Intenção de consumo em Pernambuco permanece estável em outubro – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Intenção de consumo em Pernambuco permanece estável em outubro

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou variação zero em Pernambuco durante o período de setembro a outubro. Embora não tenha havido mudança significativa no ICF, há indícios de melhora relacionados às perspectivas profissionais e à renda atual no estado. Em relação ao emprego, 39,5% daqueles com renda superior a 10 salários-mínimos afirmam estar em uma situação favorável, enquanto 38% dos entrevistados com renda de até 10 salários-mínimos compartilham dessa visão. Quanto às perspectivas profissionais, 55,1% acreditam em melhorias em sua carreira nos próximos seis meses, enquanto 36,7% preveem uma piora em suas perspectivas de emprego. Notavelmente, a população com rendimentos mais altos expressa um otimismo maior em relação à sua carreira, com 57,9% esperando boas oportunidades profissionais.

RENDA E CRÉDITO

No geral, houve uma percepção de aumento na renda, especialmente entre a população de renda mais baixa, em que 20,8% relataram uma depreciação de sua situação financeira em comparação ao ano anterior. Quando se trata de acesso ao crédito, 48,6% das famílias com renda acima de 10 salários-mínimos consideram que ficou mais fácil em comparação com o mesmo mês do ano anterior, enquanto 30,4% das famílias com renda mais baixa acham que o acesso ao crédito ficou mais difícil. Essa disparidade na percepção do crédito entre diferentes estratos de renda reflete não apenas diferenças econômicas, mas também a influência de fatores externos, como endividamento familiar e as condições do mercado de trabalho.

GASTOS

A pesquisa mostrou que 48,1% das famílias com renda de até 10 salários-mínimos estão gastando menos em comparação ao ano anterior, enquanto 49,1% daquelas com renda superior a 10 salários-mínimos aumentaram seus gastos em relação ao ano anterior. Em Pernambuco, 36,1% das famílias com renda de até 10 salários-mínimos esperam um menor consumo em comparação ao ano anterior, enquanto 45,5% das famílias com renda superior a 10 salários-mínimos acreditam que o consumo será semelhante ao ano anterior. Essas perspectivas de consumo antecipam desafios para as empresas do setor de comércio e serviços em Pernambuco.

EXPECTATIVA DE COMPRAS

Cerca de 50,6% dos entrevistados acreditam que este não é um momento adequado para comprar bens duráveis, como televisões, geladeiras e fogões. A insatisfação é ligeiramente maior na faixa de renda mais baixa, onde 52,4% concordam com essa afirmação. No entanto, na faixa de renda mais alta, 55,9% consideram que o momento é favorável para adquirir bens duráveis. Essa melhora se deve, em parte, à redução das taxas de juros e às políticas de renegociação de dívidas, que atraíram novamente os consumidores para esse segmento.

O economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, comentou: “O Índice de Confiança do Consumidor (ICF) evidenciou uma evolução na percepção da renda disponível da população pernambucana. Este avanço pode ser atribuído, em parte, à deflação registrada nos setores de alimentos e bebidas em todo o Brasil. Além disso, observou-se uma breve, porém promissora, recuperação nos índices de empregos formais em Pernambuco, conforme indicado pelos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esses sinais de retomada no mercado de trabalho contribuem para elucidar a melhoria na perspectiva profissional no estado.”

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