'Ex-Pajé', de Luiz Bolognesi, estreia 3 de maio em Recife - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

'Ex-Pajé', de Luiz Bolognesi, estreia 3 de maio em Recife

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Ex-Pajé, escrito e dirigido por Luiz Bolognesi (Uma História de Amor e Fúria), estreia dia 3 de maio em Recife. O longa foi selecionado para a competição do Festival É Tudo Verdade, principal festival de documentários na América do Sul. O filme recebeu o prêmio especial do Júri Oficial de Documentários da Mostra Panorama, no Festival de Berlim, em fevereiro deste ano. A produção Buriti Filmes e Gullane, tem distribuição da Gullane.

"Depois de termos a honra de estrear mundialmente em Berlim, ter a estreia nacional no É Tudo Verdade é uma alegria imensa porque é um dos maiores e mais importantes festivais de documentários do mundo e para o qual é selecionada a melhor safra de documentários nacional e internacional dos últimos meses. O Ex-Pajé estrear em um ambiente de reflexão como é o do festival é muito bacana e estamos muito contentes também porque a sessão de São Paulo será no dia 19 de abril, Dia do índio. Promover um debate sobre a questão da intolerância religiosa e dos pajés nesse dia é muito importante", afirma o diretor, roteirista e produtor Luiz Bolognesi.

Agenda TGI

Na première mundial em Berlim, Bolognesi divulgou um Manifesto de Povos e Lideranças Indígenas do Brasil que propunha um país com mais tolerância e respeito, e que criticava o etnocídio. No momento da premiação o júri oficial declarou que "O espírito de uma comunidade emana da natureza onde suas vidas se desenrolam. A história do mundo é a história da destruição dessa verdade. A menção especial do júri do Prêmio Documentário Original vai para um filme delicado que conta sobre um povo que vem sendo atacado há 500 anos, mas cujo presente é tão digno quanto o passado".

"Vencer o prêmio especial do júri oficial de documentários no Festival de Berlim significou muito porque foram mais de dois mil documentários inscritos no festival, aproximadamente 100 exibidos, 18 em competição e dois foram premiados pelo júri oficial. A principal consequência disso é o filme ser visto pelo mundo, temos convites para festivais em três continentes, estamos muito felizes", afirma Bolognesi.

"O filme chega agora no Brasil com o respaldo do prêmio em Berlim e sendo selecionado para o É Tudo Verdade, que é um festival importante não só aqui, mas em toda a América Latina. Vamos estrear em um momento delicado para a sociedade brasileira, em que precisamos exercitar a tolerância. O Ex-Pajé nos ensina a refletir sobre a tolerância, a enxergar o ponto de vista do outro, uma outra cultura, uma outra forma de ser e nos ensina também a respeitar a nós mesmos, nossos sentimentos, nossa sensibilidade, é um exercício interno, através do qual desenvolvemos o olhar externo. O longa estreia em um momento que o Brasil precisa dessa provocação, feita com calma e tranquilidade, como o filme faz", aponta a produtora Laís Bodanzky.

"Depois de estrear em Berlim e ganhar grande visibilidade mundialmente, nada traz mais alegria para a Gullane que a estreia oficial do filme no Brasil ser durante o festival É Tudo Verdade. Esta seleção é o maior selo que um documentário pode almejar no país e ficamos muito honrados com esta notícia. Nós da Gullane acreditamos que o festival será uma grande janela de visibilidade para um causa tão urgente como esta da situação atual dos Pajés no país", afirma o produtor Fabiano Gullane.

Ex-Pajé mostra o drama contemporâneo dos povos indígenas a partir da história de Perpera, um índio Paiter Suruí que viveu até os 20 anos num grupo isolado na floresta onde se tornou pajé. Após o contato com os brancos, um pastor evangélico afirma que os atos e saberes do pajé são coisas do Diabo e Perpera passa a viver um conflito interno. Apesar de se dizer evangélico e se definir como ex-pajé, continua tendo visões dos espíritos da floresta.

SINOPSE:

Até o contato do povo Paiter Suruí com os brancos, em 1969, Perpera era um pajé poderoso. Após chegada dos brancos, um pastor evangélico afirma que pajelança é coisa do diabo e Perpera perde seu papel na tribo, passando a viver com medo dos espíritos da floresta. Mas quando a morte ronda a aldeia, o poder de falar com os espíritos pode novamente ser necessário.

 

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