Arquivos Economia - Página 366 De 405 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

Açai Concept: de Pernambuco para o mundo

Em meio aos dissabores da crise econômica, a empresa pernambucana Açaí Concept investiu nas delícias dos frutos da região Norte para se firmar como uma das franquias que mais cresce no País. Em apenas quatro anos são mais de 200 unidades espalhadas pelo Brasil e até no exterior, tendo alcançado o faturamento de R$ 80 milhões em 2017. Para este ano, a empresa que já trabalha com açaí, cupuaçu e a estrangeira pitaya, deve trazer novos produtos e seguir num processo mais acelerado de internacionalização. A empresa vive um crescimento exponencial desde o seu lançamento. Entre 2015 e 2016 o faturamento cresceu em 70%. De 2016 para 2017 o avanço no desempenho foi em torno de 35%. E sobre essa performance, a marca projeta crescer 33% em 2018. “Acreditamos que as lojas irão faturar mais e a confiança dos empreendedores tende a melhorar com a recuperação econômica. Podemos alcançar números ainda mais positivos. A franquia é um caminho tanto para quem perdeu o emprego e deseja se recolocar no mercado como para quem pretende fazer um investimento em vez de colocar o dinheiro na poupança”, afirma o sócio Rodrigo Melo. Além das frutas da Amazônia terem caído no gosto dos brasileiros, o segredo do sucesso da franquia tem outros ingredientes. “Somos um fast food saudável. Não existe no mercado de franquias uma empresa que tenha crescido tão rápido em abertura de lojas nos últimos anos. Mas isso tem alguns motivos: valor do investimento reduzido, boa taxa de rentabilidade e a simplicidade do modelo de negócios”, destaca o sócio. Ele explica que uma unidade funciona com poucos funcionários, pois o preparo dos produtos é simples, e destaca que o investimento para abrir uma loja – entre R$ 80 e R$ 150 mil – é baixo para o praticado no mundo do franchising. Isso está promovendo um crescimento orgânico da marca: vários franqueados após abrirem a primeira loja ou quiosque se animam para investir em outras unidades. A inovação é um dos traços de atuação da empresa. Desde aspectos simples, como o uso do copo em vez das tradicionais tigelas para o consumo do açaí até a inserção de novas frutas no mercado. A pitaya, originária do México, é o mais novo produto da moda no mundo fitness e se espalhou pelo País quando a empresa decidiu introduzi-la no seu cardápio. Para 2018 duas inovações chegaram nas unidades da Açaí Concept. Nos próximos meses os cardápios terão o creme de abacate, fruta bastante conhecida pelos pernambucanos, e a golden berry, típica dos andes e bastante saudável. Ambos oferecidos no mesmo formato que é vendido o açaí atualmente. EXPANSÃO Entre os planos da Açaí Concept para 2019 está alcançar a meta de 400 unidades franqueadas pelo mundo. Com quase 10 lojas em Portugal e com as primeiras unidades em funcionamento na Espanha (Barcelona) e Estados Unidos (Boca Raton, na Flórida), os projetos da empresa são audaciosos. Já com contratos assinados no Canadá, Chile e Argentina, a marca projeta ganhar o mundo nos próximos anos. “O açaí está ganhando muitas recomendações médicas, por ser um produto saudável. Isso tem chamado atenção para essa fruta no mundo. Mais cedo ou mais tarde boa parte dos países terão o açaí inserido no seu consumo”, avalia. Os indicadores dos consumidores portugueses, por exemplo, apontam que 82,5% dos que experimentam o produto voltam para consumir com amigos e familiares. Até 2020 a projeção da Açaí Concept é de ter 100 estabelecimentos em Portugal e 300 na Espanha, para depois expandir para os vizinhos europeus. Entre os lusitanos, as lojas estão vendendo também a tradicional tapioca, com grande aceitação do público. Com a média de abertura de 100 lojas no Brasil por ano e o início do processo de internacionalização da marca, a expectativa do empresário é de alcançar a mil unidades franqueadas em um horizonte de quatro anos. Com o sucesso do Açaí Concept, um outro braço de atuação do grupo é o Concept Franchising, uma consultoria para marcas que pretendem se lançar no mercado de franquias. “Muitas pessoas que têm uma operação e querem que seu negócio se torne franquias estão nos procurando”. A Nuts, que trabalha com crepes e waffles, e o Sanduba do Careca, de Maceió, são duas marcas que se transformaram recentemente em franquias com o apoio do grupo. Com o espírito da inovação e na onda do consumo de produtos saudáveis, a marca pernambucana tende a se consolidar como principal nome da venda de açaí no mundo nos próximos anos.  

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Pesquisa revela que 48% dos brasileiros não tem o hábito de ler os rótulos dos alimentos

Aproximadamente 48% dos brasileiros não tem o hábito de ler as informações do rótulo dos alimentos - como ingredientes e tabela nutricional - e cerca de 52% dos que leem esses dados, 35% entendem apenas "mais ou menos" as informações, outros 14% dizem que entendem corretamente e 3% não entendem nada. A pesquisa promovida pelo *Datafolha contou com a participação de cerca de 2.573 pessoas em 160 cidades brasileiras. Ler o rótulo dos alimentos é uma atividade a ser incorporada por todos, não é algo que se restringe para aqueles que buscam emagrecer, apresentam alguma intolerância ou restrição alimentar. Compreender o rótulo dos alimentos faz parte da Educação Nutricional da população, que se caracteriza como base do conhecimento para a prática de uma dieta saudável e equilibrada. "O consumidor pode e deve ter conhecimento para ter suas próprias escolhas alimentares", destaca Ana Paula Del'Arco, nutricionista e consultora da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos). "A partir da Educação Nutricional a pessoa adquiri autonomia para poder escolher os alimentos que irão compor sua dieta, baseado em conhecimento e considerando sua cultura e seus hábitos, adotando hábitos alimentares saudáveis que irão contribuir para a melhora da qualidade de vida", complementa a nutricionista. De olho no rótulo As informações técnicas de um produto estão presentes na embalagem e são apresentadas por meio das informações nutricionais e da lista de ingredientes e são regidas por regras determinadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que devem ser rigorosamente cumpridas pelas empresas responsáveis pela fabricação do produto. Destacamos as informações nutricionais obrigatórias no rótulo dos alimentos, que devem ser compreendidas pela população para que sejam úteis no momento das escolhas alimentares dos indivíduos: A primeira informação que é apresentada na tabela nutricional é a porção. Este item indica a quantidade recomendada que deve ser consumida daquele alimento. As informações nutricionais descritas são baseadas nesta quantidade, que está expressa em gramas (g) ou mililitros (ml) e também em medida caseira para facilitar o entendimento, como por exemplo, 1 colher de sopa, meia xícara de chá, etc. Em seguida, as colunas se dividem em quantidade por porção e % VD (percentual de valores diários). Aqui são apresentadas as quantidades de calorias (valor energético) e dos nutrientes, que estão expressos em quantidades (calorias [kcal] ou kilojoules [kJ], gramas [g] ou miligramas [mg]) e também em percentual de valores diários (%VD). Os percentuais de cada nutriente foram calculados dentro de uma dieta padrão de 2000 calorias, usada como referência para os valores diários. "As necessidades diárias variam de acordo com cada indivíduo, de acordo com alguns parâmetros como idade, prática de atividade física, sexo, ou seja, deve ser considerada individualmente", reforça Ana Paula. A apresentação dos nutrientes na tabela nutricional respeita a seguinte ordem: carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans, fibra alimentar e sódio, além do valor energético, ou podem ser apresentadas em modelo linear, sem estar necessariamente em formato de tabela.

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Baixa autoestima atinge 56% dos brasileiros que perderam emprego

Um levantamento realizado em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que além de trazer complicações à vida financeira, o desemprego afeta também o estado físico e emocional das pessoas. De acordo com o estudo, 56% dos brasileiros desempregados desenvolveram o sentimento de baixa autoestima após perderem o emprego e 45% passaram a sentir-se envergonhados perante a família ou amigos próximos. De modo geral, o estudo descobriu que a perda do emprego desencadeou uma série de sentimentos negativos nos entrevistados, como ansiedade (70%), insegurança em não conseguir um emprego (67%), estresse (64%), sensação de angustia (63%), desânimo (60%) e medo (59%). Um dado positivo em meio a tantas sensações negativas ocasionadas pela perda do emprego é que aumentou em um ano de 54% para 68% o percentual de desempregados que estão esperançosos em se recolocar no mercado, assim como o percentual de otimistas, que cresceu de 30% na pesquisa do ano passado para 41% neste ano. Para José Vignoli, educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, a serenidade e o equilíbrio emocional são fundamentais para o trabalhador superar esse momento. “Vivenciar a perda do emprego não é nada fácil, justamente por tratar-se de algo que costuma afetar tanto o aspecto psicológico, quanto o lado prático da vida, já que todos temos contas a pagar. Nos dias de hoje, o trabalho assume uma função importante de pertencimento e de identidade para as pessoas. Por isso que em muitos casos, quando elas perdem o emprego se sentem pouco produtivas e desorientadas frente ao novo contexto e precisam se adaptar”, explica o educador. A pesquisa ainda mostra que 72% dos entrevistados sentem-se privados de consumir produtos que antes estavam acostumados, como roupas, determinados alimentos e atividades de lazer. 54% dos desempregados passaram a apresentar alteração no sono, 47% mudanças no apetite e 57% sentem menos vontade de sair de casa A soma de sensações negativas em virtude do desemprego também cobra seu preço sobre a saúde física dos entrevistados. Mais da metade (54%) dos desempregados desenvolveram alguma alteração do sono, seja insônia ou uma vontade maior de dormir. Outras alterações emocionais comuns por causa da demissão foram o aumento ou perda de apetite (47%), enxaqueca frequente (45%) e alteração na pressão arterial (35%). O estudo ainda mostra que 16% dos desempregados passaram a descontar a ansiedade em algum vício como cigarro, álcool ou compulsão alimentar. O relacionamento interpessoal também sofreu abalos para parte considerável dos desempregados. Em cada dez entrevistados que perderam o emprego, seis (57%) sentem-se com menos vontade de sair de casa e 21% reconhecem que têm se mantido mais recluso e afastado das pessoas. Em situação mais extremas, 11% dos desempregados passaram a cometer agressões verbais contra amigos e familiares e 8% partiram até mesmo para agressões físicas. “O desequilíbrio emocional pode agravar ainda mais a situação de desemprego, prejudicando a capacidade da pessoa de refletir e de agir da forma mais racional. A saúde da pessoa pode se deteriorar, assim como a harmonia no ambiente familiar e entre amigos. Por isso é importante, manter a calma e concentrar energias na busca por uma nova colocação. Enquanto não chegam oportunidades viáveis de trabalho, vale à pena buscar qualificar-se ainda mais profissionalmente, a fim de aumentar as chances de empregabilidade”, orienta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

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Exportações brasileiras crescem acima da média mundial em 2017

A Organização Mundial do Comércio (OMC) divulgou hoje (12) o relatório “Trade and Statistics Outlook”, segundo o qual o Brasil ampliou sua participação nas exportações mundiais em 2017. No último ano, o crescimento das vendas brasileiras ao exterior foi a 6ª mais expressiva entre os 30 maiores exportadores do mundo, superando países como Estados Unidos, China e Alemanha. O documento mostra que, em valores, as exportações brasileiras cresceram 17,5 % em 2017, acima da média mundial, após cinco anos de queda. O resultado também refletiu na ampliação da participação brasileira nas vendas mundiais, que passou de 1,16%, em 2016, para 1,23% do total, em 2017. No informe do ministério, a safra agrícola recorde, o crescimento da produção de petróleo o desempenho favorável das exportações de bens manufaturados, como do setor automotivo, também foram apontados como os responsáveis pelo crescimento das exportações. Em 2017, a indústria brasileira exportou 791 mil automóveis e veículos de cargas para 83 países diferentes, crescimento de 40% em relação a 2016. O relatório também demonstra que o comércio mundial apresentou o maior crescimento em volume em seis anos, com uma expansão de 4,7% em 2017. Por meio de comunicado da assessoria de imprensa, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Jorge, atribuiu o resultado a medidas que estão em andamento na pasta e que facilitam o comércio exterior, “como a agenda de acordos comerciais e a Implementação do Portal Único de Comércio Exterior, que reduz em 40% os prazos de exportação e importação”. (Agência Brasil)

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Governo propõe salário mínimo de R$ 1.002 para o próximo ano

Pela primeira vez, o valor do salário mínimo ultrapassará R$ 1 mil. O governo propôs salário mínimo de R$ 1.002 para o próximo ano, o que representa alta de 5% em relação ao atual (R$ 954). O valor consta do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018, apresentado ontem (12) pelos ministros do Planejamento, Esteves Colnago, e da Fazenda, Eduardo Guardia. Em 2019, a fórmula atual de reajuste será aplicada pela última vez. Pela regra, o mínimo deve ser corrigido pela inflação do ano anterior medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país) de dois anos anteriores. Em 2017, o PIB cresceu 1%. Para a estimativa de inflação, o governo considerou a previsão de 4% para o índice de inflação que consta do Boletim Focus, pesquisa com mais de 100 instituições financeiras divulgada toda semana pelo Banco Central. A LDO define os parâmetros e as metas fiscais para a elaboração do Orçamento do ano seguinte. Pela legislação, o governo deve enviar o projeto até 15 de abril de cada ano. Caso o Congresso não consiga aprovar a LDO até o fim do semestre, o projeto passa a trancar a pauta. (Agência Brasil)

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Produção industrial cai em oito locais em fevereiro, diz IBGE

Oito dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no país tiveram queda na produção industrial de janeiro para fevereiro deste ano. Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgada ontem (11), no Rio de Janeiro, os maiores recuos foram observados no Pará (10,9%), Amazonas (-5,9%) e Mato Grosso (-4,4%). Também houve queda na produção em Minas Gerais (-2,8%), Espírito Santo (-1,1%), Ceará (-0,7%), São Paulo (-0,5%) e Rio Grande do Sul (-0,1%). Goiás manteve o mesmo nível de produção nos dois meses. Seis locais acusaram alta e mantiveram a produção industrial nacional com resultado positivo de 0,2% de janeiro para fevereiro. Houve avanço no Paraná (3,3%), na Região Nordeste (2,6%), em Pernambuco (1,3%), Rio de Janeiro (1,2%), Santa Catarina e Bahia (ambos com 0,9%). A produção da Região Nordeste inclui as indústrias dos nove estados, inclusive da Bahia, Pernambuco e Ceará, que também são calculados separadamente. Avanços e recuos Na comparação com fevereiro do ano passado, a indústria cresceu em nove locais, com destaque para o Amazonas (16,2%), e caiu em seis. Os maiores recuos ocorreram em Minas (6,4%), e Espírito Santo (6,3%). No acumulado de 2018, dez locais tiveram alta na produção industrial. Mais uma vez, o Amazonas teve o maior crescimento (24,5%). Cinco localidades anotaram desaceleração, com destaque para Espírito Santo (-7,8%). Já no acumulado de 12 meses, avanços foram observados em 12 locais. O Pará teve a maior alta nesse tipo de comparação (9,9%). Dois locais caíram: Pernambuco (-1,8%) e Espírito Santo (-0,4%). A produção da Região Nordeste manteve-se estável. (Agência Brasil)

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Sebrae apresenta análise do setor do café em Pernambuco

De acordo com o último Boletim Setorial do Agronegócio construído pelo Sebrae-PE, a Região Metropolitana do Recife (RMR) destaca-se no mercado para cafés especiais. Para conhecer melhor a realidade desse segmento em Pernambuco, o Sebrae-PE elaborou um diagnóstico com dados de 43 estabelecimentos, entre delicatessens, cafeterias e hotéis de quatro e cinco estrelas, localizados na RMR. Buscou-se, por meio desse levantamento, conhecer melhor os canais de comercialização do produto, bem como o perfil mercadológico do café pernambucano. De acordo com Valéria Rocha, analista do Sebrae-PE responsável pelo Programa de Alimentos e Bebidas da instituição, o mercado do café, como um todo, deve permanecer em crescimento. “É cada vez mais comum as pessoas optarem por seus encontros, reuniões sociais e de trabalho, regados ao cafezinho em ambientes intimistas e aconchegantes de cafeterias, especialmente as que prezam pelo café especial, com grãos selecionados, o que fortalece o segmento. Por isso, o setor mantém-se em franca expansão em todo o mundo. Assim, acredito que o mercado continuará aquecido. As empresas podem consolidar-se ainda mais com o direcionamento de esforços voltados para a manutenção da força mercadológica do café, alinhando a isso o foco na qualidade como diferencial”, afirma. De acordo com o diagnóstico do Sebrae-PE, em relação à venda do café especial, metade das empresas entrevistadas afirmou comercializar o produto. 46% das delicatessens que participaram do estudo comercializam cafés especiais, 50% dos hotéis, 64% das cafeterias, 50% dos demais estabelecimentos. De acordo com o diagnóstico, já atualizando os dados para 2018, os estabelecimentos que comercializam café especial consomem juntos, em média, 1 tonelada por mês. Quanto à forma, o produto é comprado moído em 50% dos estabelecimentos. A opção de compra apenas em grãos, para moer na hora do consumo, é feita por 39% das empresas. Destas, metade é cafeteria. Demais citações recaem nas duas opções (grãos e moído). A frequência do pedido junto aos fornecedores é, em grande parte, mensal (40%) ou quinzenal (40%), havendo ainda estabelecimentos que realizam o pedido do produto toda semana (20%), predominando as cafeterias, por valorizarem o café mais novo e “fresquinho”. Não existe sazonalidade na hora da compra, apesar de existir na plantação. Os estoques dos produtores são suficientes para que o mercado não fique sem produto. Em 2011, a maior parte das marcas comercializadas na RMR vinha da Região Sudeste, com destaque para os Estados de São Paulo e Minas Gerais (55% e 25%, respectivamente, de representação). Em 2018, as empresas Pernambucanas juntas já assumiram a liderança do comércio do café no estado. As principais marcas são a Kaffe, a Brejo, Grão Chefe, Cordel Café e a Yaguara, de Taquaritinga do Norte. O conhecimento sobre a plantação de café no estado de Pernambuco ainda é pequeno, já que apenas 22% dos consumidores afirmaram saber da sua existência. Analisando especificamente as cafeterias, este percentual sobe para 40%. Sobre a intenção de compra, praticamente 70% dos entrevistados estão propensos a comprar café especial produzido em Pernambuco. Taquaritinga do Norte, no Agreste Pernambucano, é o maior produtor de café no estado. O município é responsável por mais de 1/3 do café produzido aqui. Logo atrás dele estão Garanhuns e Brejão, na segunda e terceira colocação respectivamente. Mesmo com a supremacia das cidades do Agreste na produção local do café, há registros, segundo o IBGE (2009), de produção em Triunfo, Exu, Santa Cruz da Baixa Verde e Moreilândia, localizadas no Sertão. O cenário deve mudar em 2019, quando as colheitas das plantações de 2017/2018 serão feitas. Os últimos levantamentos do IBGE apontaram um aumento do consumo nos últimos anos, tendência que não deve ser invertida. Só para se ter uma ideia, segundo levantamento realizado pela Abic (2009), em Pernambuco existem pelo menos oito empresas de torrefação de café que ajudam a dar dinamicidade nessa cadeia produtiva. Falando em aumento do consumo, uma melhor estruturação do setor se faz necessária. Esse avanço deve começar no campo, onde a preferência pela qualidade pode nortear a produção, da plantação à colheita. O interesse de parte do mercado por um grão de maior qualidade exige que a planta e seus frutos sejam saudáveis e produtivos, sendo preciso maior esforço dos produtores neste sentido.

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Número de inadimplentes acelera pelo sexto mês seguido

O volume de consumidores com contas em atraso e registrados em cadastros de inadimplentes acelerou pelo sexto mês seguido e cresceu 3,13% no último mês de março na comparação com o mesmo período do ano passado. Na comparação mensal, isto é, entre março e fevereiro deste ano, o crescimento foi mais modesto, com alta de 0,85%. Em termos absolutos, aproximadamente 62,1 milhões de brasileiros encerraram o primeiro trimestre de 2018 com restrições no CPF para fazer compras a prazo ou obter empréstimos e financiamentos, por exemplo. Os dados foram apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, o crescimento da inadimplência reflete o quadro de dificuldades econômicas que as famílias ainda enfrentam, apesar do fim da recessão, como aumento do desemprego e queda da renda. “Embora o número de inadimplentes tenha crescido neste primeiro trimestre, o ritmo de alta é menor do que o verificado em momentos mais agudo da crise financeira. Mesmo com a lenta recuperação econômica em curso, as famílias seguem enfrentando dificuldades para honrar seus compromissos em dia. A reversão desse quadro passa pela continuidade da melhora econômica e, em especial, daquilo que diz respeito ao bolso do consumidor, como emprego e renda, que são variáveis que têm apresentado uma tímida melhora”, explica o presidente. Outro fator que precisa ser levado em conta para explicar esses números é que no final do ano passado foi revogada a legislação no Estado de São Paulo que exigia por parte dos empresários o envio de uma carta com Aviso de Recebimento (AR) antes de efetivar o registro de atraso. “Com a reversão da lei, muitas das negativações que estavam represadas entraram na base de dados de forma mais abrupta, contribuindo para um aumento na totalização de negativados”, explica Costa. Brasileiro na faixa dos 30 anos é quem mais está com contas atrasadas O indicador também revela que é na faixa etária entre 30 e 39 anos que se observa a maior incidência de brasileiros negativados: mais da metade da população compreendida nesta faixa etária (51%) possui contas em atraso, totalizando aproximadamente 17,6 milhões de inadimplentes em número absoluto. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a liderança da faixa etária dos 30 anos se explica pelo fato de que “geralmente, nessa idade as pessoas já são chefes de família e têm um número maior de compromissos a pagar, como aluguel, água, luz, entre outras despesas domésticas”, explica. Também merece destaque o fato de que quase metade da população com idade entre 40 e 49 anos (49%) está negativada, totalizando 13,8 milhões de consumidores com contas em atraso. Entre os mais jovens, com idade entre 25 e 29 anos, o percentual também é elevado: 46% deste grupo está inadimplente, somando mais de 7,9 milhões de devedores. Entre os consumidores que possuem de 50 a 64 anos, a proporção de inadimplentes é de 40%, o que totaliza 12,7 milhões de devedores. Na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, a proporção é de 31%, o que representa, em termos absolutos, 5,2 milhões de pessoas que não conseguem honrar seus compromissos. Na faixa da população mais jovem – de 18 a 24 anos -, os inadimplentes representam 20% e formam um contingente de 4,8 milhões de devedores. Sudeste concentra maior número de negativados, mas Norte tem mais inadimplentes proporcionalmente à população A análise do indicador por região mostra que o Sudeste concentra o maior número de negativados, com 26,94 milhões de inadimplentes. Em seguida, aparecem o Nordeste (16,58 milhões), o Sul (8,12 milhões), o Norte (5,54 milhões) e o Centro Oeste (4,97 milhões). Já analisando o número de inadimplentes como proporção da população de cada região, o destaque é da região Norte, com 46% da população adulta negativada. A menor proporção é a da região Sul (36%). Ao contrário do número de devedores, dívidas em nome de pessoas físicas caem -0,38% em março Outro indicador mensurado pelo SPC Brasil e pela CNDL é o de dividas em nome de pessoas físicas. Nesse caso, ao contrário do número de devedores, houve uma pequena retração de -0,38% no último mês de março na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já na comparação mensal, sem ajuste sazonal, entre março e fevereiro, houve uma alta de 1,08%. Para a economista Marcela Kawauti, a queda do número de dívidas a despeito do crescimento de inadimplentes mostra que os consumidores iniciaram o pagamento de suas pendências, ainda que de forma gradual. “Como em média, cada consumidor tem duas dívidas em aberto, se ele paga uma conta, a outra ainda fica pendente, o que não retira o seu CPF do cadastro de negativados. Ainda assim, é algo positivo porque mostra a disposição do brasileiro se recuperar seu crédito, mesmo que lentamente, dentro de suas condições”, afirma a economista Marcela Kawauti. Setor de telecomunicações e bancos lideram alta, mas dívidas retraem no comércio e com contas básicas Os dados por setor credor mostram que as dívidas que mais cresceram em março são as contas de telefone, TV por assinatura e internet, cuja alta observada foi de 7,76% na comparação anual. Em segundo lugar, estão as dívidas bancárias, com crescimento de 4,83%, que englobam cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e seguros. Os setores que mostraram queda em março são as contas de água e luz (-0,55%) e os crediários no comércio (-7,55%). Em termos de participação, mais da metade (51%) das dívidas em atraso registradas no Brasil são com bancos ou demais instituições financeiras. Em seguida surgem o comércio (18%), contas com companhias de telefonia, TV por assinatura e internet (14%) e atrasos com as concessionárias de água e luz (8%).

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Exportações de café em março têm queda de 11% sobre o mesmo mês de 2017

O Brasil exportou, em março, um total de 2.523.719 sacas de café, com receita cambial de US$ 396,2 milhões. O volume de café exportado teve uma queda de 11% em relação ao mesmo mês do ano de 2017, embora tenha apresentado crescimento de 1% se comparado a fevereiro deste ano. Os dados são do relatório divulgado ontem (10) pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Entre as variedades embarcadas no mês, o café arábica representou 84,5% do volume total de exportações (2.132.973 sacas), seguido pelo solúvel, com 13% (327.424 sacas), e robusta, com 2,5% (62.807 sacas). Segundo a Cecafé, vale destacar que a exportação de café robusta teve um crescimento de 204,5% em relação a março de 2017 e aumento de 133% em relação a fevereiro deste ano. “No mês de março, tivemos uma boa exportação, acima dos 2,5 milhões de sacas, configurando um desempenho justo, alinhado ao que havíamos previsto. O mercado está otimista e já de olho na próxima safra devido às boas condições climáticas nas regiões produtoras”, acredita o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes. Já no acumulado do ano, o Brasil registrou um total de 7.739.493 sacas exportadas, queda de 4,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita cambial também teve um declínio, alcançando US$ 1.233,1 milhões. “É importante mencionar que o café mantém uma performance positiva, mesmo em cenários adversos, como os anos de 2008, 2010 e 2014. Isso acontece, principalmente, porque o café é mais do que uma bebida; trata-se de um produto com sabor sem igual, que promove momentos de socialização entre os consumidores. A tendência de crescimento do consumo mundial, na média de 2% ao ano, se mantém, e a boa reputação do café brasileiro garante que esteja sempre com uma demanda atraente”, acrescenta Carvalhaes. Em março, o preço médio foi US$ 157,00/saca, um decréscimo de 10,6% na comparação com o mesmo mês no ano passado, quando a média era US$ 175,62. Destinos No primeiro trimestre de 2018, Alemanha e Estados Unidos continuam ocupando o primeiro e segundo lugares no ranking dos principais países consumidores do café brasileiro, com 18,1% (1.401.735 sacas) e 16,9% (1.307.654 sacas), respectivamente. O terceiro país que mais importou café brasileiro foi a Itália, com 10,6% (823.791 sacas), seguido pelo Japão, com 7,6% (588.391 sacas); Bélgica, com 5,9% (459.759 sacas), Turquia, com 2,9% (223.915 sacas); Federação Russa, 2,6% (204.194 sacas), França com 2,6% (198.833 sacas) e Canadá (198.676 sacas), com 2,6%; e Reino Unido, com 2,4% (185.686 sacas). Na comparação com 2017, Canadá e Reino Unido são os países que apresentam, até o momento, um crescimento maior no consumo de café brasileiro, com aumento de 10,92% e 16,29%, respectivamente, em relação ao ano passado. O Japão teve o terceiro maior crescimento, de 9,95%, seguido da Itália que apontou crescimento de 4,6%. Diferenciados Quanto aos cafés diferenciados, no primeiro trimestre deste ano o Brasil exportou 1.392.422 sacas, registrando uma participação de 18% no total do café exportado e 21,6% da receita. Em relação ao mesmo período de 2017, o volume representou um crescimento de 24,2%. Os principais destinos no período foram: Estados Unidos, responsável por 24,6% (343.174 sacas), em seguida Alemanha, com 14,1% (196.226 sacas), Bélgica, 12,1% (169.110 sacas), Japão com 9,3% (129.858 sacas), seguido da Itália, com 6,2% (86.708 sacas) e Reino Unido (85.861 sacas) com 6,2%. (Agência Brasil)

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Inflação bem controlada favorece nova redução de juros, afirma SPC Brasil

Os dados divulgados ontem (10/4) pelo IBGE (Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística) de que a inflação em março é a menor dos últimos 24 anos reforçam o espaço já sinalizado pelo Banco Central para um novo corte na taxa básica de juros na próxima reunião do Copom, avalia o presidente do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Roque Pellizzaro Junior. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) avançou apenas 0,09% em março, ante alta de 0,25% em igual mês do ano passado. No acumulado em 12 meses, a inflação desacelerou para 2,68% (em fevereiro fora 2,84%). O baixo resultado foi puxado pela deflação dos preços dos transportes (-0.25%), com destaque para o recuo das passagens aéreas (-15,42%). As projeções do mercado apontam para uma inflação de 3,53% em 2018, sugerindo aceleração do IPCA nos próximos meses. Ainda assim, o resultado ficaria abaixo do centro da meta, de 4,5%. “A inflação sob controle abre espaço para a continuidade de uma política monetária expansionista ao longo de 2018 e reforça o caminho já traçado pelo Copom de mais uma queda de 0,25 p.p. na taxa Selic. A expectativa é de que a inflação se aproxime da meta ao final do ano, mas com viés de baixa. Se confirmado este cenário, podemos esperar uma conjuntura benigna com política monetária expansionista, inflação abaixo da meta e crescimento não inflacionário”, afirma Pellizaro Junior. Mesmo assim, o presidente do SPC Brasil destaca que é preciso ficar atento às incertezas inerentes a um ano eleitoral, que podem impactar o câmbio e em seguida a inflação. Pellizzaro Junior afirma ainda que além de favorecer a manutenção da Selic em patamar baixo, os preços sob controle devem estimular o consumo das famílias. “Os impactos deste cenário são positivos para o mercado de crédito e as vendas no varejo, pois dão mais previsibilidade ao consumidor na gestão do orçamento, apesar de o desemprego ainda estar em patamar elevado e de a renda real não ter se recuperado”, explica o presidente.

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