Arquivos Economia - Página 363 De 405 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

BNDES planeja atuação no Nordeste

Em 2017 o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) empregou na região nordestina 20% do total de investimentos realizados. A informação é do chefe de Departamento Regional Nordeste do BNDES, Caio Ramos, que foi palestrante da reunião do Conselho Estratégico Algomais Pernambuco Desafiado, ocorrida em abril. O encontro faz parte da Pesquisa Empresas & Empresários, que é realizada pela TGI e INTG, com patrocínio do Governo do Estado de Pernambuco. Entre 2007 e 2017, o banco destinou R$ 190,2 bilhões para o Nordeste, o que representou 13,3% do total investido na década. “Esse percentual é fruto de um crescimento nos últimos anos, visto que em 2007 os aportes na região representavam apenas 8% do total”, informa Ramos. A maior parte dos investimentos foram em infraestrutura (68% do total em 2017), com obras como ferrovias e sistemas de abastecimento. Mas um setor que ganhou destaque foi o de energias renováveis, principalmente com a implantação dos parques eólicos. Entre 2012 e 2017, foram aplicados R$ 23,82 bilhões no Nordeste neste segmento. Valores que representam 19,9% de todo o aporte do banco no período na região. Nos dois últimos anos, o desembolso do BNDES em Pernambuco foi de R$ 1,7 bilhão. Muito inferior aos anos anteriores, antes do agravamento da crise econômica. As principais operações apoiadas pelo banco foram no Estaleiro Atlântico Sul, na Petroquímica Suape e na Fiat, além do apoio ao próprio Governo do Estado de Pernambuco. O município que mais recebeu recursos neste período foi Ipojuca, onde está localizado o Pólo de Suape. A instituição tem destinado uma atenção especial ao fomento de cadeias produtivas estratégicas, como a de energias renováveis e a indústria automotiva. “O Nordeste é um dos lugares onde podemos fazer investimentos e ter um retorno mais rápido, pois há uma grande deficiência de infraestrutura na região”, explica Caio Ramos. O diretor do BNDES, que é o terceiro maior banco de desenvolvimento do mundo, destacou que a instituição financiou diversos projetos na última década, fundamentais para o crescimento do desempenho econômico regional recente acima da média nacional. Dentro de um recorte mais social da atuação da instituição, o chefe do departamento regional ressaltou o financiamento dos bancos de sementes crioulas do semiárido e da construção de cisternas. “Desde 2013, o BNDES apoiou a implementação de cisternas para produção da segunda água (voltada para produção de alimentos), que são destinadas a famílias rurais de baixa renda”, conta Caio Ramos. Ele afirma que um novo projeto foi contratado para implantação de 6.821 tecnologias sociais em 68 municípios dos nove estados do Semiárido, no valor de R$ 100 milhões. Na missão estratégica do banco até 2035, Caio destacou três áreas de maior interesse da instituição: infraestrutura; estrutura produtiva (que está relacionada ao apoio à transformação de modelos de negócio tradicionais e à inserção do Brasil na economia global e do conhecimento); e em educação, saúde e segurança. Como alvos transversais do BNDES estão o estímulo à sustentabilidade, à inovação, ao desenvolvimento regional e do mercado de capitais. Apenas no fomento à inovação, o banco dedicou em 2017, 3,2% do seu desembolso total no ano. A critério de comparação do foco dado a essa questão, em 2009 apenas 0,4% dos recursos do BNDES tinham sido voltados para projetos inovadores. “O investimento em inovação é relevante, considerando o momento econômico o País, que está cortando recursos nesta área. Alguns desses valores, inclusive, são não reembolsáveis, para incentivar o aumento da produtividade regional e o avanço tecnológico”, destaca Ramos. E&E Com o tema Pernambuco Além da Crise, a pesquisa Empresas & Empresários tem o desafio de mapear quais foram as ações do empresariado pernambucano para superar a recessão econômica que se abateu no País nos últimos anos. A TGI e o INTG estão convidando as companhias dos 15 principais setores produtivos do Estado para responderem a um questionário (disponível no site: www.algomais.com/pesquisa). Os melhores cases de cada setor e um geral serão reconhecidos com o Prêmio Quem Faz Algomais por Pernambuco.

BNDES planeja atuação no Nordeste Read More »

5ª Semana Nacional de Educação Financeira terá programação gratuita

No período de 14 a 20 de maio, o Conselho Nacional de Educação Financeira (CONAF), que é conduzido pelo Banco Central do Brarsil, realizará a 5ª Semana Nacional de Educação Financeira. O evento acontece em todo o país, conscientizando a população sobre a educação financeira, através de palestras e seminários realizados em colégios, faculdades, universidades, entidades públicas e privadas. O Sebrae-PE participa da Semana levando o seminário Finanças Empresariais e Ferramentas Digitais de Gestão para Pequenos Negócios para todo o estado de Pernambuco, com o intuito de capacitar empreendedores a promover uma melhor gestão financeira em seus negócios. O seminário tem como objetivo orientar os empreendedores sobre o uso adequado de serviços financeiros, bem como a importância da utilização de ferramentas digitais na gestão do negócio. De acordo com João Albuquerque, analista do Sebrae-PE e coordenador da ação no estado, a instituição vem capacitando pequenos empreendedores para que seus negócios possuam uma vida financeira mais saudável. “Queremos capacitar o pequeno empresário para que ele se planeje mais e possa gerir melhor seu negócio. Para que saiba fazer uma melhor gestão do crédito, utilizando bons planos de negócios, visando minimizar os riscos do investimento”, pontuou. “Incluímos no seminário o tema Ferramentas Digitais de Gestão, para que o empreendedor possa ter mais caminhos e facilidades na sua organização financeira, aliando a tecnologia ao desenvolvimento de sua gestão e de seu negócio”, completa João Albuquerque. O Seminário e a 5ª Semana Nacional de Educação Financeira foram englobadas em 2018 na programação do Sebrae-PE da décima semana do MEI, por acontecer no mesmo período. PROGRAMAÇÃO - SEBRAE 18h - Credenciamento 19h - Abertura de boas vindas 19h15 - Palestra: Finanças Empresariais 20h15 - Palestra: Ferramentas Digitais de Gestão 21h15 - Debate (participação do público com dúvidas e esclarecimento) 22h – Encerramento Segunda-feira, 14 de maio - Serra Talhada: Sebrae - Sertão Central, Moxotó, Pajeú e Itaparica | Praça Barão do Pajeú, 929, Centro - Cabo de Santo Agostinho: Auditório do CAM (Centro Administrativo Municipal) - Limoeiro: Secretária de Industria e Comércio |Av. Santo Antônio, 199, Centro - Timbaúba: CDL Timbaúba | Rua Maciel Pinheiro, 200, Centro Terça-feira, 15 de maio - Araripina: Sebrae Sertão do Araripe | Rua Ver. José Santiago Bringel, 70, Centro - Petrolina: Sebrae Sertão do São Francisco | Av. 31 de Março, s/n, Centro de Convenções Quarta-feira, 16 de maio -Recife: Sebrae | Rua Tabaiares, 360, Ilha do Retiro Quinta-feira, 17 de maio - Caruaru: Auditório da ACIC - R. Armando da Fonte, 15, Maurício de Nassau      

5ª Semana Nacional de Educação Financeira terá programação gratuita Read More »

Energia renovável emprega mais de 10 milhões de pessoas no mundo

O setor de energia renovável, incluindo as grandes hidrelétricas, emprega mais de 10 milhões de pessoas no mundo, de acordo com dados da quinta edição do relatório Renewable Energy and Jobs – Annual Review, lançado hoje (8) na 15º Reunião do Conselho da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), em Abu Dhabi. De acordo com o relatório, em 2017 foram criados mais de 500 mil empregos, um aumento de 5,3% em relação a 2016. Segundo a Irena, organização intergovernamental global com 156 membros, a China, o Brasil, os Estados Unidos, a Índia, Alemanha e o Japão continuam a ser os maiores empregadores do mercado de energia renovável no mundo, representando mais de 70% de todos os empregos no setor globalmente. "Embora um número crescente de países esteja colhendo os benefícios socioeconômicos das energias renováveis, a maior parte da produção ocorre em relativamente poucos países e os mercados domésticos variam enormemente em tamanho", avalia a agência. Para a Irena, a economia global poderá criar até 28 milhões de empregos no setor até 2050, com a descarbonização do sistema energético. Os dados mostram que a produção de energia solar fotovoltaica continua sendo o maior empregador de todas as tecnologias de energia renovável, respondendo por cerca de 3,4 milhões de empregos. A estimativa é que a China responda por dois terços dos empregos fotovoltaicos, equivalente a 2,2 milhões, o que representa uma expansão de 13% em relação a 2016. Ao lado da China, Blangladesh, Indía, Japão e os Estados Unidos são os principais empregadores no mercado de energia solar fotovoltaica no mundo. Juntos, os cinco países respondem por cerca de 90% dos empregos em energia solar fotovoltaica em todo o mundo. Brasil No Brasil, o relatório destaca que o número de empregos no segmento de biocombustíveis aumentou 1% em 2017, totalizando 593 400 postos de trabalho. "Os empregos em etanol diminuíram devido à constante automação e ao declínio da produção de etanol", aponta a agência. Apesar da queda na produção de empregos no setor de etanol, a agência disse que houve compensação com os empregos gerados pelo biodiesel. A Irena estima que o Brasil empregou 202 mil pessoas no setor de biodiesel em 2017, 30 mil a mais em relação ao ano anterior. Já no que diz respeito à indústria eólica, o levantamento estima que o setor emprega cerca de 33.700 pessoas na fabricação, construção, instalação, operação e manutenção. Em 2017, a indústria eólica fechou o ano com 12,8 GigaWatts (GW) de energia acumulados. De acordo com a agência, novas instalações no mercado de aquecimento solar no Brasil caíram 3% em 2017. O emprego total em 2017 foi estimado em cerca de 42.000 postos de trabalho, com cerca de 27.500 na indústria transformadora e 14.500 na instalação. Segundo Adnan Z. Amin, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Renovável, a energia renovável tornou-se um pilar do crescimento econômico de baixo carbono para governos em todo o mundo, um fato refletido pelo crescente número de empregos criados no setor. Ainda segundo o diretor da agência, os dados também ressaltam um quadro cada vez mais regionalizado, destacando que os benefícios econômicos, sociais e ambientais das energias renováveis são mais evidentes nos países onde existem políticas atraentes para o setor. (Agência Brasil)

Energia renovável emprega mais de 10 milhões de pessoas no mundo Read More »

IFPE abre 17 vagas com salários de até R$ 5,7 mil

O Instituto Federal de Educação, Ciência Tecnologia de Pernambuco (IFPE) está com três processos seletivos abertos para contratação de professor substituto. No total, são oferecidas 17 vagas em diversas áreas, distribuídas entre os campi Barreiros, Pesqueira e Garanhuns. Cada campus possui um cronograma e um edital específico. Os salários podem variar de  R$ 3.121,76 a R$ 5.742,14, a depender da da titulação do docente. No Campus Barreiros, as vagas são destinadas para profissionais  com formação em Licenciatura em Química, Licenciatura Sociologia e Licenciatura em Letras com habilitação em Inglês e/ou Espanhol. A seleção será feita por meio de análise de títulos. Os interessados podem se inscrever no período de 21 a 30 de maio na Coordenação de Gestão de Pessoas (CGPE) do IFPE-  Campus barreiros. Barreiros. O horário de atendimento é das 8h às 11h e das 14h às 17h. O valor da taxa de inscrição é R$ 55. Já o Campus Garanhuns seleciona docentes das áreas de   Administração, Engenharia Mecânica, Engenharia Civil, Licenciatura em Matemática, Engenharia Floresta, Engenharia Ambiental, Tecnologia em Gestão Ambiental, Química Industrial, Engenharia Quiímica, Ciências Biológicas, Farmácia, Biomedicina, Ciência ou Engenharia da Computação, Sistema de Informação, Processamento de Dados, Rede de Computadores, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Sistemas para Internet, Análise e Desenvolvimento de Software, Engenharia de Software, Licenciatura em Informática, Gestão em Tecnologia da Informação ou Licenciatura em Computação.  A seleção será feita por meio de análise de títulos e prova de conhecimentos práticos específicos. As inscrições devem ser feitas na Diretoria de Ensino do Campus Garanhuns (Rua Padre Agobar Valenca, s/n, Garanhuns-PE), até 11 de maio. O valor da inscrição é R$ 70. No Campus Pesqueira, a seleção é válida para profissionais das áreas de Física, Enfermagem, Matemática, Engenharia Eletrônica, Eletrotécnica ou Elétrica. As inscrições devem ser feitas presencialmente, até o dia 20 de maio. A seleção é dividida em duas etapas: análise de títulos e prova. O valor da taxa de inscrição é R$ 70. Todos os editais podem ser consultados no site ifpe.edu.br

IFPE abre 17 vagas com salários de até R$ 5,7 mil Read More »

Confiança do empresário pernambucano se mantém estável em abril

Mesmo a economia dando sinais de melhora, em função da recuperação, os empresários pernambucanos estão menos otimistas. É o que revela os dados da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), sobre o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) do mês de abril. Segundo a pesquisa, o ICEI caiu 0,6 ponto entre março e abril de 2018, ficando estável em relação ao mês anterior. Com a queda pelo segundo mês consecutivo, o ICEI do Estado alcançou 55,1 pontos. Apesar da baixa, a confiança do empresário pernambucano não apresenta grandes variações com relação a sua tendência histórica. Além disso, por estar acima dos 50,0 pontos, continua a indicar otimismo. O ICEI encontra-se 1,8 ponto acima do registrado em abril de 2017. A queda do ICEI pernambucano deve-se principalmente às expectativas menos otimistas. O índice de Expectativas caiu 2,9 pontos na comparação com março de 2018 e atingiu 56,7 pontos no estado. O índice é 0,2 ponto superior ao registrado em abril de 2017. Os subcomponentes desse índice que mensuram as expectativas com relação à economia brasileira, ao estado e à empresa também apresentaram bom desempenho este mês com relação ao mês anterior e ao mesmo período de 2017. O índice de Condições Atuais registrou um amento de 3,2 pontos em relação ao mês anterior e marcou 51,8 pontos em Pernambuco. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, o índice apresentou melhora de 6,0 pontos. Os subcomponentes desse índice que avaliam as condições atuais com relação à economia brasileira (52,9), à empresa (52,0) e ao estado (50,3) aumentaram com relação ao mês anterior, ultrapassando a linha dos 50 pontos, indicando que o empresário percebe melhora das condições correntes de Pernambuco.

Confiança do empresário pernambucano se mantém estável em abril Read More »

Atividade do comércio cresce 7,2% em abril, aponta Serasa Experian

De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, o movimento dos consumidores nas lojas de todo o país cresceu 7,2% em abril/18 na comparação com abril/17, desacelerando em relação à alta interanual de 8,8% observada em março/18. No acumulado do primeiro quadrimestre, a atividade varejista cresceu 7,3% frente ao mesmo período acumulado do ano passado. Por fim, quando efetuados os devidos ajustes sazonais, o varejo nacional recuou 0,1% em abril/18 em relação a março/18. Segundo os economistas da Serasa Experian, o menor dinamismo observado pela atividade varejista neste início de segundo trimestre pode estar relacionado com a alta do desemprego ocorrida durante o primeiro trimestre deste ano, o qual tende a tornar os consumidores mais cautelosos quanto à expansão de seus gastos. O recuo da atividade varejista em abril/18 na comparação mensal, isto é, contra março/18, concentrou-se no setor de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (queda de 1,9%). O setor de veículos, motos e peças ficou estável em abril/18 e o de móveis, eletroeletrônicos e informática avançou apenas 0,1%. O segmento de combustíveis e lubrificantes cresceu 0,4% em abril/18 e o de tecidos, vestuário, calçados e acessórios avançou 1,0% nesse mesmo mês. A maior alta, de 1,6%, ficou por conta do segmento de material de construção. O segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática foi o que mais cresceu no acumulado dos primeiros quatro meses de 2018 em comparação com o mesmo período do ano passado: 13,9%. O segmento de veículos, motos e peças registrou alta interanual acumulada de 6,1%, seguido pelo ramo de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas: crescimento de 0,1%. Pelo lado negativo, houve recuos de 7,7% no segmento de combustíveis e lubrificantes, de 3,2% em tecidos, vestuário, calçados e acessórios e de 6,0% em materiais de construção, sempre quando comparados com o primeiro quadrimestre do ano passado.

Atividade do comércio cresce 7,2% em abril, aponta Serasa Experian Read More »

Pesquisa mostra que 30% das startups não conseguem se manter no mercado

O sucesso global de empresas de tecnologia como Apple, Google e Facebook ajudou a disseminar a tese de que boas ideias podem se transformar em grandes negócios. Contudo, o caminho não é simples, e parte das empresas iniciantes não consegue se manter no mercado. É o que mostra pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Cerca de 30% das startups analisadas fecharam as portas no último período. O levantamento foi realizado com empresas participantes do programa Inovativa Brasil, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, que promove ações de assistência e capacitação. Foram ouvidas 1.044 companhias, principalmente de Tecnologia da Informação e da Comunicação (31%), Desenvolvimento de Software (21%) e Serviços (18%). As empresas entrevistadas apontaram como principal motivo para o fechamento a dificuldade de acesso a capital (40%), obstáculos para entrar no mercado (16%) e divergências entre os sócios (12%). Busca de recursos Ivan Cruz Júnior, co-fundador da startup Mereo, que oferece soluções de controle de desempenho de trabalhadores, aponta uma dificuldade das empresas de obter investimentos. “Existem fundos no Brasil, mas chegar a eles não é fácil, e muitas vezes eles querem algo mais concreto, com resultado, já para investir. E, com isso, acabam sendo poucas empresas que ganham o recurso”, afirma. Para Cruz, diferentemente de outros locais onde a cultura de investimento é forte, como nos Estados Unidos, no Brasil, há uma preferência pela aplicação de recursos no mercado financeiro, pois este remunera mais e acaba sendo mais vantajoso do que investir no setor produtivo, em especial em startups. A Prêmio Ideia é um exemplo de luta para se manter no mercado. A empresa mineira desenvolve soluções tecnológicas voltadas para a promoção de inovações em instituições privadas e públicas. No início de sua trajetória, foi apoiada por um dos programas do governo, o Startup Brasil. Também conseguiu recursos de um investidor-anjo, nome dado quando a pessoa coloca capital próprio no negócio. Agora, porém, a Prêmio Ideia luta para continuar atuando. Segundo Everton Almeida, um dos sócios, além do desafio de captar clientes e projetos, a conquista de investimentos demanda grande esforço. “Nós já participamos de alguns eventos com investidores, porém nunca tivemos sucesso com relação a isso. Temos pouco tempo para apresentação do produto, o que dificulta colocar a ideia”, relata. Empresas aceleradas Como forma de dar apoio à manutenção dessas empresas, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços lançou o programa Inovativa Brasil, que promove um conjunto de ações de assistência às startups, também conhecidas no jargão técnico como “aceleração”. De acordo com a pasta, a iniciativa oferece assistência a empresas iniciantes para que possam estruturar negócios, captar investimentos e construir sua inserção no mercado. Até o momento, 646 companhias foram beneficiadas pelo Inovativa. “A ideia é realmente de apoiá-las na negociação com grandes empresas, investidores e no acesso a recursos públicos”, disse o diretor de Inovação do ministério, Igor Nazareth. A pesquisa identificou desempenho melhor em companhias “aceleradas”. Entre estas, o percentual das que encerraram as atividades fica em 15%, metade da média geral. O acesso a investimentos, entretanto, permanece um desafio importante. Apenas 22% das startups beneficiadas pelo programa receberam aportes privados. Neste universo, a forma de investimento mais comum é aquela realizada pelo que é chamado de “anjo” (73%), seguida por aceleradoras (29%) e por fundos de investimento de venture capital (14%). Das participantes do levantamento, 24% informaram ter recebido algum tipo de recurso público de fomento. As principais origens são linhas de fundações estaduais (13%), editais de inovação para a indústria (7%) e do Sebrae (6%). Apoio governamental Segundo o diretor de Inovação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, existem outras políticas públicas de apoio a startups no país. Um exemplo é o programa Startup Brasil, promovido pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, calcado em parceria com aceleradoras para apoiar companhias selecionadas anualmente. Outra iniciativa foi a criação de um fundo de coinvestimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com investidores anjos para ampliar os recursos para investimento. Neste sentido, a Lei de Informática foi alterada para permitir que os aportes de contrapartida das empresas possam ser revertidos para startups. (Agência Brasil)

Pesquisa mostra que 30% das startups não conseguem se manter no mercado Read More »

Startups: atalho para inovação

Pernambuco tornou-se um solo fértil para o surgimento de startups. É o Estado que possui a maior concentração dessas empresas embrionárias no Nordeste, de acordo com a Associação Brasileira de Startups. Somente no Recife são mais de 300 em diferentes estágios de maturação. Um ecossistema onde já surgiram exemplos disruptivos como a In Loco Media (que faturou R$ 50 milhões em 2016) e que desperta interesse dos setores produtivos tradicionais em busca de soluções inovadoras. “As startups vão modernizar as empresas tradicionais. A expectativa é que elas encontrem novos modelos produtivos ou mesmo novos produtos, resolvendo problemas das organizações e da sociedade”, afirma Sérgio Cavalcante, CEO do C.E.S.A.R.. Ele revela que as corporações dos segmentos historicamente em atividade no Estado já estão de olho nos jovens empreendedores. “Os empresários estão atentos para as mudanças e inovações. Não querem perder o bonde, como aconteceu com várias empresas como a Blockbuster, que morreu com o surgimento da Netflix”. Todo esse vigor de inovação conta com incentivos das 15 incubadoras em operação no Estado, cada uma abrigando em média oito startups, segundo a Secretaria de Ciência e Tecnologia estadual. No Recife, inclusive, surgiu uma comunidade dessas empresas para apoiar práticas colaborativas e de empreendedorismo para todo esse ecossistema, a Manguez.al. Dessa iniciativa nasceu informalmente um grupo composto somente por startups da área de saúde (o Mangue Health) que têm projetos com alto potencial, como a Neurobots. Fundada em 2016 e instalada no Parktel, a empresa desenvolve um exoesqueleto controlado pelo cérebro e usado na reabilitação de pacientes que sofreram acidente vascular cerebral (AVC). Os dois sócios, Vitor Hazin e Júlio Dantas, estão ainda terminando a graduação em engenharia biomédica. “A intenção é reabilitar de forma mais efetiva o movimento perdido do paciente, por meio de um equipamento que faz a interface cérebro-máquina”, diz Hazin. Segundo estudos de universidades alemãs, o tratamento apresenta um resultado 30% superior ao dos métodos tradicionais. Apesar de jovem, a Neurobots arrebatou alguns editais e prêmios que permitiram à empresa contar hoje com um profissional trabalhando em tempo integral no desenvolvimento do projeto, o mestre em inteligência artificial José Menezes. Ainda neste ano a equipe será ampliada para oito pessoas e até 2019 deverá receber um aporte de R$ 800 mil. Em fase de testes, o produto tem previsão de chegar no mercado ainda neste ano. “A demanda é muito latente por esse tipo de reabilitação. No Brasil são 300 mil casos de AVC por ano. Queremos atender primeiro, a partir de maio, na vertente de home care, e, na segunda etapa, fornecer esses equipamentos para as clínicas de reabilitação neurológicas”, projeta Júlio. No Brasil há mais de 16 mil serviços especializados nesse segmento. Ainda no setor de saúde, outra startup promissora é a Epitrack. Com produtos já lançados no mercado, a empresa ficou conhecida por desenvolver a plataforma de vigilância de epidemias durante a Copa do Mundo de 2014, quando o País passava por um surto de sarampo. A mesma tecnologia foi usada nos Estados Unidos e Canadá no mapeamento dos casos provocados pelo vírus influenza. O sucesso do aplicativo e os recursos que foram aportados durante o mundial deram musculatura para os primeiros passos da empresa, que hoje tem nove pessoas trabalhando, sendo uma delas em Londres. Outro produto da Epitrack é o Clinio, aplicativo que reúne médicos de diversas especialidades para atender pacientes em domicílio. “O alvo dessa iniciativa é beneficiar os mais de 2,5 milhões de brasileiros que saíram dos planos de saúde nos últimos dois anos”, destaca Onício Neto, fundador da startup. No app os pacientes informam seus sintomas antes de chamar o profissional. Mais de 130 médicos do Recife e de Jaboatão e cerca de 2,3 mil usuários estão cadastrados. Com as informações desse serviço, a empresa consegue também entender como está a evolução das doenças em cada área da cidade. A Epitrack realiza ainda um serviço de big data, análise de informações do banco de dados dos hospitais e planos de saúde. “Muitas dessas empresas têm informações supervaliosas e nem sabem disso. Nosso trabalho é para ajudar esses players a tomar decisões que podem reduzir os seus gastos, dar uma maior eficiência aos processos e mostrar como ter a melhor assistência com menos custos”, afirma. A construção civil também se rendeu às startups do setor conhecidas como construtechs. A Coteaqui, por exemplo, criou uma plataforma que auxilia as construtoras na aquisição de materiais. Mais de quatro mil fornecedores estão cadastrados nesse sistema que já movimentou mais de R$ 100 milhões. “É um espaço digital em que as empresas do setor negociam diretamente com as companhias fornecedoras, tendo uma série de vantagens para os dois lados. A coleta de propostas comerciais fica mais rápida e os fornecedores têm um canal para acessar o que as construtoras estão comprando”, afirma o fundador Alyson Tabosa. Trinta e uma empresas do setor em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte são atendidas pela tecnologia da Coteaqui. A startup, que nasceu de um projeto do curso de engenharia da computação da UFPE, tem a expectativa de fechar 2018 com uma cartela de 200 clientes e a nacionalização do negócio. No setor agrícola, o destaque é a incubadora da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco). “A Incubatec surgiu com o objetivo de estimular o empreendedorismo e a inovação nas atividades do agronegócio. Mas hoje também temos outros ramos de atuação. Fomentamos e incentivamos estudantes e a comunidade acadêmica a criar empresas e se apresentarem para o mercado”, explica o coordenador Paulo Santos. Com sede em Carpina, a Polisa é uma das startups da incubadora que desenvolve materiais médicos hospitalares a partir dos biopolímeros (grandes moléculas) da cana-de-açúcar. Os produtos são atóxicos, biocompatíveis (não são prejudiciais aos seres vivos), com custos mais acessíveis para fabricação de órteses e próteses. Curativos e gel para uso semelhante ao silicone são alguns dos artigos em desenvolvimento. Segundo Paulo, essas soluções, por serem da área de biotecnologia, demoram muitos anos para serem regulamentadas. A preocupação com o lixo também faz parte dos

Startups: atalho para inovação Read More »

Vendas do comércio da construção civil crescem 4%

As vendas do comércio varejista da construção civil no país fecharam os quatro primeiros meses do ano (janeiro a abril) com crescimento acumulado de 4% na relação com os quatro primeiros meses de 2017. Quando comparado a abril do ano passado, abril deste ano também acusa crescimento de 4%. Os dados fazem parte de pesquisa sobre o setor, divulgada hoje (3), no Rio de Janeiro, pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). Quando a comparação é com março deste ano, o comércio amarga queda de 4%. Para o presidente da Anamaco, Cláudio Conz, mesmo com os dados mostrando que as empresas “estão se recuperando do ponto de vista do faturamento, uma vez que o crescimento é nominal, para se ter uma melhor avaliação do setor é importante a verificação dos dados levando-se em conta a inflação dos produtos comercializados”. Para ele, “reformas e expansão de imóveis dependem de confiança e espaço para investimentos de médio e longo prazo, cujas condições de juros e financiamentos para a compra da casa própria começam a ser oferecidas abaixo dos 10% ao ano''. Queda em todo o país Uma análise da pesquisa feita pelo índice dessazonalizado (mês comparativamente ao mês anterior) o estudo anotou desempenhos negativos em todas as regiões do país. No Nordeste, as vendas caíram 16%; no Norte, 11%; no Sudeste 10%; no Centro-Oeste 9% e no Sul, 2%. A pesquisa ouviu 530 lojistas de todo o país entre 24 e 27 de abril. A partir do levantamento, a associação constatou que os lojistas, apesar da queda no índice dessazonalizado, acreditam que irão recuperar parte das vendas em maio. Cerca de 62% dos entrevistados esperam que as vendas cresçam 10% nos próximos 30 dias. A pesquisa apurou também que 42% das lojas pretendem fazer investimentos nos próximos 12 meses e que cerca de 18% das entrevistadas têm intenção de contratar funcionários ainda este mês. (Agência Brasil)

Vendas do comércio da construção civil crescem 4% Read More »

Transações financeiras por aplicativos cresceram 70% em 2017

O cliente bancário está cada vez mais migrando para os serviços de mobile banking (aplicativos de celular). Pesquisa de Tecnologia Bancária 2018, da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), divulgada ontem (3), apontou um crescimento de 70% nas transações financeiras por aplicativos de celular no ano passado, impulsionado pelo pagamento de contas (85%), transferências/DOC/TED (45%), contratação de crédito (141%) e investimentos/aplicações (42%). Os clientes bancários realizaram 25,6 bilhões de transações por mobile no último ano, uma alta de 38% em relação a 2016. A modalidade equivale a 35% do total de 71,8 bilhões de operações bancárias no ano passado. A participação do mobile no total das transações bancárias cresceu 3,5 vezes em relação a 2011, confirmando como a opção preferida para realizar operações bancárias. A internet banking, por exemplo, não apresentou o mesmo crescimento significativo das operações por celular. Foram realizadas 15,8 bilhões de transações (2%) por esse meio. O número de transações com movimentação financeira aumentou 6%, de 3,4 bilhões de operações em 2016 para 3,6 bilhões em 2017. Juntos, mobile e internet banking contabilizam 5,3 bilhões de operações com movimentação financeira em 2017. No geral, os dois canais representam 58% de participação no total das operações (com ou sem movimentação financeira). De acordo com a Febraban, os investimentos e despesas em tecnologia feitos pelo setor financeiro somaram R$ 19,5 bilhões em 2017, um aumento de 5% em relação ao ano anterior. O setor financeiro divide a liderança dos investimentos em tecnologia com o governo, que, historicamente, lidera os investimentos no segmento. As transações bancárias em 2017 somaram 71,8 bilhões, com alta de 10% para os 65,4 bilhões de 2016. Os investimentos com software, que avançaram 15% em relação a 2016, representam metade do orçamento dos bancos em tecnologia. Hardware consumiu 32% dos investimentos, e telecom, 18%. Redução de agências Em 2017, o número de agências tradicionais teve uma ligeira queda. A pesquisa Febraban apontou que a redução ocorre pelas recentes aquisições, com as consequentes eliminações de agências por conta das sobreposições existentes na rede. O número de postos especializados de atendimento bancário (PABs) teve um aumento de 3% em 2017, enquanto o número de postos de atendimento eletrônico (PAEs) teve um movimento oposto, com uma queda de 6%. A pesquisa é realizada há 26 anos e contou com a participação de 24 bancos.

Transações financeiras por aplicativos cresceram 70% em 2017 Read More »