O Colégio Equipe promoveu hoje (19) um debate com candidatos ao poder legislativo. Raul Henry, Túlio Gadêlha, Karla Falcão, Carol Vergolino (do Juntas) e Charbel Maroun participaram da mesa que foi mediada por André Carneiro Leão. Reforma política, desarmamento e autoritarismo foram alguns dos assuntos que entraram na pauta, que foi construída pelos coordenadores do evento e pelos alunos.
Após uma apresentação breve das suas candidaturas, todos os participantes da mesa responderam perguntas elaboradas pelos alunos e lidas pelo mediador do debate. Alguns questionamentos foram individuais, mas algumas perguntas foram para todos os candidatos ao parlamento.
O tema do desarmamento, por exemplo, foi um questionamento para todos os candidatos. Charbel Maroun, do Partido Novo, foi o único da mesa que é contrário ao desarmamento. Os demais consideraram que o armamento da população poderia aumentar os indicadores de violência atuais.
Outro assunto destacado foi da Escola Sem Partido, também tendo no candidato do Partido Novo o único defensor. Raul Henry, Túlio Gadêlha, Carol Vergolino e Karla Falcão fizeram ponderações contrárias sobre a questão da "doutrinação" de alguns docentes, mas defenderam fortemente a necessidade de discutir a diversidade de temas e de posições sociopolíticas na escola.
Aos candidatos para a Câmara Federal foi perguntado quais as reformas que consideravam mais urgentes. Raul Henry destacou três grandes reformas: a política (defendeu que o melhor modelo é o alemão), a da previdência (que considera urgente um amplo debate na sociedade brasileira para chegar a um modelo justo) e a tributária. Charbel ressaltou a reforma da previdência (ele afirma que a previdência é um dos maiores responsáveis pelo atual déficit público) e a tributária (defendendo a simplificação dos impostos). Túlio Gadêlha apontou como primordial a reforma política (com a limitação de reeleição para o poder legislativo), seguida da reforma trabalhista.
CONFIRA ABAIXO ALGUNS DEPOIMENTOS DOS CANDIDATOS
"Queremos trazer ideias de fora que deram certo para o País, reduzindo os impostos e com menos burocracia. Quando estamos no exterior vemos como é as pessoas tem qualidade de vida melhor. Isso é porque o Governo intervém pouco na iniciativa privada e na vida das pessoas. Não espanta as empresas e a vinda de novas tecnologias", afirmou Charbel Maroun (Partido Novo).
"Queremos trabalhar no gabinete com um grupo jurídico para poder fazer as fiscalizações, proposições de requerimentos e projetos de lei. Mas também uma equipe de comunicação para poder repassar para as pessoas o que está sendo feito no mandato pelas mídias sociais e panfletos para falar com as pessoas", afirmou Karla Falcão (PPS).
"Nossa proposta de reforma política limita a quantidade de reeleições para deputados federais, assim como é para o poder executivo. Também discutimos a divisão justa do fundo eleitoral e do tempo de televisão. Obrigamos deputados e mandatários a seguir com as propostas que ele se comprometeu na campanha", destacou Túlio Gadêlha (PDT).
"Podemos fazer a reforma da previdência, pois a conta não se sustenta. A sociedade brasileira precisa participar dessa discussão para fazer uma reforma justa e racional, com a participação das gerações que uma recebe a conta e a outra paga a conta. A reforma tributária, porque temos, estimam os economistas, 15 trilhões de dólares no mundo esperando um destino para realizar investimentos e o Brasil precisa simplificar o seu ambiente de negócios para atrair o capital internacional, investimentos e gerar oportunidades de trabalho, renda e emprego", defendeu Raul Henry (MDB).
"Algumas das nossas prioridades será defender soluções para o déficit de habitação do nosso Estado. Ter uma atuação para reconhecer o trabalhador informal, que hoje não é reconhecido. E também defender projetos que promovem a agroecologia", sinalizou Carol Vergolino, que integra a candidatura coletiva Juntas, do PSOL.