Veio de Pernambuco, mais precisamente do deputado Bruno Araújo (PSDB) o voto decisivo que aprovou o prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Quanta honra o destino me reservou de poder da minha voz sair o grito de esperança de milhões de brasileiros senhoras e senhores, Pernambuco nunca faltou ao Brasil. Por isso digo ao brasil sim para o futuro”, defendeu o parlamentar
Após o voto do deputado, parlamentares favoráveis ao afastamento da presidente cantavam “Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. Em alguns bairros do Recife, pessoas soltaram fotos e comemoravam.
Do total de deputados pernambucanos, outros 17 parlamentares além de Araújo votaram pelo impeachment: Anderson Ferreira (PR), André de Paula (PSB), Augusto Coutinho (Solidariedade), Betinho Gomes (PSDB), Daniel Coelho (PSDB), Danilo Cabral, Eduardo da Fonte (PP), Fernando Coelho Filho (PSB), Gonzaga Patriota (PSB), Jarbas Vasconcelos (PMDB), João Fernando Coutinho (PSB), Jorge Corte Real (PTB), Caio Maniçoba (PTB), Marinaldo Rosendo (PSB), Mendonça Filho (DEM), Tadeu Alencar (PSB) e Pastor Eurico (PHS).
Seis votaram não ao impedimento: Adalberto Cavalcanti (PTB), Luciana Santos (PC do B), Ricardo Teobaldo (PTN), Sílvio Costa (PT do B), Wolney Queiroz (PDT) e Zeca Cavalcanti (PTB). Um se absteve: Sebastião Oliveira, do PL.
Na votação total, o impeachment foi aprovado por 367 votos a favor, 137 contra, 7 abstenções e duas ausências. Para avançar o processo de afastamento da presidente seria necessário o mínimo de 342 votos favoráveis.
Com a aprovação do impeachment pela Câmara Federal, o processo agora acontece no Senado, segundo o rito definido pela Superior Tribunal Federal. Os senadores deverão referendar ou não a decisão dos deputados por maioria simples.
Se o resultado da votação no Senado for semelhante ao da Câmara, a presidente Dilma Rousseff será afastada de suas funções por 180 dias. Neste caso, o vice-presidente Michel Temer assume interinamente a Presidência da República.
O julgamento será realizado no Senado, onde serão apresentadas acusação e defesa sob o comando do STF. Para que a presidente seja condenada será preciso que 54 dos 81 senadores votem pela condenação. Caso isso ocorra, Dilma terá como pena ficar inelegível durante oito anos. Consequentemente, o vice-presidente assumiria definitivamente a presidência.