O ministro da Educação, Mendonça Filho, assinou, nesta segunda-feira, 04/07, a liberação de R$ 15 milhões para a retomada das obras do novo campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Cabo de Santo Agostinho. Acompanhado da reitora da universidade, Maria José de Sena, o ministro vistoriou as obras de terraplanagem para construção da unidade que terá, em 2020, capacidade para 24 cursos de bacharelado e outros 24 de tecnólogo. Mendonça Filho destacou que, após quitar o passivo de R$ 700 milhões com as universidades, hospitais e institutos federais no País, recebido da gestão anterior, agora o MEC trabalha para garantir recursos para as obras e projetos da rede federal que estão paralisados ou em ritmo lento em todo o País.
“O que nós queremos é que a educação seja um instrumento de promoção da equidade social e da oportunidade para que o filho de um trabalhador ou que o filho de um empresário, de todos, possam crescer na vida. Só cresce se for via educação”, afirmou o ministro. Localizado no município do Cabo de Santo Agostinho, o campus iniciou suas atividades acadêmicas no segundo semestre do ano de 2014 em instalações provisórias. Hoje, a unidade acadêmica tem cerca de 700 alunos em cinco cursos bacharelado em engenharia civil, elétrica, eletrônica, mecânica e de materiais.
A reitora Maria José de Sena destacou a importância e a integração dos cursos de engenharia e os processos produtivos locais. “Nós temos aqui cinco cursos de engenharia de ponta, com um projeto de formação diferenciado. A importância de campus para a engenharia nesta região e em Pernambuco é sinônimo de desenvolvimento para o estado”, disse.
Vizinho ao polo de desenvolvimento do Porto de Suape, no litoral sul de Pernambuco, o novo campus também atenderá a demanda de qualificação da força de trabalho das diversas indústrias já implantadas e que utilizam a tecnologia intensiva. Para suprir esta necessidade, a UFRPE implantou um formato inovador para a formação dos estudantes, que permite ao estudante manter contato direto com empresas e indústrias desde o primeiro dia de aula, além disso, ele pode ingressar na instituição no curso de bacharelado e, uma vez cumprida carga horária mínima de 2.760 horas equivalentes à matriz curricular específica, obter a certificação intermediária de Tecnólogo. Este modelo dual é encontrado em países como Alemanha e Suíça.
Com a liberação dos recursos pelo Ministério da Educação (ME), a primeira fase das obras deverá ser entregue até o final de 2017 e passará receber estudantes a partir do primeiro semestre de 2018. Além de salas de aulas, serão construídos laboratórios e oficinas para prática, biblioteca, restaurante universitário e um centro de convenções no campus. Com a entrega de sua estrutura permanente inicial, a unidade receberá mais de 3 mil alunos, além de 120 professores, 150 técnicos e 300 funcionários.
No discurso, o ministro explicou que o MEC conseguiu reverter um corte de R$4.6 bilhões em seu orçamento, o que possibilitou a regularização dos repasses para as universidades. Em um mês de gestão, Mendonça Filho liberou R$ 1,3 bi para a Educação superior no País. Desse valor, R$ 1,0 bilhão foi destinado ao custeio em geral das universidades e institutos federais e R$ 300 milhões para pagamento de bolsas no âmbito da CAPES e R$ 119,03 milhões foram destinados atividades como a manutenção dos Hospitais Universitários e descentralizações às universidades e institutos federias. Desse total, R$ 52,6 milhões foram liberados para entidades federais de educação em Pernambuco – UFPE, UFRPE, Univasf, IFPE, IFPE Sertão e Fundação Joaquim Nabuco – para bancar o custeio das instituições e os programas de auxílio financeiro, incentivando a permanência dos estudantes de baixa renda nos cursos.