Arquivos Economia - Página 9 De 417 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Dia dos Pais deve movimentar R$ 183 milhões no comércio de Pernambuco em 2025

Inflação em produtos tradicionais e alta no desemprego explicam retração nas vendas, segundo Fecomércio-PE A expectativa para o Dia dos Pais 2025 no comércio pernambucano é de uma movimentação financeira de R$ 183 milhões, valor 2,3% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. A projeção, realizada pela Fecomércio-PE, considera o histórico da data, os preços atuais e os principais indicadores econômicos do estado, como inflação e taxa de ocupação. Mesmo sendo uma das datas mais relevantes para o varejo, o cenário econômico impõe desafios ao desempenho das vendas. Segundo a entidade, o encarecimento de itens tradicionalmente procurados para a data, como roupas, calçados e relógios, tem influência direta sobre a retração. Em 12 meses até junho de 2025, os preços subiram 4,68% no vestuário, 3,03% em calçados e acessórios e 3,04% nos relógios. Presentes de maior valor agregado, como videogames, também sofreram forte alta, com inflação acumulada de 9,38% no período, dificultando o acesso por parte das famílias. Outro fator de peso é o elevado índice de desemprego no estado. Pernambuco lidera o ranking nacional, com taxa de 11,6%, e a Região Metropolitana do Recife voltou a apresentar aumento após uma sequência de quedas. O agravamento das condições no mercado de trabalho reduz a renda disponível das famílias e, consequentemente, a capacidade de consumo no comércio local — especialmente em datas comemorativas como o Dia dos Pais. Para o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, a data ainda representa uma oportunidade importante para o varejo, sobretudo nos centros urbanos. “O Dia dos Pais é uma oportunidade relevante para o varejo, sobretudo nos centros comerciais e lojas de rua. A data favorece o relacionamento com os consumidores, seja por meio de produtos com apelo afetivo, seja por condições promocionais. A ampliação dos canais de atendimento, inclusive digitais, pode ser estratégica para atrair novos públicos e ampliar as vendas”. O economista da entidade, Rafael Lima, destaca o impacto do cenário macroeconômico sobre o comportamento do consumidor. “O valor estimado aponta para leve queda nas vendas em relação ao ano anterior, considerando a margem de variação estatística. O atual cenário, com taxa básica de juros ainda elevada e persistência do desemprego, limita a propensão das famílias ao consumo, especialmente diante das pressões inflacionárias sobre itens comumente adquiridos nesta data, como vestuário e calçados”.

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Pernambuco atrai R$ 364 milhões em novos investimentos com incentivos fiscais

Programas Prodepe e Proind viabilizam chegada de 44 novos projetos ao Estado, com foco no interior e geração de 492 empregos O Governo de Pernambuco anunciou, nesta quarta-feira (30), a chegada de R$ 364,2 milhões em novos investimentos ao Estado por meio de incentivos fiscais dos programas Prodepe e Proind. Ao todo, 44 projetos — entre indústrias, centrais de distribuição e importadores atacadistas — foram aprovados na 132ª reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic). Os empreendimentos devem gerar 492 novos postos de trabalho, dos quais 66% estão concentrados no interior. Vitória de Santo Antão se destaca com Mondelez Do montante total, R$ 342,5 milhões — o equivalente a 94% — serão direcionados para cidades do interior, com destaque para Vitória de Santo Antão. No município, a gigante Mondelez lidera os aportes com um investimento de R$ 111,3 milhões e a expectativa de criar 160 vagas diretas. “O que estamos vendo é o resultado de uma política de desenvolvimento que alia responsabilidade fiscal com estímulo ao setor produtivo”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti. Importação e distribuição aquecem a economia Além das indústrias, o Condic também aprovou nove projetos de importadores atacadistas e 17 centrais de distribuição. As importações previstas somam R$ 60,6 milhões ao ano, com recolhimento estimado de R$ 8,2 milhões em ICMS. Já as centrais de distribuição devem movimentar R$ 1,4 bilhão entre compras e transferências, gerando R$ 114,4 milhões em tributos para os cofres estaduais. 2025 já soma quase R$ 1 bilhão em investimentos Segundo a presidente da Adepe, Ana Luiza Ferreira, o ciclo de 2025 já acumula R$ 915,2 milhões em investimentos e 1.839 empregos gerados nos três primeiros anúncios do ano. “É muito significativo ver a grande parte destes investimentos aqui anunciados seguindo para o interior. Isso reafirma nosso compromisso com um desenvolvimento que alcança diversos territórios”, afirmou. Outros dois anúncios de investimentos estão previstos até o fim do ano.

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Consórcio Nordeste reage a tarifaço dos EUA e busca articulação com Governo Federal

Governadores se mobilizam para proteger setores estratégicos e minimizar impacto nas exportações regionais Diante do anúncio de tarifas de 50% sobre todas as exportações brasileiras pelos Estados Unidos, os governadores do Consórcio Nordeste agiram com rapidez. Uma articulação “emergencial” foi iniciada junto à APEXBrasil e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para proteger cadeias produtivas vitais para a região. Setores como fruticultura, apicultura, indústria têxtil, calçadista, metalmecânica e automotiva estão entre os mais ameaçados pelas novas medidas norte-americanas. Mobilização conjunta em Brasília A agenda da próxima semana prevê uma série de reuniões em Brasília. Na terça-feira (5), os governadores participarão do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para discutir os impactos do tarifaço. Na tarde do mesmo dia, acontece a Assembleia Geral do Consórcio Nordeste. Já na quarta-feira (6), os líderes estaduais terão encontro no Palácio do Planalto com Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Defesa dos empregos e novos mercados O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Rafael Fonteles, reforçou a necessidade de união e planejamento. “O Nordeste não assistirá passivamente ao impacto dessas medidas. Estamos somando forças com a APEXBrasil e o MDIC para garantir a proteção dos nossos empregos, das nossas empresas e da nossa capacidade produtiva”, afirmou. Um mapeamento técnico está em andamento para estimar as perdas econômicas por estado e setor, além de identificar produtos e empresas mais afetadas. A intenção é diversificar mercados e ampliar a presença internacional dos produtos nordestinos. “Defender a economia do Nordeste é defender o Brasil. E é com esse espírito que estamos somando forças”, concluiu Fonteles. Renato Cunha integra comitiva brasileira de senadores nos EUA para tentar reverter tarifaço O setor sucroalcooleiro é um dos mais impactados pelas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras. Representando essa preocupação, o vice-presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) e presidente do Sindaçúcar, Renato Cunha, integrou a comitiva de senadores brasileiros que está em Nova York em busca de diálogo com autoridades norte-americanas. O açúcar representa US$ 64 milhões anuais em exportações pernambucanas, e sua taxação pode inviabilizar a presença do produto no mercado dos EUA. “Produto com tarifação como está é praticamente barreira, não dá para entrar mais nesse mercado”, afirmou Bruno Veloso, presidente da Fiepe. Governadora Raquel Lyra articula estratégias para preservar exportações de Pernambuco diante do tarifaço dos EUA A governadora Raquel Lyra reuniu no Palácio do Campo das Princesas representantes dos principais setores econômicos de Pernambuco para debater os impactos do anúncio do tarifaço pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Durante o encontro, que contou com a presença de líderes da fruticultura, sucroenergético e indústria, Raquel reafirmou o compromisso do Estado em preservar empregos e manter a atividade exportadora por meio de negociações internacionais e diálogo constante com o Governo Federal. O presidente da Fiepe, Bruno Veloso, e outras lideranças empresariais reforçaram a importância de buscar o adiamento da medida para dar tempo ao setor produtivo se preparar e negociar alternativas que minimizem os prejuízos econômicos.

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Programa “Fique em Dia” é prorrogado até o fim de agosto com descontos de até 90%

Contribuintes do Recife têm novas oportunidades para quitar débitos de IPTU, ISS e outras taxas municipais com condições facilitadas A Prefeitura do Recife prorrogou até o dia 31 de agosto o prazo para adesão ao programa “Fique em Dia”, que oferece descontos de até 90% em juros e multas para contribuintes com pendências tributárias. A iniciativa da Secretaria de Finanças permite regularizar dívidas como IPTU, ISS e taxas municipais com opções de parcelamento em até 96 vezes, além de pagamento via cartão de crédito. Os descontos variam conforme a modalidade escolhida: 90% para pagamento à vista; 70% para parcelamento em até 12 vezes; 50% em até 24 vezes; 30% em até 36 vezes e 10% em até 48 vezes. Parcelamentos entre 49 e 96 vezes não têm desconto, mas continuam disponíveis. Já no pagamento por cartão de crédito, o contribuinte mantém os benefícios do pagamento à vista, com parcelamento em até 24 vezes e acréscimo de taxas operacionais. A negociação pode ser feita por diversos canais: site fiqueemdia.recife.pe.gov.br, aplicativo Conecta Recife (Android e iOS), WhatsApp (81 3355-9025) e presencialmente no Centro de Atendimento ao Contribuinte, na sede da Prefeitura. Para acessar os serviços, o contribuinte precisa do número do Sequencial do imóvel (Pessoa Física) ou da Inscrição Mercantil (Pessoa Jurídica ou autônomo). Nos primeiros 30 dias da campanha, mais de R$ 100 milhões em dívidas foram renegociados, demonstrando o impacto da medida para o equilíbrio fiscal do município e para o alívio financeiro dos contribuintes. A ampliação do prazo busca ampliar ainda mais o alcance da iniciativa. Serviço📆 Prazo: até 31 de agosto🌐 Site: fiqueemdia.recife.pe.gov.br📱 App: Conecta Recife (Android e iOS)💬 WhatsApp: (81) 3355-9025🏢 Atendimento presencial: Cais do Apolo, 925, Bairro do Recife – das 8h às 15h

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Pernambuco no palco global: desafios e oportunidades da internacionalização

Especialistas apontam potencial estratégico do Estado como hub no Atlântico Sul, destacam parcerias com a África e Europa Central e cobram protagonismo da iniciativa privada para impulsionar novo ciclo de desenvolvimento. O Pernambuco em Perspectiva é uma promoção da Revista Algomais e da Rede Gestão, com patrocínio do Banco do Nordeste e do Governo Federal. *Por Rafael Dantas A internacionalização da economia pernambucana desponta como um dos principais desafios do novo ciclo de desenvolvimento do Estado. Durante o encontro Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo, realizado em julho, Gilberto Freyre Neto, presidente do Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia), e Rainier Michael, cônsul da Eslovênia, chamaram atenção para oportunidades ainda pouco exploradas pelos atores locais, como as parcerias com países da África e da Europa Central. Ambos defenderam a urgência de um planejamento estratégico que posicione Pernambuco na agenda global e cobraram maior protagonismo da iniciativa privada nesse processo. Os palestrantes também destacaram a longa trajetória internacional do Estado, com raízes no ciclo colonial, e o potencial diplomático de abrigar o segundo maior corpo consular do Brasil. No passado, Pernambuco teve um papel de protagonismo nas exportações durante o ciclo do açúcar. Na palestra, Gilberto Freyre Neto apresentou uma leitura histórico-estratégica da posição do Estado no mundo, defendendo sua relevância geopolítica como ponto de conexão entre continentes e culturas desde o período das Grandes Navegações até os desafios atuais da globalização. Ele argumenta que Pernambuco deve assumir seu papel como elo ativo no cenário internacional, investindo em ciência, tecnologia, educação e diplomacia cultural. Para isso, propõe uma revalorização do passado para projetar um futuro de protagonismo mais uma vez como um “Farol Estratégico no Atlântico Sul”. OLHAR PARA FORA DAS GRANDES POTÊNCIAS ATUAIS Apesar da proximidade geográfica e dos laços históricos compartilhados com o continente africano, Pernambuco tem negligenciado a construção de pontes estratégicas com países da costa ocidental da África. Em sua palestra, Gilberto Freyre Neto alertou para o potencial desperdiçado nessas relações, destacando a Nigéria como um exemplo simbólico. “A Nigéria já tem uma população maior que o Brasil, o PIB é 40% do nosso. Vai chegar daqui a 50 anos a 70%, e nos superar daqui a 100 anos”, projetou. Segundo ele, esse crescimento torna urgente o fortalecimento de vínculos culturais, comerciais e diplomáticos com o país africano, que deverá ocupar papel de protagonismo global nas próximas décadas. Ao invés de esperar que as oportunidades surjam espontaneamente, Freyre Neto defende uma atuação proativa de Pernambuco que precisa se posicionar como parceiro estratégico de uma África em ascensão. “E a gente não vai fazer amizade com os nigerianos?”, provocou, ao questionar a ausência de iniciativas concretas de aproximação. Para ele, o momento é de investir em relações de confiança e afeto, fundamentais para a criação de rotas comerciais sustentáveis e cooperação mútua. Ignorar esse potencial significa ceder espaço a potências como a China, que já atua intensamente na região, enquanto Pernambuco assiste de longe, sem marcar presença. Enquanto Gilberto Freyre Neto chamou atenção para o potencial da costa ocidental africana, Rainier Michael destacou a relevância estratégica da Europa Central, uma região frequentemente ignorada nas discussões sobre internacionalização. Ele apontou a Eslovênia, país com cerca de 2 milhões de habitantes e presença diplomática em Pernambuco há nove anos, como porta de entrada para mercados europeus sem acesso ao mar, como Áustria, Suíça e Hungria. Nesse contexto, o Porto de Koper, no Mar Adriático, surge como uma alternativa logística altamente competitiva. Rainier defende que Pernambuco adote uma visão mais ousada e criativa, apostando em rotas alternativas às grandes potências comerciais. “A Eslovênia é um país pequeno, mas está no Mar Adriático. Para negócios, é a porta de entrada para a Europa Central. Por que nós não olhamos isso?”, questionou. Ele lembrou que 30% dos carros da BMW são exportados por Koper, porto que está 300 quilômetros mais perto do que Hamburgo para boa parte da Europa Central. “Vários países dessa região europeia que não têm portos usam a Eslovênia para exportação. A gente tem que procurar novos horizontes. É a estratégia que o consulado utilizou”, completou. RISCO DE FICAR FORA DA NOVA ROTA DA SEDA A participação do Estado nas conexões bioceânicas impulsionadas pela China – por meio da Nova Rota da Seda (Belt and Road Initiative) – foi tema de uma das perguntas mais provocativas do público, feita por Sérgio Cavalcante, head de inovação do Grupo Cornélio Brennand. Em resposta, Gilberto Freyre Neto alertou para o avanço silencioso, mas consistente, de uma nova infraestrutura logística que conecta o Oceano Pacífico ao Atlântico Sul. Esses empreendimentos terão impactos diretos sobre o futuro da inserção internacional do Brasil e, especialmente, do Nordeste. Ele destacou, porém, que Pernambuco corre o risco de ficar de fora dos principais eixos de circulação de mercadorias globais. O presidente do Iperid explicou que os corredores ferroviários e hidroviários que compõem essa rota – ligando, por exemplo, o Porto de Chancay (no Peru) ao Porto de Ilhéus (BA) – estão em construção há mais de duas décadas, com participação crescente de investidores chineses e longe das fronteiras pernambucanas. Essas obras, já em fase avançada, incluem caminhos logísticos que atravessam o continente, inclusive em regiões onde países como o Paraguai, mesmo sem litoral, já se integram ao comércio internacional com mais eficiência que muitos estados brasileiros. O cenário se torna ainda mais preocupante diante da ausência de articulação de Pernambuco com esses fluxos globais. Gilberto Freyre Neto afirmou que o Estado poderia se tornar um centro de processamento de produtos asiáticos destinados à África, aproveitando sua posição privilegiada no Atlântico Sul. No entanto, isso exige infraestrutura intermodal eficiente, conexões ferroviárias funcionais – como a execução da Transnordestina e a sua conexão da a Ferrovia Norte-Sul – e políticas públicas integradas. PAPEL DO ESTADO E PAPEL DO EMPRESARIADO Um dos alertas mais recorrentes no debate sobre a internacionalização de Pernambuco foi a ausência de protagonismo da iniciativa privada. Para além de planos de governo ou acordos institucionais, os palestrantes insistiram que são

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Transição para o IVA exige atenção imediata das empresas, alerta tributarista

Com novas fases da Reforma Tributária, Receita Federal amplia testes com CBS e IBS, e empresas devem rever sistemas antes de 2026 A implementação da Reforma Tributária avança com mais velocidade. A Receita Federal anunciou a expansão do projeto-piloto que testa os novos tributos Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que compõem o modelo dual do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Iniciada em julho com 50 empresas, a fase de testes agora contará com a participação de mais 185 companhias. O alerta aos empresários que não estão nesse grupo é claro: é hora de revisar sistemas e processos antes da obrigatoriedade do novo modelo em 1º de janeiro de 2026. O IVA substituirá a maior parte dos tributos atuais — como PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS — e será implantado gradualmente. Durante o período de transição, as empresas terão que operar com dois sistemas simultaneamente: o atual e o novo, baseado na CBS, cuja arrecadação será federal, e no IBS, que terá repartição entre estados e municípios. “Já temos datas certas para todos os empresários receberem em sua mesa boletos de CBS e IBS e muitos ainda não atentaram para a urgência do tema”, adverte o advogado tributarista Felipe Athayde, fundador do escritório Felipe Athayde Advogados Associados, que atua em 17 estados. A coexistência entre os modelos será regulamentada pela Emenda Constitucional nº 132/23. Para facilitar a adaptação, a cobrança dos novos tributos começará com alíquotas simbólicas — 0,9% para a CBS e 0,1% para o IBS — em caráter compensável. Essa estrutura permite que as empresas ajustem seus sistemas e processos sem impacto imediato no caixa. “Trata-se de uma espécie de ‘voo de teste’ fiscal, que antecipa os ajustes operacionais sem sobrecarregar o caixa das empresas”, explica Athayde. As mudanças exigirão atenção estratégica, especialmente no que se refere ao planejamento tributário. Athayde destaca que “cada fase do cronograma exigirá mudanças concretas em sistemas, processos, contratos e obrigações”. No caso das empresas do Simples Nacional, será necessário entender as implicações de optar por incluir ou não os novos tributos dentro da guia do DAS. Além disso, haverá dois prazos distintos de adesão a partir de 2027, somados à extinção progressiva dos incentivos fiscais estaduais e federais. O projeto-piloto da Receita Federal deverá alcançar 500 empresas até o fim de 2025, selecionadas por entidades do setor, pelo Comitê Gestor do IBS ou pela própria Receita. O ambiente de testes é restrito e não interfere nas obrigações reais das empresas. “Trata-se de uma iniciativa que evidencia o quanto a reforma tributária ganha tração e que todos os contribuintes precisam começar a transição para o novo modelo fiscal agora”, conclui Felipe Athayde.

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Inflação recua pela nona vez e mercado mantém otimismo moderado para o PIB

Boletim Focus aponta IPCA em 5,09% e crescimento econômico de 2,23% em 2025 A previsão do mercado financeiro para a inflação oficial do país voltou a cair, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (28). A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 passou de 5,1% para 5,09%, marcando a nona redução consecutiva. Ainda assim, o percentual segue acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, de 4,5%, o que exige do presidente do BC o envio de carta explicativa ao Ministério da Fazenda. Para os próximos anos, o cenário inflacionário segue em desaceleração: 4,44% em 2026, 4% em 2027 e 3,8% em 2028. O acumulado em 12 meses, até junho, está em 5,35%, puxado principalmente pela alta da energia elétrica, apesar da primeira queda nos preços dos alimentos após nove meses de alta. Desde o novo regime de metas adotado em 2024, um período de seis meses acima do teto já configura estouro da meta. Mesmo com a desaceleração inflacionária, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic para 15% ao ano na última reunião, o sétimo aumento seguido. O objetivo é conter a inflação diante das incertezas econômicas. A expectativa é de manutenção dos juros no curto prazo, com possíveis cortes apenas a partir de 2026, quando a Selic pode recuar para 12,5%. Para 2027 e 2028, as previsões indicam queda gradual, para 10,5% e 10%, respectivamente. Já o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) segue com projeção de 2,23% em 2025, mantendo-se estável em relação à semana anterior. O resultado positivo do primeiro trimestre, impulsionado pela agropecuária, ajuda a sustentar o otimismo. Para os anos seguintes, o mercado projeta crescimento entre 1,89% e 2%. A cotação do dólar deve encerrar o ano em R$ 5,60, subindo para R$ 5,70 até o fim de 2026.

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Networking: muito além da simpatia, uma estratégia de vida

*Gustavo Delgado Após o conclave do novo papa, recebi um vídeo sobre um grupo de acadêmicos da Universidade de Bocconi em Milão, que acertou quem seria o papa antes de todos. Como foi possível? Eles teriam aplicado Ciências de Redes para tentar adivinhar quem seria o novo papa. Só que Ciências de redes é a mesma lógica que usam o Google para tentar ranquear páginas ou o Instagram para sugerir novas conexões para as pessoas. Eles teriam feito algumas análises: 1- Relações Institucionais. Quem se envolve com quem, quem conversa com quem, quais comissões em comum… 2- Laços de nomeação apostólica, ou seja, quem formou quem, quem continuou a atuação de quem, quem consagrou quem… 3- Conexões Informais, ou seja, quem é mentor de quem, quem tem afinidade ideológica com quem. Com estas informações eles teriam aplicado três métricas clássicas da teoria de Redes: A- Centralidade, portanto, quem está próximo do centro de poder, do processo decisório. Não basta ter muitos amigos, mas amigos com poder de decisão. B- Intermediação, portanto, quem circula bem entre os grupos, quem é agregador. C- Coesão, portanto, quem consegue criar alianças e unir diversos. Ou seja, quem não é evitado. E o resultado disto tudo dava o atual Papa Leão XIV! O que é networking Tudo isso é mais uma forma de mostrar o quanto é importante entender, se dedicar e trabalhar nosso networking. Muitas pessoas acreditam que networking é, como eu mesmo brinco de dizer, “distribuir simpatia”, mas jamais. Networking é dedicação, é empatia, é conexão, é curiosidade empreendedora. Para fazer Networking abdica-se de outras coisas, inclusive do tempo. É preciso fazer um esforço, sair da zona de conforto, querer conhecer outros olhares, outras formas de ver o mundo e não impor o seu, necessariamente. É saber ouvir e saber falar, no momento certo, sem excesso. Quantos profissionais fantásticos conhecem muita gente, mas não possuem as 3 métricas da teoria de redes? De quantas reuniões participei em que algumas pessoas foram para falar, e não para também ouvir. O quanto perderam. Quantas vezes já elogiaram meu networking? Isto me ajuda demais enquanto consultor, porque como sempre digo: não conheço tudo, não sei de tudo, mas geralmente lembro de alguém que sabe. E me dedico a ajudar a conectar aquele profissional à solução de que ele necessita. E quando isto acontece, passo a ser referência para ele, e ele me conecta a várias outras oportunidades. Acrescento ainda que esse processo de conexão com as pessoas exige presença física, olho no olho, aperto de mão, comunicação não verbal. E, assim sendo, como optar por cursos EAD para quem tem condições de fazer cursos presenciais e para quem está precisando se relacionar com pessoas e com o mundo? Como querer trabalhar 100% home office, se perderemos necessariamente o convívio e as trocas naturais? Ficar fora desta relação humana é antissocial e contraproducente. O homem é um animal SOCIAL e seremos sempre. *Gustavo Delgado – Consultor de comércio exterior de internacionalização de empresas, Diretor de OCCA, Diretor de inovação da ABDAEX, Coordenador de MBA em Comércio exterior, Coordenador dos cursos de Gestão da UNIFBV e Mestre em Economia

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Consumo segue estável no Recife, mas desigualdade entre faixas de renda persiste

Índice de Intenção de Consumo das Famílias fica em 100,6 pontos em julho, com retração entre os mais vulneráveis e avanço entre os que ganham mais de dez salários mínimos A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) do Recife manteve-se tecnicamente estável em julho de 2025, registrando 100,6 pontos — leve variação em relação aos 101,0 pontos de junho. Apesar de ainda se manter próxima da zona de otimismo, a pesquisa realizada pela Fecomércio-PE revela uma recuperação desigual entre os diferentes estratos de renda da capital pernambucana. Enquanto as famílias com rendimento acima de dez salários mínimos apresentaram crescimento de 1,0% no indicador, chegando a 125,5 pontos, os domicílios com renda inferior a esse patamar registraram queda de 0,7%, ficando em 98,2 pontos — abaixo da linha de satisfação. A retração foi influenciada principalmente pela piora na perspectiva de consumo (-4,8%) e na avaliação do consumo atual (-1,8%), além de recuos nos quesitos emprego atual (-1,3%) e acesso ao crédito (-0,6%). Em comparação com julho de 2024, porém, o cenário mostra melhora: o índice geral teve alta de 4,2% no período de um ano, sinalizando certa resiliência do consumo, puxada pela recuperação de renda e pela formalização no mercado de trabalho. Para o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac PE, Bernardo Peixoto, “a pesquisa aponta um cenário de estabilidade, mas ainda com diferenças entre os estratos de renda. Seguimos monitorando esses indicadores com o objetivo de subsidiar estratégias que contribuam para o fortalecimento do comércio, respeitando a realidade das famílias e suas diferentes condições de consumo”. O economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, destaca a retomada desigual. “Há sinais de recuperação sustentada entre os grupos menos sensíveis à inflação e à restrição de crédito. Por outro lado, a estagnação entre os consumidores de menor renda aponta para a necessidade de medidas estruturantes que ampliem a capacidade de consumo dessas famílias, principalmente por meio de geração de emprego, aumento da renda disponível e maior previsibilidade nas condições de crédito ao consumidor”, avalia.

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Festival Pernambuco Meu País injeta R$ 7 milhões em Salgueiro

Com 95% da rede hoteleira ocupada e 150 empregos gerados, Festival Pernambuco Meu País impulsiona o comércio e o turismo regional A 2ª edição do Festival Pernambuco Meu País começou movimentando muito mais que a cena cultural de Salgueiro, no Sertão pernambucano. Com a presença da governadora Raquel Lyra na abertura, o evento já injeta cerca de R$ 7 milhões na economia local, fortalecendo o turismo, a rede de serviços e os pequenos negócios. Segundo a prefeitura, a ocupação hoteleira chegou a 95% com a chegada de visitantes de diferentes regiões do Estado. De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Henrique Sampaio, cerca de 150 empregos diretos e indiretos foram gerados, beneficiando desde artistas e produtores até ambulantes e prestadores de serviço temporário. “Temos a perspectiva de receber muitos visitantes das cidades vizinhas, como Arcoverde, Araripina e Petrolina, que além do festival vão aproveitar para conhecer nossos pontos turísticos”, disse. Para ele, o festival representa uma “oportunidade de vivenciar a nossa cultura, da nossa história pernambucana”. Para o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, o evento mostra como a cultura pode ser um vetor estratégico de desenvolvimento. “Iniciativas como essa movimentam a economia local, fortalecem o turismo regional e geram oportunidades concretas para os pequenos empreendedores”. A secretária de Cultura, Cacau de Paula, reforça: “Quando a cultura se move, muita coisa se move junto, todos se fortalecendo de mãos dadas”. Com investimento total de R$ 30 milhões e mais de 900 ações previstas em todo o Estado, o Festival Pernambuco Meu País é realizado pela Secretaria de Cultura e Fundarpe. A estreia em Salgueiro reforça o compromisso com a interiorização da cultura, ampliando oportunidades e promovendo pertencimento nas regiões do interior.

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