Arquivos Economia - Página 365 De 412 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

Volume de vendas do comércio varejista cresce 1% de março para abril

O volume de vendas do comércio varejista brasileiro cresceu 1% na passagem de março para abril deste ano. Em março, o varejo teve alta de 1,1%, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados divulgados hoje (13), o varejo cresceu 0,6% na comparação com abril de 2017 e acumulou altas de 0,7% no trimestre, de 3,4% no acumulado do ano e de 3,7% no acumulado de 12 meses. Sete dos oito segmentos do comércio varejista tiveram crescimento no volume de março para abril, com destaque para equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (4,8%) e combustíveis e lubrificantes (3,4%). O único setor que não apresentou alta de março para abril foi outros artigos de uso pessoal e doméstico, que manteve-se estável. O varejo ampliado, que inclui também as atividades de materiais de construção e comércio de veículos e peças automotivas, cresceu 1,3% em abril em relação a março. Os materiais de construção apresentaram aumento de 1,7% no volume de vendas enquanto os veículos tiveram alta de 1,9%. O varejo ampliado também teve taxas de crescimento de 8,6% na comparação com abril de 2017, 1,1% no trimestre, 7,4% no acumulado do ano e 7% no acumulado de 12 meses. Receita nominal A receita nominal do comércio varejista cresceu 1,1% na comparação com março, 1,2% na comparação com abril de 2017, 0,7% no trimestre, 3,7% no acumulado do ano e 3% no acumulado de 12 meses. Já a receita nominal do varejo ampliado teve altas de 0,8% na comparação com março, 8,5% na comparação com abril, 0,9% no trimestre, 7,5% no acumulado do ano e 6% no acumulado de 12 meses. (Agência Brasil)

Volume de vendas do comércio varejista cresce 1% de março para abril Read More »

Greve dos caminhoneiros custará R$ 15 bilhões para a economia

Os dez dias de greve dos caminhoneiros custarão R$ 15 bilhões para a economia, o equivalente a 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país), informou ontem (12) o Ministério da Fazenda. Por causa da paralisação, a previsão oficial de 2,5% de crescimento do PIB para este ano poderá ser revista para baixo. O número só será divulgado no fim de julho, e o ministro não informou mais detalhes. Na última edição do boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada todas as semanas pelo Banco Central, os analistas de mercado estimavam que a economia crescerá apenas 1,94% em 2018. Essa foi a sexta semana consecutiva de queda nas projeções. Há um mês, a projeção estava em 2,51%. O ministro não informou o impacto que a greve dos caminhoneiros terá sobre a inflação, por causa da escassez de alimentos e da alta temporária do preço dos combustíveis provocadas pela paralisação. Segundo o boletim Focus, a previsão das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,65% para 3,82% em 2018. As projeções do Ministério da Fazenda para a inflação também só serão divulgadas no fim de julho. (Agência Brasil)

Greve dos caminhoneiros custará R$ 15 bilhões para a economia Read More »

Intenção de consumo na Copa é menor que em 2014

Enquanto na Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, 50,1% das famílias demonstraram interesse em comprar itens relacionados com o Mundial, este ano, com o evento acontecendo na Rússia e o cenário político e economico desfavorável, o percentual caiu para 24%. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo baseados em um levantamento feito com 18 mil consumidores de todas as capitais do país. E o churrasco entre familiares e amigos parece ser o evento mais esperado já que os produtos com maior procura devem ser ser os alimentos e bebidas, com 9,9% de intenção de compra. Ainda assim, está bem abaixo dos números de 2014, quando 21,5% das pessoas pretendiam comprar itens desse tipo. Em seguida, vem as peças de vestuário, com 7,5 e os aparelhos de televisão, com 4,3%. O chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes, afirma que os números estão relacionados com a economia brasileira, já que em abril de 2014 a taxa de desemprego no país era de 7,1 por cento, contra 12,9% medido agora. Entre as capitais, São Luís apresentou as maiores intenções de consumo de alimentos e bebidas, com 30,7%, enquanto em Boa Vista 23,3% dos consumidores pretendem comprar peças de vestuário e, em Manaus, 12,6% devem adquirir televisores. A maioria das pessoas que pretende consumir deve gastar em torno de R$ 200 e quase 84% devem fazer essas compras em lojas físicas com mais de 60% dos consumidores pagando à vista. Quanto ao local de consumo de alimentos e bebidas, 53,2% pretende ficar em casa e 18,8% deve acompanhar os jogos em bares e restaurantes. (Agência Brasil)  

Intenção de consumo na Copa é menor que em 2014 Read More »

BNDES calcula em R$ 4 bilhões mercado de animação de no Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) finalizou a primeira etapa de estudo inédito que estimou em quase R$ 4 bilhões o mercado brasileiro de produções audiovisuais de animação. O valor estimado está distribuído entre os mercados de animação em TV Paga, cinema, plataformas de streaming (VOD), animações embutidas em games e animações para uso corporativo e publicidade. Os números serão apresentados nesta quinta-feira, 14, no Festival de Annecy, na França, pela gerente do Departamento de Economia da Cultura do BNDES Patrícia Zendron. Audiência – O detalhamento do estudo mostra que, em TV paga, o segmento de animação representou R$ 1,35 bilhão, ou 5,9% do valor total pago pelos assinantes da TV paga em 2016. No cinema, os valores referentes a receita com bilheteria para animações alcançaram R$ 518 milhões, ou 25% da bilheteria total em 2016. O estudo também observou as receitas geradas pelos serviços de Video on Demand. O mercado de animação em plataformas de VOD geraram R$ 73 milhões em receitas. Games e publicidade – O segmento de animação tem mercado promissor quando aplicado na produção e desenvolvimento de games. Em 2016, animações embutidas em games geraram R$ 1,22 bilhão. Animação para uso corporativo e para publicidade movimentou R$ 800 milhões, em 2016. Fontes – As estimativas foram baseadas em estudos e dados primários produzidos pela ANCINE, em parâmetros internacionais adotados por estudos como os da consultoria Digital Vector, em dados obtidos a partir de demonstrações financeiras de empresas de capital aberto e na base de dados dos projetos financiados pelo próprio BNDES. Os números acima não incluem licenciamentos de direitos de obras animadas (marcas, personagens etc.) e o de efeitos visuais, que serão objeto das etapas posteriores do estudo.

BNDES calcula em R$ 4 bilhões mercado de animação de no Brasil Read More »

Comércio varejista aposta em aumento das vendas na Copa da Rússia

Todo o ano de Copa do Mundo é historicamente benéfico para o setor varejista de eletrodomésticos, eletroportáteis, vestuário e de bens de consumo de supermercados. De acordo com o economista da Associação Comercial de São Paulo, Emilio Alfieri, a produção industrial de TVs, em abril deste ano, subiu 47% em relação ao ano passado. Segundo ele, a greve dos caminhoneiros trouxe, no entanto, um evento atípico na segunda quinzena de maio e derrubou o crescimento de vendas no comércio da primeira quinzena do mês. De acordo com dados preliminares da associação, a paralisação gerou queda nas vendas em todos os setores analisados. E o bom desempenho da seleção brasileira na copa não só vai trazer alegria ao torcedor, o economista Emilio Alfieri disse que as vendas do comércio estão relacionadas com a performance da seleção na Copa, e, quanto mais longe for a seleção na Rússia, melhor serão os resultados do comércio varejista. A Copa começa no dia próximo dia 14. E a seleção brasileira estreará na Rússia no dia 17 de Junho contra a seleção da Suíça. A final do Mundial será no dia 15 de Julho.

Comércio varejista aposta em aumento das vendas na Copa da Rússia Read More »

Inflação do aluguel sobe para 1,5% na prévia de junho, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), usado no reajuste de contratos de aluguel, subiu para 1,5% na primeira prévia de junho contra 1,12% de maio. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou hoje (11), o IGP-M acumula inflação de 5% no ano e de 6,53% em 12 meses. A alta da prévia do IGP-M de maio para junho foi influenciada pelos preços no atacado e no varejo. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, passou de 1,58% na prévia de maio para 2,06% na de junho. O Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, subiu de 0,21% para 0,54% no período. Por outro lado, o Índice Nacional de Custo da Construção, terceiro subíndice que compõe o IGP-M, caiu de 0,38% na prévia de maio para 0,18% em junho. A primeira prévia de junho do indicador foi calculada com base em preços coletados entre os dias 21 e 31 de maio. (Agência Brasil)

Inflação do aluguel sobe para 1,5% na prévia de junho, diz FGV Read More »

Mercado prevê alta de 1,94% no PIB e inflação de 3,82% em 2018

A estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia continua em queda, enquanto a projeção para a inflação sobe. De acordo com o Boletim Focus, publicação divulgada na internet todas as semanas pelo Banco Central (BC), a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – passou de 2,18% para 1,94%. Essa foi a sexta redução seguida. Até a previsão de crescimento do PIB para 2019, que permanecia inalterada há 18 semanas seguidas, foi ajustada de 3% para 2,80%, no boletim divulgado hoje (11). A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,65% para 3,82% este ano, no quarto aumento seguido. Para 2019, a projeção foi ajustada de 4,01% para 4,07%. Mesmo assim, a expectativa para a inflação permanece abaixo da meta, que é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Selic Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,50% ao ano. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação. A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera suficientes para chegar à meta as alterações anteriores. Para o mercado, a Selic deve permanecer em 6,50% ao ano até o fim de 2018 e subir ao longo de 2019, encerrando o período em 8% ao ano. Na semana passada, com a disparada dos juros futuros e do dólar, que chegou a superar R$ 3,90, investidores consideraram a possibilidade de o Copom elevar a taxa Selic, mesmo com a inflação abaixo do centro da meta e a economia em recuperação. Entretanto, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, descartou a possibilidade de usar a Selic para interferir no câmbio, mas apenas para controlar a inflação. “Na próxima reunião, o comitê analisará essas condições com foco como sempre nas projeções e expectativas de inflação e o seu balanço de riscos”, disse. Na quinta-feira passada (7), o BC anunciou uma intervenção mais forte no mercado de câmbio. Com isso, o dólar comercial fechou a sexta-feira (8) cotado a R$ 3,706, queda de 5,59%. O movimento interrompeu três altas seguidas ao longo da semana, e ocorreu um dia depois de a moeda norte-americana ter fechado o pregão ao valor R$ 3,926 – a maior cotação desde março de 2016. A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,50, tanto para o fim deste ano quanto para o final de 2019. (Agência Brasil)

Mercado prevê alta de 1,94% no PIB e inflação de 3,82% em 2018 Read More »

Economia e Negócios: Ecio Costa fala sobre a fuga de capitais nos Países emergentes

Estreamos hoje a coluna Economia e Negócios, que será publicada quinzenalmente no site e redes sociais da Revista Algomais. O economista Ecio Costa, sócio da CEDES, fala hoje sobre a fuga de capitais que está acontecendo nos Países emergentes e comenta sobre a repercussão disso no Brasil.

Economia e Negócios: Ecio Costa fala sobre a fuga de capitais nos Países emergentes Read More »

PE: 6 concursos com salários de até R$ 9 mil

O lançamento do edital para a Polícia Militar de Pernambuco é a grande novidade da semana na lista dos concursos no Estado. Com 580 vagas, o concurso tende a ser um dos mais concorridos do ano. Destaque também para as seleções das Prefeituras de Paulista e Jaboatão dos Guararapes, que juntos somam quase 1,5 mil vagas. Confira as oportunidades! Polícia Militar de Pernambuco Vagas: 580 Oportunidades: Praças policiais militares (posto inicial de soldado), oficiais da polícia militar e oficial do Corpo de Bombeiros. Inscrições: Para soldados as inscrições podem ser realizadas pela internet (www.upenet.com.br), entre os dias 10 de junho e 16 de julho. Já as inscrições para oficiais acontecem entre os dias 10 de junho e 08 de julho, no mesmo site. Salários: Para o período do Curso de Formação de Praças, bolsa no valor de R$ 1.100. Ao ser nomeado militar, o soldado receberá a remuneração de R$ 2.819,88. Para oficiais, são R$ 2.200 no período de formação. Quando nomeado militar, o Aspirante-a-Oficial receberá durante o estágio probatório à remuneração de R$ 8.576,58. No momento da promoção ao Primeiro Posto do Oficialato, receberá salário de R$ 9.007,56. Confira o edital: http://www.upenet.com.br/ Câmara de Serra Talhada Vagas: 16 Oportunidades: Procurador Jurídico, Agente de Controle Interno, Agente Administrativo, Digitador, Telefonista, Motorista "E", Vigilante e Auxiliar de Serviços Gerais Inscrições: Até o dia 3 de agosto pelo site: http://www.admtec.org.br Salários: Entre R$ 950,30 e R$ 4.206,33 Confira o edital: http://site.admtec.org.br/camara-de-serra-talhada-pe/downloads Prefeitura de Paulista Vagas: 439 Oportunidades: Diversos cargos nas secretarias de saúde (Médicos em diversas especialidades; enfermeiros; Técnico de Enfermagem, Cuidador; psicólogo; assistente social; terapeuta ocupacional; fonoaudiólogo; Cirurgiões-Dentistas para diversas especialidades; Agente de Saúde em função Auxiliar Em Saúde Bucal; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fisioterapeuta Respiratório; Nutricionista; Profissional de Educação Física; Condutor Socorrista; Agente de Combate às Endemias; Auxiliar de Farmácia; Maqueiro; Sanitarista), de meio ambiente (Engenheiro Civil, Engenheiro Ambiental, Biólogo, Engenheiro Florestal, Geólogo, Engenheiro Agrônomo, Engenheiro de Pesca, químico, serviço social, Técnicos ambientais de edificações, saneamento, química, geoprocessamento, agrícola e meio ambiente) e de políticas sociais e esportes (psicólogo, assistente social e pedagogo) Inscrições: Até o dia 10 de junho, pelo site: http://www.upenet.com.br Salários: Entre R$ 1.040,30 e R$ 4.931,02 Confira o edital: http://www.diariomunicipal.com.br/amupe/materia/AD7FEAAA Prefeitura de Betânia Vagas: 17 Oportunidades: médicos em diversas especialidades Inscrições: Até o dia 14 de junho, na Secretaria Municipal de Administração (Praça Anfilófio Feitosa, n° 60, Centro de Betânia) Salários: Entre R$ 1.800 e R$ 7.700 Confira o edital: http://www.diariomunicipal.com.br/amupe/materia/17E273B9 Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes Vagas: 1.014 Oportunidades: Auxiliar de Educação Infantil, Auxiliar de Apoio Pedagógico para Estudantes com Deficiência e Transtorno do Espectro do Autismo, Auxiliar de Transporte Escolar e Nutricionista. Inscrições: Até o dia 25 de junho, pelo site: http://www.institutodarwin.org Salários: Entre R$ 954 e R$ 2.314,16 Confira o edital: https://institutodarwin.org/concursos Prefeitura de Serra Talhada Vagas: 375 Oportunidades: Procurador jurídico, agente administrativo, arquiteto, engenheiro civil, fiscal de controle urbano, Técnico em Edificações e Eletrotécnico, auditor fiscal, fiscal de tributos, agente fazendário, auxiliar de laboratório, biomédico, educador físico, Enfermeiro, Farmacêutico, Médico de Cabeça e Pescoço, Médico Cardiologista, Médico Clínico Geral, Médico Dermatologista, Médico Endocrinologista, Médico Gastroenterologista, Médico Geriatra, Médico Ginecologista, Médico Infectologista, Médico Mastologista, Médico Ortopedista, Médico Otorrinolaringologista, Médico Pediatra, Médico Psiquiatra, Médico Ultrassonografista, Médico Urologista, Médico Veterinário, Odontólogo e Técnico em Enfermagem, Auxiliar de Creche; Professor de anos iniciais do ensino fundamental e educação infantil, 1ª e 2ª fase de educação de jovens e adultos; Professor de Geografia; Professor de Letras; e Professor de Matemática, entre outros. Inscrições: Até o dia 03 de agosto, no site: www.admtec.org.br Salários: Entre R$ 937 e R$ 4.100 Confira o edital: http://site.admtec.org.br/prefeitura-de-serra-talhada-pe/downloads

PE: 6 concursos com salários de até R$ 9 mil Read More »

Loja Irmãos Haluli supera a crise e a invasão chinesa no comércio do Recife

“Se não tiver nos Irmãos Haluli, não tem em lugar nenhum”. Esse slogan informal de uma das lojas mais tradicionais da Rua Santa Rita está na boca dos comerciantes e consumidores do Bairro de São José. A diversidade de produtos da empresa, que conta com 28 mil itens distintos, foi uma das forças que contribuiu para que superasse as crises econômicas nos seus 56 anos de funcionamento. Seus proprietários resistiram também à chegada dos chineses na cidade e à concorrência com o e-commerce. Pai dos atuais dirigentes da loja, David Haluli, de origem libanesa e hoje com 87 anos, montou o comércio a poucos metros da antiga rodoviária do Recife com foco nas vendas para o atacado. O sócio-diretor, Paulus Haluli, afirma que na época muitos comerciantes do interior do Estado vinham até o Recife fazer as compras para seus negócios. Porém, com a transferência do Terminal Integrado de Passageiros (TIP) para o Curado e a instalação de centros de distribuição no interior, houve um esvaziamento desse público inicial. A loja mudou e passou a focar no varejo. Paulus afirma ter sido uma mudança difícil, mas que deu certo. Enquanto muitas lojas atacadistas do bairro fecharam as portas, os Irmãos Haluli cresceram. Dos 12 funcionários dos anos 80, hoje 65 pessoas trabalham atendendo os mais de mil consumidores diários. “Passar do atacado para o varejo não é fácil. Por isso várias empresas não existem mais. O tíquete médio hoje é de três a quatro vezes menor que na década de 80. Isso nos levou à necessidade de ter um maior volume de atendimento de pessoas, que nos exige ter muita mão de obra em atividade”. Com o tempo, para atender a diversa clientela da região, a empresa acabou se especializando em oferecer produtos diferentes e difíceis de serem encontrados no mercado. Enquanto para boa parte dos lojistas do comércio popular do Centro do Recife – conhecido como "Vuco-vuco" – a recente crise econômica foi desastrosa, para a Irmãos Haluli constituiu-se numa oportunidade. Muitos dos consumidores da loja buscam itens que os ajudem a gerar um complemento de renda, como artesanato e produtos para confeitaria ou essências e frascos para fazer perfumes. Na falta de emprego, o que era um extra pode até se tornar a fonte principal de remuneração. Para estimular ainda mais esse perfil de público, a loja passou a oferecer, há 10 anos, cursos gratuitos – alguns a preços populares – para as pessoas interessadas nessa linha de geração de renda. O calendário das capacitações é praticamente ininterrupto e com casa cheia. A média de alunos por ano da Haluli Cursos é de 3,8 mil pessoas. A sala precisou inclusive ser reformada recentemente. Seus clientes também podem se capacitar pelas oficinas online produzidas e transmitidas na web pelos Irmãos Haluli. A chegada em massa dos comerciantes chineses também não abalou as vendas da empresa familiar. O que é uma rara exceção. Donos de uma parcela significativa do comércio de rua, a atuação dos orientais, com preços muito abaixo dos praticados então na cidade, provocou o fechamento de muitas lojas do Centro. Além de não atrapalhar, a vinda dos novos lojistas ajudou a empresa da família de origem libanesa. Sem a variedade de produtos dos Irmãos Haluli, os chineses nunca foram de fato concorrentes. Mas a presença asiática acabou atraindo um movimento maior de pessoas ao comércio local, fenômeno que Paulus considerou positivo. “Apesar da região não ter uma condição boa de limpeza, calçamento, segurança e estacionamento, temos um fluxo de pessoas comprando nos bairros de São José e Santo Antônio, que seguiu forte nos últimos anos mesmo com a crise. O varejo dos chineses reforçou a imagem que aqui se encontram produtos de baixo custo. Temos uma Rua 25 de Março aqui no Recife. Recebemos muita gente inclusive de outros Estados”. As vendas digitais são outro fenômeno recente com impacto na atividade. A empresa, porém, embarcou no universo online ainda de forma tímida. Hoje, mil itens estão cadastrados para comercialização na internet. O e-commerce representa no momento apenas 1% do faturamento da loja, mas está crescendo. “Tem sido uma experiência muito boa para entendermos como funciona. É muito complexo para quem está vendendo. É preciso uma retaguarda de apoio muito grande para a loja virtual funcionar bem”. Atualmente, quatro pessoas trabalham exclusivamente para as vendas não presenciais. Muitos consumidores, inclusive, fazem seus pedidos e tiram suas dúvidas diretamente pelas mídias sociais. Uma mudança na experiência de compra que já fez a tradicional loja dedicar um funcionário para essa atividade. “Isso era inimaginável há 10 anos. É uma nova dinâmica. Hoje os clientes praticamente não ligam mais pelo telefone. A comunicação é, em sua maioria, pelas redes sociais”, conta. Crescer no virtual é um dos desafios da loja para os próximos anos. Para o futuro, a empresa projeta também fazer uma reforma para modernizar toda a loja física. “Além disso, integrar o site com a loja física é o nosso grande desafio”, planeja Paulus. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

Loja Irmãos Haluli supera a crise e a invasão chinesa no comércio do Recife Read More »