O termo curriculum vitae, o famoso “CV”, é derivado do latim e significa “curso da vida”. Mesmo assim, muitos candidatos em busca de vagas encontram desafios na hora de sua elaboração. Pensando nisso, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios, realizou uma pesquisa entre os dias 29 de agosto e 9 de setembro, com jovens de 15 a 26 anos, para descobrir quais são suas principais dúvidas sobre esse tema. Afinal, dá para montar um currículo com tão pouca informação e experiência?
Felizmente, para agradar os 8.429 respondentes do levantamento, a resposta é sim! Desse total, 58,46%, ou seja, 4.928 apontaram ser o principal receio “como tornar o CV atraente”. “Uma das maiores dificuldades para quem deseja uma oportunidade é sintetizar as informações. Em muitos casos, os recrutadores não tem tempo para ler tantos currículos e os objetivos acabam sendo mais notados”, explica Lucas Fernandes, analista de treinamento do Nube. Para isso, três prioridades devem ser consideradas: “destaque aos estudos, com texto limpo e esteticamente apresentável e honesto”, ressalta o especialista.
O segundo tópico de maior votação, escolha de 17,99% (1.516 pessoas), foi sobre “como resumir as principais qualificações”. “Para decidir quais pontos manter e quais retirar de seu documento, é essencial conhecer a empresa e a vaga antes de encaminhá-lo”, esclarece Fernandes. No mais, existem outros fatores indispensáveis e 11,28% dos participantes (951) disseram não saber “Quais informações são obrigatórias”. “Independentemente da área de atuação, nome, data de nascimento e contatos, como telefones, e-mail e endereço devem ser inclusas”, enfatiza.
Outras dúvidas sobre dados pessoais permeiam a mente de quem se propõe a elaborá-lo. “Se devo colocar endereço completo, foto e idade” foi cogitado por 3,26% do público, totalizando 275 cliques. Segundo Fernandes, “o nome deve ser completo, podendo ser abreviado o do meio, dependendo do seu tamanho. CEP, região da cidade e números atualizados devem ser postos. Porém, não é recomendável acrescentar RG e CPF ou foto, por questão de segurança”, indica. Assim, tais conteúdos devem estar presentes apenas quando requisitado.
Não menos importante é a sequência como tudo será disposto, questão levantada por 9%. A dica para esses 759 em busca de inserção é: “não existe um modelo ideal; porém, deve-se manter uma ordem de itens para facilitar o entendimento”. Desse modo, um padrão foi estipulado para facilitar a compreensão:
1 – Dados pessoais: nome completo, data de nascimento, endereço completo, estado civil e dados de contato, como telefones atualizados e e-mail profissional;
2 – Objetivo: definir área ou o cargo de interesse;
3 – Qualificações: descrever, de forma sucinta, as informações gerais, para o selecionador encontrar seu resumo de forma prática e objetiva.
4- Experiência profissional: sempre postas em ordem decrescente, com a mais atual no topo;
5 – Formação acadêmica
6- Idiomas
7- Atividades complementares
8- Atividades voluntárias
Tamanho de letra exagerado, mais de 3 páginas e com informações irrelevantes, mentiras e principalmente erros de português são falhas comprometedoras. “Isso desqualifica o candidato logo na primeira impressão”, revela. “Quando não se tem bagagem profissional, o item formação acadêmica virá antes e o estudante deve salientar cursos interessantes já realizados”, pondera o especialista. Se o candidato tem experiências relevantes para a vaga, o item experiência profissional virá primeiro do que formação acadêmica. Conhecimentos de informática, outras línguas e demais formações a seguir. “Pode-se acrescentar possíveis viagens de intercâmbio, atividades voluntárias e tarefas com valores de mercado e em seu campo de interesse”, finaliza Fernandes.