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Derrota do Governo Temer na Câmara: cobrança de cursos em universidade pública é rejeitada

O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira (29) a proposta de emenda à Constituição (PEC) 395/14, que autoriza universidades públicas e institutos federais a cobrar por cursos de extensão e pós-graduação lato sensu (especializações). Foram 304 votos favoráveis e 139 contrários, mas eram necessários 308 votos “sim” para aprovar a proposta, que agora será arquivada. Entre os parlamentares Pernambucanos o placar foi 17 votos pelo "sim" e 6 votos pelo "não". O texto tinha sido aprovado em primeiro turno em fevereiro de 2016, com 318 votos favoráveis e 129 contrários. A proposta autorizava a cobrança pelos cursos a critério de cada universidade. Pelo texto, programas de residência e formação de profissionais da área de ensino não poderiam ser cobrados. Algumas universidades públicas já cobram por cursos de especialização, mas a cobrança foi questionada na Justiça com base no princípio constitucional da educação pública gratuita. A PEC tinha o objetivo de encerrar a disputa judicial para autorizar as universidades a cobrar pelos cursos de extensão e especialização. Ensino gratuito O líder do Psol, deputado Glauber Braga (RJ), criticou a proposta por considerá-la o primeiro passo para o fim do ensino público gratuito. Ele lembrou que a secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, defendeu nesta semana a cobrança de mensalidades nas universidades e nos institutos federais. “Uma PEC para flexibilizar o princípio de que educação pública tem de ser gratuita na mesma semana da fala da secretária-executiva do MEC, que dá a entender que a graduação pode passar por cobrança. Onde a gente vai parar?", questionou. Para Glauber Braga, a proposta abriria um precedente para o fim da gratuidade também na graduação e na educação básica. A líder do PCdoB, deputada Alice Portugal (BA), também avaliou que a ressalva aos cursos de pós-graduação poderia significar uma ruptura do sistema de ensino superior gratuito. "Estaríamos abrindo a janela da gratuidade. É temerário”, alertou. Para o deputado Vicentinho Júnior (PR-TO), os alunos que precisam do ensino gratuito sairiam prejudicados caso a proposta fosse aprovada. “A PEC não faz bem à saúde da educação pública brasileira. A República não pode se esvaziar dos seus poderes, terceirizando para quem pode pagar por um curso”, afirmou. Investimentos Autor da proposta, o deputado Alex Canziani (PTB-PR) afirmou que o dinheiro arrecadado com os cursos seria investido nas instituições. “As universidades públicas, ao longo de todos esses anos, têm se utilizado desses recursos para melhorar a graduação. Esses recursos significam melhores laboratórios, ar-condicionado na sala de aula, melhores estruturas para as universidades”, declarou. Canziani explicou que, depois de várias ações judiciais questionando o pagamento, algumas universidades decidiram cancelar os seus cursos de especialização. “E quem perdeu com isso foram os alunos e a sociedade”, disse. O deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ) lembrou que muitas universidades públicas estão em situação orçamentária crítica. “Esses cursos de pós-graduação criam um mecanismo de arrecadação”, disse. O líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), defendeu a proposta, mas disse que as declarações da secretária-executiva do MEC defendendo a cobrança de mensalidades na graduação levaram o partido a liberar a bancada. “Essa declaração turva as águas e consideramos que não é o melhor momento para votar esta proposta devido a esta confusão”, disse. (Site da Câmara dos Deputados)

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Assembleia Legislativa vai acompanhar instalação de gestão metropolitana na RMR

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) instalou na tarde desta quarta-feira (29) a Comissão Especial do Estatuto da Metrópole, que acompanhará como os 14 municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR), acompanhados do governo de Pernambuco, estão atuando para se adequar à lei federal 13.089/2015, que estabeleceu o prazo de janeiro de 2018 para que as Regiões Metropolitanas brasileiras instituam entes interfederativos compostos de municípios e respectivo governo estadual para gerir questões metropolitanas como mobilidade, resíduos sólidos e saneamento. Composta por cinco membros titulares e cinco suplentes, a Comissão será presidida pela deputada estadual Priscila Krause (DEM) – propositora da ação – e terá o deputado Isaltino Nascimento (PSB) como relator. Também compõem o colegiado outros deputados com inserção política na RMR: Ricardo Costa (PMDB), Silvio Costa Filho (PRB) e Terezinha Nunes (PSDB), além dos suplentes André Ferreira (PMDB), Eriberto Medeiros (PTC), pastor Cleiton Collins (PP), Edilson Silva (PSOL) e Teresa Leitão (PT). “A lei federal é um avanço e vem suprir uma carência histórica, que é a gestão das metrópoles. O que vamos fazer é unir esforços para que a Região Metropolitana do Recife cumpra a legislação e passe a planejar seu futuro de forma estrutural, construindo caminhos conjuntamente. Por mais competente que seja um prefeito, há questões transversais que dependem da interação entre gestões e isso não pode ficar para depois”, explicou Priscila. Detentora de uma das mais altas densidades demográficas do País, a Região Metropolitana do Recife concentra cerca de 42% da população pernambucana e tem na mobilidade, na destinação do lixo, na saúde e no saneamento básico exemplos de problemas inter-relacionados entre as cidades fronteira. A iniciativa da Assembleia Legislativa vai ao encontro da movimentação de entidades da sociedade civil que já se movimentam pela ratificação dos instrumentos previstos na legislação federal. Na última segunda-feira (27), por exemplo, 17 entidades, entre elas o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU-PE), a Redeprocidade, a OAB-PE, o Sinduscon e a Ademi assinaram manifesto solicitando ao governador e aos 14 prefeitos da Região Metropolitana que iniciem os procedimentos em prol da criação do ente metropolitano na RMR.

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"O jornalismo me levou à literatura", afirma Cícero Belmar

O escritor Cícero Belmar foi eleito nesta semana como o novo imortal da Academia Pernambucana de Letras. Aproveitamos a ocasião para publicamos na íntegra a entrevista feita com ele na Edição 92 da Revista Algomais. Na época, a chamada da entrevista foi: "Jornalista consagrado vai firmando seu nome no meio literário, com seus contos, peças, biografias e romances". Confira a entrevista! Entre o jornalismo e a literatura, a inspiração e transpiração da produção escrita de Cícero Belmar vão marcando no mundo das letras o nome do sertanejo que como tantos outros fez a vida no Recife. Natural de Bodocó, Belmar é um apaixonado por boas histórias. A admiração pela prática de leitura do pai foi um dos motores que o levou para a faculdade de jornalismo. No Recife passou pelas redações do Diario de Pernambuco, da sucursal do Jornal do Brasil e do Jornal do Commercio, onde recebeu dois prêmios Cristina Tavares. Hoje, como escritor, sua obra é destaque na crítica e nas premiações literárias. E mesmo se considerando um escritor de poucos leitores e expondo as dificuldades daqueles que se aventuram a viver da escrita, ele ressalta com muita ênfase e saudosismo as experiências positivas que a profissão o proporcionou. Como começou a sua carreira literária? Eu comecei sempre trabalhando como jornalista. A partir daí começo a ver que trabalhamos com realidade demais, realidade dos fatos. Comecei a me cobrar uns textos melhores, mais bem elaborados, mais tendente para a literatura, para que o leitor tivesse mais prazer de ler. Na sua trajetória como jornalista, que momento você destacaria como mais relevante do jornalismo local? Estive no Jornal do Commercio num momento especial do jornalismo de Pernambuco, em fins da década de 80 e início da década de 90. Um período que o jornal deu contribuição importante para o jornalismo. Tinha uma pessoa especial só para formar o texto. Foi uma fase histórica quando havia uma preocupação em formar bons textos. E eu tive o prazer de participar desse momento. Você sente falta desse tempo? Sinto falta de fazer reportagens nesse nível, de ir para rua, apurar bem a matéria, de trazer uma boa reportagem. Talvez o dia a dia não me agradasse muito atualmente. Mas fico impressionado com uma realidade: repórter que já não é tão jovenzinho não tem espaço nas redações. E é justamente quando a gente está preparado para escrever, com muito mais maturidade. Sua alma já está mais formada, com capacidade de crítica mais apurada para investigar. Quando a gente vai melhorando, os jornais cuidam de tirar a gente das redações. Na Europa, por exemplo, você encontra muitos jornalistas com 60 ou 70 anos em atividade. O perfil dos jovens que chegam nas redações é diferente daquela época? Muita coisa mudou. O próprio processo de seleção de hoje é uma coisa que não leva em conta a técnica, a maturidade. Mas hoje os jovens estão encontrando outros caminhos para a carreira. Passa uma chuva nas redações, aprendem as técnicas e vão embora. Não ficam mais. Tudo é muito transitório hoje no jornalismo. Não só para os jornalistas, mas para os jornais também, que não sabem para onde estão indo. É um momento muito transitório. Hoje em dia, frente a este momento em que a internet avança tanto, qual o caminho para o jornalismo impresso? Acho que os jornais terão que optar por fazer um texto de mais qualidade para poder resistir as revistas e aos sites, as redes sociais. Para competir com as novas mídias é preciso ter um diferencial. E o escritor? Existe muita dificuldade de criar e publicar? Você encontra um problema grande no escritor de poucos leitores, como é o meu caso. O escritor é uma pessoa que tem uma capacidade grande de escrever, mas me questiono, o escritor tem que estar publicando? Você pode até publicar nos sites, não deixa de ser uma publicação, mas o livro em si está muito caro e é isso que dá prestigio ao escritor. As pessoas perguntam quantos livros você têm. Além de escrever, o escritor hoje tem que ter uma vida social para ser conhecido, senão está frito. E as editoras daqui? São muito boas do ponto de vista tecnológico, mas não tem distribuição nacional. Algumas se limitam ao território Recife, nem chegam a RMR. E não tem também um trabalho de marketing que apoie a distribuição. Sem essa comunicação, que leve os livros para os jornais, para a mídia, a publicação não é conhecida. Mesmo assim você é um escritor em ascensão. Sou. Acho que por conta dos prêmios, pela quantidade de livros e de peças que já fiz. Os prêmio do Fundação de Cultura do Recife e da Academia Pernambucana de Letras deram um impulso na carreira. Como é o seu processo de criação? Recortes de jornal, sempre funcionou. Sempre meu trabalho foi casado com o jornalismo. Distribuo em pastas que tenho lá em casa, acidentes, violência contra mulher, homossexualismo. É um banco de dados pessoal de recortes de jornal e revistas que me dá subsídio para criar. Pego essas histórias, coloco um personagem no meio e gero histórias muito curiosas. Você faz tudo isso no computador? Eu tive muita resistência ao computador. Passei muito tempo escrevendo a mão, pois sou da época da máquina de datilografia. O trabalho jornalistico tive menos problemas para fazer no computador, mas a produção literária passou um bom tempo à mão. Quem você admira como escritor? Hemingway, Dostoiévski, Graciliano Ramos, Jorge Amado... E dos pernambucanos? Luzilá Gonçalves, Cida Pedrosa, Gerusa Leal, Raimundo Carrero, Raimundo de Moraes, Sidney Rocha e Marcelino Freire. O que mais te deu prazer de fazer em sua obra toda? Os livros de conto e romance deram muita alegria. Recebi retornos de leitores. A mulher de um leitor, que já faleceu de câncer, me procurou para dizer que os últimos dias dele foram lendo o meu livro. Ele tomava a medicação para não sentir mais dores e quando estava sem dores, ele lia o livro. Ele gostava porque dava para rir. Esse

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Câmara aprova projeto que obriga parques a terem equipamentos de lazer adaptados

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou hoje o Projeto de Lei (PL) 3276/15, que torna obrigatória a instalação de equipamentos de lazer adaptados para pessoas com deficiência em parques e outros ambientes de uso público. O texto, de origem do Senado, foi aprovado em caráter conclusivo e poderá ir à sanção presidencial caso não haja recurso para a sua votação no plenário da Câmara dos Deputados. O projeto estabelece que os parques de diversões, públicos e privados, terão que adaptar suas estruturas em pelo menos 5% para atender pessoas com deficiência ou mobilidade reduzidas. Os equipamentos terão ainda que ser identificados seguindo parâmetros de acessibilidade universal. A medida também estende a mesma regra para “vias públicas, parques e demais espaços de uso público existentes”. (Agência Brasil)

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Ignácio Loyola Brandão conta os 100 anos do Grupo Cornélio Brennand

Convidado para registrar a história de 100 anos do Grupo Cornélio Brennand em um livro, o premiado escritor paulista Ignácio de Loyola Brandão fugiu dos moldes convencionais de uma produção institucional e fez um resgate profundo da memória de toda a família Brennand. A narrativa, construída a partir dos relatos de familiares de maneira cronológica, revela muito da história da economia pernambucana. As duas trajetórias, inclusive, estão intimamente imbricadas desde o tempo dos engenhos de açúcar, no início do século 20. O primeiro encontro entre Loyola e Cornélio Coimbra de Almeida Brennand aconteceu no célebre Sobrado da Várzea do Capibaribe, nas terras dos engenhos Santos Cosme e Damião e São João. Discreto, após muita insistência dos filhos para publicar a obra, o patriarca iniciou uma longa narrativa sobre os primeiros 100 anos dos negócios da família. “Cornélio é um cavalheiro. Me recebeu no Recife, ao lado de toda a família, em almoço que tinha todas as comidas típicas pernambucanas e suco de pitanga, vindo das frutas colhidas nas pitangueiras que o próprio patriarca plantou”, detalha o escritor de 80 anos de idade e 52 de profissão. Tudo começou em 1917, na Várzea do Capibaribe, quando Ricardo Lacerda de Almeida Brennand, pai de Cornélio, se deu conta de que o açúcar não tinha mais o valor de outrora e deveria investir em outros segmentos. Após convidar o irmão, Antônio Luiz, para produzir cerâmica, iniciou o primeiro negócio da família Brennand, a empresa R.L. de Almeida Brennand & Irmão, conhecida como Cerâmica São João. Foi assim, de geração em geração, com o compromisso de acompanhar as mudanças do mercado, que os negócios passaram pelos ramos da porcelana fina, azulejos, embalagem de vidro, siderurgia, setor sucroalcooleiro, produção de cimento e, chegando ao século 21, pelos segmentos de energia elétrica, vidros planos, novamente cimento e desenvolvimento imobiliário, com empreendimentos por todo o Brasil. Segundo Ignácio de Loyola, o que mais chamou sua atenção foi o dinamismo na forma de enxergar o mercado, o espírito visionário, a sensibilidade de perceber o tempo certo de mudar de ciclo e os métodos inovadores que permeiam todos os negócios dos Brennand. “Impressiona a forma como eles percebem a realidade e a necessidade de inovar sempre. Modificaram o velho conceito de azulejo, que antes era utilizado apenas em banheiro e hoje é decorativo. Estão sempre dentro de um circuito atual”, relatou o escritor. “A característica de inovar existe desde quando Francisco do Rego Barros de Lacerda, há 100 anos, foi buscar maquinário para os engenhos nos EUA e voltou com a casa de ferro, pois não queria as casas coloniais, queria algo diferente. E até hoje essa modernidade continua na família, eles sempre foram modernos”, comenta, ainda, Loyola. O escritor lembra das entrevistas que fez com o artista plástico Francisco Brennand, irmão de Cornélio. “Ele contou que, na época artistas, não tinham credibilidade alguma perante a sociedade, mas o pai, Ricardo, apoiou o filho na escolha desde o início e, por insistência do pintor pernambucano Cícero Dias, enviou Francisco para estudar na Europa”, completa. Loyola lembra que Cornélio Brennand, homem de pouca aparição, o advertiu sobre a questão da exposição da família na obra: “Você deve contar a história de um grupo, de negócios, das empresas. Não das pessoas, da família”. O autor, no entanto, confessa no próprio livro que, ao tomar conhecimento de memórias marcantes, não resistiu a uma pequena desobediência. “É impossível escrever a história de um grupo sem falar das pessoas. No livro eu não entro em detalhes, mas coloco várias histórias que acabaram sendo aceitas”, revela. A cada um dos filhos de Cornélio, Loyola fez a pergunta: “O que aprenderam com seu pai? O que aprenderam com o seu avô, seguindo a história, as trajetórias, as experiências?”. De acordo com ele, as respostas foram basicamente: “O respeito pelas pessoas independentemente da posição social”. Um dos trechos mais interessantes da trajetória da família Brennand, para Ignácio de Loyola Brandão, foi o olhar de Ricardo Lacerda de Almeida Brennand sobre a Praia do Paiva. Segundo ele, no intuito de extrair matéria-prima para as suas indústrias, o empresário soube que lá havia argila e, em setembro de 1953, conseguiu comprar 8 km do litoral. Os filhos o criticaram bastante, mas o instinto de empreendedor garantia um bom negócio: “O senhor Ricardo tinha uma visão extraordinária e comprou o sítio, mesmo que por um preço exorbitante. A argila acabou rapidamente, mas ele sabia, desde aquela época, que o Recife iria crescer para aquele lado. E cresceu! Onde hoje é a Reserva do Paiva. Aí eu me pergunto: de que material é feito um empreendedor?”, indaga o escritor. Para a produção da obra, a pesquisadora Terezinha Melo entregou ao escritor um material histórico e iconográfico sobre o grupo com mais de mil páginas, entre entrevistas, documentos antigos, recortes de jornais, mapas e fotografias. “O bom foi que na pesquisa da Terezinha havia muitos acontecimentos e relatos dramáticos que eu poderia dar emoção. Eu não queria fazer um livro chapa branca”, conta Loyola. “A história do grupo teve altos e baixos e eu gostei muito de conhecer os limites, as impossibilidades e que nem tudo é sucesso. No fracasso você dá a volta e passa por cima”, diz. Na obra, o escritor traçou uma estrutura separada por época. A primeira versão do livro, segundo ele, tinha quase o dobro do tamanho da que foi publicada. “No meu trabalho literário, eu escrevo o texto e deixo na gaveta. Depois volto, releio e vou limpando, selecionando. Ai vou fazendo cortes, até fazer uma segunda versão e terceira, quarta. Depois volto para ver o que eu esqueci. Aí o texto vai se delineando como o verdadeiro”. Relembrando sua trajetória, pela qual o conjunto da obra foi vencedor do Prêmio Machado de Assis 2016, Loyola afirma já ter recusado inúmeras produções: “Eu só aceito escrever livros que não são meus quando realmente são interessantes e me acrescentam algo. A narrativa dos Brennand também nos traz um pouco da história, da economia, da evolução do

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OIT afirma que desemprego seguirá crescendo no mundo todo

O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, questionou nesta terça-feira (28) a forma como o mundo todo administrou a crise econômica e advertiu que o desemprego seguirá crescendo. As informações são da Agência EFE. "A cada ano há e haverá mais desempregados no mundo e isso tem consequências dramáticas", afirmou Ryder, em um café da manhã informativo, em Madri. O dirigente da OIT defendeu o diálogo social e que os governantes coloquem o emprego no centro das políticas públicas pois, segundo ele, isso representa muito mais do que uma forma de ganhar dinheiro; trata-se de "dar sentido à experiência humana". Sobre o futuro, encorajou os países a não cair no "determinismo tecnológico" e a pensar no emprego de outra forma, respeitando as relações criadas. Ryder observou que é preciso criar 40 milhões de postos de trabalho a cada ano no mundo, mas reconheceu que "isso não é possível". Observou que outras opções para o problema do desemprego incluem compartilhar o trabalho ou apostar em garantias de ingressos universais. Ryder também insistiu na necessidade de reduzir a lacuna salarial entre homens e mulheres, que em nível global é de 23%. "As mulheres trabalham às sextas-feiras de graça", disse ao tentar explicar que a diferença salarial equivale a um dia da semana sem remuneração para as mulheres. Já em relação à situação política global, insistiu que o Brexit "foi um erro" e pediu atenção às decisões dos Estados Unidos. (Agência Brasil)

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Carreira: Onde você quer estar daqui a 5 anos?

Muita gente sai da universidade imaginando que o conhecimento técnico adquirido, contatos e um pouco de sorte são fatores suficientes para ter uma vida profissional de sucesso. Porém, o que um universitário nem sempre aprende nas aulas é a necessidade de planejar sua trajetória no mundo do trabalho. “O estudante se prepara tecnicamente, mas não raciocina outras questões do tipo: como está o mercado? O que fazer para se diferenciar? Quais as competências necessárias? Às vezes, o melhor aluno da sala de aula não se transforma num profissional bem-sucedido por não estar atento a essas questões”, alerta Andréa Carvalho, sócia da ÁgilisRH. O planejamento estratégico de carreira é um processo de reflexão sistemática sobre o futuro profissional. É comum, no entanto, recorrer-se a ele quando se está insatisfeito no trabalho ou em caso de demissão. Mas esse exercício pode acontecer em qualquer momento da vida. “Você pode até estar bem na profissão e nem por isso precisa parar de planejar”, recomenda a sócia da ÁgilisRH Carolina Holanda. Ter um mentor, uma pessoa que seja referência e possa passar experiência ao profissional, é uma maneira de obter auxílio nessa reflexão. Pode ser um familiar ou um ex-chefe, por exemplo. Mas existem no mercado consultores qualificados para exercer essa orientação. “Ao fazer o planejamento estratégico de carreira, o coach propõe a projeção de cenários futuros a partir de indagações do tipo: como você gostaria de estar daqui a cinco anos?”, explica Carolina. Por meio de encontros periódicos, são levantadas as variáveis que impactam esse cenário, tanto aquelas que facilitam quanto as que dificultam o alcance da meta projetada, incluindo os riscos e os entraves. Baseado nesse quadro, são definidas ações que o profissional deve executar no curto, médio e longo prazos. Engana-se, porém, quem pensa que essas diretrizes são determinadas pelo consultor. Este, na verdade, é como se fosse uma espécie de treinador que assessora a pessoa a descobrir o que ela realmente quer profissionalmente. Também a auxilia na percepção dos obstáculos para alcançar esse desejo. A partir desse autoconhecimento, ela projeta o que fazer para se desenvolver na profissão. Trata-se de um processo que requer muita disposição e vontade, já que o profissional pode se deparar com algumas dificuldades que ele nem imaginava que existiam. Carolina recorda-se, por exemplo, de uma pessoa que almejava um cargo de chefia na empresa em que atuava, mas ela não percebia que não tinha um perfil de líder. “Era uma excelente técnica, mas não tinha capacidade para ser gestora, pois precisava de outras competências e habilidades, como ter liderança, não focar apenas no operacional para poder ter uma visão mais abrangente”, exemplifica a sócia da ÁgilisRH. É comum, por exemplo, profissionais que foram demitidos sonharem em ter um negócio próprio. “Nesse caso, deve-se considerar variáveis que não sejam apenas o seu desejo, mas saber o que realmente é viável”, adverte Andréa. É importante analisar se há capital disponível, se o mercado tem demanda para aquele serviço ou produto que pretende ofertar e também se possui disposição para ser dono de uma empresa e trabalhar mais de oito horas por dia. Planejar estrategicamente a carreira traz resultados tão positivos que muitas organizações oferecem esse tipo de assessoria a seus executivos. Nesse caso, eles devem aproveitar a oportunidade para impulsionar sua trajetória profissional. Ao longo desse processo ele terá encontros periódicos com o coach para acompanhar a execução do que foi projetado. “Esse acompanhamento é essencial para que o desejo torne-se realidade. Afinal, planejar é fácil, o difícil é fazer acontecer”, salienta Andréa Carvalho.

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As tendências que devem nortear o mercado de educação em 2017

Análise de dados (analytics), tecnologias abertas, empregabilidade e acesso 24 horas por dia ao conteúdo dos cursos estarão entre as tendências do mercado de educação em 2017, segundo pesquisadores do LMS Canvas, ambiente virtual de e nsino. Essas quatro tendências, impulsionadas pelas tecnologias disruptivas, farão com que as instituições acadêmicas reavaliem os serviços oferecidos, aumentando o foco no aprimoramento da experiência vivenciada pelos estudantes. Analytics: aproveitamento de dados Uma década atrás era fácil encontrar líderes educacionais que descartavam dados de desempenho dos alunos, acreditando terem apenas um uso limitado para melhorar as escolas ou sistemas de ensino. Hoje se completou o círculo, com a indústria educacional utilizando essas informações para a tomada de decisões, assim como dados de pesquisas. Em 2017, o segmento de educação adotará o modelo baseado na análise de dados para obter previsões mais precisas de desempenho. Também esperamos uma mudança rumo ao big data, em que o compartilhamento de informações de estudos entre escolas permitirá a formação de insights para o mercado, e não apenas de forma isolada em cada instituição. Mas, os pesquisadores alertam que a aceitação desses dados não irá direcionar o mercado educacional para adoção de medidas de desempenho, com uma confiança plena em métricas que utilizam dados de forma passiva para prever o sucesso. Em vez disso, o sucesso dependerá de como as escolas aproveitam os dados de forma saudável, transformando testes e mensurações em insights práticos e úteis. Ser capaz de modificar a forma de ensinar para atender aos anseios dos estudantes pode aumentar o engajamento e motivação dos alunos e melhorar os resultados. E enquanto o conceito de big data expande a automação para a grande maioria, a equipe de pesquisadores do LMS Canvas percebe os professores como detentores da chave para o sucesso desses dados, pois serão capazes de utilizar essas informações com sabedoria para intervir ou encorajar e transformar o ensino e a aprendizagem. Tecnologias abertas: o ano do open source Especialistas em tecnologia acreditam que as escolas e faculdades podem se beneficiar da virtualização e dos serviços na nuvem, assim como outros segmentos. Mas mesmo assim, muitas escolas ainda relutam em adotar esta tecnologia. Em 2017, veremos que as preocupações constantes em torno da privacidade e da segurança diminuem à medida que as instituições estabelecem relações sólidas com fornecedores de tecnologia, trabalhando em parceria para construir sistemas adaptáveis, seguros e capazes de evoluir dentro de um ambiente ágil de TIC. A computação na nuvem ajudará a desencadear a próxima onda de inovação tecnológica nas escolas, permitindo aos educadores modificarem a maneira como os cursos são ministrados para uma geração de estudantes conectados. Em 2017, outros provedores de TI também irão aderir às tecnologias abertas, afastando-se de um modelo proprietário. O questionamento é o sobre o que é melhor: um produto criado por um grupo de desenvolvedores ou aquele construído por uma comunidade, envolvendo milhares? O papel colaborativo no desenvolvimento da tecnologia se tornará proeminente. A mudança para a adoção do open source (código aberto) trará à inovação e capacitará as escolas a modelar os produtos adquiridos para superar os desafios atuais. Educação preparatória: ensinar para a vida Uma pesquisa global do LMS Canvas mostrou que uma minoria dos estudantes (10%) acredita que a educação prepara-os adequadamente para o mercado de trabalho. A combinação da necessidade das instituições em demonstrar o retorno sobre o investimento (ROI) em educação e a pressão exercida pelos estudantes trará um foco renovado à empregabilidade em 2017. As instituições de ensino superior devem adaptar-se, demonstrando o seu valor, com formandos preparados para serem bem sucedidos no mercado profissional. Ao invés de ensinar os alunos a pensarem criticamente e a se tornarem solucionadores de problemas, os professores ainda se preocupam com a memorização de conteúdos. Em 2017, as instituições em todos os patamares devem ajudar a criar um ambiente de aprendizagem voltado para a aquisição de habilidades desejadas pelo mercado de trabalho e para que os estudantes possam ser cidadãos plenos, sem tantas preocupações com testes durantes as aulas e outras formas de mensuração. Experiência estudantil: sempre aprendendo Com os alunos solicitando constantemente acesso remoto aos materiais dos cursos, as instituições exigirão maior disponibilidade de seus parceiros tecnológicos. A computação na nuvem ou o gerenciamento de serviços voltarão a ser atraentes à medida que as instituições perceberem e compararem o valor do consumo X propriedade. Mas, garantir a integridade dos dados e a sua disponibilidade contínua requer confiança, o que é algo que muitos fornecedores de tecnologia terão que construir junto às escolas e faculdades atendidas. Ao selecionar um parceiro, as instituições devem refletir nessas questões, considerando o tempo de atividade, a confiabilidade e as credenciais que garantam que estes parceiros tenham procedimentos robustos de recuperação de dados (disaster recovery). *Jared Stein é vice-presidente de pesquisas e educação do Canvas LMS, desenvolvido pela Instructure, empresa de tecnologia de software como serviço (SaaS).

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Seca prolongada no Nordeste desperta interesse por dessalinização

A escassez de água, em decorrência da seca que já dura cinco anos no Nordeste, despertou o interesse de empresas e governos para soluções de tecnologia que promovam a dessalinização da água do mar. No último dia 13, o governo do Ceará lançou edital para contratar empresa responsável pela elaboração de uma planta de dessalinização na região metropolitana de Fortaleza, com capacidade para gerar 1 metro cúbico por segundo (m³/s) de água potável para a rede de abastecimento. Esse volume equivale a cerca de 15% do consumo de Fortaleza. Desde 2016, os 17 municípios da região, nos quais moram quase metade da população cearense, são submetidos a uma tarifa de contingência para economizar água. De acordo com o diretor da Região Nordeste, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Francisco Vieira Paiva, “a dessalinização faz parte de um contexto mundial. A indústria usa a dessalinização para processos industriais. Com relação ao consumo humano, países semelhantes ao Brasil, com regiões [climáticas parecidas com as do] Nordeste, têm experimentado essa tecnologia, porque é uma forma de minimizar o impacto às populações. No Ceará, isso salvaguardaria nossos açudes”, explicou. O assunto foi tema de simpósio da Abes, na última semana, em Fortaleza. Oportunidade em que alguns especialistas nacionais falaram sobre os impactos das tecnologias de dessalinização na matriz hídrica do país e também sobre reúso das águas. Embora seja uma realidade em outros países, como Israel e Arábia Saudita, a dessalinização ainda está em seus primeiros passos no Brasil. Fernando de Noronha (PE) é o exemplo pioneiro de alcance público: possui uma usina de dessalinização para consumo humano que apoia o sistema de abastecimento da ilha, especialmente nos períodos de estiagem. O distrito estadual possui apenas um açude, o Xaréu, além de poços. Outras experiências são de iniciativa privada, especialmente industrial. Sérgio Hilsdorf, gerente de aplicações e processos da empresa Veolia, dá o exemplo de uma usina termelétrica que será implantada em Sergipe, que vai utilizar água dessalinizada em seus processos. Ele considera prioritário o uso das tecnologias de dessalinização para atender o consumo humano. Ele afirmou que “a água dessalinizada pode ser utilizada na indústria, mas grandes plantas foram construídas com o objetivo de fornecer água potável para a população das cidades litorâneas com problemas crônicos de falta de chuva. Considero que lançar mão de uma técnica que não é barata, deveria ser para uso nobre, que é o uso potável”. Segundo o diretor da Abes no Nordeste, o uso de água dessalinizada para abastecimento de cidades já era debatido no Ceará 15 anos atrás. Mas, à época, não havia políticas públicas para abranger a inovação. Apesar de a ideia apenas agora começar a tomar contornos reais, Paiva considera que o momento é ideal. “Acredita-se, sempre, que até dia 19 de março [dia de São José, padroeiro do Ceará] vai chover, mas vemos que a realidade não é mais essa. A população, as indústrias e o consumo aumentam. De alguma forma, à adesão a esta nova tendência está atrasada, mas sempre é o momento para começar”, lembrou ele. (Agência Brasil)

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Entidades somam esforços para cobrar governança metropolitana

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU/PE), o Instituto Gestão e a Rede Procidade reúnem na TGI mais de 20 instituições na noite de hoje (27) para discutir a importância da governança metropolitana e assinar manifesto sobre o assunto. Na ocasião, será apresentada minuta de projeto de lei para viabilizar o cumprimento ao Estatuto da Metrópole (Lei Federal nº 13.089), aprovado em 2015. Entre as entidades convidadas estão a Associação dos Municípios Pernambucanos (Amupe), a Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE), a Urbana PE e a OAB-PE. O grupo articula ainda reunião para tratar do assunto com o ministro das Cidades, Bruno Araújo, com o governador Paulo Câmara e com os prefeitos dos 14 municípios da Região Metropolitana do Recife. “A metrópole é uma cidade que não cabe mais no município e, por isso, grande parte dos problemas que os municípios enfrentam, como mobilidade e saneamento, só podem ser resolvidos se tratados em conjunto”, destaca o arquiteto e urbanista Jório Cruz, conselheiro do CAU/PE e ex-presidente da Condepe-Fidem. Ele lembra que, para viabilizar essa gestão integrada, o Estatuto da Metrópole determina a governança interfederativa e a elaboração e implantação de Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI). “É isso que queremos cobrar com o manifesto”, conclui.

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