“Lugar de mulher é onde ela quiser” – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

“Lugar de mulher é onde ela quiser”

Rafael Dantas

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Você já ouviu falar em empoderar-se, empoderamento e empoderada? Esses e outros sinônimos fazem parte do dia-a-dia de todo mundo e principalmente da autoestima de uma mulher, ou quando uma amiga fala para a outra “Aceite seu corpo, ele é lindo”, “Você pode viajar sozinha sim, isso vai contribuir para a sua carreira” ou a expressão “Lugar de mulher é onde ela quiser”. Afinal o que é Empoderamento Feminino? Este é um ótimo momento para debater e discutir o tema, já que neste mês, celebramos o Dia Internacional da Mulher em (08) de março.

Para que não haja equívoco ou comparação entre Empoderamento Feminino e Feminismo, aqui vai a diferença. Feminismo é um movimento que prega a ideologia da igualdade social, política e econômica entre os gêneros. Já o Empoderamento Feminino é a consciência coletiva, expressa por ações que visam fortalecer as mulheres e desenvolver a equidade de gênero. O primeiro termo é uma consequência do movimento feminista, mas ambos os temas diferem, mesmo estando interligados.

Empoderar-se é o ato de adquirir poder sobre si, embora a mulher ainda lute bastante para conquistar o seu espaço nas organizações e provar serem capazes de fazer parte do crescimento destas empresas, muitas mulheres também precisam reconhecer que elas são capazes de chegar longe em carreiras profissionais e objetivos, para então poder começar as mudanças.

Em 2010, a ONU lançou os princípios de empoderamento das mulheres, no intuito de colocar em prática um posicionamento positivo da mulher no mundo. Estes princípios são:

• Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero, no mais alto nível.
• Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação.
• Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa.
• Promover educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres.
• Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimentos e “marketing”.
• Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social.
• Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da igualdade de gênero.

De lá para cá, estes princípios ainda precisam ser massificados e aplicados. O empoderamento está presente em grandes ações, como, por exemplo, quando empresas decidem seguir uma política interna de equidade entre gêneros e quebra de preconceitos contra as mulheres.

Um exemplo a ser citado é o Grupo Alpha, um grupo educacional do Recife, idealizado por duas mulheres, as CEOs Luciana Vitor e Suelandre Gonsalves. O Grupo iniciou suas operações em 2012, e hoje detém de 90% da sua gestão liderada por mulheres, onde é coordenado com apenas 10% do público masculino. O Grupo empresarial vem dando certo, sob ótica feminina da qual é perceptiva e persistente, além de outros atributos, galgando dia a dia seu crescimento e conquistando resultados positivos no quesito educação de qualidade. Os cargos são estratégicos que vão desde diretores, gestores acadêmicos e gestores administrativos.

Para Priscila Santana, Diretora de Marketing do Grupo Alpha, é muito gratificante fazer parte do quadro funcional da empresa. “Assumir um cargo de gestão tão importante no Grupo Alpha, é uma realização desafiadora, por isso, me sinto grata e realizada pelo trabalho que exerço com tanto afinco. É um orgulho saber que além de mim, temos na instituição outras gestoras empoderadas compondo o quadro da empresa, que ‘Case de sucesso’. A prova disso é o nosso crescimento gradual.” Ressaltou a gestora.

Você mulher! Pode aplicar o empoderamento em sua vida, trabalhe a sua confiança, se fortaleça e busque com garra de dedicação os seus sonhos. Assim que se sentir empoderada, poderá encorajar outras mulheres: amigas parceiras e familiares com seu exemplo.

Como surgiu o Dia Internacional da Mulher: Conta-se uma história que no dia 25 de março de 1911, um incêndio atingiu uma fábrica têxtil em Nova York. Neste incidente cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Por isso, foi criada a data “Dia internacional da mulher”, para lembrar e homenagear aquele dia que marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século XX, durante a Segunda Guerra Mundial.

Bem antes do incêndio, durante a Segunda Guerra Mundial, houve lutas que também propiciaram na criação da data, no final do século XIX, grupos femininos de operárias protestavam em países da Europa e nos Estados Unidos por melhores condições de trabalho, redução na jornada de trabalho e salários justos além, do fim da exploração infantil.

Desde 1960, a comemoração do dia 8 de março já era tradicional, mas só em 1975, o Dia Internacional da Mulher, foi oficializado pela ONU, declarando o Ano Internacional das Mulheres, para atuar no combate as desigualdades e discriminação de gênero em todo mundo.

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