IBGE: 22 estados tiveram crescimento do PIB em 2019

DO IBGE

Em 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 1,2%, com crescimento em 22 das 27 unidades da federação e queda em quatro delas: Espírito Santo (-3,8%), Pará (-2,3%), Piauí (-0,6%) e Mato Grosso do Sul (-0,5%). Em Minas Gerais, o PIB ficou estável. O desempenho de Pernambuco foi de crescimento de 1,1% no ano, sendo o 14º maior do País, com uma participação de apenas 2,7% do PIB nacional.

Tocantins teve o maior crescimento (5,2%), seguido por Mato Grosso (4,1%), Roraima (3,8%), Santa Catarina (3,8%) e Sergipe (3,6%). Treze unidades da federação tiveram taxas de crescimento acima da média do país (1,2%).

A região Norte foi a que menos cresceu (0,5%), mas dois dos seus cinco estados tiveram as maiores taxas de crescimento do PIB. O Centro-Oeste (2,1%) apresentou a maior variação. Entre seus quatro estados, só o PIB do Mato Grosso do Sul (-0,5%) teve variação abaixo da média nacional.

A participação de São Paulo no PIB do país teve ligeira alta, depois de dois anos em queda, saindo de 31,6%, em 2018, para 31,8%, em 2019.

O PIB per capita do Brasil em 2019 foi de R$ 35.161,70. O Distrito Federal segue com o maior PIB per capita (R$ 90.742,75), cerca de 2,6 vezes maior que o do país. Apenas estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste apareceram entre os 10 maiores PIB per capita do país.

São informações das Contas Regionais 2019, elaboradas pelo IBGE em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).

Em treze unidades da federação o volume cresceu acima da média nacional (1,2%): Tocantins (5,2%), Mato Grosso (4,1%), Roraima (3,8%), Santa Catarina (3,8%), Sergipe (3,6%), Amapá (2,3%), Amazonas (2,3%), Goiás (2,2%), Ceará (2,1%), Distrito Federal (2,1%), Alagoas (1,9%), São Paulo (1,7%) e Rio Grande do Norte (1,4%).

No Tocantins, houve alta de 278,2% na Produção florestal, pesca e aquicultura, mas o Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas também cresceu.

No Mato Grosso, a Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita cresceu 12% tornando-se a atividade de maior participação na economia do estado em 2019, com desempenho amparado nos cultivos de algodão herbáceo e de soja.

Em Roraima a alta do PIB foi puxada por Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social e Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas.

Em Santa Catarina, os destaques foram Comércio e reparação de veículos e Atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas (crescimento de 7,5%, cada uma).

Em Sergipe o PIB cresceu 3,6% em 2019, após recuar 1,8% em 2018. Impulsionaram essa alta a Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita, e Eletricidade e gás, água e esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação.

Quatorze unidades da federação têm crescimento do PIB abaixo da média nacional

O crescimento em volume do PIB ficou abaixo da média nacional (1,2%) em 14 unidades da federação. As menores variações em volume foram do Espírito Santo (-3,8%), Pará (-2,3%), Piauí (-0,6%), Mato Grosso do Sul (-0,5%) e Minas Gerais (0,0%).

No Espírito Santo e Pará, a retração em volume esteve diretamente vinculada às Indústrias extrativas, já que ambas tiveram redução na extração de minério de ferro. O Estado do Piauí apresentou queda sobretudo em Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita e em Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas.

A retração de Mato Grosso do Sul vinculou-se ao decréscimo na cadeia de produção da celulose, segmento de destaque na economia do estado, somado aos impactos negativos do cultivo de soja e criação de bovinos e suínos.

Em Minas Gerais, a estabilidade também refletiu o cenário de retração da extração de minério de ferro, além do impacto da Agropecuária, devido à bienalidade negativa do café.

Norte e Sul elevam participação no PIB, enquanto Nordeste e Sudeste caem

Entre 2018 e 2019, as regiões Norte (0,2 p.p.) e Sul (0,1 p.p.) elevaram suas participações na economia brasileira, enquanto Nordeste (-0,1 p.p.) e Sudeste (-0,1 p.p.) tiveram redução. O Centro-Oeste manteve sua participação.

O Norte passou de 5,5% para 5,7%, ganho relativo influenciado pelos Estados do Pará e do Amazonas, em que o primeiro teve aumento nominal do Valor adicionado bruto em Indústrias extrativas, apesar da redução em volume, devido ao aumento de preços do minério de ferro e à redução de custos na mesma atividade e o segundo teve expansão nas Indústrias de Transformação e na arrecadação de impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos.

O Sul subiu de 17,1% para 17,2%, com a expansão de Santa Catarina, que conforme verificado em seu desempenho em volume, destacou-se no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas e nas Indústrias de transformação.

A participação do Sudeste no PIB nacional continua a maior, mas recuou de 53,1% para 53,0%, influenciada por Rio de Janeiro e Espírito Santo. A economia fluminense perdeu participação devido às atividades de Construção, Indústrias de transformação, além dos serviços de Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas e Informação e comunicação.

No Espírito Santo, houve retração da extração de minério de ferro nas Indústrias extrativas e reduções do valor adicionado nas Indústrias de transformação, principalmente na fabricação de celulose e metalurgia. Além disso, a bienalidade negativa do café afetou a agricultura do estado.

São Paulo volta a ganhar participação no PIB após dois anos de queda

Depois de apresentar a maior perda de participação entre as unidades da federação por dois anos consecutivos, São Paulo registrou aumento de participação, saindo de 31,6% em relação ao total do PIB, em 2018, para 31,8%, em 2019.

Os maiores acréscimos de valor adicionado bruto da economia paulista foram no grupo de atividades de serviços, entre elas Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas e Atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares.

No ranking de participação no PIB, trocaram de posição apenas os estados do Amazonas e do Mato Grosso do Sul, que em 2019 ocuparam a 15ª e 16ª posição, respectivamente.

As três primeiras posições continuam ocupadas, desde o início da série, por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em seguida, vem Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, nessa ordem. Completando a lista das maiores economias estaduais em 2019, estão Bahia (7º), o Distrito Federal (8º), Goiás (9º) e Pernambuco (10º).

De 2002 a 2019, Mato Grosso teve maior crescimento entre as UFs

De 2002 a 2019, o PIB do Brasil cresceu 2,3% ao ano. A taxa média anual de Mato Grosso foi a maior entre as 27 unidades da federação: 5,0% a.a. Em seguida vieram Tocantins (4,9% a.a.), Roraima (4,2% a.a.), Rondônia e Piauí (3,8% a.a., ambos)

O desempenho do Mato Grosso esteve bastante vinculado à agropecuária, devido ao cultivo de algodão e à pecuária. No Tocantins, além agropecuária, destacaram-se os avanços nas Indústrias de transformação e no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas. Em Roraima, o crescimento veio, sobretudo, na Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, além do impacto do comércio.

Destaca-se ainda o desempenho da atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação entre as maiores variações em volume acumuladas da série para Piauí, Roraima, Rondônia e Mato Grosso. A alta no Piauí se deve à geração eólica, e Rondônia, Roraima e Mato Grosso tiveram abertura de novas hidrelétricas, no período.

Em todos os estados do Norte e do Centro-Oeste, o PIB cresceu acima da média nacional. No Nordeste, apenas Bahia, Rio Grande do Norte e Sergipe ficaram abaixo dessa média.

No Sudeste, somente o Espírito Santo registrou variação superior à média nacional, com crescimento de 2,5% a.a. Na Região Sul, Santa Catarina também cresceu 2,5%a.a., enquanto Paraná e Rio Grande do Sul tiveram desempenhos inferiores à média.

Rio Grande do Sul (1,7% a.a.) e Rio de Janeiro (1,3% a.a.) foram as unidades da federação com as menores variações médias na série. No estado do Sul, o desempenho esteve atrelado às Indústrias de transformação, atividade de maior participação na economia do estado, que apresentou variação acumulada negativa. No Rio de Janeiro, destacaram as variações negativas em Indústrias de transformação e Construção e a variação de Indústrias extrativas, que apesar de positiva, foi inferior ao crescimento médio nacional da atividade.

Deixe seu comentário
anúncio 5 passos para im ... ltura Data Driven na sua empresa

+ Recentes

Assine nossa Newsletter

No ononno ono ononononono ononono onononononononononnon