Foram anunciados os 133 projetos contemplados nos cinco editais do Programa Nacional de Fomento ao Audiovisual (Proav), do Ministério da Cultura (MinC). A concorrência contou com 3.160 inscrições. Os editais contemplam as seguintes áreas: Desenvolvimento de roteiros cinematográficos: novos roteiristas; Juventude vlogueira: canais culturais na web; Apoio à produção de curta-metragem; Apoio a festivais e mostras audiovisuais e Aplicativos para cultura. O investimento total é de R$ 8,6 milhões.
Ao participar do evento, realizado na Cinemateca Brasileira (instituição responsável pela preservação da produção audiovisual brasileira), o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, destacou o peso da indústria audiovisual para a economia, que segundo ele representa 0,46% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. As atividades criativas, por sua vez, representam 2,64%. “Há R$ 100 milhões de renúncia fiscal para audiovisual por ano e este setor geral R$ 2,3 bilhões em impostos diretos e R$ 1,25 bilhão em impostos indiretos”, exemplificou.
Para o secretário do Audiovisual do MinC, João Batista, os editais do Proav permitem a descoberta de novos talentos, além da identificação dos potenciais regionais. “Há um movimento de desconcentração fora das capitais”, disse ele, ao participar do anúncio dos contemplados nesta edição. Ele apontou também que os editais buscaram um equilíbrio na distribuição regional e na participação por gênero. “Temos certeza que, desse conjunto de ações, sairão bons filmes e boas propostas”, disse.
Apesar dos indutores de participação por gênero e proposições regionais, metade das iniciativas inscritas nos editais do Proav foram da região Sudeste. Uma melhor distribuição dos recursos do Fundo do Setor Audiovisual (FSA) foi apontada pelo ministro Sá Leitão como um dos desafios da área. Para enfrentar o problema, ele entende como fundamental a “desburocratização, simplificação e racionalização” dos processos que envolvem o FSA.
(Agência Brasil)