A primeira edição da Feira de Economia Criativa do Litoral Norte de Pernambuco (I Feconorte) chega com a proposta de conscientizar o poder público para as possibilidades de geração de renda e postos de trabalho da região a partir da cadeia da cultura.
A feira será realizada de 22 a 24 de abril, no Paulista North Way Shopping, reunindo artesãos, artistas populares e outros atores do segmento em 12 barracas que serão compartilhadas por
pelo menos duas pessoas das cidades de Paulista, promotora do evento, e também de Igarassu e Itamaracá, que confirmaram participação.
Para o organizador da I Feconorte, o historiador Ricardo Andrade, o retorno das atividades graças à vacinação contra a covid-19, favorece as vendas, beneficiando muita gente que ficou sem trabalhar durante a pandemia. Porém, ele ressalta a importância do evento para chamar a atenção do poder público sobre a economia criativa que, em Pernambuco, tem como grande vitrine a Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte).
“Estamos criando uma oportunidade para as autoridades lembrarem que por trás de cada artista existe uma cadeia da economia que precisa ser desenvolvida na região e agregada ao Turismo do LItoral Norte”, afirma Andrade, que trará o Mestre Zuza, artesão do barro, Nascido em Tracunhaém, para incentivar os artesãos da I Feconorte. Cidade da Zona da Mata Norte de Pernambuco, Tracunhaém é um celeiro de artesãos que vivem do barro e são consagrados em várias partes do mundo pela sua arte.
Presidente do Movimento Pró-Museu, criado em Paulista, em 2005, Ricardo Andrade vem mobilizando os institutos históricos e geográficos dos municípios para promoverem o patrimônio cultural como indutor do turismo – tema discutido no último sábado, na Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte pernambucano. Capitania hereditária mais antiga do que a de Pernambuco, Itamaracá é um destino de história e belezas naturais com grande potencial para atrair investimentos turísticos.