Está com preguiça de malhar? Veja essas dicas – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Está com preguiça de malhar? Veja essas dicas

Você não curte fazer atividade física? Ou é daqueles que se empolga para entrar na academia, mas não resiste a duas semanas levantando pesos? A dificuldade de manter-se disposto para se exercitar é um problema recorrente dos brasileiros.De acordo com o IBGE, apenas 28,5% da população pratica atividades físicas e somente 4% está matriculada em alguma academia ou centro de treinamento esportivo. Cientes desse quadro desafiador, os especialistas da área tem se debruçado para entender os motivos desse comportamento “preguiçoso” e para criar mecanismos motivacionais para essa pretensa geração saúde.

De acordo com o professor da UPE e dono da Academia Plataforma, Cláudio Barnabé, estudos indicam as razões que fazem a maioria das pessoas não conseguiu ultrapassar as primeiras semanas de exercícios. “Os primeiros 45 dias são apenas calor, suor e cansaço. Esse é um período sem resultados, além de não haver ainda a aptidão nem a habilidade por parte do aluno. Isso desmotiva e faz o indivíduo pensar: Não nasci para isso”.

Para combater esse problema, o professor explica que é necessário ter um trabalho fortemente motivacional e sem dor no período de adaptação. “Hoje 33% dos clientes abandonam a academia com 5 dias de exercício, mesmo que tenham pago o ano inteiro. Para reverter isso, propomos um início com cargas absolutamente leves, menos tempo de musculação e mais exercício de flexibilidade e alongamento. Nesse começo o aluno terá uma melhora na qualidade do sono e na capacidade de raciocinar”, sugere.

Além dessa frustração inicial daqueles que tiveram essa experiência negativa do início ou retomada da academia, o especialista indica que a falta de uma cultura de realizar atividades físicas entre os brasileiros desde a infância dificulta que passem a gostar quando adultos. “Sem uma educação física adequada na escola, o indivíduo só buscará uma atividade quando ouvir do médico que precisa, porque está hipertenso, com sobrepeso ou cardiopatia. O exercício é um remédio, não um prazer”, explica. De acordo com Cláudio Barnabé, essa barreira cultural não está presente nos países desenvolvidos, onde é com

uma prática esportiva desde a infância. Promover um ambiente descontraído, que favoreça a rede de relacionamentos, é outra preocupação das academias. Tanto ajuda a fidelizar aqueles que estão na luta dos primeiros dias, como motiva os mais experientes. Kialdo Lemos, 49 anos, sempre gostou de atividades físicas, desde o período colegial, quando jogava voleibol. Hoje, ele corre três vezes por semana, além de malhar até quatro dias. “Para mim a atividade é prazerosa. Quem busca uma academia, deve fazer novas amizades por lá, como fazia na infância quando se juntava para brincar ou jogar bola”, sugere.

Além do ciclo de relacionamentos e do prazer em fazer exercícios, Kialdo destaca que a consciência de que precisa cuidar da saúde é outra motivação para se manter na ativa. A participação eventual em competições de pedestrianismo também o anima. A identificação das modalidades que mais agradamos clientes e a diversidade das atividades propostas é outro segredo para vencer a desmotivação. “Como muita gente não curte malhar, as academias foram levadas a promover outras alternativas, como o crosfit, aulas de ginástica, treinamento funcional. Isso  é importante para que eles não fiquem presos só ao ambiente da musculação. Tem aluno que pratica um pouco de cada aula”, afirma o personal trainer da Academia Santeé, Fábio Siqueira Campos.

Funcionária da Prefeitura do Recife, Erika Crisóstomo, 38 anos, é do tipo que não suporta fazer academia. “Malho todos os dias por conta da saúde e também por motivação estética. Mas não vou com prazer”, conta. Com a prática de fazer exercícios há alguns anos, ela se habituou. Entrou na rotina e quando passa algum tempo longe da malhação, ela já sente falta. “O organismo já está habituado ao condicionamento”.

Com apenas 40 minutos por dia na academia Treno Fitness, nas Graças, ela conta que a diversificação dos exercícios é um dos segredos para não cair na desmotivação. “Meus professores sempre modificam meus treinos para não ficar monótono. Se dependesse só de mim não pegava embalo”, afirma. Associado às atividades, ela mantém uma alimentação sob orientação de uma nutricionista para ficar em forma. Essa dobradinha com outros profissionais, além do personal ou orientador da academia, ajuda também a acelerar os resultados almejados pelos alunos.

Encontrar espaços que com horários de funcionamento que se encaixem na sua rotina, que disponham de alternativas de modalidades do seu gosto e invistam em trabalho motivacional pode ser o empurrãozinho que faltava para você voltar à ativa.

Por Rafael Dantas

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