Arquivos Economia - Página 42 De 424 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

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Desemprego em Pernambuco atinge menor média anual em uma década

Estado registra queda de 5,1 pontos percentuais desde 2022, segundo a PNAD Contínua. Foto: Gabriel_Santana_Sedep Pernambuco encerrou 2024 com a menor taxa média de desemprego dos últimos dez anos, conforme revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice de desocupação do estado ficou em 10,8%, uma redução expressiva em relação aos 13,4% registrados em 2023 e aos 15,9% de 2022. Desde o início da atual gestão estadual, a queda acumulada é de 5,1 pontos percentuais. O levantamento mostra que o número de pessoas desocupadas caiu 25% nos últimos dois anos, representando 151 mil pernambucanos a menos em situação de desemprego. "Estamos trabalhando em diversas frentes para mudar o quadro do mercado de trabalho no estado. Buscamos atrair novas empresas e indústrias, melhorar o ambiente de negócios e ampliar programas de qualificação, como o Qualifica PE e a Casa do Trabalhador. Conseguimos atingir a menor taxa de desocupação da década, mas seguiremos investindo para gerar ainda mais emprego e renda", afirmou a governadora Raquel Lyra. A tendência de queda se confirmou ao longo do ano. No último trimestre de 2024, a taxa de desemprego caiu para 10,2%, marcando o menor índice trimestral desde 2015. "Os dados da PNAD comprovam os esforços do Governo do Estado para impulsionar o emprego e a renda. Pernambuco liderou a redução do desemprego no Nordeste ao lado do Piauí e obteve a segunda maior queda do Brasil em 2024. Vamos seguir promovendo ações para ampliar oportunidades para os trabalhadores", destacou Amanda Aires, secretária de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo. Aumento da ocupação e crescimento da renda O IBGE também apontou que o número de trabalhadores em Pernambuco subiu de 3,67 milhões no primeiro trimestre de 2023 para 3,96 milhões no quarto trimestre de 2024, um crescimento de 8%, equivalente a 293 mil pessoas a mais no mercado de trabalho. Além disso, o rendimento médio habitual subiu 16% em relação ao final de 2023, chegando a R$ 2.511, um aumento de R$ 347. A pesquisa também mostra queda no número de desalentados, que passou de 258 mil para 230 mil, uma redução de 10,7%. Esse dado sugere um mercado de trabalho mais dinâmico e maior interesse da população na busca por oportunidades, consolidando o cenário positivo para a economia do estado.

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Forum de Debates Jaboatao Credito Makermidia

Fecomércio Pernambuco lança estudo econômico sobre Jaboatão dos Guararapes

Documento destaca oportunidades e desafios para o crescimento sustentável do município. Foto: Makermídia O Sistema Fecomércio/Sesc/Senac Pernambuco apresentou, na última quarta-feira (12), durante o primeiro Fórum de Debates do ano em Jaboatão dos Guararapes, o estudo “Perspectivas e Oportunidades Econômicas para Jaboatão dos Guararapes”. Produzido pela Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan), o documento analisa aspectos econômicos, sociais e de infraestrutura, além de sugerir estratégias para fortalecer os setores produtivos da cidade. O evento, realizado no Sesc Piedade, reuniu 120 participantes e contou com o apoio do Sebrae PE, Sesc PE, Sindicom Jaboatão e Prefeitura Municipal de Jaboatão. O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac PE, Bernardo Peixoto, destacou que o estudo traça um panorama da evolução econômica do município, apontando desafios e oportunidades. “Com esse material, empresas e gestores públicos têm acesso a diretrizes estratégicas para impulsionar o desenvolvimento local”, afirmou. Durante a apresentação, os economistas Tania Bacelar e Valdeci Monteiro explicaram que Jaboatão representa 13% da economia da Região Metropolitana do Recife e 7% do PIB de Pernambuco, com destaque para os setores de comércio, logística e serviços. Ao final do evento, o presidente da Fecomércio entregou o documento ao secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Cultura e Esportes, Roberto Abreu e Lima, representante do prefeito Mano Medeiros. “Esse estudo nos traz insights valiosos para alinhar nossas estratégias de governo e promover avanços nos indicadores socioeconômicos de Jaboatão”, ressaltou o secretário. O material traz uma nova perspectiva sobre o potencial de expansão do município e oferece uma visão estratégica para que empresários e a população possam aproveitar melhor as oportunidades econômicas de Jaboatão. "A logística, maior potencialidade de Jaboatão dos Guararapes, favorecida por sua localização estratégica e ampla rede viária, é um dos pilares da economia do município. Além disso, as atividades do comércio e dos demais serviços contribuem para o seu crescimento. O município é um espaço econômico, onde inovação e tradição podem se encontrar, impulsionando oportunidades de negócios e melhorando a qualidade de vida dos seus habitantes", destacou o relatório.

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Banco do Nordeste amplia orçamento do FNE e prevê R$ 47,3 bilhões em investimentos para 2025

Pernambuco terá aumento de 23% nos recursos, com destaque para agricultura, pecuária e infraestrutura O Banco do Nordeste (BNB) anunciou um aumento de 18,5% no orçamento do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para 2025, totalizando R$ 47,3 bilhões destinados a projetos na região e em parte de Minas Gerais e Espírito Santo. O presidente do BNB, Paulo Câmara, destacou que a ampliação reforça o compromisso do governo federal com o desenvolvimento regional. “A orientação do presidente Lula é fazer o Banco do Nordeste crescer, e a ampliação do orçamento do FNE comprova isso”, afirmou. Com foco na inclusão produtiva, o banco direcionará 62% dos recursos para microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas, além de pequenos produtores rurais e clientes de médio porte. Para o Crediamigo, programa de microcrédito urbano, estão previstos R$ 4,73 bilhões, enquanto a agricultura familiar, via Pronaf, contará com R$ 10,5 bilhões, ambos registrando aumento de 18,5% em relação ao ano anterior. Em Pernambuco, o orçamento do FNE terá um crescimento de 23%, totalizando R$ 5,64 bilhões para diversos setores. Os segmentos de infraestrutura (R$ 1,33 bilhão), comércio e serviços (R$ 1,18 bilhão) e pecuária (R$ 1,2 bilhão) receberão os maiores volumes de investimento. Além disso, a agricultura contará com R$ 682 milhões, a indústria com R$ 929 milhões e o turismo com R$ 166 milhões. Segundo José Aldemir Freire, diretor de Planejamento do BNB, a ampliação dos recursos reflete o sucesso das operações anteriores. “Hoje, nós estamos com uma programação de R$ 47 bilhões. Há dois anos eram R$ 32 bilhões”, comparou. O evento de divulgação do FNE 2025 contou com a presença de representantes da Sudene, do Consórcio Nordeste e do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

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BNB disponibiliza R$ 2 bilhões para revitalização do Centro do Recife

Financiamento do Banco do Nordeste incentiva recuperação de imóveis para moradia e comércio na região central da capital. Foto: FOTOS: Izabele Brito/Recentro O Banco do Nordeste (BNB) anunciou um fundo de R$ 2 bilhões para financiar a revitalização do Centro do Recife, com foco em complexos multiusos que reúnem moradias e espaços comerciais. O incentivo foi apresentado durante o Conexão Recentro, evento promovido pela Prefeitura do Recife em parceria com a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e o banco estatal. A iniciativa busca atrair empresários, incorporadoras e investidores interessados em utilizar os recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para retrofit e novas ocupações na região. Com prazos de pagamento de até 12 anos e carência de quatro anos, o financiamento pode cobrir de 50% a 100% do valor do investimento, dependendo do porte da empresa e da localização do empreendimento. Segundo o superintendente do BNB em Pernambuco, Hugo Queiroz, projetos de parcerias público-privadas (PPPs) e coliving também estão contemplados, facilitando a reocupação dos imóveis e reduzindo o déficit habitacional. "Além dos incentivos fiscais que a Prefeitura do Recife já oferece de ITBI, ISS e IPTU, agora, com esta parceria com a Sudene e com o BNB, estamos oferecendo financiamento para moradias, comércio e serviços", destacou a chefe do Gabinete do Centro, Ana Paula Vilaça. O evento reuniu mais de 100 empresários e investidores no auditório do BNB, localizado na avenida Conde da Boa Vista, reforçando o interesse do setor produtivo na recuperação da área central. O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, ressaltou que a ação conjunta cria "uma janela de oportunidades" para o desenvolvimento urbano e social da região. Entre os projetos apresentados, há propostas para transformar depósitos subutilizados em moradias, flats para turismo e centros comerciais. “O financiamento, sem dúvida, vai ajudar muito”, afirmou o empresário Amaury Rezende. Os interessados no financiamento podem procurar qualquer uma das 40 agências do BNB para apresentar seus projetos. O processo inclui entrevistas, visitas técnicas e entrega da documentação necessária para a liberação dos recursos.

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CAIXA Prefeitura Convenio

Recife recebe R$ 200 milhões da Caixa para obras de infraestrutura

Recursos serão destinados a mobilidade, saneamento, drenagem e contenção de encostas. Foto: Divulgação/Caixa A Prefeitura do Recife assinou, nesta quarta-feira (12), um contrato de financiamento de R$ 200 milhões com a Caixa Econômica Federal para impulsionar obras de infraestrutura na cidade. O investimento, viabilizado pelo Programa de Financiamento de Infraestrutura e Saneamento (Finisa), contemplará projetos de drenagem, pavimentação, saneamento básico e mobilidade urbana. A assinatura ocorreu durante o Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília. O prefeito João Campos destacou a importância da operação para a melhoria da qualidade de vida da população. “São investimentos que vão beneficiar os quatro cantos da cidade, principalmente as áreas mais vulneráveis. Agradeço à Caixa, ao presidente Lula e ao Governo Federal por essa iniciativa”, afirmou. Entre os projetos contemplados estão a construção da Ponte Cordeiro-Casa Forte e a duplicação da Ladeira da Cohab, ambos previstos para o novo ciclo de gestão municipal. Em 2021, a Prefeitura já havia captado R$ 100 milhões junto à Caixa para infraestrutura, possibilitando obras como o Compaz Professor Paulo Freire, no Ibura, o Compaz Atriz Leda Alves, no Pina, a revitalização do Parque das Esculturas e a construção da Ponte Engenheiro Jaime Gusmão, ligando Monteiro e Iputinga. Além disso, foram feitas ações de contenção de encostas e urbanização de morros. O presidente da Caixa, Carlos Vieira, reforçou o compromisso do banco com o desenvolvimento urbano. “A Caixa tem um papel essencial na transformação das cidades. Parcerias como essa demonstram a importância de uma gestão pública eficiente na realização de obras estruturantes”, destacou.

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FIEPE Internacional debate futuro do comércio global pós-eleições nos EUA

Evento online e gratuito discutirá impactos econômicos da nova administração americana O Conselho Temático de Comércio Exterior (Comex) da FIEPE promove, no dia 26 de fevereiro, mais uma edição do FIEPE Internacional. O evento será transmitido ao vivo da Casa da Indústria e abordará os impactos das eleições americanas no comércio mundial. Empresários, profissionais do setor e demais interessados podem se inscrever gratuitamente pelo site fiepe.org.br e garantir um certificado de participação. A programação inclui uma palestra do professor João Correia sobre "Pós-eleições nos EUA: Trump e o futuro do comércio mundial". A apresentação discutirá as mudanças na política econômica americana, destacando medidas protecionistas, relações comerciais com China, União Europeia e América Latina, além de temas como política migratória e reformas fiscais. De acordo com o presidente do Comex, Rubem Martins, as ações do governo americano impactam diretamente o comércio global e o Brasil não está imune a essas transformações. "Nosso objetivo é esclarecer as possíveis direções da política comercial americana e seus reflexos para Pernambuco, o Brasil e o mundo", afirmou. O evento integra as ações do Sistema FIEPE, que busca fortalecer a competitividade da indústria por meio da FIEPE, SESI, SENAI e IEL. Além da defesa dos interesses do setor produtivo, a instituição oferece serviços em saúde, educação, capacitação profissional, inovação e consultorias especializadas.

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Carnaval impulsiona emprego e economia em Pernambuco

Estado deve gerar 889 vagas temporárias e movimentar R$ 348,71 milhões. Foto: Makermídia O Carnaval de 2025 promete aquecer a economia pernambucana, gerando oportunidades no mercado de trabalho e fortalecendo o setor de turismo. De acordo com a Fecomércio-PE, com base nos dados do Novo Caged e projeções da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o estado deve criar 889 novas vagas temporárias, um crescimento de 24% em relação ao ano passado. Nos últimos cinco anos, Pernambuco registrou saldo positivo na geração de empregos formais durante fevereiro, mês que concentra os preparativos e a realização da festa. O setor de serviços tem liderado essa movimentação, enquanto o comércio apresentou maior oscilação no período, alcançando seu melhor desempenho em 2021 e uma retração em 2024. Vagas temporárias para o Carnaval oferecidas pelas atividades típicas do turismo Além da geração de empregos, a festividade impacta diretamente o comércio e o turismo. A estimativa é de que as atividades típicas do Carnaval movimentem R$ 348,71 milhões no estado, um crescimento de 1,4% em relação ao ano anterior. Esses números reforçam a importância do evento para a economia local, consolidando o Recife e Olinda como destinos estratégicos para o turismo festivo no Brasil. O impacto econômico se reflete também no setor de alimentação, hospedagem e transporte, que experimentam um aumento na demanda durante o período. Hotéis registram alta ocupação, bares e restaurantes ampliam suas equipes para atender o fluxo de turistas, e empresas de transporte veem crescer a procura por deslocamentos, demonstrando o efeito multiplicador da festa na economia estadual.

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Pernambuco cria a rota turística do Queijo Artesanal

Projeto Chão de Queijo incentiva a cadeia produtiva de laticínios e do turismo gastronômico e cultural das cidades da Bacia Leiteira *Por Rafael Dantas / Fotos: Alexandre Albuquerque Para quem busca unir turismo e boa gastronomia, Pernambuco oferece experiências imperdíveis, como as vinícolas de Garanhuns e do Vale do São Francisco, além das tradicionais cachaçarias. Agora, um novo roteiro está sendo estruturado no Estado, destacando uma das grandes referências da culinária local: o queijo. Queijarias artesanais de 10 cidades pernambucanas estão abrindo suas portas para apresentar produtos exclusivos e compartilhar histórias e receitas que preservam a tradição. Algumas delas produzem variedades únicas no Brasil. Pernambuco conta oficialmente com 41 queijarias artesanais registradas na Adagro (Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado). No entanto, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, vinculada à Adepe (Agência de Desenvolvimento de Pernambuco), estima que o número real seja próximo de 300. Dentro desse universo, um grupo de 13 produtores da Bacia Leiteira do Agreste passa a integrar o Projeto Chão de Queijo, que busca consolidar a Rota do Queijo Artesanal de Pernambuco, uma iniciativa oficial do Funcultura. “O Projeto Chão de Queijo nasce do desejo de valorizar um dos nossos patrimônios gastronômicos que é o queijo artesanal. Mais do que um simples roteiro, queremos contar as histórias por trás de cada produtor, mostrar a riqueza das técnicas tradicionais e conectar esses saberes a uma experiência de turismo com uma identidade forte local. Acreditamos que essa rota vai encantar visitantes e abrir portas para um reconhecimento ainda maior da nossa cultura", destacou Alexandre Albuquerque, idealizador do Projeto Chão de Queijo. Integram esse roteiro das queijarias artesanais, produções nos municípios de Alagoinha, Bom Conselho, Cachoeirinha, Garanhuns, Sanharó, São Bento do Una, Venturosa, Pedra e Pombos, no Agreste Pernambucano, além de Ribeirão, localizada na Zona da Mata Sul. Algumas dessas cidades já têm vocação turística, que é reforçada com mais um atrativo aos seus visitantes. Outros podem colocar um pé nesse setor da economia pernambucana que é intensivo em mão de obra e que gera oportunidades ligadas à hospedagem, à gastronomia e ao lazer. Os turistas que percorrerem a rota das queijarias artesanais terão a oportunidade de conhecer novos fornecedores e descobrir a origem dos queijos que consomem. “Muitas vezes, as pessoas compram queijo nas capitais, como no Recife, sem saber de onde vem ou quem o produz. Com a rota, poderão conhecer a história dos produtores, acompanhar o processo artesanal e entender o verdadeiro custo do queijo, que é diferente da produção em grande escala. Além disso, terão uma experiência no meio rural, já que muitas queijarias estão localizadas fora dos centros urbanos”, destaca Patrícia Magalhães, Consultora de Turismo e CEO da Avant Turismo PE. DAS COMMODITIES AOS QUEIJOS ARTESANAIS Apesar da tradição na produção de queijos, Pernambuco ainda enfrenta um alto nível de informalidade, especialmente no interior. No entanto, um movimento de valorização tem ganhado força, destacando a identidade e a história de cada produtor, ao mesmo tempo em que aprimora os processos produtivos, agregando sofisticação e reconhecimento ao setor. “O cenário atual de queijos aqui em Pernambuco e no Brasil também, atualmente, se divide em commodities (principalmente muçarela) e os queijos artesanais. Há espaço para ambos, percebemos que o público para queijos artesanais é bem mais seleto e também há ocasiões para cada tipo de queijo”, afirmou Vânia Freire Lemos, coordenadora de operações do CT Laticínios de Garanhuns (Centro Tecnológico Instituto de Laticínios do Agreste) do Itep (Instituto de Tecnologia de Pernambuco). Entre 2020 e 2023, o CT Laticínios, em Garanhuns, desenvolveu um projeto de incubação voltado para empresários da região interessados em atuar no setor de laticínios, por meio de um contrato de gestão assinado entre o Itep e a Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação de Pernambuco (SECTI). Durante esse período, os participantes trabalharam na prospecção, desenvolvimento e produção de queijos finos, especiais e até autorais, aprimorando técnicas e consolidando suas marcas no mercado. Após uma fase experimental, o Laticínio Belamente, de Garanhuns, deu sequência a sua produção própria na sede da Fazenda São José, onde atualmente produz queijos especiais das marcas Sambaiba e Belamente. No local, são fabricados oito tipos diferentes, usando tanto leite de vaca, como de cabra. Apostando na raça indiana Guzerá, conhecida pela rusticidade e pelo leite de alto teor de sólidos (percentual de gordura, proteína e minerais), José Bezerra, proprietário do Laticínio Belamente, decidiu investir em queijos autorais. “Achamos que era uma matéria-prima muito rica para ser vendida apenas como leite fluido, então começamos a experimentar e desenvolver receitas para aproveitar ao máximo seu potencial”, explica o produtor. A fazenda resgatou a tradição familiar na produção de queijos, interrompida por algumas gerações, e hoje se dedica à elaboração de produtos de média e longa maturação, naturalmente sem lactose e livres de conservantes. Além do leite do rebanho Guzerá, a queijaria também utiliza leite de cabra, animal símbolo da resistência da Caatinga. “Queremos explorar ao máximo os recursos do semiárido e produzir em harmonia com o meio ambiente, refletindo isso no produto final”, afirma José Bezerra. A fazenda também está iniciando a recepção de visitantes para roteiros guiados, mediante agendamento pelo Instagram ou por telefone. A coordenadora de operações do Centro Tecnológico Instituto de Laticínios do Agreste destaca que, no caso das queijarias artesanais, diversos protocolos de produção são seguidos até que se atinja o sabor específico de cada produto. “Os diferenciais de raça, alimentação, manejo, tipo de leite e processo produtivo artesanal são, sem dúvida, o conjunto que promove a produção de queijos especiais e sabores característicos. Outro diferencial é que o processo de produção é o mais natural possível”, destacou Vânia. DE PRODUTORES AO ATENDIMENTO AOS TURISTAS Para a maioria dos produtores, a recepção de visitantes na produção não fazia parte da rotina. Uma exceção é a Fazenda Polilac, localizada na entrada de Garanhuns, que já se consolidou como um dos atrativos para quem visita a chamada Suíça Pernambucana. O local atrai muitos visitantes pela venda de produtos artesanais, opções de

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Setor de serviços cresce 3,1% em 2024 e mantém trajetória positiva

Quatro dos cinco segmentos avançaram, com destaque para informação e comunicação O setor de serviços encerrou 2024 com um crescimento de 3,1%, marcando o quarto ano consecutivo de alta e acumulando um avanço de 27,4% desde 2021. O resultado superou o desempenho de 2023, que registrou 2,9%, consolidando a importância do setor na economia brasileira. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (12). Quatro dos cinco segmentos analisados apresentaram crescimento no ano passado. O maior destaque foi para os serviços de informação e comunicação e os serviços profissionais, administrativos e complementares, ambos com alta de 6,2%. Os serviços prestados às famílias avançaram 4,4%, enquanto a categoria “outros serviços” cresceu 1,1%. O único setor em queda foi o de transportes, que registrou retração de 0,7%, impactado pela redução na receita do transporte rodoviário de cargas, reflexo da menor safra agrícola em 2024. No recorte de dezembro, o setor registrou uma queda de 0,5% em relação a novembro, acumulando uma retração de 1,9% nos dois últimos meses do ano. Esse desempenho foi influenciado pela base de comparação elevada após o recorde de outubro. Entre os segmentos que mais recuaram no mês, destacam-se “outros serviços” (-4,2%), serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,7%) e atividades de informação e comunicação (-0,7%). Já os serviços prestados às famílias cresceram 0,8%, acumulando uma alta de 7,8% entre maio e dezembro. Apesar da queda pontual no fim do ano, o setor de serviços encerrou 2024 operando 15,6% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020. Entretanto, ainda se encontra 1,9% abaixo do pico histórico, atingido em outubro de 2024.

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Endividamento cresce no Recife, mas inadimplência segue estável

Pesquisa da Fecomércio-PE aponta aumento no número de famílias endividadas, mas sem avanço significativo da inadimplência O número de famílias endividadas no Recife aumentou em janeiro de 2025, segundo levantamento da Fecomércio-PE, baseado na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). O índice atingiu 83,9%, acima dos 82% registrados em dezembro e dos 82,4% do mesmo período do ano passado. Isso significa que 442.497 famílias na capital pernambucana possuem algum tipo de dívida, um crescimento de cerca de mil famílias em relação ao mês anterior. Apesar da alta no endividamento, a inadimplência se manteve praticamente estável. O percentual de famílias com contas em atraso foi de 26,2%, pouco acima dos 26,1% de dezembro, mas inferior aos 30,6% registrados há um ano. Já o número de lares que afirmam não ter condições de pagar suas dívidas seguiu sem grandes variações, ficando em 12,4%. O cartão de crédito segue como o principal vilão das dívidas, utilizado por 92,2% dos endividados, seguido por carnês de lojas (27,3%), financiamento de veículos (6,3%) e crédito pessoal (5,3%). Bernardo Peixoto, presidente da Fecomércio-PE, vê o cenário com cautela, mas ressalta pontos positivos. “O cenário ainda exige cautela, mas a estabilidade na inadimplência e o controle no comprometimento da renda são pontos positivos. Para o comércio, isso significa que as famílias ainda estão consumindo, mas priorizando gastos essenciais. O crédito continua sendo um fator determinante e, se bem gerenciado, pode manter o setor aquecido ao longo do ano”, avalia. Para Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE, o aumento do endividamento não significa necessariamente um agravamento da economia, mas exige atenção. “O aumento do número de famílias endividadas reflete, em parte, a necessidade do crédito para manter o consumo. No entanto, a estabilidade da inadimplência mostra que os consumidores estão conseguindo administrar seus compromissos financeiros. O grande desafio continua sendo o impacto do crédito caro e do elevado comprometimento da renda, que pode limitar o poder de compra nos próximos meses”, analisa.

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