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Um Brew Pub pra chamar de seu

Se é uma coisa que eu gosto é o conceito de Brew Pub. E ainda mais quando a gente percebe que o local é diferenciado pelo atendimento que recebe. Foi assim que me senti na Brejarte. Que atua como um bar, dá cursos, faz sua própria cerveja, que é o conceito de Brew Pub que citei acima e a ainda vende insumos para os que se aventuram no inebriante mundo da fabricação de cervejas, comercializando lúpulos dos mais variados, leveduras específicas e toda uma variedade de equipamentos para quem vai entrar de vez no mundo das cervejas artesanais, seja por lazer, hobby ou fins profissionais. . Localizado na zona sul da cidade o espaço caiu como uma luva, fora isso o local promove eventos para degustações guiadas com harmonização. O processo de fabricação de cerveja que chamamos de brassagem é aberta ao público que queira se aprofundar mais nos processos de produção até o produto final. Esse objetivo é alcançado com louvor e ações assim fortalecem o mercado local, mais especificamente o público pernambucano. .   Algumas cervejas exclusivas fazem parte do cardápio do estabelecimento como a Dorada Pampeana, muito apreciada em Buenos Aires e trazida por Juan Gomes um dos sócios do local e ainda o novíssimo estilo aprovado pelo BJCP – Beer Judge Certification Program – a IPA Argenta. E tudo isso podendo ser acompanhado com uma desenvolta inspiração baseado na gastronomia argentina, a Brejarte conta em seu menu com hambúrgueres artesanais sensacionais, tudo fresquinho, feitos na hora e deliciosas empanadas argentinas. Vale demais a ida e não vejo a hora de voltar lá. . Serviço Brejarte: Rua João Dias, Martins, 227 – Boa Viagem. Funciona de segunda a quinta das 09h as 18h e sexta e sábado das 10h as 24h – Fone e whatsapp 81. 9 92480712 Instagram: @Brejarte . . Ekäut Lab comemora primeiro ano de funcionamento . Este sábado (27) será um dia festivo no Ekäut Lab. É que há um ano as portas do Experience Pub se abriram pela primeira vez, e para comemorar a data, o Lab segue com uma programação especial repleta de cerveja artesanal, música ao vivo e promoções para o público, das 12h à 01h. Durante esse primeiro ano o Lab abraçou seu propósito de disseminar a cultura da cerveja artesanal e realizou diversas programações entre harmonizações, lançamento de novas cervejas e degustações, para apresentar as particularidades das artesanais. E não foi à toa que o Ekäut Lab foi agraciado com a única premiação nacional de cartas cervejeiras, numa decisão tomada por uma comissão formada por profissionais do mercado, sommeliers e chefs. O Lab consolidou-se no Recife como um ponto de encontro diferente de qualquer outro. Semanalmente o pub promove experiências sensoriais com o “Lab Experience”, degustação de cervejas apresentando as características de cada cerveja (cor, aroma e sabor) e harmonização com diversos alimentos, como os queijos Campo da Serra, chocolates e os embutidos Yaguara. O “Lab Convida”, outro projeto de sucesso, convida grandes nomes da culinária pernambucana para criar um menu que harmonize com os chopes da Ekäut. Já passaram pela cozinha do Lab nomes como Mirna Gomes, Luciana Sultanum e Valter Santos. “É muito satisfatório ver como o Lab se consolidou e foi bem aceito, tornando-se referência quando se trata de cerveja artesanal. Sempre buscamos estar atualizados com as tendências, inovar, trazer experiências que chamem atenção do público”, comenta o sócio da Ekäut e gerente do Lab, Bruno Paes. Desde sua inauguração, já circularam pelo Lab e vivenciaram suas experiências, mais de 12 mil pessoas, que consumiram mais de 15 mil litros de chope nesse período. A programação de aniversário contará com shows da banda Clave de Fá, das 19h às 21h, e a apresentação do DJ Gabrielmago, das 17h às 19h e 21h às 23h. Serviço Ekäut Lab : Galeria Corta Java, nº 3572, em Boa Viagem. . . Mercado da Torre recebe Primeiro Festival de Cerveja Cigana . Entre os dias 26 a 28 deste mês, ocorrerá na Portus Delicatessen, localizada no Mercado da Torre, o primeiro Festival de Cerveja Cigana, que contará com seis marcas pernambucanas de cervejas artesanais e mais de 10 estilos diferentes da bebida. O conceito de cervejaria cigana consiste em não contar com fábrica própria, terceirizando, assim, sua produção. Suas receitas tendem a ser diferentes e incrementadas, como usar gengibre, Carvalho e até goiabada, buscando inovar e agradar os mais diversos paladares. No evento, o público poderá conferir os rótulos das cervejarias Estrada, FriedaHaus, Hellcife, Manguezal, Malakoff, e Riffen, que oferecerão diversos estilos da bebida, como a White American Pale Ale (White APA), Black India Pale Ale (Black IPA), Russian Imperial Stout (RIS), entre outros. Os responsáveis pelas cervejarias lançaram o evento como forma de difundir aos consumidores a ideia da produção da cerveja em menor escala industrial, visando, assim, dar mais foco à qualidade, a fim de oferecer um produto de nível superior aos entusiastas e amantes da bebida. O Festival também contará com as apresentações das bandas Lady Newton (26), Malakoff (27) e Samba de Mesa (28). Além disso, haverá um cardápio oferecido pela Delicatessen com comidas de boteco para harmonizar com as bebidas. “O foco do evento é fazer com que as pessoas conheçam as cervejas ciganas e o espaço do Mercado da Torre, que é um novo local, bem agradável e que conta com padrões internacionais”, destacaram os organizadores do evento, André Gallindo e Filipe Cabral. Serviço Festival de Cerveja Cigana Dias 26, 27 e 28 de julho Sexta a partir das 17h Sábado e domingo a partir das 15h Portus Delicatessen – Mercado da Torre (R. José Bonifácio, nº 747) Entrada franca

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Confira a programação do Cine PE 2019

A 23ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual começa na próxima segunda-feira (29), no tradicional Cinema São Luiz, e segue até 4 de agosto. Uma das maiores vitrines da produção audiovisual brasileira, neste ano, o evento aposta na formação e qualificação de profissionais da área do audiovisual. Para Sandra Bertini, diretora do festival, o Cine PE é uma vitrine para o trabalho de diversos cineastas brasileiros, mas vai além disso. “O festival não se restringe às mostras competitivas. Óbvio que elas são o carro-chefe, mas dentro disso existe todo um sonho de levar o mercado cinematográfico para dentro das escolas, das faculdades, de investir em novos talentos, e também nortear quem já está imerso nesse universo. Nós temos mais de duas décadas de história, seguindo sempre o mesmo princípio de que cinema não se faz só por trás ou na frente das câmeras. Cinema também é aprendizado, compartilhamento, estudo e debate”, explicou Sandra. Seminários e cursos gratuitos Com o intuito de investir na formação de novos cineastas, o 23º Cine PE promove dois cursos gratuitos voltados para a produção e monetização de curtas-metragens. A oficina “Formas Alternativas de Monetização de Curtas”, ministrada pelo consultor de roteiro e escritor Bill Labonia, pretende repassar para o público algumas dicas alternativas de distribuição para transformar ideias e roteiros em negócios rentáveis. Já o workshop "Produção de Curta para o Audiovisual" tem como objetivo fornecer a professores da rede municipal de ensino do Recife as noções básicas para o desenvolvimento de uma produção audiovisual. O QG do festival, localizado no Hotel Nóbile Executive, em Boa Viagem, sediará diversos encontros para compartilhamento de informação e aprendizagem. As atividades começam no dia 29 de julho, às 14h30, com o seminário "As Demandas Iminentes por Infraestrutura Audiovisual", ministrado por Alex Braga e Selmo Kaufman, respectivamente diretor e técnico da Ancine. No dia 30, também às 14h30, o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Economia Criativa Marcelo Calero e o economista e ex-secretário do Audiovisual Alfredo Bertini comandam o seminário "Aspectos Técnicos e Políticos do Reconhecimento do Viés Econômico da Cultura". No dia 31, no mesmo horário, o secretário do Audiovisual Pedro Henrique Peixoto e o professor Eduardo Cavalcanti falam sobre "A Importância do Ensino Técnico para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste". O encerramento dessa programação fica por conta consultor de roteiro e escritor Bill Labonia, com o workshop "Formas Alternativas de Monetização de Curtas", no dia 1º de agosto. Homenagens Pela primeira vez em mais de 20 anos, as noites de projeção do Cine PE não contarão com a presença poderosa de Graça Araújo, morta em setembro do ano passado. Para homenagear a apresentadora e cerimonialista, em 29 de julho, dia da abertura do evento, Sandra Bertini entregará o troféu Calunga de Ouro a uma pessoa da família de Graça. A atriz Drica Moraes também receberá a honraria máxima do festival. A carioca, conhecida por diversos papéis no cinema e na televisão, sobe ao palco do Cinema São Luiz no dia 3 de agosto. Irreverente e versátil, Drica marcou gerações ao interpretar papéis vilanescos, como Marcela de Almeida Leal, em "O Cravo e a Rosa", e a inesquecível Cora, da telenovela global "Império" - que lhe rendeu o prêmio Melhores do Ano do Domingão do Faustão, o Prêmio de Atriz do Ano do F5 na categoria Novela, e o Prêmio Quem de Melhor Atriz Coadjuvante. Apresentação Sem a jornalista Graça Araújo, quem assume a apresentação da 23ª edição do Cine PE é a atriz pernambucana Nínive Caldas. Integrante do Coletivo Angu de Teatro, Nínive iniciou sua carreira em 2009. Ao longo de dez anos, vem acrescentando ao seu currículo diversos trabalhos em filmes, TV, teatro, além de ser apresentadora de diversos prêmios e festivais. Concurso Neste ano, a produção do festival também apresenta o Concurso de Argumento para roteiristas de curta metragem. O vencedor do concurso será conhecido na noite de premiação do evento, e receberá apoios da Escola de Roteirista Empreendedor (RWR) e do CTAV-SAV. Ingressos gratuitos Por mais um ano, a diretora do Cine PE Sandra Bertini firmou acordo com a FUNDARPE para disponibilizar os ingressos para todas as sessões de forma gratuita. Ao longo do festival, a bilheteria do cinema estará aberta para retirada dos ingressos, diariamente, das 16h às 20h. A distribuição das entradas estará sujeita à lotação da sala. Todos os dias serão distribuídos 700 ingressos. Aplicativo de votação Pelo segundo ano, o público poderá votar nos seus filmes favoritos e escolher os premiados pelo Júri Popular por meio de um aplicativo oficial do festival. Disponível no Google Play e na AppStore, para as plataformas Android e iOS, o app gratuito também traz sinopses dos filmes, fichas técnicas, a programação completa do evento, e todas as notícias sobre a edição 2019. A ferramenta de votação funciona até as 23h59 de cada noite do festival e apenas nas imediações do Cinema São Luiz. O público pode escolher seu filme favorito nas Mostras Competitivas de Longas-Metragens, Curtas-Metragens Pernambucanos e Curtas-Metragens Nacionais. Legendas para surdos e ensurdecidos Pelo quarto ano consecutivo, o Cine PE contará com legendagem eletrônica para atender ao público com deficiência auditiva. AGENDA DO CINE PE 2019 DIA – 29 DE JULHO / SEGUNDA- FEIRA SEMINÁRIOS Hora: 14:30h Local: Hotel Nobile Suites Executive - Boa Viagem Acesso: Gratuito Área: Infraestrutura Audiovisual Tema: As demandas iminentes por infraestrutura audiovisual. Palestrantes: • Alex Braga (Diretor da Ancine) • Selmo Kaufman (Técnico da Ancine) ABERTURA OFICIAL DO CINE PE 2019 Hora: 20:00 h Local: Cine São Luiz Acesso: Gratuito com retirada de ingresso na bilheteria do cinema HOMENAGEM: GRAÇA ARAÚJO EXIBIÇÃO DE FILME HORS CONCURS “Parto Sim” (PE), Ficção, Direção: Kátia Mesel, 15’ “Frei Damião o Santo do Nordeste” (PE), Documentário, Direção: Deby Brennand, 90’ DIA – 30 DE JULHO / TERÇA- FEIRA ENTREVISTAS COLETIVAS DOS CURTAS E LONGAS-METRAGENS EXIBIDOS NO DIA 29 DE JULHO Hora: 10h Local: Hotel Nobile Suites Executive - Boa Viagem Coordenação: Edu Fernandes (Curador Cine PE- SP) Acesso: Gratuito SEMINÁRIOS Hora: 14:30h Local: Hotel Nobile

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6 fotos do Café Lafayette antigamente

Motivados pela matéria recém publicada do #OxeRecife¹, da jornalista Letícia Lins, sobre os cafés do Recife século 19 e 20, publicamos hoje uma série de 6 imagens do Café Lafayette, que resgatam um pouco dos tempos mais boêmios do centro da cidade. De acordo com o historiador e professor da UPE Carlos André Silva de Moura: "No encontro da Rua do Imperador com a Primeiro de Março estava o Café Continental, mais conhecido como o Café Lafayette. Nas décadas de 1920 e 1930, os diversos assuntos fervilhavam no lugar. Personagens de várias regiões procurando o Lafayette pelas notícias de um espaço que reuniam os principais nomes da intelectualidade e servia a “melhor coalhada da região”. A Revista Ilustração Brasileira classificou o lugar como ambiente de “reunião de políticos, corretores, desocupados e toda a variada flora e fauna de maldizentes”. O texto acima faz parte do artigo Os antigos cafés do Recife: a sociabilidade na capital pernambucana (1920 – 1937)², em que o historiador Carlos André Silva de Moura descreve alguns detalhes da vida boêmia do Recife daquela época. "A boemia era um costume dos indivíduos das cidades que se diziam modernas, mentes pensantes e fervilhantes que debatiam no centro, local que concentrava os maiores acontecimentos da região, a capital para onde corriam os principais pensamentos de contestação social. Ideias que inspiravam os leitores mais atentos". O Lafayette, especificamente, era o destino escolhido por usineiros, deputados, médicos, literatos, comerciantes, estudantes, jornalistas e até governadores. O nome do lugar era Café Continental. Mas o espaço ficou mais famoso por Lafayette, por estar no mesmo prédio do depósito dos cigarros Lafayette. As imagens são da Villa Digital (Fundaj) e do Museu da Cidade do Recife. Clique nas fotos para ampliar. . . . . . . . Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com) . ¹Sessão Recife Nostalgia: os cafés do século 19 na cidade que imitava Paris ²RESGATE - vol. XX, N0 23 - jan./jun. 2012 - Moura, Carlos andré Silva de - p. 97-107

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A grande mudança da mobilidade urbana (por Francisco Cunha)

Outro dia, após um comentário que fiz na coluna CBN Mobilidade, um amigo ouvinte me apontou o que, segundo ele, seria uma “grande contradição”. Eu disse que a mobilidade está, no mundo todo, no início de uma enorme mudança que, à semelhança daquela acontecida na primeira metade do Século 20, responsável pela introdução do automóvel em todas as cidades do planeta, vai promover a completa revolução na nossa locomoção cotidiana. As tendências de peso dessa mudança são as seguintes: (1) os aplicativos de geolocalização e navegação de trânsito tipo Waze, Google Maps e Apple Maps; (2) os aplicativos de locomoção compartilhada tipo Uber, 99, Easy, Cabify; (3) a micromobilidade da “última milha”, aquela feita com bicicletas e patinetes, elétricos ou não; (4) o carro elétrico; (5) o carro autônomo (sem motorista); e (6) o carro “voador” que está sendo desenvolvido pela Uber em parceria com a Embraer. Foi essa minha argumentação que o amigo ouvinte citou como contradição fazendo a seguinte pergunta: como esta mudança pode estar em curso de forma tão intensa se os engarrafamentos e congestionamentos de trânsito estão aumentando no mundo todo? Respondi dizendo que em 1898, quando foi realizada a primeira conferência internacional de planejamento urbano na cidade de Nova York, o principal problema apontado em relação às grandes cidades foi, nada mais nada menos, do que as fezes dos cavalos puxadores de carroças que em Londres atingiam a casa dos 50 mil e em Nova York chegaram a 100 mil. Se cada cavalo era responsável por 10 kg de fezes por dia, Nova York estava tendo de lidar com o destino de 1.000 toneladas de esterco cada dia, sem falar da urina e dos cavalos mortos (cada um pesando em média 600 kg). A título de curiosidade, naquela época o Recife tinha três locais de corrida de cavalos (nos atuais bairros do Hipódromo, do Derby e do Prado). Todavia, já em 1912, o número de carros ultrapassava o número de carroças em Nova York e, a partir daí, tivemos o predomínio absoluto, de mais de um século, dos veículos individuais motorizados em todas as cidades do mundo. Minha hipótese é a de que algo do gênero está sendo gestado e, quando acontecer a virada, os carros, tal qual os conhecemos hoje, serão como os cavalos do passado. Hoje, o pesadelo dos engarrafamentos; no futuro, peças de museu.

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Sem ressaca da crise, Pitú cresce no Brasil e no exterior

A crise afetou o bolso dos brasileiros, reduziu a venda de cachaça no Brasil por seis anos consecutivos, mas não o consumo da Pitú. A tradicional empresa de Vitória de Santo Antão, mesmo no pior ano da recente recessão brasileira, em 2016, cresceu 5%. A marca atravessou essa tempestade da economia sem uma demissão. Em 2018, quando o cenário do País era ainda de estagnação, a empresa cresceu 18% em faturamento e 5% em volume em comparação a 2017. Desempenho acompanhado por investimentos no parque industrial e por avanços também nas exportações. A principal estratégia da empresa para seguir crescendo, mesmo com a crise econômica, foi fortalecer a comunicação para ser lembrada pelos consumidores na hora da compra. Com as restrições de inserções em TV e rádio ao produto, o principal canal são as redes sociais e o patrocínio de eventos. “Hoje a maior despesa da Pitú é com propaganda e publicidade”, relata a diretora de exportações e relações institucionais da empresa, Maria das Vitórias Cavalcanti. O crescimento recente nas vendas também é fruto da chegada mais forte no Sul e Sudeste do País, além dos Estados do Maranhão, Piauí e Pará, antes atendidos por uma empresa parceira. “Aumentamos o leque de mercado, cujo atendimento passou a ser feito pela fábrica local. Há menos de um ano, houve essa expansão em São Paulo, Rio de Janeiro e outros Estados", informou a empresária. "Além disso, seguimos nos consolidando no Norte e Nordeste. Hoje nossa participação no mercado nacional é de 13% e no Nordeste, 45%”, informa o diretor Alexandre Férrer. O executivo afirma que a fábrica produz 91 milhões de litros por ano. O aumento de volume de vendas levou a Pitú a fazer investimentos também no seu parque industrial. Só em 2018 foram aportados R$ 24 milhões na compra de três novos tanques de líquidos e as suas respectivas bacias de contenção e R$ 2,8 milhões na aquisição de uma nova caldeira. Tanto no mercado estrangeiro como no nacional, a diferença entre os valores e volumes sinaliza que a marca tem conseguido agregar valor ao produto. Enquanto a cachaça é uma bebida de baixo custo no Brasil, a Pitú entra na Europa com preços equivalentes ao uísque Johnnie Walker ou à vodka Smirnoff. “Nos últimos três anos fizemos algumas mudanças na política de preços e tabelas, um reposicionamento”, explica Vitória. E foi nas vendas ao mercado externo que aconteceu outro salto da empresa. O faturamento com as exportações cresceu 55%, enquanto o volume avançou em 39%. O principal cliente estrangeiro das cachaças Pitú é o mercado alemão, responsável por 90% das exportações. No País conhecido pela cerveja, o produto pernambucano é exportado a granel e é engarrafado na cidade de Wilthen. De lá, circula no mercado do Velho Mundo. Além da Alemanha, a cachaça é enviada para 15 países, com destaques para os Estados Unidos, México e Canadá. Para os norte-americanos foi criada uma campanha recentemente que destacava os valores da sustentabilidade ambiental aplicados na operação da Pitú. O uso de garrafas retornáveis, uma prática da empresa desde a década de 60, e o reúso de 80% da água captada do Rio Tapacurá, que acontece desde os anos 90, são alguns dos destaques. Os projetos de sustentabilidade da Pitú receberam em maio deste ano o selo verde da Organização Socioambiental Ecolmeia, na categoria ouro. Como a sustentabilidade é um valor cada vez mais forte entre os consumidores, a marca tem feito investimentos contínuos para garantir maior preservação ambiental. Maria das Vitórias ressaltou que nos últimos anos a Pitú investiu mais de R$ 3 milhões num plano estratégico de sustentabilidade ancorado em cinco pilares: gerenciamento da água, reciclagem, reflorestamento, educação ambiental e preservação cultural e histórica. Somente na equalização do tratamento dos efluentes foram investidos R$ 1,6 milhão, com a aquisição de equipamentos que proporcionam mais eficiência na reciclagem de resíduos líquidos e sólidos. Mais recentemente, a empresa passou a apoiar também o Projeto Golfinho Rotador, em Fernando de Noronha. A ilha é considerada, historicamente, o berço da cana-de-açúcar no Brasil. Para o ano de 2019, a estimativa inicial da empresa era de um crescimento em volume na ordem de 10% e em faturamento de 15%. Mas os indicadores do primeiro quadrimestre do ano já apontaram aumento de 21% no volume e 22% no faturamento. Um sinal de que o desempenho pode superar as expectativas. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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O “emprego padrão” ficou no passado

Sabe aquele emprego de oito horas por dia na mesma função e no mesmo local? Não é somente a crise que está impactando a sua oferta. O avanço da tecnologia está mudando rapidamente a configuração considerada como “emprego padrão” pelos especialistas. Nesse sentido, de acordo com um estudo da Sinovation Ventures, os empregos menos ameaçados pela tecnologia são aqueles que possuem, no mínimo, uma dessas características: criatividade (pesquisa e trabalhos acadêmicos), complexidade (estratégia e planejamento), destreza (engenheiros e cirurgiões) e empatia/compaixão (cuidados pessoais e professores). Do ponto de vista dos trabalhadores com essas habilidades, de acordo com pesquisa da consultoria ADP, realizada em 12 países incluindo o Brasil, as empresas vão precisar oferecer novas condições: Flexibilidade – A liberdade de escolha sobre onde e em que horário trabalhar é um dos aspectos mais importantes reportados na pesquisa. Dos entrevistados brasileiros, 77% querem ter controle e flexibilidade sobre local e modo de trabalho. Segundo outra pesquisa, da consultoria Robert Half, na lista dos itens mais importantes para se decidir sobre um trabalho nos EUA, horário flexível é o segundo ponto mais importante e trabalho remoto ficou na quarta posição. Autonomia – Redefinição da relação de trabalho entre superiores e subordinados, que aponta cada vez mais para as estruturas menos hierarquizadas e mais colaborativas. Apesar disso, o Brasil é um dos países mais resistentes. Apenas 39% dos entrevistados, acreditam que as empresas locais irão investir em sistemas de autogestão nos próximos anos. Por outro lado, as empresas também começaram a exigir desse tipo de trabalhador novas habilidades para se candidatar e permanecer no emprego: Autodidatismo – É a capacidade de aprender sozinho. Por causa das rápidas mudanças impostas pela tecnologia, o conhecimento técnico tende a deixar de ser formal e linear, como acontece atualmente nas escolas e universidades, e passará a ser verticalizado e descentralizado. Portanto, mais do que um diploma, as empresas vão dar relevância ao conhecimento, que deve estar sempre atualizado. Responsividade – É a capacidade de responder de maneira rápida e adequada a novas situações. Como a mudança dos mercados será uma constante daqui por diante, também por causa dos avanços tecnológicos, o profissional precisa estar pronto para se ajustar rapidamente às novas demandas dentro da empresa. Isso significa que o trabalhador precisa ter mais de uma habilidade técnica bem desenvolvida.

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Você sabe o que é rurbanização?

*Por Rafael Dantas Em meados do século passado, Gilberto Freyre publicou uma série de artigos nos jornais defendendo a “rurbanização”. O sociólogo pernambucano defendia o desenvolvimento de cidades que guardassem a convivência das qualidades do rural e do urbano. O tema chegou a ganhar um livro no início da década de 80, chamado: Rurbanização: que é? O crescimento desordenado das cidades brasileiras nos mostra que quase nada de “rurbano” sobreviveu nas capitais e metrópoles. O conceito ficou quase que esquecido por duas décadas, mesmo nas universidades. Mas, desde os anos 2000, esse aspecto menos conhecido da sua obra renasce com força no meio acadêmico e em iniciativas populares que trouxeram para os quintais, terrenos baldios e ruas algumas práticas típicas do campo. A busca pelo contato com a terra, por alimentos saudáveis ou mesmo pela convivência mais harmoniosa com os vizinhos estão incentivando o surgimento de iniciativas de agricultura urbana no Recife. No bairro de Passarinho, periferia da Zona Norte, um projeto de capacitação da ONG Espaço Mulher ensinou moradoras da comunidade a produzirem nos seus quintais. Uma das beneficiadas por esse treinamento foi Vilma de Souza, que mora há 40 anos no bairro. Vivendo bem próximo ao Rio Beberibe, Vilma tinha no seu vasto quintal um problema. De tempos em tempos era preciso pagar alguém para limpar o mato que crescia nos fundos da casa. Após ser despertada pela capacitação, ela começou a cultivar. “Para mim, cuidar da terra e plantar é um entretenimento”, relata Vilma, que é neta de agricultores de Surubim. Do quintal ela retira frutas como jaca, caju, banana, graviola, acerola, entre outras. Ela colhe mais de 100 variedades de frutas, hortaliças, plantas medicinais e ornamentais que trazem qualidade de vida, alimentos saudáveis e um complemento de renda. Ela produz picolés com os excedentes do seu quintal. Na comunidade da Palha de Arroz, que fica entre os bairros do Arruda e de Peixinhos, um grupo de mulheres cuida de uma horta comunitária há dois anos. No terreno que antes era baldio, elas retiram hoje alimentos e plantas medicinais. E tem sonhos de obter infraestrutura para transformá-lo numa praça. “Antes tinha muito lixo e entulho. Agora, mantemos o lugar limpo. Estamos torcendo para vir um projeto que transforme esse espaço numa verdadeira praça, uma área para as crianças terem lazer”, almeja a moradora Marinalva Costa. . . Muitas mulheres da comunidade são filhas de pescadores, mas há também pessoas que chegaram ao Recife pelo êxodo rural. Elas receberam uma capacitação de um projeto de agricultura urbana do Centro Sabiá. Além da orientação sobre o plantio, a ONG motivou a mobilização das moradoras em torno das lutas sociais do local. A horta, por exemplo, resiste na área pelo esforço coletivo das moradoras, pois a própria comunidade não tem água encanada há um ano. “Fizemos um diagnóstico socioeconômico que apresentou um alto índice de insegurança alimentar das famílias do local. Como havia interesse das mulheres em cultivar alimentos, nós olhamos para esse espaço como potencial para o desenvolvimento de uma experiência de horta”, explica Aniérica Almeida, assessora para agricultura urbana do Centro Sabiá. No começo, 20 mulheres foram capacitadas, hoje cerca de 10 seguem no projeto. Elas já recolheram do pequeno terreno da horta batata, maracujá, mamão, abacaxi, pepino, quiabo, coentro, repolho, além das plantas medicinais. Hoje o grupo faz mutirões mensais para manter a horta, que sofre com a escassez de água, e participa de intercâmbios com outras experiências de agricultura urbana de periferias do Recife, como na Muribeca (Jaboatão dos Guararapes) e em Passarinho (Zona Norte do Recife). “Esse é um coletivo que participa do debate da agroecologia e da segurança alimentar na cidade. Nossa meta é que haja a expansão dessa experiência da agricultura em outras comunidades”, almeja Aniérica. Feijões, milhos, tomates, quiabos e outras variedades também brotam em bairros da classe média, como no solo do Poço da Panela. Às margens do Rio Capibaribe, a população construiu o Jardim Secreto no local que antes era um terreno baldio. Mais que uma praça ou um espaço de convivência, o jardim ganhou também uma horta comunitária. Mas o principal benefício para os moradores que tornam esse espaço vivo é o contato com os vizinhos e o lazer do cuidado com o meio ambiente. Além das mandalas com os plantios, o espaço possui um minhocário e um pequeno viveiro, para o nascimento de novas sementes e mudas. A arquiteta aposentada Lúcia Helena Marinho é uma das mais ativas colaboradoras do Jardim Secreto. Enquanto a maioria dos frequentadores do local contribuem nos finais de semana com a horta, ela tem a atividade como um lazer quase que diário. “Para mim é um prazer. Além disso, é uma contribuição com a sociedade, pois trabalhamos numa área pública, servindo o entorno. Para mim isso tem um valor”. . . Ela relata que, apesar de morar há 13 anos no bairro, só veio a conhecer muitas pessoas após a inauguração do Jardim Secreto. “Ampliamos a amizade com a vizinhança. Conheci pessoas que residem há 10 anos no mesmo prédio onde moro e eu nunca as tinha visto! Após essa vivência mais coletiva acabei descobrindo muita gente que pensa parecido, que tem os mesmos anseios. É um convívio bastante saudável”. Para o professor de horticultura da UFRPE e presidente da Associação Brasileira de Horticultura, Roberto de Albuquerque Melo, há um crescimento do interesse da população urbana pelo contato com a natureza e por alimentos saudáveis. Esse desejo por características mais rurais tem sido o impulsionador de experiências de hortas comunitárias ou de quintais agroecológicos (o manejo produtivo dos quintais ou arredores das residências de forma sustentável). “Vejo que as pessoas estão valorizando mais o contato com as plantas, buscando mais equilíbrio. Todos querem chegar na terceira idade com mais qualidade de vida, para isso buscam uma vida menos sedentária e aumentam o consumo de alimentos orgânicos também”. O professor tem orientado o trabalho de hortas em escolas, creches e até no Hospital Psiquiátrico Ulysses Pernambucano. “No hospital, o cultivo da horta é

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Poder público do Nordeste avalia ameaças ao Rio São Francisco

*Por Marcos Miguel Há quase seis meses do rompimento da barragem B1 da empresa Vale S.A., em Brumadinho (MG), os olhares do Poder Público voltam-se agora para uma vítima em potencial da tragédia: o Rio São Francisco. Estudos da Fundação Joaquim Nabuco e da organização não governamental SOS Mata Atlântica apontam para a contaminação do leito do Velho Chico; hipótese negada pelos órgãos oficiais que acompanham o caso, como o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e a Agência Nacional das Águas (ANA). Para apurar a questão in loco, foi criada uma Comissão Parlamentar na Câmara de Vereadores de Petrolina, Sertão de Pernambuco. Lá, o rio exerce um papel central na economia: são as águas do Velho Chico que irrigam mais de 120 mil hectares de terra, nos quais são produzidos, predominantemente, uvas e mangas. Entre os dias 16 e 23 do último mês de março, o grupo de trabalho foi às Câmaras de Vereadores de Brumadinho, Três Marias e Belo Horizonte para provocar as autoridades mineiras. Integrante do colegiado, a vereadora Cristina Costa (PT-PE) avalia o cenário encontrado na visita técnica como “gravíssimo”. “O que mais me chamou a atenção foi o estado dos rios de Minas Gerais. Vários afluentes que desaguam no São Francisco estão comprometidos, como o Paraopeba. Observamos uma grande quantidade de resíduos, oriundos do rompimento da barragem”, lamenta a parlamentar. Segundo ela, o problema tem ainda um viés político. “Quem manda no Estado de Minas Gerais é a Vale. Infelizmente, o Parlamento Estadual e as prefeituras estão vinculadas à empresa. Todo mundo fica esperando os royalties dos minérios”, denuncia Cristina. Também vereador do município, Gilmar Santos (PT-PE) criticou a atuação do Poder Público em prol do São Francisco. “A maneira como os governos têm, historicamente, tratado o rio é motivo de diversos questionamentos. Parte dele foi privatizada. Diversas empresas estão interferindo na qualidade da água. O nosso modelo de desenvolvimento está focado mais em negócios, tendo a água como recurso, do que em responsabilidade social. Não é um projeto inclusivo e responsável”, avalia Santos. As casas legislativas dos Estados que compõem a Bacia Hidrográfica do São Francisco também estão se mobilizando em torno do tema. A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) instituiu, em fevereiro deste ano, uma Frente Parlamentar em defesa do rio. Ao longo do primeiro semestre, a equipe promoveu quatro audiências públicas em diferentes cidades pernambucanas: Recife, Cabrobó, Floresta e Petrolina. Os debates podem contribuir para o endurecimento da legislação ambiental em vigor, na avaliação do coordenador da Frente, deputado Lucas Ramos (PSB-PE). Todo o material coletado até o momento será compartilhado com os demais governadores da região Nordeste. “Além disso, vamos acionar outras assembleias para que discutam a saúde e o futuro do rio em um colegiado exclusivo. As câmaras municipais também serão contactadas. Os vereadores têm um papel fundamental nesse processo de cobrança e de fiscalização do Poder Público, quando esse deixa de realizar ações de preservação do meio ambiente”, avalia Ramos. Em Alagoas, a Comissão de Meio Ambiente do Poder Legislativo estadual (ALE-AL) está engajada no assunto. O colegiado vai ouvir especialistas e representantes da sociedade civil em audiência pública, em data ainda a ser definida. Para o presidente do colegiado, deputado Davi Maia (DEM-AL), cabe à casa legislativa avaliar soluções para que as comunidades ribeirinhas sejam o menos afetadas possível pela contaminação do rio, bem como o ecossistema. Já na Bahia, a Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa (ALBA) vistoriou a barragem de Pinhões, em Juazeiro, no dia 15 de abril deste ano. Situada na Bacia do São Francisco, a obra está em estado de atenção, de acordo com o Relatório de Segurança de Barragens (2017), da ANA. Na visita de inspeção, o colegiado concluiu que a estrutura do empreendimento está íntegra e não oferece risco. Porém, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), órgão gestor da barragem, alega não possuir recursos para as manutenções necessárias. O presidente da Comissão, deputado José de Arimatéia (PRB-BA) deve arrecadar o capital por meio de emendas parlamentares. A saúde do Velho Chico ainda vem sendo tratada pela Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) nos últimos quatro anos. Em março de 2016, a instituição fez um levantamento sobre a realidade do rio, em audiência pública. Em maio do mesmo ano, a então presidente da Frente Parlamentar de Meio Ambiente, Segurança Alimentar e Comunidades Tradicionais, deputada Ana Lúcia Vieira (PT-AL), denunciou os impactos do assoreamento do rio para o abastecimento hídrico da Grande Aracaju. Outros problemas foram evidenciados, como a grave proliferação de vermes, em 2017. Em setembro daquele ano, a Frente Parlamentar Ambientalista promoveu audiência pública no município de Canindé do São Francisco, no qual avaliou desafios e alternativas para garantir a sustentabilidade do rio. Após a tragédia de Brumadinho, a deputada Maria Mendonça (PSDB-SE) expressou, em Plenário, preocupação com a contaminação da Bacia. “O São Francisco é responsável pelo abastecimento de alguns Estados e pelas vidas de todos os seres vivos que precisam de sua água”, advertiu a parlamentar, à época. Em Minas Gerais, tramitam na ALMG dois projetos de lei que podem contribuir para a preservação do Velho Chico. Um deles é o PL nº 79/2019, de autoria da deputada Ana Paula Siqueira (REDE-MG), que institui o “Corredor Ecológico do Vale do Mutuca”. A proposta cria unidades de conservação que interligam as Bacias do Rio das Velhas e do Rio Paraopeba – este último, um dos principais afluentes do São Francisco. Tais unidades incluem a vegetação florestal, a mata ciliar e o lençol freático da Bacia do Córrego do Mutuca. Ainda segundo a matéria, o zoneamento dessas áreas deve estabelecer medidas que assegurem o manejo adequado, além das proibições e restrições de uso já previstas em lei. Publicado no último 2 de fevereiro, o projeto foi distribuído para as comissões de Justiça e de Meio Ambiente e aguarda parecer desses colegiados. O outro é o PL nº 98/2019, apresentado pela mesma parlamentar, que altera a redação da Política Estadual de Recursos Hídricos de

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Pesquisa: Inadimplência deve crescer nas empresas

Pesquisa da Boa Vista realizada com cerca de mil empresas, em todo o país, ao longo do 2º trimestre de 2019, observou que a inadimplência dos negócios, para empresas de todos os portes, deverá crescer ao longo do ano, na comparação com o que se projetava no 1º trimestre do ano. Essa percepção é maior entre as pequenas e médias, cujos respondentes saltaram de 16% para 30% (14 pontos percentuais de crescimento), e de 4% para 14% (10p.p. de crescimento). Endividamento A percepção de endividamento diminuiu neste 2º trimestre em relação ao trimestre anterior somente para as pequenas empresas (de 38% para 52%). Já para as empresas dos outros três portes, aumentou a percepção de endividamento, em especial entre as de médio porte (13% esperam aumento do endividamento, contra 6% no trimestre anterior, ou seja, um aumento de 7p.p.). Investimentos Ainda segundo a pesquisa da Boa Vista, a perspectiva para novos investimentos, ao longo deste ano, caiu entre as micro e pequenas empresas no 2º trimestre, de 62% para 50% e de 64% para 52%, respectivamente. Já quando o assunto é em qual área irão investir mais, 44% das micro e pequenas empresas responderam que pretendem fazê-lo em Pessoal e Força de Trabalho. No 1º trimestre eram 52% e 58%, respectivamente. Já 14% das médias empresas pretendem investir mais em Pessoal e Força de Trabalho, contra 66% no 1º trimestre. Entre as grandes empresas, o percentual saltou para 67% (era 41% no trimestre anterior). Por outro lado, pouco mais da metade das microempresas, 55% delas, pretendem investir mais em tecnologia até o final de 2019. Entre as pequenas, o percentual de respondentes nesta área foi de 45%. Entre as médias de 50% e entre as grandes de 67%. Em todos os portes, a intenção de aumentar os investimentos em Tecnologia ficou inferior aos observados no 1º Tri/19. Microempresas, por sua vez, demonstram mais interesse em investir em Novos Produtos e Serviços (52% das menções), contra 41% das pequenas e 29% entre as médias, ficando atrás apenas das grandes empresas (60% das grandes empresas pretendem investir mais em novos produtos e serviços). Faturamento Na comparação entre o 1º e o 2º trimestre de 2019, a perspectiva de crescimento no faturamento caiu para empresas de quase todos portes, exceto para pequenas. Sendo que de um modo mais acentuado para as médias empresas: no 1º trimestre 72% acreditavam que o faturamento iria crescer, e no 2º o percentual registrado foi de 43%. Já a perspectiva de crescimento no faturamento entre as pequenas empresas saltou de 64% para 70%. Neste 2º trimestre, empresas de todos os portes registram uma intenção mais acentuada em não demandar crédito. O destaque ficou para as pequenas e médias, com 55% e 57%, respectivamente. Entre as que pretendem demandar crédito, 53% das micro e 46% das pequenas empresas responderam que o principal motivo será para novos investimentos até o final de 2019, também o principal motivo das grandes (56%). Já para as médias, a maior parte (67%) disse que pretende pagar empréstimos e credores. Já quando abordadas sobre as taxas de juros decorrentes da tomada de crédito, 50% das pequenas, 100% das médias e 33% das grandes responderam que esperam pagar taxas menores. Apenas entre as micro caiu o percentual das que acreditam que irão pagar taxa de juros menores (eram 45% no 1º trimestre e agora são 39%). (Da Boa Vista) (Foto:Imagem de Steve Buissinne por Pixabay)

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Novo point cultural no Derby

Estrategicamente localizada no coração do Recife, em um antigo casarão dos anos 1930, em frente à famosa praça reformada por Burle Marx, a Casa do Derby nasce com o propósito de fomentar, propagar e expandir as artes e a cultura na capital pernambucana. A iniciativa é fruto da união de cinco sócios, a historiadora e realizadora cultural Tarsila Myrtle, os cartunistas Samuca e Ronaldo Câmara, o marchand Roberto Nóbrega e Eduardo Henriques, proprietário do espaço. A ideia da casa nasce da vontade de Henriques de dar um propósito àquele espaço, dando vazão a sua paixão pelas expressões artísticas, que é compartilhada por sua família. A mãe de Eduardo era muito ligada à cultura e sua tia, Maria Digna, foi presidente do Museu do Estado. Seu primo, Ricardo Pessoa de Queiroz, é o idealizador da Usina de Arte. “Eduardo é um apaixonado colecionador de arte, entende muito do assunto”, explicou Ronaldo Câmara. No primeiro andar fica a joia da coroa da casa, a Galeria Quadrado. Numa sala em formato quadrado, o local está aberto para exposições de artes plásticas, artes gráficas e fotografias. “A proposta é também valorizar as artes manuais e dar lugar a um tipo de produção artística que não encontrava muito espaço na cidade”, explica Tarsila Myrtle. A ideia é ter, em média, 40 dias de exposição, totalizando seis ao ano. HÉLIO SOARES O 1º Quadrado Internacional de Gravura inaugurou o espaço, com uma exposição em homenagem a Mestre Hélio Soares, fundador da Oficina Guaianases de Gravura e, hoje, um dos nomes também à frente do Coletivo Ita-Quatiara, que funciona do Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (CAC-UFPE). Por ele já foram impressas obras de grandes artistas de Pernambuco, como João Câmara e Aloísio Magalhães. A mostra coletiva conta com produções de artistas nacionais e mexicanos, que criam a partir de várias técnicas de gravura, com destaque para a litogravura. Ainda este ano, haverá a exposição sobre arte urbana, destacando o grafite. Estando na Galeria Quadrado, vale a pena apreciar a vista da Praça do Derby na sacada do primeiro andar do casarão. É certamente uma das mais bonitas paisagens da cidade. Descendo as escadarias, o visitante encontra a Qubo Escola, que oferece aulas de pintura e desenho. “Temos cursos variados, com a proposta de resgatar as técnicas artísticas manuais, para formar uma base sólida para os alunos (a partir dos 8 anos), configurando um primeiro passo antecessor ao mundo digital”, detalha Samuca. As aulas são ministradas por parceiros, como Bia Melo, que ensina arte a partir de técnicas utilizando o carimbo, João Lin, que oferece aulas de história em quadrinhos, Jarbas Jr., tirinhas, Beto França e Simone Mendes, que ensinam aquarela. As turmas são formadas por 8 a 12 alunos. Neste mês de julho uma série de oficinas e cursos de formação em desenho artístico foram programadas para as férias escolares. O objetivo é atrair as crianças ao mundo das artes e ocupar o tempo ocioso longe das escolas com atividades artísticas, além de formar um público consumidor e produtor de artes para o futuro. “O menino hoje em dia, quando tem aquele talento para o desenho ou para a pintura, já dá um salto para o mundo digital. Às vezes fica faltando um conhecimento básico da origem das coisas. Então, eu e Ronaldo, que passamos por todas as técnicas, queremos que outras pessoas tenham acesso a elas também. Queremos esse resgate de pegar em tinta, pegar no papel, é terapêutico inclusive”, destaca Samuca. Ao lado da escola, bem na entrada, no térreo da casa, o visitante se depara com o Café Cartum. Uma cafeteria que também funciona como espaço para eventos e socialização e que abrange o jardim da casa, ao ar livre. As mesas são decoradas com charges e cartuns de Câmara e Samuca e foram pensadas para inspirar conversas e permitir a convivência do visitante. Também haverá exposições e mostras de artes no Cartum, de menor tamanho e duração, privilegiando temas descontraídos. A cada dois meses, sua decoração muda e suas temáticas renovadas com pequenas exposições e mostras. O cardápio do Cartum é um capítulo à parte, ao dar preferência ao que é produzido em Pernambuco, privilegia os pequenos produtores locais e oferece quitutes variados. Entre os produtos “made in PE” estão o café produzido em Itaquaritinga do Norte, as geleias, de Vila Maria de Moreno, o pão da casa Pacha Mama, do Recife, o queijo pirâmide francês, produzido em Pombos. “O pão de queijo é feito por um mineiro, mas ele é radicado em Pernambuco”, ressalva Ronaldo Câmara. FORNECEDORES Para os apreciadores de cerveja artesanal, a pedida é a pernambucana Na Tora! produzida em Petrolina. É servida fazendo jus ao nome: bem gelada. A bebida traz rótulos exclusivos desenhados pelos cartunistas. “Fizemos essa opção de apoiar um bocado de gente que está começando também, iniciando a trajetória junto com a gente”, explicou Samuca. Para além do cardápio, há a vontade de utilizar o espaço também para o lançamento de obras, shows ou saraus de poesia, beneficiando artistas autorais do Estado. A Casa do Derby foi idealizada como uma série de espaços independentes interconectados, então nesse sentido, fica fácil entender o propósito da Qubo Loja, que também fica localizada no térreo do casarão. Projetada para servir de alicerce para tudo que é realizado por e na Casa do Derby, a loja vende artigos de arte como pincéis, papéis, quadros, aquarelas e tudo o mais que for preciso para o aluno dos cursos da Qubo Escola. "A loja veio como um suporte para tudo o que é feito aqui. É onde vendemos os artigos que são produzidos nas exposições”, afirma Ronaldo. “Aquela loja de lembrança de museu, pra quem não pode levar um quadro, mas pode levar uma reprodução, uma camisa, uma caneca, alguma coisa que remeta à exposição”, conclui Samuca. Também são comercializados alguns dos artigos presentes no cardápio do Café Cartum. Serviço Casa do Derby, Praça do Derby, 109, Derby, Recife-PE, Galeria Quadrado + Café Cartum + Qubo

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