Meditação, remédio contra o estresse – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Meditação, remédio contra o estresse

Com o crescente aumento do número de pacientes diagnosticados com estresse, a neurociência vem aprofundando pesquisas em novas técnicas de combate e prevenção do mal. Atualmente, uma técnica de meditação conhecida mundialmente como mindfullness (“atenção plena”, em tradução livre) se destaca na área. “O mindfullness é absurdamente eficaz. É uma das práticas mais estudadas hoje em dia em termos de neurociência e tem efeitos neurobiológicos comprovados”, revela o psiquiatra Amaury Cantilino.

Segundo o especialista, pessoas que praticam e vivenciam a meditação possuem mais ativação do córtex pré-frontal, região cerebral relacionada à regulação emocional e ao planejamento de comportamentos. “É como se as pessoas aprendessem a lidar melhor com as próprias emoções depois de praticar a meditação”, simplifica. “A técnica não está ligada a nenhuma religião e deve ser realizada constantemente para que se ganhe experiência e consiga voltar totalmente a atenção para o momento presente”, detalha Cantilino.

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Amaury Cantilino: “O mindfullness é eficaz e tem efeitos neurobiológicos comprovados”

A professora de meditação transcendental Adriane Brasileiro acredita que é possível ter uma vida livre do estresse. “Nosso estilo de vida não precisar ser exaustivo, em que só se acumula cansaço e não se descansa da forma correta. O repouso precisa ser parte da nossa rotina. O maior filtro antiestresse é o descanso profundo”, defende.

De acordo com ela, o ritmo metabólico, medido pelo consumo de oxigênio, diminui à medida que a mente acalma. Entre os benefícios da meditação, está o fortalecimento do sistema nervoso, do sistema imunológico e do sistema cardiovascular. “Com a meditação, é possível viver uma vida livre de tensão, dentro de uma rotina que contrabalanceie os estímulos excessivos. A ansiedade diminui, a qualidade do sono melhora, assim como os sintomas da depressão e da crise do pânico”, conta Brasileiro.

Praticante há poucos meses, a fotógrafa e produtora cultural Helena Brennand, 31, sentiu-se motivada a praticar a meditação transcendental após enfrentar uma situação de estresse. “Passei por um momento turbulento e decidi conhecer a técnica. Faz pouco tempo que pratico, mas já sinto muitas mudanças positivas em mim”, diz. “A meditação traz equilíbrio no sono, na alimentação, no emocional. Antes, eu precisava tomar remédio para dormir e, agora, não tomo mais. Tenho sido mais paciente e mais feliz, não sinto mais tanta ansiedade. Além disso, venho sendo mais criativa para resolver questões que eu não conseguia solucionar”, completa.
Segundo Adriane Brasileiro, a meditação transcendental é técnica científica, praticada duas vezes ao dia, durante 20 minutos. Essa prática não implica em nenhuma mudança no estilo de vida ou comportamento e também não requer uma crença específica. “Devemos praticar a meditação sentados de forma confortável e com os olhos fechados. Durante o processo, a mente é levada espontaneamente para níveis mais sutis do pensamento. O silêncio e a quietude crescem à medida que mergulhamos”, conta a professora.

 

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