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Economia

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Sebrae e BTG Pactual lançam fundo de R$ 500 milhões para startups no Brasil

Chamado Germina, o novo fundo nasce com aporte inicial de R$ 100 milhões e tem como meta apoiar até 100 startups já em 2025 O Startup Summit 2025 foi palco do anúncio oficial do FIC FIP Sebrae Germina, fundo de investimentos criado em parceria entre o Sebrae e o BTG Pactual Asset Management. Lançado em Florianópolis, o fundo inicia suas operações com R$ 100 milhões aportados pelo Sebrae Nacional, mas deve alcançar R$ 500 milhões até 2026 com a entrada das unidades estaduais. O evento reuniu 10 mil participantes presenciais e outros 24 mil online, consolidando-se como um dos principais encontros de inovação da América Latina. Com gestão profissional do BTG Pactual, o Germina se posiciona como um dos maiores fundos do país voltados exclusivamente para pequenos negócios inovadores. A estratégia é investir em fundos de participação societária (FIPs) especializados, que irão destinar entre R$ 10 milhões e R$ 25 milhões para apoiar de 8 a 10 veículos, beneficiando cerca de 100 startups nos estágios iniciais. O objetivo é enfrentar o gargalo de falta de capital para negócios em fase de pré-seed e seed, ampliando o acesso a investimento de risco. Para Valdir Oliveira, gerente de capitalização e serviços financeiros do Sebrae Nacional, o fundo marca um passo inédito. “Estamos lançando um fundo inovador que vai estimular o Venture Capital no país. O BTG Pactual será o gestor, em parceria com o Sebrae Nacional e as unidades estaduais, começando por São Paulo”, afirma. Já Bernardo Guimarães, sócio do BTG Pactual, reforçou a importância da iniciativa. “É uma honra sermos escolhidos como gestores deste fundo. Foram mais de seis meses de dedicação e construção conjunta, e estamos muito motivados com o potencial de crescimento dessa parceria com o Sebrae.” O presidente do Sebrae, Décio Lima, destacou o impacto estrutural do Germina para as micro e pequenas empresas brasileiras. “Diferente do crédito tradicional, aqui o Sebrae passa a ser sócio do negócio, aportando capital para que empresas possam crescer e escalar”, afirmou. Segundo ele, 88% das pequenas empresas ainda não têm acesso a financiamento, e o novo fundo busca mudar esse cenário, ampliando a cultura de investimento e fortalecendo ecossistemas regionais de inovação.

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Demanda por crédito cresce 8,5% em julho e microempresas lideram avanço

Índice Neurotech aponta aumento expressivo entre pequenos negócios e alta de 20% para grandes companhias A procura por crédito no Brasil registrou alta de 8,5% em julho na comparação com junho, segundo o Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC), que acompanha mensalmente solicitações em setores como instituições financeiras e varejo. Em relação a julho do ano passado, o crescimento foi tímido, abaixo de 1%. Enquanto bancos e instituições financeiras apresentaram aumento de cerca de 20% no volume de pedidos, o varejo teve retração na mesma proporção. O destaque do levantamento foi o desempenho das microempresas, que registraram alta de 38% em relação a julho de 2024 e quase 50% frente ao mês anterior. Entre as companhias de grande porte, o crescimento também foi relevante: 20% em relação a junho e 7% na comparação anual. Para Natália Heimann, líder da Business Unit de Dados & Analytics para Crédito da Neurotech, o resultado reflete uma tendência positiva para os pequenos negócios. “Há um movimento bastante positivo no País de oferecer linhas de crédito com taxas menores e sem burocracia, especialmente às microempresas. O próprio Governo Federal tem incentivado, através de programas como o ProCred 360. Aparentemente, está dando resultado”, avalia. O INDC considera milhões de consultas mensais realizadas por empresas, instituições financeiras e varejistas. Embora nem todas as solicitações resultem em concessão, os números indicam maior apetite pelo crédito no mercado brasileiro, influenciado por programas de incentivo e condições mais acessíveis.

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Bernardo Peixoto Maker Midia

Fecomércio-PE lidera missão empresarial ao Japão e China para ampliar negócios

Delegação busca cooperação estratégica, inovação e novas oportunidades para o Nordeste. Foto: Maker Midia A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE) iniciou hoje (27) a 20ª edição da Missão Empresarial Nordeste ao Japão e à China, com programação até 13 de setembro. A iniciativa reúne 65 participantes, entre empresários, representantes de entidades, autoridades e dirigentes de diferentes regiões do Brasil. Com apoio da CNC, Senac-PE, Sesc-PE e Sebrae/PE, a missão tem como objetivo prospectar investimentos e parcerias estratégicas para impulsionar a competitividade da economia nordestina. No Japão, entre 31 de agosto e 6 de setembro, a delegação participará da Expo Osaka 2025, com a ação “Sistema S: Conexões que Transformam”, e realizará encontros com a JICA e a JETRO, além de uma visita institucional à Embaixada do Brasil em Tóquio. “Considerando o 130º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre Brasil e Japão e o escopo e a magnitude das relações mantidas por nossa Nação com a China, além do caráter de amizade e cooperação que caracteriza as tratativas entre esses países e o Brasil, a missão é um instrumento estratégico para a prospecção de negócios para o Nordeste e para o estado de Pernambuco, em particular”, afirmou Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE. Na China, as atividades ocorrerão de 7 a 12 de setembro, com visitas a Shenzhen, centro global de inovação tecnológica, incluindo empresas como a Huawei, e à capital, Pequim. No dia 11, será realizado o Seminário sobre Oportunidades de Investimentos e Negócios no Nordeste do Brasil, reunindo empresários brasileiros e chineses. “Será uma experiência única para conhecer modelos de inovação e gestão, ao mesmo tempo em que mostramos ao mundo a força empreendedora da nossa região, estabelecendo conexões que podem gerar resultados concretos para empresas de todos os portes”, destaca Cleide Pimentel, diretora geral executiva da Fecomércio-PE. Segundo Bernardo Peixoto, a missão é essencial para ampliar mercados e fortalecer laços internacionais. “Japão e China são destinos estratégicos para a economia brasileira e para o Nordeste, em especial. Queremos não apenas abrir novos mercados, mas também trazer experiências e soluções que inspirem e transformem nossos negócios, fortalecendo nossa competitividade e sustentabilidade. É com esse espírito que vamos representar Pernambuco e o Nordeste”, concluiu.

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Empreendedoras Tech 2025 amplia espaço para mulheres em inovação tecnológica

Programa do Sebrae, em parceria com MDIC e ABDI, inicia em setembro e promete capacitar até 100 mulheres em áreas de alta tecnologia, fortalecendo o empreendedorismo feminino Durante o Startup Summit 2025, o Sebrae, em parceria com o MDIC e a ABDI, lançou a terceira edição do programa Empreendedoras Tech, que busca acelerar negócios liderados por mulheres em segmentos de base tecnológica e impacto positivo. A iniciativa terá duração de seis meses, com trilhas de Validação, Tração e uma Trilha Básica comum, e deve atender até 100 empreendedoras. A ação reforça a Estratégia Nacional de Empreendedorismo Feminino – Elas Empreendem, criada para reduzir a sub-representação de mulheres em áreas de alta intensidade tecnológica, como deep tech e indústria 4.0. Resultados e evolução do programa Desde sua estreia em 2023, o programa vem ampliando alcance e resultados. Na edição anterior, em 2024, foram 562 negócios inscritos, 70 selecionados e bolsas concedidas no valor de R$ 19.382,88 para cada participante. Os impactos foram significativos: crescimento de 57% no faturamento médio das empreendedoras, 1.476 atendimentos personalizados e um NPS de 84 pontos, além do fortalecimento da autoconfiança das participantes. A diversidade regional também marcou a última edição, consolidada em um Demoday realizado em Brasília. Novos conteúdos e inclusão produtiva Para 2025, a metodologia foi aprofundada com temas como financiamento à inovação, propriedade intelectual, legislação e tecnologias emergentes. Além de mentorias individuais e coletivas, estão previstas rodadas de negócio e um Demo Day final para apresentação de pitches a investidores. Diferente de outras iniciativas, o programa valoriza a qualificação técnica e o amadurecimento tecnológico das soluções, incluindo mulheres de perfis variados, inclusive fora do ambiente acadêmico formal. Com isso, o Sebrae reafirma o compromisso com a inclusão produtiva feminina e a projeção internacional das empreendedoras, que estarão representadas no BRICS Women’s Startups Contest 2025. Margarete Coelho, diretora de administração e finanças do Sebrae “Mais do que abrir espaço para mulheres, buscamos transformar presença em protagonismo. Quando a economia ignora 50% da população nação brasileira, ela não está sendo inteligente. Isso é um ponto que nós não podemos descartar, nem podemos ignorar”.

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Startup Summit 2025 começa hoje com ingressos esgotados e versão online gratuita

Evento em Florianópolis reúne grandes nomes da inovação e do empreendedorismo, com expectativa de atrair mais de 40 mil participantes presenciais e virtuais. O Startup Summit 2025 tem início nesta quarta-feira (27), no Centro Sul, em Florianópolis (SC), consolidando-se como o maior encontro de startups e inovação da América Latina. Com ingressos esgotados para os três dias, o evento contará também com uma versão online gratuita, que permitirá ao público acompanhar as palestras e painéis do palco principal. Entre os destaques da programação estão nomes de peso como Guilherme Horn, CEO do WhatsApp; Leandro Karnal, historiador e escritor; Tom Gruber, cofundador da Siri (Apple); Bianca Andrade, empresária e influenciadora; e Diego Barret, CEO do iFood. Segundo Cristina Mieko, head de Startups do Sebrae Nacional, “queremos que as startups possam entender as possibilidades de uso de tecnologias e como aplicá-las em seus negócios para se posicionarem melhor, serem mais competitivas no mercado”. Além da agenda de conteúdo, o evento será palco do anúncio da 3ª fase do projeto “Startup na Nuvem”, parceria entre Sebrae Startups e Amazon Web Services (AWS), que disponibiliza treinamentos gratuitos em Cloud para empreendedores. Também durante o Summit serão definidos os vencedores do Prêmio Sebrae Startups, que distribuirá até R$ 250 mil para a campeã nacional, além de conexões estratégicas com investidores e oportunidades de internacionalização. Ao todo, a edição de 2025 espera reunir 10 mil participantes presenciais e mais de 30 mil inscritos online, distribuídos em 10 palcos de conteúdo, com 200 palestrantes e 150 startups expositoras. A iniciativa, realizada pelo Sebrae Startups em parceria com a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), reflete o dinamismo e a força do ecossistema de inovação no Brasil, que ganha cada vez mais relevância na economia global. *O repórter Rafael Dantas viajou ao Startup Summit a convite do Sebrae.

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Recife fortalece posição como polo médico com grandes eventos de saúde

Pernambuco Centro de Convenções se consolida como espaço estratégico para o turismo de negócios na área médica. O médico Marcos Galdino (esquerda), presidente do Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva, realizou visita técnica ao Pernambuco Centro de Convenções (Cecon), com Antônio Peçanha (direita), CEO do equipamento – Foto: Divulgação Recife vem reforçando sua posição como um dos maiores polos médicos do Brasil não apenas pela qualidade da assistência e da formação profissional, mas também pela força dos eventos voltados ao setor de saúde. Congressos, simpósios e feiras médicas vêm crescendo em número e relevância, impulsionando a economia local e consolidando a cidade como referência em turismo de negócios na área médica. De acordo com Antônio Peçanha, CEO do Pernambuco Centro de Convenções (Cecon), a capital pernambucana ocupa um lugar de destaque no cenário nacional. “Recife já é reconhecida como uma das capitais médicas mais relevantes do país. A realização de grandes eventos potencializa ainda mais esse papel, promovendo troca de conhecimento, movimentando a cadeia produtiva do turismo e ampliando nossa competitividade como destino”, destaca. O polo de saúde de Recife é um dos três maiores do país, com cerca de 5,2 mil estabelecimentos de saúde e mais de 23 mil médicos em atuação. Segundo Peçanha, esse ecossistema robusto “cria uma sinergia natural com o setor de eventos, gerando benefícios que vão além da medicina, alcançando setores como hotelaria, gastronomia, transporte e comércio”. O Pernambuco Centro de Convenções, que completa 46 anos, tem papel central nesse processo. Com infraestrutura considerada a mais completa do estado para eventos de grande porte, o Cecon oferece teatros, auditórios e um pavilhão de feiras com quase 19 mil m², além de estacionamento para até 2 mil veículos. “Temos uma estrutura preparada para receber congressos médicos de alto nível, com espaços multifuncionais, tecnologia de ponta e uma localização estratégica. A vocação do Cecon para o setor da saúde se confirma com os eventos que já estão confirmados até 2026”, afirma o CEO. Eventos Recentemente, o médico Marcos Galdino, presidente do Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva, realizou uma visita técnica ao Pernambuco Centro de Convenções (Cecon). Após conhecer de perto a infraestrutura do local, Galdino destacou estar satisfeito com a qualidade e a capacidade do equipamento para receber um congresso de grande porte, reforçando a escolha de Recife como sede do encontro. “Esses números demonstram o poder do turismo de negócios em torno da medicina. Nosso objetivo é continuar sendo um espaço de referência para os grandes debates da saúde, contribuindo ativamente para o desenvolvimento do polo médico recifense e do estado como um todo”, conclui Peçanha.

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CRA-PE promove capacitação gratuita e premiação para fortalecer a gestão pública em Pernambuco

Evento reúne especialistas e gestores municipais para aprimorar governança e uso de dados no setor público O Conselho Regional de Administração de Pernambuco (CRA-PE), em parceria com o Conselho Federal de Administração (CFA) e apoio da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), realiza nesta quinta (28) e sexta-feira (29) um evento estratégico para qualificar a gestão pública nos municípios. A programação acontece na sede da Amupe, no Recife, e contará com prefeitos, secretários, profissionais de Administração e consultores. A participação é gratuita e garante certificado, material didático e inclusão dos concluintes na lista oficial de consultores do CFA para aplicação do IGM-CFA. Na quinta-feira (28), das 13h às 16h, ocorre a entrega do Prêmio IGM-CFA de Governança Municipal, que reconhece os municípios com melhor desempenho nos indicadores do Índice CFA de Governança Municipal (IGM-CFA). A premiação busca valorizar práticas de gestão baseadas em dados, incentivando transparência e eficiência administrativa. Já na sexta (29), das 8h às 17h, será realizado o Workshop em Gestão Pública e IGM-CFA, capacitação que apresentará a metodologia desenvolvida pelo CFA para análise da gestão municipal. O IGM-CFA é considerado a ferramenta mais completa de avaliação da governança no Brasil, reunindo e processando mais de 2,4 milhões de dados por ano para avaliar todos os 5.570 municípios, com base em três dimensões: finanças, gestão e desempenho. “Queremos que cada município tenha acesso a ferramentas e conhecimentos que permitam uma gestão mais eficiente, baseada em evidências e orientada para resultados concretos. O IGM-CFA é um instrumento que transforma dados em estratégia, e essa capacitação vai preparar profissionais para fazer essa transformação acontecer”, afirma Mychel Cosme de Almeida Paes Barreto, presidente do CRA-PE. A capacitação será conduzida por especialistas de referência nacional, entre eles Emerson Clayton Arantes, Marcelo Gomes e Isaías Santos, todos membros da Câmara de Gestão Pública do CFA e com ampla experiência em governança e indicadores municipais. Serviço:📌 Premiação IGM-CFA: quinta (28), das 13h às 16h – Amupe, Av. Recife, 6205, Jardim São Paulo, Recife-PE📌 Workshop Gestão Pública e IGM-CFA: sexta (29), das 8h às 17h – mesmo local🔗 Inscrições gratuitas: bit.ly/4mnkTTY – Vagas limitadas.

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Sandro Prado

“Seguimos no ranking como o estado com o maior número de desemprego”

​​As causas que colocam o Estado com o maior percentual de desempregados no País são analisadas pelo economista Sandro Prado, da Fcap/UPE, que também aponta as possíveis soluções. Ele defende a qualificação da mão de obra e faz um alerta sobre os impactos da uberização no mercado de trabalho e a tendência de aumento de desocupados entre a população 50+.  Brasil, segundo o IBGE, atingiu no segundo trimestre deste ano, a menor taxa de desocupação desde o início da série histórica da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), em 2012. O índice ficou em 5,8% e Pernambuco acompanhou a queda ao registrar o percentual de 10,4% contra a taxa de 11,6% aferida no primeiro trimestre de 2025. Apesar da boa notícia da recuperação, o Estado, porém, amarga a incômoda posição de ter o maior nível de desemprego em todo o País. Cláudia Santos conversou com o economista Sandro Prado, professor da Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco (UPE) para analisar os motivos que levam o Estado a figurar no indesejável topo desse ranking. Ele também apontou as políticas públicas necessárias para elevar o número de vagas no mercado de trabalho, em especial para os jovens – grupo mais afetado pelo desemprego – e também para população 50+. São pessoas que esperavam se aposentar, mas, surpreendidas pela Reforma da Previdência, terão de atuar por mais 10 anos num mercado de trabalho que as rejeitam devido ao etarismo. Resultado: recorrem ao Bolsa Família, sem perspectiva de sair do benefício.  Prado também analisou o impacto da uberização, que seduz homens jovens com a ilusão de um trabalho sem patrão, mas também sem sustentabilidade no longo prazo. Em consequência, muitas vagas destinadas à população masculina começam a ser preenchidas por mulheres.  “O deslocamento delas para atividades ocupadas culturalmente por homens pode ser um caminho sem volta”, estima o economista.  Embora tenha apresentado quedas ao longo dos meses, a taxa de desemprego em Pernambuco, segundo o IBGE, foi de 10,4% no segundo trimestre de 2025. É a maior do Brasil e a única com dois dígitos. O que vem ocasionando esse desempenho? O fato de Pernambuco liderar o ranking – sempre disputando com a Bahia – do maior índice de desemprego do Brasil, foi muito trabalhado por alguns candidatos oposicionistas ao Governo de Pernambuco. Com a entrada desse novo governo, houve esforços, como a criação de uma secretaria específica para empreendedorismo e empregabilidade. Já no âmbito nacional, considerando o recorte do Governo Lula, o desemprego, no Brasil, cai drasticamente, temos a menor taxa dos últimos tempos (5,8%) e isso fez com que o desemprego diminuísse também em Pernambuco.  Porém, nosso crescimento na diferença entre empregos de novos contratados e de pessoas demitidas não foi suficiente para Pernambuco sair dessa incômoda posição. O Governo do Estado, como todos os governos, tem trabalhado na redução, fez a lição de casa e evoluiu na criação de emprego, devido ao crescimento econômico do Brasil. Mas, além de sustentarmos o último lugar na taxa de emprego, estamos mais distantes da Bahia, que é o segundo colocado negativo, depois vem o Distrito Federal.  Por meio do nosso polo industrial, com Suape, Hemobrás, Stellantis, criamos e conseguimos atrair muitas vagas de empregos na indústria que pagam melhor. Mas hoje as plantas são muito enxutas, têm baixa empregabilidade e não temos ainda o número suficiente de fábricas. O agribusiness, uma agricultura com muita tecnologia, também cresceu muito com a irrigação do São Francisco, gerando uma boa empregabilidade a partir da produção de uva e manga que, embora elevada, é também sazonal. Mas o padrão típico aqui é viver muito de serviços por causa do turismo, das praias e das grandes festas, como São João e Carnaval. A maioria da população vive dessas vagas de emprego que são voláteis e pagam menos.  O setor não possibilita a criação de vagas sustentadas com média salarial mais elevada a ponto de termos um desempenho melhor do que o restante da Federação.  Portanto, por mais que tenham existido esforços do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife, que é o município que cria o maior número de oportunidades com muitos postos de trabalho, ainda não há uma interiorização dessa empregabilidade. Essa interiorização poderia ter ocorrido se a Transnordestina tivesse evoluído, por exemplo. Porém, nosso Estado ainda é muito dependente da criação polarizada de postos de trabalho na Região Metropolitana do Recife e, infelizmente, seguimos no ranking como o estado com o maior número de desemprego.  Isso é horrível, porque não somos o estado mais pobre, nem com menor infraestrutura, pelo contrário, somos uma grande potência no Nordeste, mas não conseguimos fazer o básico que é dar emprego às pessoas. Esse ranking mostra que estamos muito mal em termos de emprego. Evoluímos, crescemos, mas cabe ao Governo do Estado e aos municípios a criação de postos de trabalho para que Pernambuco evolua e saia dessa horripilante posição. Um dos principais problemas seria a ausência de descentralização de oportunidades de emprego? Sim. Claro que há outros fatores. O comércio varejista sentiu muita dificuldade por causa do e-commerce, dos grandes marketplaces. Há também reconfigurações diante do avanço tecnológico, pois o emprego tem mudado de cara. Profissionais como porteiros de edifícios, por exemplo, são substituídos por portarias eletrônicas. Contudo, ao mesmo tempo, criam-se outras oportunidades, no serviço, como é o caso do turismo. Então, tem-se o desempenho estrutural do desemprego, que não é só em Pernambuco. Se outros estados brasileiros estão com números de desemprego muito menos incômodos do que os nossos, há sinalização de que realmente o poder público tem que fazer mais, o papel do estado é fomentar emprego e o empreendedorismo, é fomentar situação de renda para a população.  A partir do momento que se consegue isso, melhora-se, inclusive, a tributação, a receita, menos pessoas passam a depender de programas assistencialistas. Percebe-se que há um esforço, tivemos uma evolução, por exemplo, no número de creches, condição essencial para que as mulheres possam trabalhar fora.  Mas ainda é necessário haver preparação da mão

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Stellantis inicia exportações para o Oriente Médio a partir de Pernambuco

Primeiras unidades serão embarcadas ainda em 2025 pelo Porto de Suape, reforçando a presença global da companhia e ampliando o impacto econômico do polo automotivo de Goiana. A Stellantis anunciou o início das exportações do Jeep Commander para o Oriente Médio, ampliando a presença da montadora em mercados estratégicos como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar, Kuwait e Bahrein. Até o fim de 2025, mais de 500 unidades devem ser enviadas pelo Porto de Suape (PE), consolidando o protagonismo do polo automotivo de Goiana no cenário internacional. O modelo, que já soma 7.958 unidades exportadas para 14 países da América Latina, foi totalmente desenvolvido e fabricado no Brasil, sendo o primeiro SUV de sete lugares da Jeep produzido no país. Desde seu lançamento em 2021, o Commander acumula mais de 70 mil unidades vendidas no mercado nacional e ocupa a liderança em seu segmento. “A ampliação das exportações do Jeep Commander para o Oriente Médio comprova a força do produto desenvolvido no Brasil e sua competitividade em mercados altamente competitivos. O modelo simboliza a capacidade de inovação e de desenvolvimento tecnológico da engenharia nacional da Stellantis, que segue na vanguarda do setor automotivo, conectando sofisticação, versatilidade e tecnologia a diferentes públicos ao redor do mundo”, afirma Matias Merino, vice-presidente de Supply Chain para a América do Sul. Além de reforçar a imagem do Brasil como produtor de veículos de alto padrão, as exportações também ampliam os resultados econômicos de Pernambuco. O Hub de Veículos do Porto de Suape movimentou mais de 80 mil veículos em 2024, sendo 77% fabricados em Goiana, e já ultrapassou 39 mil unidades exportadas somente no primeiro semestre de 2025. Esses números consolidam o papel estratégico do estado no comércio internacional e a relevância da Stellantis na indústria automotiva sul-americana.

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Crédito à indústria ganha força na agenda econômica do Brasil

Birôs de crédito impulsionam inclusão financeira e decisões estratégicas para o setor produtivo O crédito bancário destinado à indústria brasileira somou R$ 946 bilhões em 2024, representando 37,4% do saldo total de operações com empresas no país, segundo o Banco Central. O montante reforça a importância do financiamento produtivo como um dos pilares da estratégia de neoindustrialização, defendida pelo governo federal e entidades empresariais. De acordo com o Mapa Estratégico da Indústria 2023–2032, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a meta é ampliar a participação do crédito industrial no PIB de 8% (2022) para 17% até 2032. O plano prevê ações para fortalecer a competitividade nacional com foco em inovação tecnológica, sustentabilidade, digitalização e inserção em cadeias globais de valor. Para Elias Sfeir, presidente da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), o ambiente de crédito é peça-chave nesse processo. “O crédito pode apoiar o crescimento produtivo, alavancar os negócios e ampliar os impactos econômicos e sociais das empresas na sociedade”, afirma. Ele destaca que pequenas e médias indústrias possuem alto potencial transformador, desde que contem com apoio financeiro estruturado e adequado. Nesse cenário, birôs de crédito assumem papel estratégico ao ampliar a visibilidade das empresas no sistema financeiro, utilizando dados e tecnologia para análises mais precisas. “A expansão da análise de crédito, com ferramentas modernas, propicia alavancar os negócios tanto tomando como oferecendo crédito”, complementa Sfeir. O Programa Nova Indústria Brasil (NIB), do governo federal, destina R$ 300 bilhões até 2026 para investimentos em transição ecológica, bioeconomia, infraestrutura digital e tecnologias avançadas.

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