As expansões das linhas de produção promovidas pelo polo cervejeiro de Pernambuco, concentrado em Igarassu e Itapissuma, têm impactado positivamente nas operações de carga efetuadas pelo Porto do Recife. No primeiro trimestre de 2019, a empresa Porto do Recife S.A registrou aumento de 24% na movimentação de matérias-primas que abastecem as indústrias do segmento no Estado, assim como outros setores que desempenham atividades fabris, totalizando 329.917 toneladas de produtos. No mesmo período de 2018, esse volume havia sido de 266.507 toneladas.
Os números positivos se devem, principalmente, ao malte de cevada, cujo crescimento nas movimentações foi de 40% entre janeiro e março. “É uma das cargas consolidadas no Porto do Recife. Recentemente recebemos uma sinalização da Rhodes com a intenção de dobrar a capacidade de seus silos portuários instalados no Porto”, enfatiza o presidente Carlos Vilar. O gestor reforça que os fertilizantes também tiveram crescimento substancial no trimestre (47%), ante igual período do ano passado.
O destaque para o malte de cevada e a perspectiva da operadora Rhodes em aumentar seus silos estão ligados à expansão do polo cervejeiro. Nos últimos cinco anos, as três maiores indústrias do setor aportaram mais de R$ 2,2 bilhões na atividade, segundo levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.
A Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (AD Diper), entre 2016 e 2017, atraiu projetos industriais no segmento de bebidas alcoólicas e proporcionou isenção fiscal prevista no valor de R$ 30,2 milhões. Aproximadamente 49% do Prodepe referente ao setor de bebidas, de 2016 a 2018, foram concedidos à fabricação de cervejas.
Essa movimentação garante também, em um momento pós-crise, a manutenção de 1,3 mil empregos diretos ligados à carga e descarga de produtos no ancoradouro recifense, de acordo como Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Portuários.
MAIS CRESCIMENTO
A previsão para abril não é diferente. A expectativa para o quadrimestre é de que a movimentação cresça acima de 30%, segundo a administração do Porto. Para isso, têm contribuído outros produtos, como o milho e a barrilha - esta última, utilizada pelas indústrias de vidro e de saponáceos, a exemplo de Vivix, Unilever e Asa.
(Da Ascom do Porto do Recife)