste novo ciclo nacional e global. INDÚSTRIA EM PERNAMBUCO A indústria pernambucana viveu no início do século um impulso com a consolidação do Complexo de Suape, a chegada da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, e do Complexo Automotivo da Stellantis, em Goiana. Segundo Francisco Cunha – que fez uma explanação dos deba- tes do Pernambuco em Perspectiva –, com a concretização desses projetos, as projeções do Padre Lebret ainda nos anos 50 foram quase todas realizadas. Dos eixos para o desenvolvimento do Estado apresentados pelo economista, que foi um profeta em Pernambuco, faltou apenas a ferrovia até o Sertão. A ligação entre Suape e a Transnordestina segue sendo um entrave a ser resolvido. Houve, no entanto, um compromisso do Governo Federal de retomada das obras. “O modelo vigente de desenvolvimento de Pernambuco, foi gestado nos anos 50 com a contribuição notável do Padre Lebret, a maior autoridade em economia do desenvolvimento na época. Ele esboçou um modelo de desenvolvimento industrial-portuário que resultou, entre outras coisas, no Complexo Industrial-Portuário de Suape. Isso aconteceu até o final do século 20. No século 21, nos governos de Jarbas Vasconcelos e de Eduardo Campos, esse modelo praticamente se concluiu. Foi implantado quase na sua plenitude. A única coisa que ficou faltando nesse desenho foi a Transnordestina”, destacou Francisco Cunha. A conclusão da ferrovia é um dos desafios do passado que se impõem para a economia pernambucana hoje. Há, no entanto, um conjunto de desafios expressivos, deconrrentes das novas tendências do século 21 que o Estado precisa atravessar para garantir competitividade. “Neste momento, estamos com a demanda de avançar com um amplo debate na sociedade que permita ajudar a formular um outro modelo de desenvolvimento sintonizado com os novos e exigentes desafios da atualidade”, ressaltou Francisco Cunha. Entre os entraves a serem ultrapassados no horizonte, o consultor elencou o aquecimento global, a disrupção digital, a crise fiscal estrutural do estado brasileiro e uma polarização político-social sem precedentes. APROVEITAR O MOVIMENTO DA INDÚSTRIA NACIONAL Com uma reconfiguração do cenário internacional, que indica um horizonte de oportunidades para o País e para Pernambuco, a NIB (Nova Indústria Brasil) é a estratégia do Governo Federal para ocupar os espaços gerados nesse novo panorama global. O ex-ministro avalia que o programa tem missões bem definidas, alinhadas com os problemas reais do setor, mas há dúvidas sobre a eficiência dos instrumentos propostos pelo Governo Lula para aumentar a competitividade industrial. A Nova Indústria Brasil tem seis missões expressas. A primeira é promover cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais, aumentando a participação da agroindústria no PIB agropecuário e mecanizando a agricultura familiar com máquinas nacionais. A segunda é desenvolver um complexo econômico e industrial da saúde que produza 70% das necessidades nacionais. A terceira é melhorar a infraestrutura e a mobilidade urbana, aumentando a produção local de transporte público sustentável. A quarta é digitalizar 90% das indústrias e triplicar a produção nacional em novas tecnologias. A quinta

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Gasto de turistas estrangeiros no Brasil bate recorde histórico

(Da Agência Brasil) Os visitantes internacionais movimentaram US$ 3,7 milhões, equivalente a R$ 20,9 bilhões no Brasil, de janeiro a junho deste ano. O valor é recorde para o período, pois ultrapassa o montante gasto no país no primeiro semestre de 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil. Até então, os seis primeiros meses que antecederam o Mundial de Futebol, naquele ano, detinham o melhor registro para esses meses, quando os viajantes injetaram cerca de US$ 3,5 bilhões (R$ 20,2 bilhões) na economia nacional. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central. Na comparação com o primeiro semestre de 2023, quando os estrangeiros movimentaram US$ 3,2 bilhões (R$ 18,2 bilhões) houve alta de 15,6%. Em nota, o ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que o Brasil tem se firmado com um destino atrativo, competitivo e valorizado no cenário internacional. “Estamos, cada vez mais, recebendo esses visitantes internacionais com uma diversidade incrível de experiências turísticas”, destacou. Visitantes O recorde de entrada de divisas caminha ao lado do aumento de turistas estrangeiros desembarcando no Brasil. De janeiro a junho deste ano, mais de 3,59 milhões turistas internacionais entraram no país para visitar destinos brasileiros. O número é 9,7% maior que o observado no mesmo período de 2023 e 1,9% acima do registrado em 2019. É o maior índice desde 2018, quando 6,6 milhões de estrangeiros visitaram o país. A expectativa do Ministério do Turismo é que este ano termine com marca superior ao recorde de 2018. O Rio de Janeiro teve o melhor resultado em uma década, recebendo 760,2 mil turistas internacionais no primeiro semestre, motivado, sobretudo, pelo carnaval, diz a Embratur. O crescimento foi de 19,89% em relação ao mesmo período de 2023 e já é o segundo maior da história, atrás apenas do ano da Copa do Mundo. Para o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, o turismo internacional é uma potência econômica e está contribuindo para o desenvolvimento do Brasil. “Quando falamos dessa arrecadação histórica, falamos em geração de emprego e renda em todo o país, construindo uma economia que valoriza nossa cultura e gera sustentabilidade ambiental”, destaca Freixo. “Somos um país rico e, além de sol e praia, temos natureza, ecoturismo, afroturismo, gastronomia, cultura e muito mais. As pessoas estão vindo para cá para conhecer o que temos para oferecer e contando lá fora as experiências incríveis que viveram por aqui.” Voos Os voos internacionais continuam sendo a principal porta de entrada para os viajantes vindos de outros países. Nos seis primeiros meses deste ano, foram registrados 2.234.033 desembarques no Brasil. A Embratur pretende ampliar a malha aérea internacional, com a conquista de novos voos para destinos inéditos, além de ampliar a frequência em rotas já realizadas. O Programa de Aceleração do Turismo Internacional (Pati), lançado em março desde ano em parceria com a Embratur e o Ministério de Portos e Aeroportos, prevê a parceria público-privada com as companhias aéreas e aeroportos para aumentar o número de assentos e de voos internacionais com destino ao Brasil. O governo federal calcula que o Pati permitirá o aumento de 70 mil assentos em voos estrangeiros com destino ao Brasil, entre outubro deste ano e março de 2025. Ranking de 2023 No ano passado, a Argentina foi o principal país emissor de turistas para o Brasil, com 1,9 milhões de visitantes (32% do total). Em seguida, vieram Estados Unidos, com 668,5 mil (11%); Chile, com 458,5 mil (7,7%); Paraguai, com 424,5 mil (7,1%), e Uruguai, com 334,7 mil (5,6%). Na Europa, a França é o principal país emissor de turistas para o Brasil e aparece na sexta posição, com 187,5 mil turistas (3,1%), seguida de Portugal, com 158,5 mil (3%); Alemanha, com 158,5 mil (2,6%); Reino Unido, com 130,2 mil (2,2%); e Itália, com 129,4 mil (2,2%), completam o ranking dos dez maiores emissores de turistas para o Brasil, no ano passado.

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Taxa de juros afeta investimentos industriais em inovação

(Da Agência Brasil) Na próxima terça-feira (30), em Brasília, será iniciada a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI). Tem como meta elaborar uma nova estratégia nacional para todas as áreas de conhecimento. “O presidente Lula nos deu a incumbência de estudar o cenário de ciência, tecnologia e inovação para fazer uma proposta de estratégia e contribuir para um plano de ação”, explica o físico Sérgio Rezende, ex-ministro da pasta (2005-2010) e secretário-geral da conferência. Um dos eixos da CNCTI é a reindustrialização e apoio à inovação nas empresas. Desde o início dos anos 1980, diminuiu o peso da indústria de transformação no Produto Interno Bruto. Entre 2010 e 2021, a parcela de participação do setor caiu de 13,75% para 11,33% do Produto Interno Bruto (PIB). “É preciso um conjunto de medidas, e o que a gente espera é que gradualmente empresários, principalmente os mais novos, vejam os resultados, acreditem e tomem atitudes para o Brasil recuperar o seu sistema industrial, que já teve uma participação no PIB duas vezes maior do que é atualmente”, defende o secretário-geral da CNCTI. Na avaliação de Rezende, a desindustrialização brasileira foi acelerada com a ascensão manufatureira chinesa. “Com a grande produção industrial da China e com a produção de produtos mais baratos”, observa. O fenômeno atinge o Brasil e outros países. Aqui e em outros lugares, as empresas substituíram componentes que fabricavam por peças importadas. Com a evolução desse processo, algumas empresas são cada vez menos industriais e passam a ser cada vez mais importadoras e redistribuidoras de produtos para a rede de clientes que formaram. Mas para Rezende, há outro fenômeno. “Um segundo problema que nos persegue há muito tempo é a taxa de juros muito alta, que tem dois efeitos. Empresas raramente pegam empréstimos de bancos privados, nem para construção. Agora, muitos empresários preferem não fazer nada disso. Eles optam por investir no mercado financeiro”, opina. Juros altos Rezende está convencido da necessidade de diminuir a taxa de juros para haver mais inovação e crescimento. “Tanto para as empresas pegarem empréstimo para a expansão, quanto para os empresários investirem mais nas suas empresas”, observa. Atualmente, o Brasil tem a segunda maior taxa de juros real do mundo. Está apenas abaixo da Rússia - em guerra com a Ucrânia desde fevereiro de 2022 - e acima de outros países com grau de desenvolvimento próximo como o México, África do Sul e Colômbia. As propostas sobre reindustrialização e neoindustrialização a serem discutidas na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação começaram a ser debatidas em 13 seminários preparativos organizados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) entre dezembro do ano passado e março deste ano. Essas reuniões se somam a mais de 200 encontros e conferências locais e setoriais realizados como prévias preparatórias da CNCTI finalizadas até maio. Além do tema da reindustrialização e apoio à inovação nas empresas, a conferência terá como eixos “recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação”; “Ciência, Tecnologia e Inovação para programas e projetos estratégicos nacionais”; e “Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento social.” Desde meados da década de 1990, a produção científica do Brasil tem avançado ano a ano. Mas, entre 2021 e 2022, o país reduziu o número de estudos publicados – de 80.499 artigos publicados para 74.570 textos científicos, queda de 7,4%. O país também sofre com a fuga de cérebros que vão trabalhar como pesquisadores no exterior e com o reduzido número de doutores formados - cinco vezes menos doutores do que a média da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação será realizada no Espaço Brasil 21, no Setor Hoteleiro Sul de Brasília. O evento poderá ser acompanhado virtualmente pelo Youtube. Interessados podem se inscrever para ter participação virtual, com direito a certificado, neste link.

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Recife recebe R$ 537 milhões em infraestrutura e para construção de um Convive

O governo federal anunciou na última sexta-feira (26) um investimento de R$ 537 milhões no Recife, como parte do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções. Esses recursos visam impulsionar o desenvolvimento urbano, social e econômico da cidade. Entre os projetos contemplados estão três iniciativas de drenagem urbana sustentável, um projeto de esgotamento sanitário e a construção de uma unidade do Centro Comunitário pela Vida (Convive), inspirado na Rede Compaz. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, fizeram o anúncio no Palácio do Planalto. Os investimentos incluem quase R$ 94 milhões para obras de macrodrenagem dos canais Sambra, Guarulhos e Mauricéia, visando prevenir enchentes e mitigar os impactos das chuvas intensas. Além disso, R$ 15 milhões serão destinados à construção do Convive, com o objetivo de prevenir a violência e promover a inclusão social. Na Campina do Barreto, R$ 13 milhões serão investidos em esgotamento sanitário, enquanto R$ 397 milhões serão alocados para obras de infraestrutura de mobilidade urbana. Governadora Raquel Lyra assina hoje empréstimo para a Compesa Nesta segunda-feira (29), a governadora Raquel Lyra oficializará um empréstimo de R$ 1,1 bilhão, contraído pela Compesa junto a uma instituição financeira internacional. É a primeira vez na história que a Compesa assume um empréstimo dessa natureza. A operação de crédito será firmada com o Banco Multilateral de Desenvolvimento (NDB – New Development Bank), conhecido como Banco do Brics. Na mesma ocasião, haverá a formatura de 12 mulheres que concluíram o Curso de Encanadora promovido pela Compesa. Sebrae participa da Expoleite nesta semana, no Sertão Os empreendedores do Sertão do São Francisco estão com grandes expectativas para a 6ª Expoleite, a principal feira do setor leiteiro da região, que ocorrerá de 31 de julho a 4 de agosto em Afrânio. O Sebrae Pernambuco participará do evento, destacando produtos por segmento e apresentando atrações como o Show de Lácteos e estandes de artesanato em couro. Concursos para premiar os melhores queijo e doce de leite também prometem atrair a atenção dos expositores. No Show de Lácteos, o público encontrará uma variedade de produtos derivados de leite, como doces, manteiga e queijos regionais. Nos estandes de artesanato, serão oferecidas peças em couro e outras matérias-primas. O Sebrae também promoverá a palestra “A Arte de Empreender” com Flávio Leandro, músico e produtor de leite. Heloísa Nóbrega, analista do Sebrae/PE, destaca a importância do evento para os empreendedores locais, ressaltando a oportunidade de lucro e networking. Em 2023, a feira movimentou R$ 500 mil em vendas. Trade pernambucano celebrou os 45 anos e as novas salas do Centro de Convenções Cláudio Vasconcelos, Camila Linhares e Rodrigo Sobral, do Pernambuco Centro de Convenções no evento de comemoração e de entrega das novas salas multifuncionais do Pernambuco Centro de Convenções. Em negociação Shopping Norte Janga e XP Investimentos iniciam tratativas para parcerias em projetos de infraestrutura. Cléia Alves, CEO do shopping, e Rodrigo Caldas, Banker de Alta Renda da XP, discutiram soluções financeiras durante evento no Recife.

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Bernardo Peixoto recebe comenda do Conselho Federal dos Representantes Comerciais

O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac Pernambuco, Bernardo Peixoto, foi agraciado com a comenda Dr. Plínio Affonso de Farias Alello, concedida pelo Conselho Federal dos Representantes Comerciais (Confere). A cerimônia ocorreu na tarde desta quarta-feira (24), no hotel Windsor, em Brasília, com a entrega da honraria feita por Archimedes Cavalcanti, diretor presidente do Confere e terceiro vice-presidente da Fecomércio PE. Cavalcanti destacou a gestão colaborativa de Peixoto, que tem prestigiado a Federação, e celebrou o reconhecimento de quase 35 mil representantes comerciais pernambucanos e quase um milhão de representantes em todo o Brasil. Após receber a homenagem, Bernardo Peixoto expressou seu agradecimento e compartilhou um pouco de sua trajetória no comércio, ressaltando a importância do setor. "É uma honra receber uma comenda de tal valor, representado por tanta gente importante aqui, de todo o país. Fico muito orgulhoso", afirmou Peixoto, enfatizando que o comércio sempre chega primeiro em qualquer situação. Escritórios Buril, Tavares & Holanda Advogados e Renato Saraiva Advocacia formam aliança Os escritórios Buril, Tavares & Holanda Advogados e Renato Saraiva Advocacia anunciaram uma aliança estratégica para oferecer serviços especializados em Direito do Trabalho. Essa parceria visa atender grandes empresas, unindo forças para atuar tanto no consultivo quanto na gestão de contencioso, casos estratégicos e negociação coletiva. Além disso, os clientes terão assessoria completa em áreas como cível, contratual, societário e tributário, fortalecendo a atuação corporativa de ambos os escritórios. A união combina a advocacia empresarial do Buril, Tavares & Holanda Advogados, que conta com sócios como Arthur Holanda, Danilo Tavares, João Ricardo Tavares, Lucas Buril e Micaelly Duarte, com a expertise no Direito do Trabalho do escritório Renato Saraiva Advocacia. O projeto já está em andamento e prevê a inauguração de uma filial em São Paulo até o final do ano. Aposta Ganha e ESPN promovem a premiação mais tradicional do futebol brasileiro Lançado em 1970, o Prêmio ESPN Bola de Prata Aposta Ganha, a celebração esportiva anual mais tradicional do futebol brasileiro, chega à sua 55ª edição em 2024. Este ano, a premiação que reconhece os melhores futebolistas e treinadores da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol será realizada no Auditório do Anhembi, em São Paulo, no dia 9 de dezembro. A partir deste ano, a premiação recebe o nome da Aposta Ganha, uma das maiores casas de apostas esportivas brasileiras, marcando o início de uma parceria com a ESPN, a maior rede de canais de televisão de esportes do mundo. A união entre Aposta Ganha e ESPN no Prêmio ESPN Bola de Prata Aposta Ganha destaca a tradição e a seriedade dos critérios de avaliação da premiação, que é amplamente reconhecida por clubes, atletas e o público. Elvis Lourenço, CEO da Aposta Ganha, ressaltou a importância da parceria, afirmando que associar a marca ao maior canal de esportes do mundo em um projeto respeitado e reconhecido chancela a posição da Aposta Ganha como uma das maiores empresas do mercado.

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Emprego no comércio levou 3 anos para retomar nível pré-pandemia

(Da Agência Brasil) As empresas do setor de comércio no Brasil precisaram de 3 anos para retomar o nível de emprego pré-pandemia da covid-19. A constatação está na Pesquisa Anual de Comércio, divulgada nesta quinta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento traz dados de 2022, quando o comércio brasileiro empregou 10,3 milhões de pessoas. Esse número supera em 157,3 mil o contingente de 2019, último ano antes da pandemia surgir. O ponto máximo da série iniciada em 2007 é 10,6 milhões, em 2014. "Estamos longe do valor da máxima histórica, mas houve crescimento, depois de 2020, em todos os anos, aumento do número de pessoas ocupadas", avalia o pesquisador do IBGE Marcelo Miranda Freire Melo. A pesquisa é feita com empresas de 22 setores de três grandes segmentos: comércio varejista, comércio por atacado e comércio de veículos, peças e motocicletas. O instituto explica que a diferença entre varejo e atacado é o destino da venda. No varejo, a finalidade é o uso pessoal e doméstico; enquanto no atacado, outras empresas e órgãos da administração pública. O comércio varejista é o carro-chefe na ocupação de trabalhadores, com 7,6 milhões de empregos em 2022. O atacado responde por 1,9 milhão, o maior da série histórica, e o comércio de veículos automotores, peças e motocicletas emprega 846,2 mil. O segmento que mais emprega individualmente é o de hiper e supermercados, com 14,8% dos ocupados, o que equivale a 1,5 milhão de pessoas. Termômetro do PIB A pesquisa identificou 1,4 milhão de empresas que operam em 1,6 milhão de endereços. Essas companhias tiveram receita líquida operacional de R$ 6,7 trilhões. Elas apresentaram um valor adicionado bruto de R$ 1,1 trilhão – esse montante representa o quanto contribuíram para o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país). A maior parte da receita (51%) foi gerada pelo comércio por atacado, seguido pelo comércio varejista (40,2%) e pelo comércio de veículos, peças e motocicletas (8,8%). O IBGE considera que a atividade comercial é um importante termômetro da economia, pois “tende a repercutir os ciclos das atividades econômicas, particularmente as variações na renda das famílias e nas condições de oferta de crédito”. Remuneração As 10,3 milhões de pessoas que trabalhavam em empresas de comércio em 2022 receberam R$ 318 bilhões em salários e outras remunerações. O IBGE mede o salário médio do setor em salário mínimo. Em 2022, o indicador chegou a dois salários mínimos, um recorde da série histórica. Entre o início da série e 2021, havia variação entre 1,8 e 1,9 salários mínimos. A explicação para o recorde foi o crescimento do salário médio pago no segmento de comércio de veículos, peças e motocicletas, o único dos três grandes setores a ter aumento de 2021 para 2022. "Esse valor influencia o resultado do comércio como um todo", assinala o pesquisador do IBGE. O comércio por atacado apresentou o maior salário médio (2,9 salários mínimos) em 2022, seguido pelo comércio de motocicletas, peças e veículos (2,3) e pelo comércio varejista (1,7). Comércio virtual A pandemia da covid-19, que impôs restrições sanitárias em todo o país, como isolamento social e lockdowns, que provocaram mudanças profundas na atividade econômica, é refletida, conforme deixa explícito o estudo do IBGE, nos números do comércio virtual. O instituto identificou um crescimento no número de negócios que adotaram o comércio pela internet, seja por sites, redes sociais, aplicativos ou WhatsApp. O número passou de 1,9 mil em 2019 para 3,4 mil em 2022, acréscimo de 79,2%. O aumento aconteceu em todos os segmentos do varejo. A pesquisa revela ainda que em 2019, 4,7% das empresas de comércio varejista vendiam pela internet. Em 2022, o percentual alcançou 8%.     Apesar de mais empresas aderirem ao comércio virtual, o IBGE constatou que houve um recuo no percentual da receita bruta do varejo na forma de comercialização pela internet no último ano investigado pela pesquisa. Em 2019, o patamar era de 5,3%, que chegou a 9,1% em 2021, antes de cair para 8,4% em 2022. Segundo o pesquisador do IBGE Marcelo Melo, a queda do último ano não é um indicativo de que a comercialização pela internet, necessariamente, caiu. “É um indicativo de que as pessoas voltaram também a comprar os produtos de forma presencial”, explica. “Como a gente está lidando com valor percentual de participação, se esse percentual cai não significa que a atividade caiu propriamente dita”,observa. Na opinião de Melo, o comércio pela internet é "uma tendência que veio para ficar". Regiões A ampla observação do IBGE sobre as empresas de comércio mostra que o Sudeste lidera o setor em receita bruta de revenda, número de unidades locais, pessoal ocupado e remunerações. Em seguida aparecem as regiões Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. O Sudeste representava 50,6% do pessoal ocupado em 2022 e 54,6% do total de salários e outras remunerações. Na outra ponta, o Norte era responsável por 3,5% das vagas e 3,2% do dinheiro recebido pelos trabalhadores. O Sudeste era também a única região com salário médio acima da média nacional, de dois salários mínimos. As empresas de comércio da região pagavam 2,1 salários mínimos. No piso do ranking figurava o Nordeste, com média de 1,5 salário mínimo. O Sul registrou remuneração média de dois salários mínimos, acima do Centro-Oeste (1,9) e do Norte (1,8). Estados Ao fazer uma análise dos últimos dez anos, intervalo de tempo para, segundo o IBGE, identificar mudanças estruturais, duas Unidades da Federação (UF) experimentaram alterações de destaque no ranking de receita bruta de revenda. O Rio de Janeiro deixou a terceira posição que ocupava em 2013 e aparece na sexta colocação em 2022, com 6,2% de participação, ante 8,4%. O motivo principal para essa queda foi a perda de relevância da atividade de comércio de veículos. O pesquisador Marcelo Melo lembra que nos últimos anos o Rio de Janeiro sofreu uma crise econômica, o que pode ser uma explicação para a perda de participação. “Isso pode gerar impacto no comércio da região”, avalia. No outro

Emprego no comércio levou 3 anos para retomar nível pré-pandemia Read More »

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"A Geração Z entende sucesso não apenas como conquistar altos cargos e salários"

Carolina Holanda, consultora e sócia da TGI, destaca nessa entrevista concedida ao repórter Rafael Dantas as complexidades e desafios da integração da geração Z nas corporações. Com a entrada desses jovens profissionais no mercado de trabalho, surgem percepções mistas entre empresários e gestores. Carolina observa que muitos veem a geração Z como impaciente, com um pragmatismo acentuado e uma forte distinção entre vida pessoal e profissional. Esse comportamento é atribuído ao fato de serem nativos digitais, hiperconectados e acostumados a respostas imediatas. No entanto, essa geração também traz características positivas, como a habilidade de executar múltiplas tarefas, o engajamento em causas significativas e a facilidade com a tecnologia. Os conflitos geracionais nas empresas refletem diferenças nos comportamentos, tomada de decisões e formas de comunicação. Carolina ressalta que esses conflitos são naturais, pois envolvem profissionais que cresceram em realidades analógicas e agora enfrentam um ambiente digitalmente transformado. Para lidar adequadamente com esses desafios, ela enfatiza a necessidade de compreender as habilidades das novas gerações e fomentar um ambiente de trabalho que valorize a identidade coletiva e o sentimento de pertencimento. Isso envolve criar espaços de escuta e troca, promovendo relações respeitosas e empáticas que possam minimizar as diferenças e beneficiar todas as gerações no ambiente corporativo. Quais as principais percepções do mercado sobre a participação da geração Z nas corporações? Sempre que novas gerações entram no mercado de trabalho, há um certo estranhamento. O que é natural já que cada geração tem um perfil com especificidades que dependem do contexto social, econômico, cultural... Hoje, observo que parte dos empresários e gestores percebem os jovens da geração Z como impacientes, inclusive, com o processo de crescimento profissional, com pouco comprometimento com a atividade desenvolvida e com a empresa (mudam facilmente de trabalho se considerarem que terão ganhos – e não estou só falando de remuneração), com um maior rigor em separar a vida profissional da vida pessoal e com maior pragmatismo. Esses traços se devem ao fato de serem nativos digitais, hiperconectados e acessarem tudo em um clique. Por isso, existe esse sentimento de que não posso esperar e até não preciso esperar por nada, já que encontro a resposta na internet. Outras questões apontadas pelas gerações anteriores são a dificuldades que os jovens da Geração Z têm de planejar, cumprir algumas formalidades empresariais e uma menor tolerância à frustação. Mas há também quem observe características bem interessantes como a capacidade de desenvolver diversas tarefas, engajamento nas causas que acredita e uma enorme facilidade com a tecnologia. Quais os principais conflitos geracionais desse grupo com os profissionais de outras gerações nas empresas? São conflitos, principalmente, que envolvem comportamentos, tomada de decisões, formas de comunicação, diferenças de expectativas e de visão tanto do presente como do futuro. Estamos falando de empresários e gestores que, em geral, cresceram em uma realidade muito diferente da atual e analógica. Precisamos compreender que as transformações no campo digital afetaram não apenas a economia, a política, mas principalmente as pessoas. Estou falando de mudança na subjetividade, ou seja, no surgimento de novos traços psíquicos, de forma de viver e ver as experiências tanto no analógico como no digital. É esse sujeito da Geração Z que está chegando nas organizações e estranhando o modo de funcionar, a forma de se estabelecer limites e de fazer as cobranças, os modelos de gerenciamento das equipes. É esse mesmo sujeito que está fazendo as outras gerações estranharem seus questionamentos. O que temos certeza com esse cenário é que o modelo de ontem precisa ser avaliado, assim como, precisa ser criado novos mecanismos de gestão que deem conta desse novo sujeito e das novas formas de relacionamento que estão surgindo nas organizações. Sem esquecer que para administrar de modo adequado esses conflitos geracionais é preciso primeiro conhecer as habilidades das novas gerações e colocar-se disponível para compreender a forma como esses profissionais percebem e vivenciam suas experiências. Trabalhar as questões institucionais que estimulam a criação de uma identidade coletiva e um maior sentimento de pertencimento, com certeza, vai ajudar a minimizar as diferenças e trabalhar em torno de um projeto coletivo, que se beneficia com as características de todas as gerações. Quais as principais diferenças da expectativa de carreiras dessa geração? O que eles demandam das empresas? A Geração Z, diferente das outras gerações, entende sucesso profissional não apenas como conquistar altos cargos e salários, mas principalmente, ter oportunidades de realizar atividades que se identifique e que lhe permitam ter equilíbrio entre sua vida pessoal e profissional. Para eles, trabalhar excessivamente e assumir cargos que demandam maior responsabilidade e pressão não são sinônimo de sucesso. Os profissionais dessa geração dão grande importância à saúde física e mental. São pessoas que falam mais abertamente das dificuldades emocionais que têm. Por isso, empresas que focam no bem-estar de suas equipes e que estimulam relações saudáveis do gestor com os profissionais são vistas com bons olhos. Em geral, a Geração Z busca por uma empresa que tenha propósitos e valores semelhantes aos seus e que, de fato, ela perceba isso na prática empresarial. Além disso, dá preferência a empresas que são flexíveis e que criam ambientes favoráveis ao desenvolvimento profissional. Apesar do uso da tecnologia e das redes sociais, essa geração também considera importante uma comunicação pessoal e direta com os principais gestores e pares. Um estudo do GPTW indicou que "A Geração Z está mais propensa a desistir do seu emprego à medida que [os jovens] se sentem sobrecarregados e estressados, com a saúde mental afetada". Em um mundo do trabalho tão marcado pela sobrecarga e estresse, como as corporações têm se adaptado a esses novos profissionais? De fato, a Geração Z valoriza a saúde mental como um fato essencial a ser considerado na gestão de pessoas. Com a pandemia, os casos de depressão, quadros ansiedade e outros quadros emocionais aumentaram consideravelmente, o que levou as pessoas a considerarem como uma prioridade esse aspecto. Já se é falado faz tempo sobre a importância das empresas cuidarem das pessoas, como uma forma inclusive de ter

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