Poluição sonora e redução da biodiversidade são algumas das preocupações no radar da instalação dos empreendimentos de geração de energia (Foto: Tarciso Augusto/Semas)
O documento Salvaguardas Socioambientais para Energia Renovável, resultado de uma construção coletiva de medidas de mitigação propostas por mais de 30 entidades, foi entregue ao Governo do Estado com diretrizes para a redução dos impactos na instalação dos parques de energia eólica. Embora seja uma agenda do Século 21 e que todos os lugares com potencial de geração tenham elevado interesse em investir na matriz, a expansão de renováveis vem intensificando também os conflitos territoriais. O documento destaca ainda algumas ameaças à biodiversidade.
O relatório apresenta uma extensa lista de mais de 100 sugestões destinadas a aprimorar o processo de licenciamento, especialmente nas regiões de potencial de geração eólica, levando em consideração a preocupação com as comunidades tradicionais que residem nessas áreas. A entrega do documento evidenciou as inquietações, como o contínuo ruído gerado pelos aerogeradores e até mesmo o desaparecimento de algumas plantas. Alexandre Santos, representante do povo Pankararu e coordenador de Comunicação da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), destacou a perturbação causada pelo constante barulho dos aerogeradores, afetando a saúde mental dos moradores próximos. Ele mencionou o caso específico da aldeia Baixa do Lero, em Tacaratu, PE, onde os residentes escutam os ruídos mesmo dentro de suas casas.
Dentre as precauções sugeridas, destaca-se a proposta de estabelecer uma distância mínima de 2 quilômetros entre as torres eólicas e as edificações, uma medida que atualmente não está em vigor. Além disso, é recomendada a priorização de áreas degradadas para a instalação de centrais de energia, visando evitar o desmatamento. O relatório também ressalta a importância de conduzir estudos sobre poluição sonora, incluindo os infrassons emitidos pelas torres eólicas, que, embora inaudíveis para os humanos, são apontados como disruptores do sono. Confira o documento na íntegra: https://nordestepotencia.org.br/wp-content/uploads/2024/02/Salvaguardas_Socioambientais_Renovaveis.pdf.
O estímulo às energias renováveis é uma necessidade, mas essa geração não pode poluir a vida das comunidades vizinhas aos empreendimentos. Em entrevista na semana passada para a Algomais, a secretária de Meio Ambiente de Pernambuco, Ana Luiza Ferreira, expressou essa preocupação.
Queiroz Cavalcanti Advocacia lança Guia de Investimentos Direto
Buscando auxiliar investidores estrangeiros, interessados em aplicar recursos no país, a equipe de Negócios Internacionais do escritório Queiroz Cavalcanti Advocacia elaborou um Guia de Investimentos Direto no Brasil. Segundo Gabriela Figueiras, sócia-gestora, o manual, redigido em inglês, apresenta o passo a passo legal necessário para o mercado corporativo realizar a ação.
Diretora de Economia Criativa da Adepe palestra em Caruaru com cases da Agência
Com o objetivo de explorar o cenário criativo caruaruense e pernambucano, com foco no empreendedorismo feminino, o Armazém da Criatividade promoverá o “Happy Hour Economia em Foco”, quinta-feira (29), das 18h às 20h, na Casa Tipos, em Caruaru. O evento é gratuito, com inscrições pelo Sympla. Tendo como uma das suas principais frentes a Economia Criativa, a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe) será representada no evento por Camila Bandeira, diretora de Promoção da Economia Criativa, que irá como palestrante levando cases e reflexões sobre o setor. A Agência é responsável pela realização da Fenearte, além da gestão dos seguintes equipamentos: Mercado Eufrásio Barbosa, Centro de Artesanato de Pernambuco, Loja Moda Autoral (Mape), Loja Bebidas de Pernambuco e do Centro de Artesanato de Bezerros com o Museu Lucas Cardoso, além das lojas de artesanato no shoppings da cidade e da Unidade Móvel do Artesanato.