O Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam) retoma suas atividades este ano a partir da próxima quinta-feira (19), sempre a partir das 19h. Na ocasião, serão inauguradas as exposições Sala de Jogar e outros Campos Minados, do artista visual Márcio Almeida, e Onde estão as minhas Obras, de Bruno Faria.
Em Sala de Jogar e Outros Campos Minados, o artista visual Márcio Almeida, que comemora 30 anos de trabalho, traz um recorte dos últimos anos de sua produção artística. Os trabalhos foram desenvolvidos em variados suportes: desenhos, objetos, fotografias, vídeos, instalações, inclusive algumas também destinadas a intervenções urbanas. Na mostra, o artista explora temas do comportamento humano ligados à noção de deslocamento, transitoriedade e pertencimento, naturais da condição humana, bem como questões de geopolítica e de ocupação do espaço urbano. O trabalho tem como base conceitual uma pesquisa que o artista desenvolve desde 2003, a qual chamou de Deslocamentos Compulsórios. O nome remete a situações em que indivíduos são levados a deixarem os locais onde vivem por força de agente externos, sejam eventos climáticos, políticas habitacionais, asilos políticos, conflitos afetivos, entre outros.
Já em Onde Estão as Minhas Obras, Bruno Faria lança um olhar sobre a história e memória do próprio Mamam, que antes de ser museu era uma galeria de arte. A exposição parte de um acontecimento presenciado pelo próprio artista em 1999, quando no dia da inauguração da mostra individual do artista Arthur Ohmar, as obras deste não chegaram a tempo para a abertura, se perdendo no trajeto Rio de Janeiro – Recife por um erro da transportadora, que terceirizou o transporte das obras em um caminhão de transporte de galinhas. Arthur Ohmar, revoltado, causou uma grande euforia pichando as paredes do museu. Para a exposição, Bruno Faria retoma esse fato apresentando uma instalação desenvolvida especialmente para a mostra, que ocupará todo o piso térreo do Mamam.